Cardeal Terrazas anima fiéis a viverem Ano da Fé
Santa Cruz (RV) - Neste domingo, o Cardeal Julio Terrazas abriu em Santa Cruz, Bolívia, o Ano da Fé. Eis um síntese de sua alocução: A fé que não fala com clareza de Cristo, é somente uma crença; por isso o grande desafio é a busca profunda da fé e falar dela com valentia em meio a tantos males que ocorrem em nosso país. "A fé é um caminho, é sempre ir ao encontro dessa verdade que nos torna livres, é ir ao encontro do que está longe", assinalou.
Ele se referiu a males como a droga, da qual muitos na Bolívia são vítimas de pessoas que a vendem em estabelecimentos educativos, e pediu testemunhar a fé que se tem, para que ela seja uma esperança na nossa realidade que, cada vez mais, encontra menos razões para viver e crer; a fé não pode morrer diante de pequenas ou grandes objeções do nosso tempo.
"Que a fé que temos no coração se eleve e se torne um grito de esperança, dando razões não a partir de ideologias pré-fabricadas ou de interesses mesquinhos, mas a partir do mesmo sonho de Deus para que a felicidade de cada homem e cada povo, se faça semeando o bem e não as discórdias e o mal."
Ele observou que o grande desafio da fé é aceitar o projeto de Deus como Ele o apresenta e não como cada um quer imaginar: pede-se despojar-se de todo o material, espiritual, moral ou de coisas que afastam da vigência do Reino de Deus, são muitas as condições para entrar no céu, e os que estão sujeitos as suas riquezas e prazeres tem mais dificuldades.
Parafraseando o Evangelho, explicou que os ricos hoje são também aqueles que pensam que o poder é algo que deve ser imposto com força ou aquele que está totalmente desarticulado da vida de seu povo à procura de prazeres, rico é aquele que adora novos ídolos e prostra diante deles.
A mensagem do Cardeal Julio ao iniciar, em Santa Cruz, o Ano da Fé, convocada pelo Papa Bento XVI, no dia 11 de outubro, terminou animando todos a vivererem este especial "Ano da Fé", para frequentar Palavra de Deus e encontrar nela a inspiração para enfrentar tantos problemas que conturbaram a realidade boliviana, "essa é a Palavra que se deve esperar, não as que se adornam com música ou são gritos de pavor." (Rádio Vaticano)