AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE
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Por: Marilza Shuina em 2/1/2014
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Fundamentadas em Jesus Cristo, iluminadas pelo Espírito Santo e tendo na Trindade o espelho, o retrato da comunidade perfeita, as – Comunidades Eclesiais de Base - CEBs “nasceram no seio da Igreja/instituição e tornaram-se um novo modo de ser Igreja”. (Doc. 25 CNBB, n. 3).
O “trem das CEBs” está a caminho. Ao seu redor desenvolve-se a ação evangelizadora da Igreja, propiciando a renovação das paróquias e dos trabalhos pastorais, numa crescente comunhão e participação, encarnadas na realidade, tendo a Palavra de Deus como companheira inseparável. “Células vivas da Igreja”, as CEBs são o jeito pelo qual a Igreja concretiza a “opção preferencial pelos pobres” e em sua “fome e sede de justiça”, têm encontrado caminhos de uma prática ecumênica concreta. “Desenvolvem, ainda, um fenômeno de intercomunicação participativa e da formação do senso crítico diante da massificação dos meios de comunicação. (...) São uma alternativa de educação para os que buscam uma sociedade nova, onde o individualismo, a competição e o lucro cedem lugar à justiça e à fraternidade.” (Doc. 25. CNBB, n.40)“O novo que as CEBs trouxeram foi o fato de oferecerem, dentro da Igreja, um espaço para o próprio povo simples participar da evangelização da sociedade através da luta pela justiça. Nesse sentido, as CEBs têm se manifestado como lugar privilegiado de educação para a justiça e como instrumento de libertação”. (Doc. 25. CNBB, n. 63). Um jeito de percebermos esse compromisso profético das CEBs é através das temáticas de reflexão e estudos dos encontros Intereclesiais que desde o seu I Encontro em 1975 explicita sua prática na pessoa e obra de Cristo: “Uma Igreja que nasce do povo pelo Espírito de Deus” e se prepara para o 13º Intereclesial: “Justiça e Profecia a serviço da vida – CEBs, Romeiras do Reino no campo e na cidade”. Fiel à pessoa e missão de Jesus Cristo e seu mistério Pascal, as CEBs incentivam à participação nas lutas por melhores condições de vida e na busca do bem comum, do “Bem Viver”; reafirmam seu compromisso com as causas sociais em todas as dimensões: econômica, política, cultural, pedagógica, litúrgica, ecológica; lutam pela justiça; promovem a defesa da vida das pessoas e da natureza; lutam a partir da fé visando a libertação. Em permanente estado de missão, as CEBs têm se comprometido com a opção preferencial pelos pobres e firmado sua identidade como discípulas missionárias de Jesus, o Filho de Deus. Agradecemos a Deus pelo dom que as Comunidades Eclesiais de Base são para a vida da Igreja no Brasil, “e pela esperança de que este novo modo de ser Igreja vá se tornando sempre mais fermento de renovação em nossa sociedade”. (Doc. 25, CNBB, n. 94). |
Marilza é Presidenta do CNLB |
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