sábado, 13 de outubro de 2012

Líder da Igreja Anglicana destaca potencial humanizador da fé cristã

11/10/2012 | OC
Cidade do Vaticano, 11 out 2012 (Ecclesia) - O arcebispo da Cantuária (Inglaterra) e líder da Igreja Anglicana marcou presença no Sínodo dos Bispos que decorre no Vaticano e pediu aos participantes católicos que destaquem o potencial da fé cristã para uma vida "mais humana".
Rowan Williams, um dos convidados deste evento, defendeu que a sociedade espera por esta mensagem que ajude a viver "com a consciência de que existe uma alegria sadia e duradoura".
"Temos de vigiar com atenção para que a nossa evangelização não seja simplesmente um modo de persuadir as pessoas a aplicar a Deus e à vida do espírito todos os desejos de dramatismo, de agitação e autocomplacência que muitas vezes nos acompanham na vida quotidiana", observou, numa intervenção pronunciada perante os mais de 260 prelados da assembleia sinodal, esta quarta-feira.
O responsável anglicano sublinhou que as iniciativas destinadas a quem se afastou da Igreja ou ao "público pós-cristão" devem ser fundadas numa "práxis contemplativa partilhada de forma ecuménica".
"A contemplação representa a única resposta definitiva ao mundo irreal e louco que os nossos sistemas financeiras, a nossa cultura publicitária e as nossas emoções caóticas e incontroladas nos convidam a habitar", prosseguiu.
A 13ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, um organismo consultivo convocado pelo Papa, tem como tema ‘A nova evangelização para a transmissão da fé cristã'.
"A evangelização, seja nova ou velha, deve enraizar-se numa profunda confiança de que todos nós temos um destino humano específico a mostrar e partilhar com o mundo", afirmou Rowan Williams.
O Sínodo decorre desde domingo e insere-se no programa das celebrações do 50.º aniversário do Vaticano II (1962-1965).
O arcebispo da Cantuária confessou que para muitos da sua geração, fora das fronteiras da Igreja Católica, o Concílio "representou o sinal de uma grande promessa" num momento em que se procurava "partilhar o Evangelho com o espírito complexo, muitas vezes rebelde, sempre inquieto, do mundo moderno".
"O rosto que temos de mostrar ao nosso mundo é o rosto de uma humanidade em incessante crescimento rumo ao amor", declarou.
Rowan Williams elogiou o trabalho de "grandes redes espirituais" como a comunidade católica de Santo Egídio ou os movimentos dos Focolares e o Comunhão e Libertação, "abertos a uma visão humana mais profunda" porque oferecem "uma disciplina de vida pessoal e comum" destinada à descoberta de Jesus Cristo.
O 104.º arcebispo da Cantuária, teólogo e poeta, vai deixar o cargo no final de 2012 para se dedicar à vida académica.
Williams encontrou-se em privado com Bento XVI, no Vaticano, antes da sua intervenção no Sínodo.
Fonte: Agência Ecclesia


  Home > Sínodo > 13/10/2012 16:50:38



Sínodo: Terra Santa, Doutrina Social da Igreja e devoção popular no centro dos pronunciamentos


Cidade do Vaticano (RV) - A nova evangelização deve partir de novo de Jerusalém: é o que afirma o Sínodo dos Bispos em andamento no Vaticano, reiterando que as peregrinações à Terra Santa são uma ocasião para reforçar a fé. Estiveram no centro dos trabalhos da manhã deste sábado também a questão da Ilva de Taranto (a maior siderúrgica da Europa) – localizada na região italiana da Puglia, e a promoção da Doutrina Social da Igreja.

Para ser moderna e eficaz, a nova evangelização deve partir de novo da Terra Santa, memória coletiva viva da história de Jesus: abriram-se assim os trabalhos sinodais deste sábado.

Os bispos recordaram as ofensas e as agressões que os lugares sagrados sofrem, falaram em Igreja do calvário, invocaram o diálogo baseado no respeito recíproco e fizeram apelo à fé que abate muros e constrói pontes, pedindo ao mundo que não esqueça o Oriente Médio, e aos cristãos que não tenham medo. Porque a fé não é uma pertença a uma facção ideológica que leva à violência, mas ajuda a sentir-se irmãos uns dos outros.

Em seguida, o drama da Ilva de Taranto irrompeu na Sala do Sínodo (situação que nestes meses tem repercutido na mídia italiana, e não somente): a Igreja não oferece soluções, mas proximidade a quem sofre os efeitos poluidores e desastrosos da fábrica siderúrgica, afirmam os prelados.

Milhares de pessoas correm o risco de perder o trabalho, muitas outras encontram-se doentes com tumores. E o que emerge é uma crise humana e social do atual e injusto modelo de desenvolvimento econômico.

A ganância e a avidez, ressalta o Sínodo, romperam os laços entre a economia e a dimensão social da vida humana, provocando uma profunda fratura. Nessa ótica, a Assembléia dos bispos reitera a importância da Doutrina Social da Igreja, elemento essencial de evangelização, porque o anúncio de Cristo é o fator principal de desenvolvimento, da justiça e da paz.

Não se trata de transformar a Igreja numa instituição de serviços sociais, afirmam os Padres sinodais, mas de promover uma cultura da solidariedade e da fraternidade. Relançar a dignidade humana e promover valores democráticos significa colocar-se no seguimento de Jesus, afirma o Sínodo.

Dentre outros temas abordados destaca-se o da piedade popular: purificada e conduzida no modo justo, ela é expressão de fé sincera e testemunha perenemente a sede de Deus presente no coração do homem, contribuindo assim para a nova evangelização. Porque o coração do homem é feito para o infinito e somente o encontro com que mudou realmente a própria vida graças a Cristo pode responder às expectativas.

Em seguida, o Sínodo voltou a examinar o desafio de evangelizar o mundo midiático atual: a sociedade atual não é mais mass-midiática, mas bio-midiática, porque os meios de comunicação de massa invadiram de tal forma a vida do homem, de modo a mudar o seu desenvolvimento antropológico, afirmam os Padres sinodais.

Daí, o convite a fim de que a Igreja saiba comunicar proximidade, relação, amizade com as pessoas em sua singularidade – quais destinatárias do amor de Deus.

Por fim, o grande tema da relação entre fé e razão: se não se compreende a sua complementaridade, os cristãos acabarão por se sentirem inferiores à modernidade ou atrasados em relação à história, observam os bispos. Ao invés, os cristãos devem ter consciência da dimensão cultural da fé e dar razão da própria esperança. (RL) (Fonte: Rádio Vaticano)
  Home > Sínodo > 12/10/2012 14:52:36



Superior jesuíta: "Igreja subestimou povos não-ocidentais"


Cidade do Vaticano (RV) – No passado, os cristãos e a Igreja procuraram demais “as manifestações ocidentais da fé e da santidade”, deixando de lado “o modo em que Deus atuou junto aos outros povos”. Foi o que disse em seu pronunciamento no Sínodo dos Bispos o Superior dos Jesuítas, Pe. Adolfo Nicolas.

“A Nova Evangelização deve aprender os aspectos bons e os menos bons da Primeira Evangelização” – recordou o prepósito da Companhia de Jesus aos padres sinodais. Fazendo uma autocrítica, Padre Nicolas acrescentou: “nós, missionários, não enriquecemos a Igreja Universal como ela esperava de nós. E todos nós ficamos mais pobres; perdemos de vista indícios, perspectivas e descobertas importantes”.

“O passado nos ensina como comunicar hoje o Evangelho: no caminho da humildade, na consciência dos limites humanos quando se trata de expressar o Espírito, a simplicidade da mensagem, a generosidade e a alegria ao reconhecer a bondade e a santidade, a nossa vida como fator de credibilidade, de perdão e de Reconciliação, a mensagem da Cruz na negação de nós mesmos” – concluiu o Prepósito, falando na sessão da última quarta-feira.
(CM) (Rádio Vaticano)

Parabéns professor, parabéns professora!

Ajudar a valorizar o(a) professor(a) talvez seja a melhor homenagem que podemos prestar aos mestres, no seu dia.
Para a comemoração do Dia dos Professores, neste 15 de outubro, selecionamos algumas mensagens de estímulo e valorização aos educadores do Brasil.

“Já fui como uma muda. Mas com cuidado e dedicação fui crescendo e me tornando uma planta. Sempre tendo um mestre ao meu lado, me desviando das ervas daninhas e me podando. Agora já posso dizer que sou uma arvore, forte, com as raízes bem pressas ao chão. O que posso dizer devo tudo isso aos mestres que passaram em minha vida.
Esta é, sem duvida, a carreira mais bela que alguém pode ter. Porém a maioria de nós não valoriza. Sei que ser professor não deve ser fácil.
Me orgulho em dizer que sou uma pessoa de mente aberta. E posso dizer, com todo o carinho, que as lições ensinadas por meus mestres me moldaram, fazem parte da composição que me tornei. Muito obrigada pelo carinho, dedicação e paciência que tiveram comigo nesses anos todos.
Feliz dia do professor, o grande mestre da vida!”

Michelle F. Zanin, Araraquara, SP.
Endereço eletrônico: michellezanin2009@hotmail.com

“Já fomos chamados de mestres, professores, orientadores, facilitadores e até mediadores. Seja qual for o nome dado a nós professores, continuamos muito preocupados com o direcionamento que a educação e os educandos estão tomando.
Fala-se muito nas questões ambientais, porque o foco é garantir o futuro das espécies. Mas a espécie humana corre sérios riscos de convivência e precisa ser restaurada emocional e afetivamente para poder conviver pacificamente com ela própria no contexto ambiental.
Nós fomos, somos e seremos sempre muito importantes nesse processo, mas, desvalorizados, sem estrutura adequada e sozinhos, não vamos ter sucesso nessa busca constante de transformar o indivíduo pelo processo educacional.
Não podemos mudar a educação sozinhos, mas também não podemos pagar sozinhos a alta conta pelo fracasso coletivo. Precisamos unir forças, ideias e projetos reais.
Parabéns a todos as professoras e professores guerreiros que continuam acreditando, apesar das frustrações. E em especial aos meus colegas de trabalho da minha querida Barra do Corda, MA.”
Rozelia Parrião, Barra do Corda, MA.
Endereço eletrônico: rozeliaparriao@hotmail.com

“Hoje, mais do que nunca, é na educação formal da escola que são trabalhadas todas as demandas da criança, pois vemos uma desestruturação enorme na base da nossa sociedade: a família. Assim, a escola aparece para a criança como um porto seguro para sua estrutura de vida emocional e social.
É o professor que está sendo responsabilizado pela educação integral de seus alunos. É ele que necessita ter em sua bagagem os conhecimentos, habilidades e competências para trabalhar com a criança a emoção, a razão, as atitudes, as condutas e os bons hábitos, além de todo o processo pedagógico. Enfim, a educação que sempre foi dada em casa, agora, cabe ao professor. Porém, com todas estas transformações, as pessoas esquecem que o professor é humano.
O professor deseja apenas ser reconhecido e respeitado pelo papel que exerce na sociedade. Proponho para todos um resgate do que foi o professor em suas vidas? Até quando seres humanos heroicamente preparados pelas universidades levantarão de manhã para cuidar do filho alheio?”
Esther Cristina Pereira, diretora da Escola Atuação de Curitiba e diretora de Ensino Fundamental do Sinepe, PR.

“Que o educador é peça fundamental entre as demais profissões, não há quem discorde. É o professor um decisivo agente de revolução social, de quebra de paradigmas e preconceitos, construção de valores e virtudes.
Se nos sentimos magoados com alguém a quem ajudamos a trilhar o caminho, como em A agulha e o novelo de linha, de Machado de Assis, isso pouco importa. Individualizar o importante processo de entrelaçar a malha de um aprendizado libertador é o que não devemos fazer.
Ser linha ou agulha, para a confecção da camisa que deve ser vestida por todos os que fazem a educação. Para solidificarmos os alicerces desse país, faz-se necessário não negligenciarmos a ação docente, não torná-la puramente mercenária. Seremos mais humildes e atuantes naquilo que, por escolha ou destino, escolhemos fazer: educar.”
Reinaldo Camilo
Endereço eletrônico: reinaldoeneuma@hotmail.com

"A escola precisa ser reencantada, encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria. Existem escolas esperançosas, com gente animada, mas existe um mal-estar geral na maioria delas. Não acredito que isso seja trágico. Essa insatisfação deve ser aproveitada para se dar um salto. Se o mal-estar for trabalhado, ele permite um avanço. Se for aceito como uma fatalidade, ele torna a escola um peso morto na história, que arrasta as pessoas e as impede de sonhar, pensar e criar".
Moacir Gadotti, professor e diretor do Instituto Paulo Freire em São Paulo

“O professor é um pastor de sonhos e mediador de projetos”
Rubem Alves, escritor
(Fonte: Mundo Jovem)

Expulso do Chade Bispo italiano, que pedira justiça para as populações pobres


O governo da República do Tchad expulsou ontem, o Bispo italiano, Mons. Michele Russo, por ter criticado, durante a homelia dominical, no passado dia 30 de stembro, a má gestão dos dividendos relativos à extração do petróleo no país denunciando sobretudo o facto de a população local viver numa situação de indigência. Segundo certos observadores, por detrás desta decisão do governo tchadiano, estão sobretudo as pressões das companhias petrolíferas que, desde há tenmpos, mal suportavam as críticas deste prelado. O Tchad produz cerca de 120.000 barís de petróleo por dia que nada têm beneficiado a população local, que continua a viver na miséria, facto que levou certos expoentes da socieade civil tchadiana a pedirem ao governo de investigar sobre os dividendos da indústria petrolífera, por forma a poder melhorar as condições de vida dos cidadãos. De recordar que o próprio governo se tinha comprometido em investir 70% dos dividendos da produção petrolíferas para a redução da pobreza no país. (Fonte: Rádio Vaticano)

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"Sínodo" significa "caminhar juntos" com o homem de hoje, como Jesus caminha conosco


O mundo muitas vezes está vazio e sem esperança, e não acredita, mas Jesus não o abandona. Mais ainda, caminha lado a lado, silenciosamente, para lhe fazer sentir a sua presença: sugestivas observações do Papa, ontem, no final do almoço no Vaticano com os padres sinodais, os bispos que participaram há 50 anos atrás no Concílio e os Presidentes da Conferências Episcopais. Presentes também o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I e o Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams.
"É uma bela tradição criada pelo Beato João Paulo II esta de coroar o Sínodo com um almoço em comum" – comentou Bento XVI, contente por este momento de pausa dos trabalhos e sublinhando em particular a presença ao seu lado do Patriarca Ecuménico de Constantinopla e do Primaz da Comunidade Anglicana. O Papa fez notar que a palavra “sínodo” significa “caminho comum”, caminhar juntos:
Para mim esta comunhão é um sinal de que estamos em caminho para a unidade e que avançamos no coração. O Senhor nos ajudará a avançar também externamente.
A alegria de estar juntos, afirmou o Papa, reforça-nos também no mandato da evangelização. E recordou o episódio dos discípulos de Emaús que, disse, "são um pouco a imagem do mundo agnóstico de hoje":

Jesus, esperança dos discípulos, estava morto; o mundo vazio; parecia que Deus realmente ou não existisse não se interessasse de nós. Com este desespero no coração, mas todavia com uma pequena chama de fé, continuam o caminho. O Senhor caminha misteriosamente com eles e ajuda-os a perceber o mistério de Deus, a sua presença na história, o seu caminhar silenciosamente connosco. No final, na ceia, quando já as palavras do Senhor e a sua escuta tinham aceso o coração e iluminado a mente, reconhecem-no na ceia e, finalmente, o coração começa a ver.

Todos estamos a caminho com os nossos contemporâneos – concluiu o Papa:
Peçamos ao Senhor que nos ilumine, nos acenda o coração, para que se torne “vidente”, e nos ilumine a mente. E peçamos que na ceia, na comunhão eucarística, possamos realmente ser disponíveis para o ver e, assim, inflamar também o mundo e dar a Sua luz a este nosso mundo. (Fonte: Rádio Vaticano)
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Uma floresta, em Israel, em memória do cardeal Martini


Por iniciativa do Rabino italiano Giuseppe Laras em colaboração com a Fundação Cultural (católica) S. Fedele (de Milão) e com o Fundo Nacional Hebraico, foi aberta uma subscrição pública com o objectivo de plantar em Israel uma floresta em memória do Cardeal Carlo Maria Martini. Já existem em Israel florestas plantadas em honra de alguns papas (João XXII, João Paulo II e Bento XVI). Neste caso será em memória de um grande Cardeal.
É a primeira vez que uma instituição hebraica em colaboração com instituições cristãs promove uma iniciativa deste tipo. O Rabino Laras fez questão de envolver cristãos e hebreus, para organizarem juntos o acontecimento. Oferecendo árvores em memória do Cardeal Martini qualquer pessoa de boa vontade poderá participar na iniciativa. A floresta de alguns milhares de árvores surgirá em Tiberíade na Galileia, localidade muito amada pelo Cardeal e com uma carga simbólica muito forte quer para hebreus quer para cristãos.
Como afirmou o Padre Lino Dian , superior da Comunidade dos Jesuítas de S. Fedele, na apresentação do projeto, é muito significativo a iniciativa tenha sido apresentada por ocasião dos 50 anos do início do Concílio Vaticano II. É muito belo recordar o Cardeal Martini plantando uma floresta que irá simbolizar um dos melhores frutos do Concílio como é o diálogo hebraico - cristão. (fonte: Rádio Vaticano)