domingo, 23 de dezembro de 2012

  • A Primeira Leitura da Missa deste Domingo é do Profeta Miquéias, que viveu no século VIII aC, no Reino de Judá, no tempo do Rei Acaz e do Rei Ezequias. Em nome do Senhor Deus, ele advertiu severamente o povo de Israel, que se encontrava em pecado: falta de piedade, ganância, injustiça, descaso para com Deus e o próximo – eis a realidade de Israel. Diante disto, o Profeta anuncia a desgraça: tanto o Reino do Norte (Israel) quanto o Reino do Sul (Judá), seriam punidos com a deportação.
    É o juízo de Deus, que castiga o Seu povo e o corrige, com vistas à conversão. Depois disto, o Senhor terá compaixão da Sua gente e a salvará. Esta salvação seria definitiva e ligada à vinda de um Rei pacífico, que apascentaria o rebanho do Senhor.
    Por que o Profeta se refere a Belém? Porque ela é a cidade de origem do Rei Davi, o filho de Jessé. Leia 1Sm 17,12.57-58. Davi é modelo do rei amigo de Deus; o Senhor prometera a Davi que sua dinastia, sua casa, permaneceria para sempre em Israel. Leia 1Sm 7 e o Sl 88/89. Os profetas anunciaram que o Messias, o Salvador de Israel, Ungido pelo Espírito do Senhor, seria descendente de Davi. Leia Jr 23,5s; Is 7,10-14; 9,1-6.
    Pense um pouco na palavra do Anjo a José: “José, filho de Davi...” (Mt 1,20). Era necessário que José assumisse a paternidade de Jesus para que Ele fosse reconhecido como descendente de Davi e, portanto, Messias de Israel! Se o “sim” de Maria foi importante para a nossa salvação, o “sim” de José é também cheio de significado.
    Deus é assim: porque nos criou livres, espera de nós uma resposta para nos fazer participantes do seu plano de amor e salvação para o mundo.
  • Estamos no Quarto Domingo do Advento, na Semana Santa do Natal. Tudo, na liturgia, nos coloca diante do mistério do Filho de Deus igual ao Pai, que Se fez homem para nos salvar!
    É preciso calar o coração, é necessário deixar de lado os pensamentos mundanos e supérfluos para, serenamente, concentrar nossa atenção e nosso afeto neste Mistério tão grande: o Deus infinito fez-Se finito, pequeno, limitado; o Deus eterno entrou no nosso tempo, na nossa história, o Deus onipotente fez-Se frágil criança; Aquele que sustenta o mundo veio ser sustentado pela Virgem e José, seu esposo.
    No santo Natal nós contemplaremos a bondade, a doçura, a misericórdia, a mansidão, a benignidade do nosso Deus, feito pequenininho, feito criancinha indefesa, para que o homem saiba que não está sozinho, que não é um esquecido da vida: Deus está conosco – seu nome é Emanuel!

"Deus é acolhimento e alegria": Papa pede que visitemos presos, doentes e idosos no Natal



Cidade do Vaticano (RV) - “Imitemos Maria no tempo de Natal, visitando as pessoas com problemas”. Com estas palavras, o Papa comentou no Angelus o Evangelho deste IV domingo de Advento, que precede de poucos dias o Natal do Senhor, em que é narrada a visita de Maria à sua prima, Isabel.
Diante de milhares de fiéis que participaram do encontro e receberam sua bênção na Praça São Pedro, o Papa disse que “nas duas mulheres se encontram e se reconhecem, antes de tudo, os frutos de seus ventres: João Batista e Cristo”.
“Imitemos Maria neste tempo de Natal, visitando aqueles que vivem com dificuldades, como por exemplo, os doentes, os encarcerados, os idosos e as crianças”.
“A cena da Visitação expressa também a beleza da acolhida: aonde existe acolhida recíproca, a escuta, o ‘ceder espaço ao próximo’, está Deus e a alegria que vem Dele”.
“A mais idosa, Isabel, simboliza Israel que aguarda o Messias, enquanto a jovem Maria traz consigo a concretização daquela espera, para o bem de toda a humanidade”.
As duas mulheres, ambas grávidas, encarnam a espera e o Esperado – disse o Papa, convidando a olharmos também para Isabel:
“Imitemos também Isabel, que acolhe o hóspede como o próprio Deus. Sem desejá-lo, não conheceremos jamais o Senhor; se não O esperarmos, não O encontraremos; se não O procurarmos não O descobriremos”.
Este episódio não foi um gesto de mera cortesia, mas retratou com simplicidade o encontro do Antigo com o Novo Testamento.
“A exultação de João no ventre de Isabel é o sinal da realização da espera: Deus está para visitar seu povo”.
“Na Anunciação – prosseguiu o Pontífice – o arcanjo Gabriel havia falado com Maria sobre a gravidez de Isabel como prova da força de Deus: a esterilidade, apesar da idade avançada, se transformara em fertilidade. Acolhendo Maria, Isabel reconhece que se está realizando a promessa de Deus à humanidade e exclama: “Bendita tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”.
Partindo daí, o Papa fez o seguinte convite:
“Rezemos para que todos os homens procurem Deus e descubram que é o próprio Deus que antes nos vem visitar. Com a mesma alegria de Maria que corre para visitar Isabel, vamos também nós ao encontro do Senhor que vem” – concluiu Bento XVI.
Depois da oração mariana, foi a vez das saudações em várias línguas: em polonês, o Papa se dirigiu particularmente “às pessoas que se sentem sozinhas, aos doentes, àqueles que enfrentam dificuldades”, desejando “paz, calor humano e amor; a todos a esperança, o perdão e a reconciliação”.
Em francês, o Papa reiterou que a Encarnação de Jesus está “no coração de nossa fé”. Em inglês, pediu que “se faça espaço nos corações para acolher o Deus que vem”. Em espanhol, fez um encorajamento a compartilhar a alegria de Natal. Enfim, em italiano, os votos de um bom domingo e muita serenidade nas próximas festividades de Natal.

O Evangelho da graça de Deus é: Deus ama todo homem e toda mulher. E Ele nos ama, pois vê em cada um de nós, a face de seu Filho amado.

Natal: "Povos e indivíduos se esforcem mais pela paz"



Istambul (RV) – Neste tempo de Natal, vários líderes cristãos publicam suas mensagens e reflexões. Acaba de ser divulgada a do Patriarca ortodoxo ecumênico Bartolomeu I, em que ele reflete sobre a real vontade dos homens de se pacificar: “A paz veio à terra através da reconciliação de Deus e dos homens na pessoa de Jesus, mas nós, homens, infelizmente não estamos reconciliados entre nós. Vemos e vivemos guerras e ameaças de guerra na terra”.

O Patriarca pede que todas as pessoas de boa vontade e os governos colaborem para realizar a paz na terra, “a paz que os Anjos anunciaram e que o Menino Jesus trouxe”. “Devemos insistir uns com os outros para que povos e indivíduos façam esforços para mitigar as consequências humanas das grandes desigualdades e seja reconhecido o direito dos mais pobres de ter acesso aos bens indispensáveis para viver”.

Bartolomeu I proclamou 2013 como Ano da Solidariedade universal, na esperança de “sensibilizar os corações da comunidade humana sobre o problema da grande e imensa pobreza e para a necessidade de adotar medidas para saciar os famintos e os pobres”.(CM)

sábado, 22 de dezembro de 2012

CNBB cria Comissão Especial para os Bispos Eméritos
20/12/2012
Da Redação






Por iniciativa da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, foi criada na última quarta-feira, 19 de dezembro, a Comissão Especial para os Bispos Eméritos. Esta é a terceira comissão especial da Conferência, que já conta com uma para acompanhar a realização da Missão Continental e outra para a Amazônia.

O núcleo voltado para os Bispos Eméritos, cujo presidente será o Arcebispo Emérito de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Magela, terá como principais atribuições: “acompanhar os bispos eméritos; apoiar e dar assistência aos mesmos; ser elo de comunicação entre os bispos e bispos eméritos; atender às necessidades dos eméritos que não sejam supridas pelas respectivas dioceses"

Veja a íntegra do documento que cria, oficialmente, a Comissão Especial.

Brasília/DF, 19 de dezembro de 2012

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, no exercício de suas atribuições e nos termos do Art. 49,k do Estatuto Canônico da CNBB, nomeia a COMISSÃO ESPECIAL PARA OS BISPOS EMÉRITOS constituída pelos seguintes membros:

Bispos:

Dom Geraldo Cardeal Magela Agnelo – Presidente
Dom Albano Cavalin
Dom Lelis Lara, C.S.s.R
Dom Angélico Sandalo Bernardino
Dom Augusto Alves da Rocha
Dom Esmeraldo de Farias

Secretário:
Padre Valdecir Ferreira

Ligada à Presidência da CNBB, a Comissão terá como atribuições: acompanhar os bispos eméritos; apoiar e dar assistência aos mesmos; ser elo de comunicação entre os bispos e bispos e os bispos eméritos; atender às necessidades dos eméritos que não sejam supridas pelas respectivas dioceses.

Cardeal Raymundo Damasceno de Assis
Arcebispo de Aparecida (SP)
Presidente da CNBB

José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luis (MA)
Vice-Presidente da CNBB

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário Geral da CNBB


* Fonte: CNBB

Maria tem um único Filho, Jesus, mas, n’Ele, a sua maternidade espiritual estende-se a todos os homens que Ele veio salvar.