sábado, 6 de outubro de 2012

CAMPANHA “VOTO CONSCIENTE – ELEIÇÕES 2012”

As eleições municipais são um momento fundamental para a consolidação de uma democracia a serviço da população. Nelas entram em disputa os projetos que discutem os problemas mais próximos do povo do campo e da cidade. Elas são o momento eleitoral de maior participação, porque os/as candidatos/as ficam mais visíveis no cotidiano da vida dos eleitores e eleitoras. Por isso, a missão de votar bem nestas eleições não pode ser ignorada por nenhum eleitor.
Votar bem significa, antes de tudo, colocar na urna o voto limpo e, com ele, a consciência de que cada voto tem consequências para a vida do povo e o futuro do país.
Para o cristão, viver o processo político com dignidade é viver o mandamento da caridade, como real serviço ao “outro”. A missão do eleitor vai muito além do ato de votar. É seu dever também acompanhar os eleitos, seguindo os seus passos após as eleições.
Cinco modos de seu voto consciente ajudar a construir cidadania
1.                  Agir coletivamente
O tempo das eleições pode nos ajudar na reflexão e cons­trução de novas práticas frente à democracia, valorizando o agir coletivo, que tem sua base na comunidade. É nas comunidades ou nos organismos da sociedade civil, que o povo se constitui como sujeito do processo político. Buscar a construção dessa consciência coletiva é fundamental para a conquista do bem comum, meta de toda ação política verdadeira.
2.                  Formar para a participação
Desencanto e descrédito têm marcado a política em nosso país. Causas para isso não faltam. O que fazer, então? Cruzar os braços? Ignorar? Não! O remédio é a participação de todos, especialmente dos jovens. O novo que queremos só virá com a nossa participação individual e coletiva. Há experiências positivas em várias cidades que mostram a força da comunidade quando o povo se organiza e participa.
3.                  Conscientizar para o voto cidadão
O voto tem relação com o bem comum e gera profundas consequências para a vida das pessoas em qualquer cidade e no campo. Se você ainda não está convencido disso, leia mais sobre o verdadeiro sentido da política. Além disso, troque ideias com outras pessoas; participe de debates, palestras, seminários.
Para as eleições deste ano, procure entender as funções que estão em jogo: prefeito, vice-prefeito, vereador. Assim você perceberá melhor se as práticas dos agentes políticos são coerentes ou não com suas funções.
Contra os candidatos corruptos, use a Lei da Ficha limpa, criada em 2010. Ela torna inelegíveis candidatos com passado sujo, com improbidades, crimes etc. O momento das eleições é muito importante para conhecer a ficha dos candidatos. Ficha suja não merece crédito e nem voto! Use também a Lei 9.840, em vigor desde 1999. Ela combate a compra de votos e o uso da máquina administrativa pelos candidatos.
4.                  Construir estruturas de participação permanente
O momento eleitoral é excelente oportunidade para se constituírem instrumentos de participação democrática no Município, que vão além da Democracia Representativa. Por isso, precisamos participar nos Conselhos garantidos pela Constituição Cidadã: educação, saúde, assistência social, idoso, mulher, criança e adolescente etc.. Exija o Orçamento Participativo no seu município e elimine a política de favores e o clientelismo; acompanhe os poderes constituídos formando grupos que participem das reuniões da Câmara; faça a mesma coisa com o Executivo.
5.                  Agir localmente, pensando globalmente
As eleições municipais nos ajudam a agir localmente, mas pensando globalmente. Por isso, tenha sempre presentes as grandes questões nacionais como: a revisão do modelo econômico e da forma de consumo; a busca de uma nova forma de encarar o trabalho, entendido como direito humano fundamental; a defesa da vida em todas as suas formas e dimensões; o acesso à terra e ao solo urbano por meio da Reforma Agrária; a democratização dos meios de comunicação; a Reforma Politica; a ecologia.
Fonte: Site da CNBB – www.cnbb.org.br

Meio Milhão de Catecismos para os Jovens

Meio Milhão de Catecismos para os Jovens
Mesmo sem saber, a nova geração tem sede da vida. Precisamos apresentar a essa geração a fonte que não seca.
A Ajuda à Igreja que Sofre doará, com a ajuda de seus benfeitores, meio milhão de Catecismos YouCat para os jovens. O pedido dos livros já foi feito. Mais uma vez essa Obra de Amor conta apenas com a caridade dos corações corajosos que se arriscam a doar um pouco do que tem para enraizar Deus nos jovens brasileiros.
Por que a Ajuda à Igreja que Sofre arrisca tanto? A AIS não aprova seus projetos baseada no que ela pode fazer, ela aprova seus projetos baseada no que ela tem que fazer. Podemos fazer tudo pelo poder de Deus! Ele nos dá a força!
Se cada um fizer a sua parte, muito em breve meio milhão de jovens receberão o Catecismo YouCat, aprenderão mais sobre a sua fé e se apaixonarão por Cristo e pela Igreja. E o mais importante desta campanha: esses quinhentos mil jovens brasileiros serão fermento entre tantos outros jovens da nossa nação. Vamos reconquistar o Brasil para Cristo?!

"Não existe prioridade maior do que esta: reabrir ao homem atual o acesso a Deus, ao Deus que fala e nos comunica o seu amor para que tenhamos vida em abundância." Bento XVI (Carta Apostólica Verbum Domini)

Minuto com Deus


Minuto com Deus
Por vezes, palavras ditas de um coração próximo de Deus mudam nosso estado de espírito para melhor. A palavra pronunciada tem o poder de curar magoas, cicatrizar feridas e trazer de volta a dignidade e esperança.
Padre Evaristo Debiasi, assistente eclesiástico da Ajuda à Igreja que Sofre do Brasil, usa de suas palavras e do seu testemunho próprio de vida cristã para mostrar as "pequenas vias" de acesso a Deus, e assim alcançar a verdadeira alegria.
    Home > Igreja > 06/10/2012 14:10:06
A+ A- imprimir



Dia 11 começa o Ano da Fé


Cidade do Vaticano (RV) - Na próxima quinta-feira, dia 11 de outubro, o Santo Padre presidirá uma celebração eucarística no início do Ano da Fé e o 50° aniversário do Concílio Vaticano II. Foram convidados para concelebrar a Missa os líderes das Igrejas Orientais Católicas e os Presidentes das Conferências Episcopais do mundo todo, mas também os 69 prelados, que participaram do Concílio Vaticano II. Doze deles já confirmaram presença.

Entre os Padres conciliares que estarão em São Pedro para a solene celebração, haverá três prelados da América Latina, dois brasileiros: o Cardeal Serafim Fernandes de Araújo, Arcebispo emérito de Belo Horizonte; Dom José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago, Bispo emérito de Iguatu, Ceará, e um mexicano, Dom José de Jesús Sahagún, de la Parra, Bispo emérito de Ciudad Lázaro Cárdenas, Michoacán.

No dia seguinte, dia 12 de outubro, Bento XVI convida os Padres conciliares para celebrar uma Santa Missa juntos, no túmulo de São Pedro. (SP)
     Home > Igreja > 06/10/2012 14:12:05
A+ A- imprimir



Líbano: a difusão da “Ecclesia in Medio Oriente”


Beirute (RV) – Comunidades cristãs e muçulmanas lêem, difundem, copiam e estudam a Exortação Apostólica sinodal “Ecclesia in Medio Oriente”, entregue pelo Papa Bento XVI durante sua recente viagem ao Líbano. Como informam fontes locais da Agência Fides, a difusão do documento acontece no Líbano, e também na Síria, Jordânia e Terra Santa. Fiéis cristãos de todas as confissões, à espera da publicação do documento oficial em árabe por parte da Livraria Editora Vaticana, imprimem o texto a partir do site do Vaticano, fazem cópias, lêem e estudam em diversas comunidades.

“Lê-se com avidez e com muito interesse” – explica à Agência Fides o leigo católico Wissam Lahham, membro da “Assembly of Eastern Christians”, Ong cristã sediada em Beirute, que atua com projetos em favor das comunidades cristãs no Oriente Médio. Lahham explica: “Comunidades muçulmanas estão estudando o texto e o apreciam muito. Cristãos de todas as confissões, católicos, ortodoxos e protestantes, frisam um ponto muito importante: o convite a ‘Não terem medo', a viverem no Oriente Médio construindo a paz e a convivência. É uma frase fundamental que permanece impressa nas mentes dos cristãos, no contexto em que vivemos hoje”.

“A Ecclesia in Medio Oriente – conclui – nos ensina que somos portadores de esperança, apesar da precariedade e do sofrimento. Também nestes tempos difíceis, sabemos que depois das trevas vem a Ressurreição. É um documento que dá muita esperança aos cristãos nesta região”.

Na Síria, a difusão é ainda mais difícil por causa do conflito, mas está sendo feito um trabalho ecumênico de conhecimento do conteúdo do documento. Na Terra Santa, como comunica à Fides o Patriarcado de Jerusalém, um dos frutos da visita de Bento XVI é o impulso à difusão dos ensinamentos do Papa em árabe, como ocorre com a Exortação pós-Sinodal, o Catecismo em árabe, o Catecismo para jovens "Youcat", traduzido em árabe graças à Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” e distribuído em mais de 50.000 cópias gratuitas.

A Ecclesia in Medio Oriente encoraja a leitura e o ensinamento do Catecismo da Igreja Católica. (SP)

27º Domingo do Tempo Comum - Comentário litúrgico


            Nesta introdução ao 27º domingo do tempo comum (07.10.2012), que traz a família como temática central, faz-se necessário acenar para um dos caminhos dos quais percorrem homens e mulheres.
            Dentre esses caminhos, o mais importante, sem sombra de dúvida é a família: uma via comum, mesmo se permanece particular e única, como única é cada homem e cada mulher; uma via da qual o ser humano não pode separar-se. A Igreja une-se com afetuosa solicitude, porque está ciente do seu papel fundamental que a família é chamada a desempenhar (cf. J. Paulo II, Carta às famílias, n. 2).
            Deus criou o homem e a mulher para que vivessem por vocação a doação entre si, conscientes de que são “uma só carne” (I leitura). Seguindo esta mesma lógica, Jesus, no evangelho de hoje, é categórico em afirmar e solicitar aos esposos e esposas que não se esqueçam de viver para sempre o amor, evitando assim que alguém se intrometa a separar, desmantelando o que Deus uniu (Evangelho). Quanto ao texto (Hb, 2,-11), a (II leitura), o autor nos levar a refletir sobre a opção de Jesus para com toda a humanidade, ao identificar-se em sua radical humildade e obediência ao plano de Deus. No final das contas, fidelidade só é provável na obediência a Deus que acontece no amor-solidariedade.
            Queremos ainda chamar atenção para o mês missionário. Neste seu primeiro domingo – que neste ano tem como tema: “Brasil missionário, partilha tua fé” -, a Igreja realça o dom da aliança matrimonial dos casais-protagonistas missionários do amor.
I leitura (Gn 2,18-24)
            Se não estou equivocado, penso que o autor quer tratar do seguinte tema: A realização do ser humano.
            A propósito da narração do texto, é possível que inúmeras indagações e afirmações, desde quando surgiu o texto até os dias atuais, sejam assim formuladas, por exemplo: “É verdade que Adão ficou com menos uma costela?”; “A mulher é inferior ao homem”; “Quanto ao homem, suas faltas não lhe causam nenhuma sanção divina. Sobre a mulher, sim! E, por aí, vai!”.
            Trata-se exatamente da preocupação que os mestres do povo de Israel tinham para responder a determinadas questões de cunho existenciais e também de fé, como as que foram feitas.
            Atenção, irmãos, quanto às perguntas, o próprio Deus responderá a todas.
            O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe um “auxiliar” semelhante a ele” (v18). “Auxiliar”, é o mesmo que submissão na cultura patriarcal? Pode ser, mas aqui neste contexto, não. Aqui, trata-se de igualdade na diferença; companheiros na extensão um do outro. “Necessitam-se, admiram-se, atraem-se mutuamente, unem-se, formam uma só carne”.
            É essa a interpretação bíblica a respeito do homem-mulher. Vejamos a descoberta que alguém tem sobre esse texto: “Por que Deus tirou a mulher do lado (da costela) do homem? Do lado pra caminhar juntos, para ser companheira. Por que não foi tirada do osso do pé? Se fosse pra ela andar debaixo dos pés do homem, Deus a teria tirado do osso do pé. Ela é companheira, por isso foi tirada do osso do lado. É aquela que caminha junto, que decide junto. É aquela que trabalha junto” (Luzia Santos Florêncio). É do lado do coração que nasce a mulher.
            Destas considerações nascem mais uma: duas pessoas se casam para realizar em conjunto um projeto comum.
            Por fim, cuidado para não esquecermos: quanto amor comprovado por parte do Criador! “O artífice divino tudo fez com muita arte e criatividade. E tudo entregou ao nosso cuidado”.
Evangelho (Mc 10,2-16)
            Não são poucas as situações, e algumas delas, por conseguinte, deixam determinados casais totalmente desapontados, a ponto de se perguntarem se ainda vale a pena insistir na tentativa de conciliar uma relação que iniciou na contramão e que vai despontando como irremediavelmente insustentável. “Não seria mais coerente que cada um seguisse o seu caminho, buscando descobrir novas perspectivas de vida?” A essas insistentes e sofríveis indagações, a razão humana responde sem titubear: é melhor a separação!
Nessa mesma linha de pensamento, o Antigo Testamento justifica a possibilidade da efetuação do divórcio, uma vez que era permitido pela lei judaica. Assim, no livro do Deuteronômio (24,1) lê-se: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gostar mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa em liberdade,”. Com base nessa orientação, justificava-se a liceidade do divórcio.
Por esses meandros, lá vêm de novo os fariseus com suas armadilhas maldosas, tentando encurralar Jesus. Dessa feita, eles trazem a seguinte questão: “se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher”.
O texto adota o esquema dos diálogos didáticos, ou seja, o processo dialético e pedagógico socrático (maiêutico). Os interlocutores se sentem obrigados a responder, revelando seus pontos fracos. O Mestre corrige a resposta dos interlocutores, apresentando a novidade.
Na perspectiva deuteronomista, o documento de divórcio visava proteger a mulher, coibindo o inveterado arbítrio machista. Com esse documento, a mulher estaria livre para se casar com outro homem, sem ser acusada de ter cometido adultério. Os fariseus, portanto, ao responder que Moisés permitiu escrever o documento de divórcio, legitimam a discriminação, querendo torná-la parte integrante da vontade e do projeto de Deus.
Sábia, livre, corajosa e acertada é a resposta de Jesus, mostrando, em primeiro lugar, que a prática farisaica é um gesto de impiedade e de idolatria; “Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés escreveu esse documento” (v.5). O que Jesus pretende dizer com seu ensinamento é que homem e mulher, unidos em matrimônio, formam uma unidade corpórea indissolúvel. É questão de projeto de Deus! Portanto, quem terá a autoridade de contrariá-lo? “A separação se transforma num atestado destruidor da obra de Deus”.
Terminadas as instruções catequéticas sobre o matrimônio cristão, na última parte do evangelho (vv. 13-16) Jesus retoma a condição da criança e convida os seus discípulos a acolherem o Reino de Deus com ela.
O v. 15 traz a declaração solene de Jesus: “Em verdade, digo a vocês: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nele não entrará”. Os pobres, portanto, são apresentados como condição para acolher o Reino e entrar nele.
Para compreender melhor a indissolubilidade é preciso voltar a ser criança e deixar-se penetrar por uma sabedoria completamente nova, a de Deus. Eis a condição sine qua non! (sem a qual não!).
II leitura (Hb 2,9-11)
            A segunda leitura está sintonizada com o tema do matrimônio e família segundo o projeto de Deus: Jesus, embora sendo homem como nós, está em condições de entender as dificuldades que encontramos também na execução do projeto de Deus.
            Que não ouçamos tão somente as leituras, mas procuremos apreender o seu conteúdo, tendo-o como luz na execução, sobretudo da compreensão em relação aos casais que se encontram em situações dificílimas. Assim seja!
Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco de Nova Cruz-RN