segunda-feira, 17 de setembro de 2012





Eleições 2012: Votar limpo
Por Ivonete Kurten, fsp

Quase às vésperas das eleições para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, que acontecerão em outubro, em mais de 5,5 mil municípios do País, o arquiteto e ativista social Chico Whitaker (foto), que trabalhou como orientador do Comitê Católico Contra a Fome (CCFD) e na direção da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) durante os 15 anos (1966-1981) em que permaneceu como exilado no Chile e na França, fugindo da repressão política no Brasil, está preocupado com o funcionamento da máquina eleitoral, que, entre os brasileiros, mantém os de sempre no poder há décadas. “A responsabilidade é nossa, dos cidadãos, se deixarmos essa máquina continuar funcionando assim”, alerta o cofundador do Fórum Social Mundial na entrevista a seguir, onde relembra um slogan conhecido (mas que ainda deve ser melhor assimilado) pelos trabalhos do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE): “Voto não tem preço, tem consequências”.
FC – Está mais do que provado que o povo brasileiro gosta de votar. Mas por que é importante participar de um processo eleitoral?
Chico Whitaker –
Ser cidadão significa ter direitos e deveres na sociedade de que se faz parte. A política é a luta por esses direitos e o exercício desses deveres. Mas há direitos que implicam em deveres. Temos o direito de escolher quem deve assumir a responsabilidade de cuidar dos recursos públicos e do atendimento das necessidades sociais; mas por isso mesmo temos o dever de participar dessa escolha, isto é, de votar nas eleições em que essas pessoas são escolhidas. Como, por outro lado, numa democracia ninguém pode assumir a responsabilidade de cuidar de recursos públicos se não tiver sido eleito para isso, todo o poder que se adquire depois de eleito depende inteiramente da escolha que é feita pelos eleitores. Esse direito e esse dever dos cidadãos, como eleitores, lhes dão, portanto, um poder político enorme. Quantos brasileiros têm consciência disso?Conhecem seus direitos e deveres?
FC – Percebemos que a corrupção muda de partido e, quando esse partido ocupa o poder, o esquema da corrupção volta a funcionar. O povo acredita no poder do voto para promover alguma mudança?
Chico Whitaker –
A corrupção é a apropriação privada de recursos públicos. Como todo poder político implica em administrar recursos públicos, quem só pensa em ficar rico sonha em ganhar poder político, para se apropriar desses recursos. Se o povo soubesse todo o poder que vem para suas mãos numa eleição – em que se escolhe quem vai ter poder político –, procuraria usar melhor esse poder: elegendo pessoas que usem seu poder político eticamente, isto é, visando o atendimento das necessidades de seus concidadãos e não seu próprio enriquecimento. Muitos cidadãos brasileiros estão descobrindo a necessidade de se ter ética na política. Mas há ainda uma longa caminhada pela frente, para que muito mais gente acredite que o voto é uma arma poderosa para que todos os eleitos sejam cidadãos guiados pela ética.
FC – Como é a relação entre eleitor e candidato nas eleições? E depois das eleições?
Chico Whitaker –
O candidato teria que dizer ao eleitor o que pretende fazer como representante desse eleitor cujo voto ele pede. E o eleitor teria que questionar o candidato sobre suas verdadeiras intenções se for investido do poder político que o eleitor lhe dará. Depois das eleições, o candidato eleito teria que prestar contas ao seu eleitor sobre o que está podendo fazer, aquilo que propôs fazer quando candidato. E seu eleitor teria que cobrar dele o cumprimento do que disse que ia fazer, controlando sua atuação, mas também o ajudando se necessário. A que distância disso tudo ainda estamos no Brasil... Mas se vai avançando, como quando se fez a campanha contra a corrupção eleitoral, com a mensagem “voto não tem preço, tem consequências”. E a Lei 9.840/99, que resultou dessa campanha, já afastou um grande número de candidatos (mais de mil, em dez anos) que procuravam enganar os eleitores comprando os seus votos.
FC – Hoje a sociedade conta com um instrumento capaz de garantir uma eleição mais justa, sem compra de votos. As pessoas conhecem a Lei da Ficha Limpa e sua importância?
Chico Whitaker –
A Lei 9.840/99 era exatamente contra a compra de votos. Ela não ficou tão conhecida, mas preparou o caminho para a Lei da Ficha Limpa, que veio dez anos depois. Esta ficou muito mais conhecida e hoje em dia as regras que ela estabelece – que impedem candidaturas de pessoas condenadas por um colégio de juízes – estão sendo adotadas também para o preenchimento de cargos que não dependem de eleição, mas só de nomeação.
FC – A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que “o foco da Lei da Ficha Limpa deve ser o cidadão, porque é ele quem vota e é o autor da sua história”. O que fazer para garantir isso?
Chico Whitaker –
Temos que aumentar a consciência do cidadão sobre o poder que vai para suas mãos no momento de eleição. E divulgar cada vez mais a existência de regras como as da Lei 9.840/99 e dos impedimentos que existem, através da Lei da Ficha Limpa, para que não se apresentem às eleições candidatos sem condições éticas para exercer a representação política. Esse é o trabalho a ser desenvolvido por todos os meios, na época de eleições, como está fazendo, por exemplo, a Revista Família Cristã em matérias como esta. O resto é por conta do cidadão, na hora de exercer seu dever de votar, mas também durante as campanhas, alertando seus concidadãos sobre a história dos candidatos que não merecem confiança.
FC – Muitos casos de venda de votos ocorrem em troca de consultas, dentaduras... Não é uma situação delicada aplicar a lei quando o corruptor atinge as necessidades do cidadão, impotente diante da realidade?
Chico Whitaker –
Muitos vendem seu voto porque não acreditam que seus problemas serão resolvidos pelos candidatos ou mesmo pelos governos que esses candidatos vão apoiar. Então decidem “arrancar” deles pelo menos alguma coisa, no momento em que dependem inteiramente dos eleitores. Mas se “voto não tem preço, tem consequências”, estas serão piores se continuarem a ser eleitas pessoas interessadas somente em encher seus bolsos com dinheiro público. Mas como as dificuldades dos extremamente pobres podem ser de fato muito grandes, a Lei 9.840/99 só pune mesmo o candidato que tenta comprar votos. Porque quem compra votos se aproveitando das carências das pessoas é mais do que malicioso, é cruel. Para ele é importante que os pobres continuem pobres e até miseráveis, e que o governo não faça nada por eles, porque assim pode contar com um “exército eleitoral de reserva” a ser comprado nas eleições.
FC – Como os cidadãos podem ajudar o TSE a aplicar a lei?
Chico Whitaker –
Qualquer cidadão pode falar com o promotor de sua comarca, levando-lhe fatos e denúncias, e depois ajudando o promotor a cumprir com seu dever – inclusive acompanhando todo o processo, que começa no âmbito da comarca, mas pode ir até o TSE, no âmbito federal. Mas é melhor fazer isso não sozinho, mas criando grupos de cidadãos dispostos a fiscalizar as campanhas e eleições. Para ajudar nisso existem os Comitês 9.840 pelo Brasil afora, interligados pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral – www.mcce.org.br.
FC – Existe um projeto para agilizar as investigações de corrupção eleitoral?
Chico Whitaker –
A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário que funciona muito mais rapidamente do que a Justiça comum, tradicionalmente lenta. Os processos relativos à compra de votos de fato precisam de provas, e estas dependem dos cidadãos as apresentarem aos promotores e estes as apresentarem aos juízes. E os recursos dos candidatos costumam chegar até o TSE, podendo, portanto, demorar.Mas em geral terminam antes do término do mandato do que foi eleito comprando votos. Quanto à Ficha Limpa, ela não depende de provas.Depende de existirem condenações ou não.E cabe aos promotores impugnarem candidaturas de pessoas já condenadas.Isto está nos registros da Justiça. Tudo depende de contarmos com promotores eficientes. Mas os eleitores podem levar a eles dados de que não tiveram conhecimento. Ou pressioná-los para de fato apresentarem a impugnação.
FC – O que significa para o País a eleição municipal? É importante o voto limpo nessa eleição?
Chico Whitaker –
A função do vereador é muito importante, embora não pareça porque ele tende a ser um mero despachante. Mas é ele quem legisla no âmbito municipal, e o prefeito não pode mexer uma palha sem uma lei que o autorize a agir. Mas a eleição municipal pode constituir a base da pirâmide da corrupção. A corrupção no âmbito federal se apoia nos deputados estaduais e governadores dos estados, e estes nos vereadores e prefeitos. Trata-se de uma verdadeira “máquina eleitoral”, que mantém os de sempre no poder.Como sempre, a responsabilidade é nossa, dos cidadãos, se deixarmos que essa máquina funcione dessa forma.
FC – O que o senhor diz ao cidadão brasileiro que se prepara para ir às urnas eleitorais em outubro?
Chico Whitaker –
Vote no que lhe parece que vai ser o melhor prefeito. Mas pense, por favor, mais do que duas vezes antes de votar num candidato a vereador. Procure saber a história dos candidatos, o que vão fazer. Procure questioná-los. Junte-se com outros para fazer tudo isso. E não venda de forma alguma seu voto: “Voto não tem preço, tem consequências”.

*Entrevista publicada na edição impressa de setembro da Revista Família Cristã.
10/09/2012 - 11:00 Entrevista
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15 anos da Pastoral do Dízimo

Um encontrão reuniu cerca de duas pessoas, na tarde do sábado, 15 de setembro, na Catedral Metropolitana de Natal. A finalidade foi comemorar os 15 anos de organização da Pastoral do Dízimo na Arquidiocese.
Fotos: José Bezerra
Ornamentação, na Catedral, em comemoração aos 15 anos da Pastoral do Dízimo
Randenclécio Xavier, da coordenação arquidiocesana
Léia, da dupla Léia e Sônia, na animação do Encontrão do Dízimo
Homenagem à Bíblia Sagrada
Pe. Francisco das Chagas de Souza, Vigário Episcopal Urbano
Fernando Vieira, primeiro coordenador arquidiocesano do Dízimo
Cerca de 2 mil pessoas participaram do Encontrão
Randenclécio Xavier e Elaine, atuais coordenadores arquidiocesanos, entregam comenda ao primeiro coordenador, Fernando Vieira
Zonais apresentam, por meio de faixas, ações realizadas e que contemplam a Dimensão Social do Dízimo
Antônio Rodrigues e Luiza, casal que também coordenou a Pastoral do Dìzimo, em nível arquidiocesano
Padre Jerônimo Gasques, da Diocese de Presidente Prudente - SP, ministrou palestra, durante o Encontrão
O coordenador administrativo da Arquidiocese, Vital Bezerra, também recebeu homenagem, nos 15 anos da Pastoral do Dízimo
Cruzes do Dízimo, que peregrinaram em toda a Arquidiocese, durante este ano de 2012
O Encontrão foi encerrado com a celebração eucarística
A missa foi presidida pelo Arcebispo, Dom Jaime Vieira Rocha (direita), concelebrada pelo Arcebispo emérito, Dom Heitor Sales, e vários sacerdotes

Bispos de Natal e do Haiti se encontram na Cruz Vermelha

 
O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e o Bispo de Jeremy, Haiti, Monsenhor Joseph Gontrand Dècoste, se encontraram nesta segunda-feira, 17 de setembro, às 9h30, na sede da Cruz Vermelha Estadual, que tem como presidente Francisca Montenegro. O Bispo haitiano veio agradecer à Cruz Vermelha e a todas as instituições que enviaram donativos ao Haiti, em 2010, para socorrer o País, devastado por um terremoto. Falando aos presentes, Monsenhor Joseph Gontrand disse que só tinha uma palavra: “muito obrigado pela solidariedade do povo brasileiro para com o nosso País”.

Na ocasião, Dom Jaime Vieira Rocha, ao saudar o bispo haitiano, falou sobre o significado da solidariedade para o ser humano. “Fazemos isto, não esperando uma recompensa, mas pelo nosso sentimento de humanidade. E ficamos felizes com este gesto bonito do Monsenhor Joseph Gongrand, de vir pessoalmente agradecer pela ajuda recebida”, disse Dom Jaime. E acrescentou: “Receba de nós, brasileiros, esta palavra de conforto e de estimulo, no sentido de que o País e o povo do Haiti se recuperem logo do sofrimento. O terremoto também foi particularmente sofrido, para nós, brasileiros, pois perdemos a Dra.Zilda Arns, da Pastoral da Criança”. Em nome da Cruz Vermelha, a presidente, Francisca Montenegro, agradeceu a presença de todos e apoio recebido.
Foto: José Bezerra
Da direita: Dom Jaime Vieira e Monsenhor Joseph Gontrand
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Mortalidade materna

Entre as sugestões aos candidatos que disputam a(s) prefeitura(s), as igrejas cristãs defendem a qualificação da saúde da gestante e do nascituro, evitando o aborto e a mortalidade infantil e maternal. A política pública nesta área pode contar com a experiência exitosa da Pastoral da Criança que celebra 25 anos de presença na Paraíba.

O recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Fundo de População das Nações Unidas e do Banco Mundial revela que, de 1990 a 2010, as mortes maternas diminuíram de 120 para 56, por 100 mil nascimentos (51%)! A OMS considera “morte materna” o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto. As causas variam, entre os fatores relacionados e agravados pela gravidez, ou por medidas tomadas em relação a ela. Não são consideradas, no caso, mortes provocadas por fatores acidentais. Não é legítimo afirmar que todas as mortes sejam causadas por práticas de aborto.
Entre as “Metas do Milênio” promulgadas pela ONU, a redução da mortalidade materna deve atingir, até 2015, a meta de (ao menos) 35 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos. O Brasil mostra progressos nesta importante meta de saúde da mulher. De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, de 1990 a 2010, a taxa caiu de 141 para 68 mortes de mulheres para 100 mil nascidos vivos. Essa taxa ainda deve ser trabalhada pela erradicação da mortalidade maternal. Note-se que, não obstante o relatório da OMS considerar positiva a posição do Brasil, nós precisamos avançar na qualidade de vida da mulher para cumprir a Meta do Milênio proposta pela ONU. Essa meta diz respeito à proteção à vida da gestante e do nascituro, da mãe e da criança.
A Pastoral da Criança dá máxima importância ao aleitamento materno para a vida saudável do bebê e da própria mãe, pois que, se nos quatro primeiros meses faltar o leite materno para o bebê, todo o seu desenvolvimento ficará comprometido. Será muito difícil articular o seu sistema cerebral com suas atividades produtivas. Isto significa que, sem uma quantidade suficiente do leite materno nos primeiros meses de vida, a criança pouco aprenderá. Seu raciocínio será lento e suas atividades estarão sujeitas a retardamentos. Pelo resto da vida adulta o seu sistema imunológico ficará fragilizado. Essa limitação pode e deve ser evitada para qualquer ser humano! A amamentação traz grande prazer para a mãe e para o bebê. Neste momento, a mãe transmite o seu afeto gerador de segurança para o bebê, transmitindo-lhe sentimento de pertença. O calor humano desejado pela criança é o mesmo da mãe, doando-se toda ao filho.



Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.

Mensagem do dia
 
Segunda-Feira, 17 de setembro 2012
A quem você quer servir? Agora é o momento da escolha, da opção. Diga comigo: "É o momento da minha escolha entre um lado e outro. Dá-me, Maria, a graça de optar bem".

Deus, por intermédio de Moisés, preparou Josué. Este era jovem e já estava na condução do povo de Deus. Moisés disse a ele: "Foi Deus quem te escolheu, Josué". Diga comigo: "Foi Deus quem me escolheu. Eu tenho um povo para o qual Deus já me escolheu. Não sou um qualquer. É a minha missão". Josué atravessou o Rio Jordão miraculosamente e quando chegou do lado de lá, viu que a terra estava toda habitada, tinha donos, tinha reis. Deus mostrou-lhe que vida de escravidão produz vícios, pecados, erros e dependência. Foram 400 anos de escravidão do povo hebreu, que vivia a idolatria e os costumes dos povos escravizadores. Tudo aquilo tinha de mudar. O Senhor tinha de obter deles uma escolha. Movido por Deus, Josué é muito franco com eles exortando-os: "Escolhei hoje a quem quereis servir".

Hoje, eu também preciso dizer a você: "A quem você quer servir? Qual é a sua escolha, qual a sua opção?" O Senhor está dizendo que tudo precisa mudar, porque você é um escolhido, um eleito.

Josué disse: "Quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor". O líder estava resolvido. Eu dou o testemunho de minha opção, como Josué fez, pois o importante para Deus e para o povo, para o qual você é chamado, é a sua opção. Responda do fundo do seu coração. Graças a Deus, aquele povo respondeu com firmeza: "Longe de nós abandonarmos o Senhor". Atrás daqueles ídolos e imagens de ídolos se escondiam o demônio. As coisas que os pagãos sacrificam aos ídolos, na verdade, eles sacrificam-nas aos demônios. E São Paulo diz: "Eu não posso permitir que vocês tenham comunhão com o demônio". Sabe por que, meus irmãos? Esses ídolos são produtores de pecados, de vícios. E como Jesus disse: "Vós não podeis servir a dois senhores". "Eu sou o único", diz o Senhor. Irmãos, como sempre afirmo, não há "coluna do meio".

Infelizmente, muitos estão servindo a outro senhor, que é um produtor em alta escala de pecados na área da sexualidade, gerando corrupção, contestação quanto aos valores cristãos e contra os pais, insatisfação, falta de sentido para a vida, e tudo isso gera muita revolta em nosso interior. Tudo isso é subproduto do maligno e a mídia mostra, incentiva e aplaude tudo isso. Eles estão fazendo tudo isso, não para servir a Deus, mas para servir ao demônio.

Deus não quer que nós tenhamos comunhão com os demônios! Se você vive mal seu namoro, seu casamento, seu trabalho, se vive o orgulho, o adultério, a corrupção, a hipocrisia... Pecado é pecado! E não dá para medi-lo, assim como nós não brincamos com nódulos, que podem ou não ser cancerígenos, não podemos brincar com o pecado e manter comunhão com ele; mesmo que este pareça insignificante. Como disse: pecado é pecado!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


domingo, 16 de setembro de 2012

PAPA BENTO XVI: O DISCÌPULO MISSIONÁRIO

O Papa Bento XVI é o correspondente de Jesus Cristo no mundo. Ele é o grande discípulo missionário da atualidade. Temos que seguir esse exemplo nos setores missionários.  A paz e harmonia é o que temos de melhor no mundo cristão para oferecer aos irmãos afastados.

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Em visita ao Líbano, Papa Bento XVI destaca coragem dos jovens sírios



Uma multidão em festa acolheu Bento XVI para seu último compromisso este sábado em terras libanesas: o encontro com os jovens do Líbano e do Oriente Médio no Patriarcado Maronita de Bkerké.
Tratou-se de um encontro como “de pai para filho”, aberto e franco, em que os jovens libaneses falaram sem máscaras dos problemas e dos desafios que os angustiam; Bento XVI os ouviu e os aconselhou, dirigindo-lhes uma palavra de esperança.
O encontro se realizou em forma de Celebração da Palavra. Teve início com a saudação do Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Béchara Boutros Rai, e do Arcebispo de Saida dos Greco-melquitas, Dom Elie Haddad, que garantiu a presença de um grupo de jovens do Oriente Médio na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013, evento para o qual já estão se preparando. 
A seguir, foi a vez do testemunho dos jovens: “Nós, jovens do Oriente Médio, estamos hoje mergulhados em um mar de dificuldades, de apreensões e de temores”, disseram a Bento XVI. 
Eles falaram de conflitos, de ódio, de sofrimento, de desemprego, de falta de perspectivas, de emigração. Diante da realidade, o anseio: “Aspiramos à paz e sonhamos com um futuro sem guerras; um futuro onde desempenharemos um papel ativo, onde trabalharemos com nossos irmãos, jovens de diferentes religiões, construindo a civilização do amor, edificando pátrias onde os direitos do homem e sua liberdade são respeitados, onde sua dignidade é protegida.”
Nós, jovens da Igreja de hoje, queremos ser um sinal de esperança para toda a região, e testemunhar o amor de Deus, que é mais forte que a morte.
Ao Papa, eles garantiram sua fé e sua confiança na Igreja, que são grandes apesar dos desafios e das crises.
“Nós lhe pedimos que vele sempre sobre a Juventude do Líbano e do Oriente Médio, que seja uma fonte constante de apoio e de encorajamento para que nós continuemos nossa missão nesta região.”
A presença de Bento XVI no Líbano, a despeito das nossas circunstâncias, é um desafio à lógica da guerra e do desespero; ela é um sinal de paz e de esperança.
O Pontífice, por sua vez, não deixou os jovens desiludidos. Declarou-se consciente das dificuldades que devem enfrentar devido à falta de estabilidade e segurança. Todavia, este contexto não deve impelir a juventude a provar o «mel amargo» da emigração, com o desenraizamento e a separação em troca dum futuro incerto. 
Bento XVI garantiu que os jovens ocupam um lugar privilegiado no seu coração e na Igreja inteira, porque a Igreja é sempre jovem. "Sede jovens na Igreja. Sede jovens com a Igreja."
Citou as palavras de seu predecessor: "Não tenhais medo! Abri as portas de vossas almas e de vossos corações a Cristo". Nele, encontrarão a força e a coragem para avançar nos caminhos da sua vida, superando as dificuldades e o sofrimento.
As frustrações presentes não devem levar a buscar refúgio em mundos paralelos, como por exemplo o mundo das drogas de todo o tipo ou o mundo triste da pornografia. Quanto às redes sociais, são interessantes, disse o Papa, mas podem, com facilidade, levar à dependência e à confusão entre o real e o virtual. Outra tentação é representada pelo dinheiro. Ponham de lado o que é ilusório, aparência e mentira.
Sede os portadores do amor de Cristo. Fazei a revolução do amor. É bom comprometer-se com os outros e pelos outros. A fraternidade é uma antecipação do Céu. Sede os mensageiros do Evangelho da vida e dos valores da vida; resisti corajosamente a tudo o que a nega: o aborto, a violência, a rejeição e o desprezo do outro, a injustiça, a guerra. O perdão e a reconciliação são caminhos de paz, e abrem um futuro.
Sobre a Exortação apostólica Ecclesia in Medio Oriente, assinada esta sexta-feira, o Pontèifice recordou que esta carta destina-se "também a vós, queridos jovens. Procurai lê-la com atenção e meditá-la, para a pôr em prática".
Nas saudações finais, o Papa recordou os milhões de pessoas que formam a diáspora libanesa e mantêm laços sólidos com o seu país de origem. Saudou ainda os jovens muçulmanos que também estavam presentes esta tarde. “Com os jovens cristãos, sois são o futuro deste país maravilhoso e de todo o Médio Oriente. Procurai construi-lo juntos! É preciso que o Oriente Médio inteiro, pondo os olhos em vós, compreenda que os muçulmanos e os cristãos, o Islã e o Cristianismo, podem viver juntos, sem ódio e no respeito das crenças de cada um, para construírem juntos uma sociedade livre e humana”.
Antes da oração dos féis e do Pai-Nosso, Bento XVI saudou outro grupo presente neste encontro: jovens vindos da Síria. “Quero dizer-vos o quanto admiro a vossa coragem. Dizei em vossa casa, aos vossos familiares e aos vossos amigos que o Papa não vos esquece. Dizei ao vosso redor que o Papa está triste por causa dos vossos sofrimentos e lutos. Não esquece a Síria nas suas orações e preocupações. Nem esquece as populações do Médio Oriente que sofrem. É tempo que muçulmanos e cristãos se unam para pôr termo à violência e às guerras”.
Fonte: Rádio Vaticano