15 anos da Pastoral do Dízimo |
Um encontrão reuniu cerca de duas
pessoas, na tarde do sábado, 15 de setembro, na Catedral Metropolitana
de Natal. A finalidade foi comemorar os 15 anos de organização da
Pastoral do Dízimo na Arquidiocese.
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Fotos: José Bezerra |
Ornamentação, na Catedral, em comemoração aos 15 anos da Pastoral do Dízimo |
Randenclécio Xavier, da coordenação arquidiocesana |
Léia, da dupla Léia e Sônia, na animação do Encontrão do Dízimo |
Homenagem à Bíblia Sagrada |
Pe. Francisco das Chagas de Souza, Vigário Episcopal Urbano |
Fernando Vieira, primeiro coordenador arquidiocesano do Dízimo |
Cerca de 2 mil pessoas participaram do Encontrão |
Randenclécio Xavier e Elaine, atuais coordenadores arquidiocesanos, entregam comenda ao primeiro coordenador, Fernando Vieira |
Zonais apresentam, por meio de faixas, ações realizadas e que contemplam a Dimensão Social do Dízimo |
Antônio Rodrigues e Luiza, casal que também coordenou a Pastoral do Dìzimo, em nível arquidiocesano |
Padre Jerônimo Gasques, da Diocese de Presidente Prudente - SP, ministrou palestra, durante o Encontrão |
O coordenador administrativo da Arquidiocese, Vital Bezerra, também recebeu homenagem, nos 15 anos da Pastoral do Dízimo |
Cruzes do Dízimo, que peregrinaram em toda a Arquidiocese, durante este ano de 2012 |
O Encontrão foi encerrado com a celebração eucarística |
A missa foi presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha (direita), concelebrada pelo Arcebispo emérito, Dom Heitor Sales, e vários sacerdotes |
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Bispos de Natal e do Haiti se encontram na Cruz Vermelha |
O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira
Rocha, e o Bispo de Jeremy, Haiti, Monsenhor Joseph Gontrand Dècoste,
se encontraram nesta segunda-feira, 17 de setembro, às 9h30, na sede da
Cruz Vermelha Estadual, que tem como presidente Francisca Montenegro. O
Bispo haitiano veio agradecer à Cruz Vermelha e a todas as
instituições que enviaram donativos ao Haiti, em 2010, para socorrer o
País, devastado por um terremoto. Falando aos presentes, Monsenhor
Joseph Gontrand disse que só tinha uma palavra: “muito obrigado pela
solidariedade do povo brasileiro para com o nosso País”.
Na ocasião, Dom Jaime Vieira Rocha, ao saudar o bispo haitiano, falou sobre o significado da solidariedade para o ser humano. “Fazemos isto, não esperando uma recompensa, mas pelo nosso sentimento de humanidade. E ficamos felizes com este gesto bonito do Monsenhor Joseph Gongrand, de vir pessoalmente agradecer pela ajuda recebida”, disse Dom Jaime. E acrescentou: “Receba de nós, brasileiros, esta palavra de conforto e de estimulo, no sentido de que o País e o povo do Haiti se recuperem logo do sofrimento. O terremoto também foi particularmente sofrido, para nós, brasileiros, pois perdemos a Dra.Zilda Arns, da Pastoral da Criança”. Em nome da Cruz Vermelha, a presidente, Francisca Montenegro, agradeceu a presença de todos e apoio recebido. |
Foto: José Bezerra |
Da direita: Dom Jaime Vieira e Monsenhor Joseph Gontrand |
10:39 | Postado pela Assessoria de Comunicação CNBB NE2
Mortalidade materna
Entre as sugestões aos candidatos que disputam a(s) prefeitura(s), as igrejas cristãs defendem a qualificação da saúde da gestante e do nascituro, evitando o aborto e a mortalidade infantil e maternal. A política pública nesta área pode contar com a experiência exitosa da Pastoral da Criança que celebra 25 anos de presença na Paraíba.
O recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das
Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Fundo de População das
Nações Unidas e do Banco Mundial revela que, de 1990 a 2010, as mortes
maternas diminuíram de 120 para 56, por 100 mil nascimentos (51%)! A OMS
considera “morte materna” o óbito de uma mulher durante a gestação ou
até 42 dias após o parto. As causas variam, entre os fatores
relacionados e agravados pela gravidez, ou por medidas tomadas em
relação a ela. Não são consideradas, no caso, mortes provocadas por
fatores acidentais. Não é legítimo afirmar que todas as mortes sejam
causadas por práticas de aborto.
Entre as “Metas do Milênio” promulgadas pela ONU, a redução da
mortalidade materna deve atingir, até 2015, a meta de (ao menos) 35
mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos. O Brasil mostra
progressos nesta importante meta de saúde da mulher. De acordo com dados
recentes do Ministério da Saúde, de 1990 a 2010, a taxa caiu de 141
para 68 mortes de mulheres para 100 mil nascidos vivos. Essa taxa ainda
deve ser trabalhada pela erradicação da mortalidade maternal. Note-se
que, não obstante o relatório da OMS considerar positiva a posição do
Brasil, nós precisamos avançar na qualidade de vida da mulher para
cumprir a Meta do Milênio proposta pela ONU. Essa meta diz respeito à
proteção à vida da gestante e do nascituro, da mãe e da criança.
A Pastoral da Criança dá máxima importância ao aleitamento materno para a
vida saudável do bebê e da própria mãe, pois que, se nos quatro
primeiros meses faltar o leite materno para o bebê, todo o seu
desenvolvimento ficará comprometido. Será muito difícil articular o seu
sistema cerebral com suas atividades produtivas. Isto significa que, sem
uma quantidade suficiente do leite materno nos primeiros meses de vida,
a criança pouco aprenderá. Seu raciocínio será lento e suas atividades
estarão sujeitas a retardamentos. Pelo resto da vida adulta o seu
sistema imunológico ficará fragilizado. Essa limitação pode e deve ser
evitada para qualquer ser humano! A amamentação traz grande prazer para a
mãe e para o bebê. Neste momento, a mãe transmite o seu afeto gerador
de segurança para o bebê, transmitindo-lhe sentimento de pertença. O
calor humano desejado pela criança é o mesmo da mãe, doando-se toda ao
filho.
Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.
Mensagem do dia
Segunda-Feira, 17 de setembro 2012
A quem você quer servir? Agora é o momento da escolha, da opção. Diga comigo: "É o momento da minha escolha entre um lado e outro. Dá-me, Maria, a graça de optar bem".
Deus, por intermédio de Moisés, preparou Josué. Este era jovem e já estava na condução do povo de Deus. Moisés disse a ele: "Foi Deus quem te escolheu, Josué". Diga comigo: "Foi Deus quem me escolheu. Eu tenho um povo para o qual Deus já me escolheu. Não sou um qualquer. É a minha missão". Josué atravessou o Rio Jordão miraculosamente e quando chegou do lado de lá, viu que a terra estava toda habitada, tinha donos, tinha reis. Deus mostrou-lhe que vida de escravidão produz vícios, pecados, erros e dependência. Foram 400 anos de escravidão do povo hebreu, que vivia a idolatria e os costumes dos povos escravizadores. Tudo aquilo tinha de mudar. O Senhor tinha de obter deles uma escolha. Movido por Deus, Josué é muito franco com eles exortando-os: "Escolhei hoje a quem quereis servir".
Hoje, eu também preciso dizer a você: "A quem você quer servir? Qual é a sua escolha, qual a sua opção?" O Senhor está dizendo que tudo precisa mudar, porque você é um escolhido, um eleito.
Josué disse: "Quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor". O líder estava resolvido. Eu dou o testemunho de minha opção, como Josué fez, pois o importante para Deus e para o povo, para o qual você é chamado, é a sua opção. Responda do fundo do seu coração. Graças a Deus, aquele povo respondeu com firmeza: "Longe de nós abandonarmos o Senhor". Atrás daqueles ídolos e imagens de ídolos se escondiam o demônio. As coisas que os pagãos sacrificam aos ídolos, na verdade, eles sacrificam-nas aos demônios. E São Paulo diz: "Eu não posso permitir que vocês tenham comunhão com o demônio". Sabe por que, meus irmãos? Esses ídolos são produtores de pecados, de vícios. E como Jesus disse: "Vós não podeis servir a dois senhores". "Eu sou o único", diz o Senhor. Irmãos, como sempre afirmo, não há "coluna do meio".
Infelizmente, muitos estão servindo a outro senhor, que é um produtor em alta escala de pecados na área da sexualidade, gerando corrupção, contestação quanto aos valores cristãos e contra os pais, insatisfação, falta de sentido para a vida, e tudo isso gera muita revolta em nosso interior. Tudo isso é subproduto do maligno e a mídia mostra, incentiva e aplaude tudo isso. Eles estão fazendo tudo isso, não para servir a Deus, mas para servir ao demônio.
Deus não quer que nós tenhamos comunhão com os demônios! Se você vive mal seu namoro, seu casamento, seu trabalho, se vive o orgulho, o adultério, a corrupção, a hipocrisia... Pecado é pecado! E não dá para medi-lo, assim como nós não brincamos com nódulos, que podem ou não ser cancerígenos, não podemos brincar com o pecado e manter comunhão com ele; mesmo que este pareça insignificante. Como disse: pecado é pecado!
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
A quem você quer servir? Agora é o momento da escolha, da opção. Diga comigo: "É o momento da minha escolha entre um lado e outro. Dá-me, Maria, a graça de optar bem".
Deus, por intermédio de Moisés, preparou Josué. Este era jovem e já estava na condução do povo de Deus. Moisés disse a ele: "Foi Deus quem te escolheu, Josué". Diga comigo: "Foi Deus quem me escolheu. Eu tenho um povo para o qual Deus já me escolheu. Não sou um qualquer. É a minha missão". Josué atravessou o Rio Jordão miraculosamente e quando chegou do lado de lá, viu que a terra estava toda habitada, tinha donos, tinha reis. Deus mostrou-lhe que vida de escravidão produz vícios, pecados, erros e dependência. Foram 400 anos de escravidão do povo hebreu, que vivia a idolatria e os costumes dos povos escravizadores. Tudo aquilo tinha de mudar. O Senhor tinha de obter deles uma escolha. Movido por Deus, Josué é muito franco com eles exortando-os: "Escolhei hoje a quem quereis servir".
Hoje, eu também preciso dizer a você: "A quem você quer servir? Qual é a sua escolha, qual a sua opção?" O Senhor está dizendo que tudo precisa mudar, porque você é um escolhido, um eleito.
Josué disse: "Quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor". O líder estava resolvido. Eu dou o testemunho de minha opção, como Josué fez, pois o importante para Deus e para o povo, para o qual você é chamado, é a sua opção. Responda do fundo do seu coração. Graças a Deus, aquele povo respondeu com firmeza: "Longe de nós abandonarmos o Senhor". Atrás daqueles ídolos e imagens de ídolos se escondiam o demônio. As coisas que os pagãos sacrificam aos ídolos, na verdade, eles sacrificam-nas aos demônios. E São Paulo diz: "Eu não posso permitir que vocês tenham comunhão com o demônio". Sabe por que, meus irmãos? Esses ídolos são produtores de pecados, de vícios. E como Jesus disse: "Vós não podeis servir a dois senhores". "Eu sou o único", diz o Senhor. Irmãos, como sempre afirmo, não há "coluna do meio".
Infelizmente, muitos estão servindo a outro senhor, que é um produtor em alta escala de pecados na área da sexualidade, gerando corrupção, contestação quanto aos valores cristãos e contra os pais, insatisfação, falta de sentido para a vida, e tudo isso gera muita revolta em nosso interior. Tudo isso é subproduto do maligno e a mídia mostra, incentiva e aplaude tudo isso. Eles estão fazendo tudo isso, não para servir a Deus, mas para servir ao demônio.
Deus não quer que nós tenhamos comunhão com os demônios! Se você vive mal seu namoro, seu casamento, seu trabalho, se vive o orgulho, o adultério, a corrupção, a hipocrisia... Pecado é pecado! E não dá para medi-lo, assim como nós não brincamos com nódulos, que podem ou não ser cancerígenos, não podemos brincar com o pecado e manter comunhão com ele; mesmo que este pareça insignificante. Como disse: pecado é pecado!
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
domingo, 16 de setembro de 2012
PAPA BENTO XVI: O DISCÌPULO MISSIONÁRIO
O Papa Bento XVI é o correspondente de Jesus Cristo no mundo. Ele é o grande discípulo missionário da atualidade. Temos que seguir esse exemplo nos setores missionários. A paz e harmonia é o que temos de melhor no mundo cristão para oferecer aos irmãos afastados.
09:44 | Postado pela Assessoria de Comunicação CNBB NE2
Em visita ao Líbano, Papa Bento XVI destaca coragem dos jovens sírios
Uma multidão em festa acolheu Bento XVI para seu último compromisso este
sábado em terras libanesas: o encontro com os jovens do Líbano e do
Oriente Médio no Patriarcado Maronita de Bkerké.
Tratou-se de um encontro como “de pai para filho”, aberto e franco, em
que os jovens libaneses falaram sem máscaras dos problemas e dos
desafios que os angustiam; Bento XVI os ouviu e os aconselhou,
dirigindo-lhes uma palavra de esperança.
O encontro se realizou em forma de Celebração da Palavra. Teve início
com a saudação do Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Béchara Boutros
Rai, e do Arcebispo de Saida dos Greco-melquitas, Dom Elie Haddad, que
garantiu a presença de um grupo de jovens do Oriente Médio na Jornada
Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013, evento para o qual já
estão se preparando.
A seguir, foi a vez do testemunho dos jovens: “Nós, jovens do Oriente
Médio, estamos hoje mergulhados em um mar de dificuldades, de apreensões
e de temores”, disseram a Bento XVI.
Eles falaram de conflitos, de ódio, de sofrimento, de desemprego, de
falta de perspectivas, de emigração. Diante da realidade, o anseio:
“Aspiramos à paz e sonhamos com um futuro sem guerras; um futuro onde
desempenharemos um papel ativo, onde trabalharemos com nossos irmãos,
jovens de diferentes religiões, construindo a civilização do amor,
edificando pátrias onde os direitos do homem e sua liberdade são
respeitados, onde sua dignidade é protegida.”
Nós, jovens da Igreja de hoje, queremos ser um sinal de esperança para
toda a região, e testemunhar o amor de Deus, que é mais forte que a
morte.
Ao Papa, eles garantiram sua fé e sua confiança na Igreja, que são grandes apesar dos desafios e das crises.
“Nós lhe pedimos que vele sempre sobre a Juventude do Líbano e do
Oriente Médio, que seja uma fonte constante de apoio e de encorajamento
para que nós continuemos nossa missão nesta região.”
A presença de Bento XVI no Líbano, a despeito das nossas circunstâncias,
é um desafio à lógica da guerra e do desespero; ela é um sinal de paz e
de esperança.
O Pontífice, por sua vez, não deixou os jovens desiludidos. Declarou-se
consciente das dificuldades que devem enfrentar devido à falta de
estabilidade e segurança. Todavia, este contexto não deve impelir a
juventude a provar o «mel amargo» da emigração, com o desenraizamento e a
separação em troca dum futuro incerto.
Bento XVI garantiu que os jovens ocupam um
lugar privilegiado no seu coração e na Igreja inteira, porque a Igreja é
sempre jovem. "Sede jovens na Igreja. Sede jovens com a Igreja."
Citou as palavras de seu predecessor: "Não tenhais medo! Abri as portas
de vossas almas e de vossos corações a Cristo". Nele, encontrarão a
força e a coragem para avançar nos caminhos da sua vida, superando as
dificuldades e o sofrimento.
As frustrações presentes não devem levar a buscar refúgio em mundos
paralelos, como por exemplo o mundo das drogas de todo o tipo ou o mundo
triste da pornografia. Quanto às redes sociais, são interessantes,
disse o Papa, mas podem, com facilidade, levar à dependência e à
confusão entre o real e o virtual. Outra tentação é representada pelo
dinheiro. Ponham de lado o que é ilusório, aparência e mentira.
Sede os portadores do amor de Cristo. Fazei a revolução do amor. É bom
comprometer-se com os outros e pelos outros. A fraternidade é uma
antecipação do Céu. Sede os mensageiros do Evangelho da vida e dos
valores da vida; resisti corajosamente a tudo o que a nega: o aborto, a
violência, a rejeição e o desprezo do outro, a injustiça, a guerra. O
perdão e a reconciliação são caminhos de paz, e abrem um futuro.
Sobre a Exortação apostólica Ecclesia in Medio Oriente, assinada esta
sexta-feira, o Pontèifice recordou que esta carta destina-se "também a
vós, queridos jovens. Procurai lê-la com atenção e meditá-la, para a pôr
em prática".
Nas saudações finais, o Papa recordou os milhões de pessoas que formam a
diáspora libanesa e mantêm laços sólidos com o seu país de origem.
Saudou ainda os jovens muçulmanos que também estavam presentes esta
tarde. “Com os jovens cristãos, sois são o futuro deste país maravilhoso
e de todo o Médio Oriente. Procurai construi-lo juntos! É preciso que o
Oriente Médio inteiro, pondo os olhos em vós, compreenda que os
muçulmanos e os cristãos, o Islã e o Cristianismo, podem viver juntos,
sem ódio e no respeito das crenças de cada um, para construírem juntos
uma sociedade livre e humana”.
Antes da oração dos féis e do Pai-Nosso, Bento XVI saudou outro grupo
presente neste encontro: jovens vindos da Síria. “Quero dizer-vos o
quanto admiro a vossa coragem. Dizei em vossa casa, aos vossos
familiares e aos vossos amigos que o Papa não vos esquece. Dizei ao
vosso redor que o Papa está triste por causa dos vossos sofrimentos e
lutos. Não esquece a Síria nas suas orações e preocupações. Nem esquece
as populações do Médio Oriente que sofrem. É tempo que muçulmanos e
cristãos se unam para pôr termo à violência e às guerras”.
Fonte: Rádio Vaticano
APARÊNCIAS
10:24 | Postado pela Assessoria de Comunicação CNBB NE2
Formalidades e aparências
É muito comum haver pessoas cujo comportamento é marcado por
formalidades, nas quais a preocupação pelas aparências é visível. Com
efeito, muitas vezes, o convívio humano é marcado por formalidades que
abafam a espontaneidade das pessoas, maquiam a sua autenticidade e ferem
a verdade; embora saibam que “as aparências enganam”, alimentam esse
procedimento.
Jesus, especialmente, ao anunciar a Boa Nova ao povo, encontrou
fariseus, mestres e doutores da lei, profundamente arraigados na
observância formal de preceitos desprovidos de sentido religioso. (cf.
Mc 7,1-8) Por essa razão, eles criticavam Jesus e seus apóstolos por não
observarem as prescrições legais sobre práticas que faziam parte do dia
a dia de qualquer judeu. A reação de Jesus, algumas vezes veementemente
dura, era imediata porque enxergava na atitude desses homens, de forma
muito evidente, uma falta de autenticidade, via logo a inverdade de seus
ensinamentos e sempre cultivadores das aparências. Consideravam-se um
centro de referência para as pessoas, por isso, faziam questão de chamar
a atenção sobre si, onde estivessem - na rua, no templo, nos banquetes,
como mostram os Evangelhos. “Depois Jesus falou às multidões e aos
discípulos. Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés
para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai,
mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram
fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles
mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas
ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com
trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas. Gostam do lugar de
honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas, de serem
cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de ‘rabi’, pois
um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos.” (Mt 23, 1-7)). Todavia, a
palavra de Jesus não visava apenas a condenação das atitudes formais e
das aparências enganosas desss homens da lei. Ele ajudou as pessoas a
distinguirem a verdade da palavra, daí a necessidade de observá-la, e a
inautenticidade daqueles que a anunciam, por isso, o dever de não
segui-los: “tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não
imiteis suas ações!”
Os fariseus, mestres e doutores da lei continuam tendo seguidores, no
mundo de hoje, no campo da religião, da educação, da política, da
administração. De conformidade com o perfil das pessoas e com a natureza
das ações que praticam, por exemplo no campo da religião,
necessariamente, haverá mal-estar e desgaste na comunidade. Assim, o
povo identifica logo a ação do ministro ordenado, da pessoa de vida
consagrada ou do simples fiel, quando é considerada incompatível com seu
estado de vida. Há atitudes dessas pessoas que escandilizam a
comunidade porque, como os fariseus, “falam e não praticam”.
Atitudes semelhantes também se encontram em personagens do universo da
política e da administração. Há muito comportamento farisáico nos seus
quadros. Mais do que isso, valem-se da posição que ocupam e da função
que exercem e, em se tratando do Poder Público, a que acedem, mediante o
voto popular, para subjugarem e dominarem pessoas e instituições,
embora apresentem-se como servidores.
Nesse período eleitoral, a linguagem de muitos candidatos é tipicamente
farisáica porque porque contém o vício do engano. Sabem que, na cata do
voto, podem dizer tudo que querem e o eleitorado, ao ouví-los, quase
sempre, peca pela falta de discernimento, diante de promessas
mirabolantes.
Dom Genival Saraiva de França
é Bispo da Diocese de Palmares - PE; Presidente da Conferência Nacional
de Bispos Regional Nordeste 2 (CNBB NE2), Responsável pela Comissão
Regional de Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz;
Diretor presidente do Conselho de Orientação do Ensino Religioso do
Estado de Pernambuco (CONOERPE); Membro efetivo do Conselho Econômico da
CNBB NE2.
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