sábado, 22 de setembro de 2012

Reflexão dominical - 25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 
Pe. Francisco de Assis



 EVANGELHO (Mc 9,30-37)
- Primeira parte (vv. 30-32)
O Filho de Deus encontra-se a caminho para Jerusalém. Por três vezes Jesus avisa que vai a Jerusalém. Fazer o que por lá? Sofrer e morrer. O texto de Marcos deste domingo refere-se ao segundo anúncio.
Um detalhe a ser observado, é que Jesus, enquanto está a caminho com os seus discípulos, retoma a temática do evangelho do domingo próximo passado: “A entrega de sua própria vida”. A sua preocupação se baseia em passar a limpo a lição, isto é, corrigir totalmente a ideia equivocada que determinadas pessoas formaram a respeito dele. Como vemos, Jesus é o próprio formador.
Porém, é impressionante perceber como os alunos são lentos e tímidos em compreender a lição esplanada pelo Mestre Jesus. Tanto o é, que o texto é seguido por uma observação: “Não entendiam estas palavras e tinham medo de pedir-lhe explicações” (vv. 30-32).
- Segunda parte (vv. 33-37)
Quem sabe, talvez ainda estejam bastante marcados pela fortíssima repreensão que o Mestre deu a Pedro, chamando-o de “Satanás”, por não aceitá-lo em negar a possibilidade de viver um messianismo glorioso e vencedor, mas a opção de dar a sua própria vida. Por essas e outras, eles têm medo de Jesus. Jesus “não brinca em serviço”, é intransigente, não aceita ser contrariado, nem ser aconselhado, sobretudo, quando o conselho é incoerente.
            Quando ele, o Mestre, revela o seu perfil de “servo”, não é possível não sentir medo. É necessário coragem para olhá-lo de frente, para fazer-lhe indagações, para ouvi-lo, para entender e aceitar de uma vez por todas, a opção serena e decidida pelo seu segmento de vida.
A reação dos discípulos é sempre negativa e desastrosa, e o é por pavor em relação às consequências. Contudo, é preciso compreender que o referido comportamento é decorrente do ensinamento patrocinado pelos rabinos da época, que, conforme seus ensinamentos, diziam que Deus não morrerá jamais, que triunfará sobre todos os seus inimigos.
- Terceira parte (vv. 36-37)
            Na terceira e última parte do texto, vê-se um gesto recheado de muito significado. Jesus chama um dos meninos, coloca-o nos braços e diz assim: “Quem acolhe um destes pequenos em meu nome, a mim acolhe”. Quanta bondade e ternura comprovadas pelo Mestre! E diz mais: “Quem não aceita o reino do céu como uma criança, não poderá entrar nele”.
            Observar é preciso! Torna-se claro o sentido que tem o gesto do Mestre. Ele espera que os seus discípulos estabeleçam como centro dos próprios interesses, preocupações e dos próprios projetos, os pequenos e marginalizados, os que não contam na sociedade.
 I LEITURA (Sab 2,12.17-20)
            A proposta do Mestre é uma autêntica loucura para quem alcança e, portanto, vive em meio a “sabedoria” do mundo.
Por lhe faltar a sabedoria de Deus, o impiedoso, desumano e cruel (ímpio) são disponibilizados a praticar maldade contra os justos, porque a presença desses os incomoda. “É a eterna história dos maus que querem arrastar os outros para o mal, tornando-os iguais a eles”. Assim sendo, tem razão o dito popular; “quem é mal não quer ser só”.
            Diante de tudo isso, como Deus reage? De acordo com o vers. 18, assim diz o autor: “Se, de fato, o justo é ´filho de Deus´, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos”. Ou seja, Deus é solidariedade comprovada.
II LEITURA (Tg 3,16-4,3)
                Tiago nos ajuda a compreender e, por isso nos alerta, para que orientemos nossas vidas conforme a “sabedoria que vem do alto”.
 CONCLUSÕES DAS CONCLUSÕES:
                - Como os discípulos, nós também ainda temos muita dificuldade de entender o que Ele quer de nós. Quem realmente é e o que Jesus significa na nossa compreensão da fé?
            - Que tal procurarmos interagir melhor a fé que professamos, de modo especial, todos os domingos na Missa, com a nossa vida, vivendo o serviço aos irmãos pobres, os preferidos de Deus?
            - São Tiago nos orienta para segamos o caminho da “sabedoria que vem do alto”, isto é, o próprio Espírito de Deus que nos é comunicado. Assim sendo, é bom tomarmos cuidado com a tirania dos ímpios que, muitas vezes nos atingem também.
É tempo de aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus
06/09/2012
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo

Desde 1971, o mês de setembro na Igreja do Brasil é quando se enfatiza e se busca aprofundar ainda mais nossa relação com a Palavra de Deus, a Bíblia. Porém, não significa dizer que a Bíblia deva ser lida ou aprofundada apenas nesse período. Ela é um livro de cabeceira, deve estar presente em todos os momentos de nosso dia, orientando-nos, formando-nos, transformando-nos. Ela é luz para o nosso caminhar. Este mês, portanto, é um esforço comum de nossas paróquias e dioceses de aprofundarem juntos algum tema ou livro da Palavra de Deus, útil para nosso crescimento comunitário e pessoal, em vista da comunidade cristã que queremos ser.

A palavra Bíblia é que dá origem à palavra biblioteca, e expressa a realidade de ser o texto sagrado um "conjunto de livros". Ler a Palavra de Deus é uma expressão coerente de nosso caminho, que busca encontrar e fincar raízes na fé e na construção ativa do Reino de Deus. Somos convocados a uma experiência maior e mais profunda com Cristo, Palavra eterna do Pai, na comunidade, na família, na sociedade.

Por que o mês de setembro foi o mês escolhido para o aprofundamento da Palavra de Deus? Devido à celebração do dia de São Jerônimo, no dia 30. Ele viveu por volta do ano de 340 e foi a ele confiada, pelo Papa Damaso, a tradução latina da Sagrada Escritura. Essa tradução da Palavra para o latim ficou conhecida como a bíblia "Vulgata", que significa "popular". Essa tradução foi tão rica e significativa que é usada até hoje em muitas traduções da Bíblia.

Uma das frases mais célebres de São Jerônimo foi: "Desconhecer as Escrituras é desconhecer a Cristo". Uma frase fundamental para nós cristãos que buscamos conhecer, contemplar e seguir a Palavra de Deus contida nas linhas sagradas dos textos bíblicos. Ninguém ama aquilo que não conhece. Portanto, seria impensável imaginar alguém que se diga cristão, mas não busque conhecer e aprofundar a Palavra de Deus. Como chegar ao conhecimento da Revelação e de sua plenitude em Jesus Cristo se desconhecemos sua Palavra e ensinamentos, ordens e ações?

Muitas são as possibilidades oferecidas pela Igreja para aprofundarmos nosso conhecimento da Palavra de Deus. Eles vão desde os estudos filosófico-teológicos, que buscam investigar o máximo possível toda a riqueza e significados que o texto nos pode proporcionar, seja pela Exegese, pela Hermenêutica, ou ainda pelas outras disciplinas bíblicas oferecidas nos institutos filosófico-teológicos, até os círculos populares bíblicos, grupo de estudo da Palavra, catequese e a leitura orante da Bíblia (lectio divina).

A Bíblia está dividida em duas partes como todos sabem: Antigo e Novo testamento. Ela é composta de 73 livros, sendo 46 livros do Primeiro Testamento e 27 do Segundo Testamento. A leitura constante e assídua da Palavra de Deus vai ajudando aos poucos as pessoas a descobrirem toda a riqueza que ela contém, bem como o bem que ela pode realizar na vida de cada fiel.

A Bíblia trata da nossa salvação. Por isso, dentro dela encontramos muitos assuntos pertinentes e desejados pelo homem na busca constante da verdade, a relação terna e direta com Deus, o rompimento dessa amizade com Deus pelo pecado, a Aliança de Deus com seu povo, a história dos patriarcas e profetas, a encarnação do Verbo Divino, Jesus Cristo, plenitude da história da salvação, a vinda do Espírito Santo em Pentecostes, e se estende até a parusia, no final dos tempos, quando, enfim, todo poder lhe será submetido e então, assentado em trono, Rei Vitorioso, virá uma segunda vez e instaurará definitivamente seu Reino de paz e amor, bondade e justiça, mansidão e misericórdia.

O centro de toda a Escritura se dá em Jesus Cristo, a máxima expressão da revelação e da bondade de Deus, que a todos quer que cheguem ao conhecimento da Verdade, que é Cristo.

Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas pelo Pai no Antigo ou Primeiro Testamento aos profetas e a todo o Israel de Deus. Jesus é a plena revelação da vontade do Pai para a salvação dos homens e a construção do Reino. Tudo que Ele faz diz de quem Ele é. Tudo que Ele é, é manifestado nas obras que realiza. Lendo as escrituras encontramos um caminho sólido e seguro no conhecimento da vontade de Deus. Cristo é a Palavra viva de Deus, e todas as palavras do texto sagrado, portanto, têm sentido pleno e definitivo Nele.

Neste ano, o mês da Bíblia quer aprofundar ainda mais o texto do Evangelho de Marcos. O tema sugerido é Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos, e o Lema: "Coragem, Levanta-te, Ele te chama!" (Mc 10,49). Nos próximos anos serão estudados os outros três evangelistas. O enfoque será no seguimento de Jesus, proposto nos quatro evangelhos. Este tema reunirá tanto a proposta de Aparecida, que enfatiza o discípulo missionário e a missão continental, como a proposta do Santo Padre, o Papa Bento XVI, sobre a nova evangelização que é o tema do Sínodo dos Bispos no próximo mês.

Que seja esta uma oportunidade para conhecermos melhor a Palavra de Deus, a pessoa de Jesus e a proposta de seu Reino, para construirmos juntos, a partir Dele, novos céus e nova terra, onde todos possamos viver como irmãos na Unidade da Trindade e na diversidade de carismas e ministérios, em torno de um único e verdadeiro Senhor: Jesus Cristo.

Que a Palavra de Cristo continue a iluminar todas as nossas realidades humanas e nos encaminhe para a eternidade feliz, e que Maria, mãe do Verbo encarnado, nos ajude a conceber todos os dias a Palavra de seu Filho que é criadora, nos leva à salvação e à plena realização humana, que é a felicidade, o bem e a verdade contidos na pessoa de Cristo.
Constituições e incoerências
25/02/2011
Cardeal Dom Eugenio de Araújo Salles - Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo
A coerência entre a Fé cristã e a vida privada e pública dos que a professam é fundamental para o indivíduo e a sociedade.

Entre os fatores que enfraquecem a credibilidade nos ensinamentos da Igreja se enfileira, em primeira linha, o exemplo do católico que pratica atos em desacordo com as normas emanadas pelo Salvador e transmitidas pelo Magistério eclesiástico.

Quando, através do jornal, do rádio e televisão, se toma conhecimento de episódios escabrosos de toda espécie, vem à memória a discrepância dessas ocorrências com a moral cristã. A quase totalidade dos que cometem esses desvios receberam o batismo. São pessoas incorporadas ao rebanho de Cristo que assim agem contra as lições do Mestre. Ao contrário, a coerência entre a atuação de um membro da comunidade eclesial e a doutrina de Jesus constitui a melhor e mais eficaz pregação do Evangelho.

Desejo, aqui, ao fazer essas considerações, divulgar um trecho de um escrito que se intitula “Carta a Diogneto”. Descreve o modo de agir dos seguidores de Jesus, na sociedade e no lar. O autor é desconhecido. Alguns historiadores querem identificar o ilustre apolologeta com Kodratos que, pelo ano 125 de nossa era, dirigiu uma apologia ao Imperador romano Adriano, cujo texto está desaparecido. Kodratos era de Atenas, discípulo dos Apóstolos, como Inácio de Antioquia e Policarpo. Não se sabe que tenha tido uma sede episcopal como estes outros. Contudo, ele reúne os cristãos em Atenas, após uma perseguição. Essa epístola surgiu, o mais tardar, antes do fim do século III.

A Igreja não só transmite a doutrina dos Apóstolos, mas confronta-a com um ambiente adverso, como o mundo de então. Essa ingente aventura evangelizadora perdura até nossos dias e só terminará no final dos tempos.

A “Carta a Diogneto” é um testemunho singular de uma Fé profunda, clima espiritual e admirável autoconsciência cristã. A influência de São João e de São Paulo é evidente. O escritor é dotado de notável erudição, possui apurado estilo literário, a elegância e a arte retórica dos gregos.

O ilustre destinatário a que se dirige procura saber quem é o Deus dos cristãos, o que é o amor ao próximo e o porquê do surgimento tão tardio do Cristianismo na História no mundo (cap. I). E o autor responde (cap. II a IV), demonstrando como o culto pagão e o do Antigo Testamento são inadequados e incomparavelmente inferiores ao do Novo Testamento. Nos capítulos V e VI, segue-se a descrição da vida sobrenatural dos cristãos, que são “a alma do mundo”. Os capítulos VII e VIII oferecem profundas reflexões sobre o “Logos” como revelação da essência divina. O fato de ter vindo somente agora o Redentor insere-se dentro da pedagogia do Senhor, segundo a qual o homem deve tomar consciência de sua incapacidade de se salvar sozinho. Os capítulos XI e XII são provavelmente posteriores e de outro autor.

O que nos interessa hoje é o comportamento das pessoas que seguem os ensinamentos do Mestre, como viviam os primeiros cristãos, a nítida coerência entre a Fé e os atos praticados pelos fiéis. A liturgia das Horas (Breviário), na quarta-feira da quinta semana pascal, inclui um trecho dessa obra e aqui transcrevo alguns períodos elucidativos do assunto que me proponho a abordar hoje. Ei-los, extraídos do capítulo V e VI: “Vivem em cidades gregas ou bárbaras (...) e seguem os costumes da terra, (...) mas a sua maneira de viver é sempre admirável (...). Casam-se como toda gente e criam seus filhos, mas não se desfazem dos recém-gerados. Participam da mesma mesa, mas não do mesmo leito. São de carne, mas não vivem segundo a carne (...). Obedecem as leis estabelecidas mas, pelo seu modo de vida, superam as leis. Amam toda gente e toda gente os persegue (...). Conduzem-nos à morte, mas o número dos cristãos cresce continuamente. São pobres e enriquecem os outros; tudo lhes falta e tudo lhes sobra. São desprezados mas no desprezo encontram sua glória (...). Numa palavra: os cristãos são, no mundo, o que a alma é no corpo (...)”.

Essa amostra da descrição, pela profundidade de conceitos e beleza de estilo, revela a existência, em meio ao Império Romano, de uma força espiritual extraordinária. Ainda vivos, os Apóstolos já haviam penetrado no coração do Império: “Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa do imperador” (Fl 4,22).

Fiéis cidadãos sobreviveram à derrocada do paganismo. Ainda hoje, entre luzes e sombras, a luta pela coerência continua. E o Concílio Ecumênico Vaticano II exatamente ensina o retorno a estas fontes como um meio de revigorar a difusão do Cristianismo no mundo contemporâneo.

Tendo diante de nós esse trecho da epístola a Diogneto, que mostra, com fidelidade, a vida dos cristãos, consideremos o que presenciamos em nosso meio.

No Brasil, hoje, existe uma chaga que nos envergonha como, há mais de um século, a escravidão. Refiro-me ao abismo entre alguns que recebem ricos salários e a grande maioria, que sofre na pobreza ou na miséria.

E que dizer da violência, dos crimes, da corrupção na vida pública? Das drogas, do jogo, da luta entre facções de marginais?

Cada um continue esse triste elenco de males que nos afligem. Ele é excessivamente longo. São batizados que negam, por atos, seu batismo.

A “Carta a Diognetto” nos aponta algo que está verdadeiramente na raiz das nossas enfermidades morais, espirituais e sociais: a contradição da vida privada e social com a Doutrina de Cristo. E nos incita a superar a ambiguidade. No momento em que houver coerência de nossa atitude com a Fé que professamos, teremos uma Pátria próspera e tranquila.



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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Firmado acordo para publicação do 3º volume de "Jesus de Nazaré"

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal-equipe CN Notícias)


Arquivo
O Papa Bento XVI concluiu o 3º volume da obra Jesus de Nazaré no mês passado e já há acordo firmado para sua publicação
Nesta sexta-feira, 21, no Vaticano, a Livraria e Editora Vaticana e a Casa Editora Rizzoli firmaram o acordo para a publicação do livro do Papa Bento XVI sobre a infância de Jesus nos Evangelhos, obra concluída em agosto deste ano. O título definitivo do livro ainda está reservado, mas este é o terceiro volume da trilogia "Jesus de Nazaré", escrita pelo Pontífice.

A Rizzoli tem a responsabilidade de vender em todo o mundo os direitos da obra. Na Itália, o volume, cuja publicação em todas as livrarias é prevista para o Natal, apresenta-se como uma co-edição entre a Livraria e Editora Vaticano e a Rizzoli.

Junto à edição italiana, já está prevista uma em alemão, publicada pela Herder, editora do histórico de Joseph Ratzinger, enquanto se está trabalhando ativamente para a publicação simultânea nas línguas de maiores difusões.

Joseph Ratzinger – Bento XVI – centrou sua investigação científica e seu trabalho para fazer conhecer "a pessoa e a mensagem de Jesus". Este novo e aguardado livro sobre a figura de Jesus nos relatos evangélicos da infância, que constitui o complemento das duas obras precedentes, revela-se como de grande importância do ponto de vista teológico e científico.

Os volumes precedentes da trilogia de Bento XVI são “Jesus de Nazaré" (Rizzoli, 2007), “Jesus de Nazaré. Da entrada em Jerusalém à Ressurreição” (LEV 2011).
2012
Costumo julgar as pessoas! O que faço para me corrigir?

Refletir sobre nossas fraquezas é coisa de que não gostamos de fazer! Sempre que nos deparamos com alguma limitação, nossa maior tendência é dar um jeito de consertar a situação, livrar-nos da insegurança que ela provoca e – infelizmente – esperar que qualquer outra fraqueza apareça e nos faça sofrer de novo!

É que nos falta reflexão! Falta-nos coragem e maturidade para olhar o que é fraco em nós – como indicadores de campos de trabalho – e não como fracassos!

Exatamente por isso é que talvez você nunca tenha pensado que todas as vezes em que você julga alguém, na verdade, você está também demonstrando quem você é.

Por favor, reflita e aprenda a refletir!




Seu irmão,
Ricardo Sá


Presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil reflete sobre a importância do voto e participação cidadã nas eleições

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laudelinocnlbA Igreja no Brasil, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sempre se faz presente nas campanhas eleitorais com princípios, critérios e orientações aos eleitores. O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) é um desses organismos que participa de movimentos, atividades e manifestações, que contribuem com reflexões, neste momento pré-eleitoral, voltadas à defesa e promoção da vida humana e do planeta. O presidente do conselho, Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, aborda a atuação da CNLB no cenário político e chama a atenção para a importância do voto.
“O voto, desde que seja livre e consciente, é uma ferramenta fundamental para a transformação da sociedade. A escolha, não só das pessoas, mas dos programas de governos a serem implementados, passam pelo voto”, explicou Laudelino Augusto, que além de presidente do CNLB, é vice-prefeito de Itajubá (MG), faz parte da rede de assessores do Centro Nacional de Fé e Política Dom Hélder Câmara (CEFEP) e é assessor de Formação para a Missão.
A CNLB contribuiu para a efetivação da campanha ‘Voto Consciente’, lançada no dia 06 de setembro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF). “Em maio, realizamos um simpósio com o tema: ‘Fé e Política na América Latina, hoje’. Os Regionais, dioceses e entidades filiadas realizam cursos de Fé e Política, curso de capacitação para candidatos, debates, e contribuem na divulgação e aplicação da campanha ‘Voto Consciente’, somando-se campanha Voto Limpo do TSE”, elucidou.
O presidente lista uma série de características que um bom candidato ou candidata deve possuir para contribuir com uma sociedade justa, fraterna e solidária. “Um bom candidato é o que foi escolhido e indicado pela comunidade. Defende a vida em todos os seus estágios, promove os direitos humanos, e entende que deve exercer o poder como um serviço. Esse candidato deve atuar com a sociedade organizada, ser fiel às audiências públicas, ter a ficha limpa e ser um político por vocação”, disse. “Vejam a importância do voto!”, enfatizou.
Laudelino ainda afirma que a atuação política se dá em três níveis: pelo voto consciente e responsável; pela militância nos partidos, conselhos de políticas públicas e demais instâncias de ação; e sendo candidato e assumindo cargos públicos no serviço à coletividade. Para ele, “ninguém está dispensado e todos estão necessariamente comprometidos com a questão política”. “Os Documentos da Igreja usam termos como: ‘não se pode absolutamente abdicar ...’, ‘têm uma missão irrenunciável ...’, ‘não recusem cargos públicos ...’ (Cf CFL 42; CNBB 26, 300; A.A.14)’, citou.
Sobre a participação cidadã nos processos políticos, o presidente, defende que, esta, atue antes, durante, e após as eleições. “As eleições, por mais importantes que sejam, são apenas um evento dentro do processo democrático. É importante criar grupos de acompanhamento ao Legislativo e ao Executivo, participação nos conselhos, nas audiências públicas, especialmente no Orçamento Participativo, estar em dia com as obrigações de cidadania, denunciar os desvios de conduta, enfim, ser um cidadão pleno como convém aos cristãos.”
O Conselho Nacional do Laicato do Brasil
Como Organismo de Comunhão, o CNLB, como a própria CNBB, assume a política no sentido geral, incentivando aos cristãos leigos e leigas à atuação política no sentido estrito de política partidária, "campo próprio dos leigos". O CNLB tem uma Comissão Permanente de Fé e Política que cuida da formação e espiritualidade neste "vasto e complicado mundo" (EN 70). Como "membros da Igreja a todo título" (Pio XII), tudo o que diz respeito à vida e à missão da Igreja, diz respeito aos cristãos leigos e leigas.
O CNLB, por meio das Comissões Permanentes de Formação, Assessoria, Fé e Política, Juventude, Comunicação, tem contribuindo nesta conquista. Neste ano, juntamente com a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) e o Centro Nacional de Fé e Política “Dom Helder Câmara” (CEFEP), organizou e publicou a Cartilha ‘Eleições Municipais 2012: Cidadania para a Democracia’.
O CNLB ainda proporciona formação e incentiva os cristãos à participarem ativamente dos Conselhos de Políticas Públicas para ajudarem na conquista dos direitos da cidadania. “Buscamos propostas e leis coerentes e eficazes para o resgate das dívidas sociais; vida, alimentação, saúde, educação, trabalho, terra, segurança, meio ambiente saudável, lazer, transporte. Defendemos o Orçamento Participativo e a definição de políticas públicas através dos Conselhos”, explica o presidente do organismo.
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Natal sediará lançamento nacional da CF 2013



A programação de lançamento nacional da próxima Campanha da Fraternidade (CF), cuja temática será juventude, está definida. O planejamento foi feito durante reunião realizada na manhã desta quarta-feira, 19 de setembro, em Natal (RN). A próxima edição da CF, em 2013, celebra os 50 anos da criação da iniciativa.
Ao abrir a reunião, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da Arquidiocese de Natal em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo. 
O assessor da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Luiz Carlos lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral – CONSEP, da CNBB. 
Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013;  ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.
Segundo o Padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva. Também participaram da reunião o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude, Padre Carlos Sávio Ribeiro; o bispo referencial para a juventude no Regional Nordeste 2, Dom Bernardino Marchió; o bispo referencial para Campanhas para o Regional Nordeste 2, Dom Francisco Lucena; além das coordenações de Campanhas do Regional e a coordenação arquidiocesana do Setor Juventude.
Origem da CF
A primeira Campanha foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da Arquidiocese. A comunidade rural Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do Administrador Apostólico da Arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, Dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.
Fonte: Pascom da Arquidiocese de Natal