quinta-feira, 6 de setembro de 2012


"Monsenhor Expedito comprou essa briga"

O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, concluiu mestrado em Ciências da Religião e vai apresentar a dissertação à Banca Acadêmica na próxima sexta-feira, 6 de setembro, na UNICAP, em Recife (PE). Nesta entrevista concedida publicada no Jornal A Ordem - Jornal impresso da Arquidiocese - , ele explica por que decidiu fazer mestrado, mesmo com as inúmeras ocupações de bispo, e porque escolheu como tema o Mons. Expedito Sobral de Medeiros, um padre do clero da Arquidiocese de Natal.

Foto: Ândreson Madson
 
Jornal A Ordem: Dom Jaime, por que fazer mestrado em Ciências da Religião?
Dom Jaime: Eu passei parte do meu ministério episcopal na Diocese de Campina Grande, Paraíba, e ali me deparei com um fenômeno que me chamava a atenção, que era a forma como a cidade vivia o período carnavalesco. Enquanto noutras cidades era um período de intensa folia, em Campina Grande quase não havia carnaval. Isso porque, ali, começou a haver, há mais de 20 anos, um encontro sugerido pelo Bispo de então, Dom Luiz Gonzaga Fernandes, dentro de uma linha de ecumenismo, junto com o Pastor Neemias, de uma igreja evangélica do CONIC. Para ocupar o tempo do carnaval, eles organizaram um encontro que ficou conhecido como "Encontro da nova consciência". Era aberto, contando com as mais diversas manifestações religiosas: católicos, evangélicos, umbanda, budismo. Ali, todos se encontravam num clima bonito de ecumenismo, de respeito às diferenças e se cultivava um clima de paz, de diálogo e de entendimento. Com o crescimento, os evangélicos, criaram um encontro paralelo, de âmbito nacional, com o título de Nova Consciência Cristã. Depois, também surgiram o encontro para a Torah, com os descendentes dos judeus, e dos espíritas. A Igreja Católica, com o novo viés surgido com a Renovação Carismática, também passou a realizar o encontro Crescer. De modo que o Bispo era sempre convidado a participar e eu passei a conviver com esta realidade do pluralismo religioso. Então, vi que era um fenômeno que poderia ser aprofundado, e que as Ciências da Religião dariam uma contribuição para que pudéssemos entender melhor e ter uma visão mais aberta de todo este fenômeno. Veio, então, a oportunidade de fazer um mestrado, junto com um grupo de Natal, em Ciências da Religião, e, para mim, foi muito gratificante, por causa daquela realidade que vivi em Campina Grande, e também para a nossa visão de Igreja.
Jornal A Ordem:Por que escolheu o tema Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros para sua dissertação de Mestrado.
Dom Jaime: Meu ponto de partida da pesquisa, inicialmente, seria um estudo tentando preservar a memória dos encontros de bispos do Nordeste, em 1956, em Campina Grande, cuja memória resgatei, em 2006, quando cheguei lá, celebrando os 50 anos; e, em Natal, em 1959, o segundo encontro, que resultou em 16 decretos do governo Juscelino Kubstchek, com medidas pontuais para cada Estado do Nordeste, e, aqui em Natal, quando se deu o complemento maior, com a criação da SUDENE. Eu queria me voltar para este período histórico da Igreja, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento do Nordeste. Então, o meu orientador sugeriu que eu poderia tomar como objeto da dissertação nesse contexto de Igreja no Brasil, como o Encontro dos Bispos. Era um tema que também me interessava; o tema da seca para mim era palpitante, como nordestino que sou. Achei boa a sugestão, abracei o projeto e estou vendo como tem sido oportuno e válido me dedicar à memória do Mons. Expedito Sobral de Medeiros. O tema, agora já na fase final, para apresentar a dissertação, é este: "Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros: um arauto da dignidade humana no sertão potiguar". Isso, para mim, tem sido muito válido, porque é também a oportunidade para resgatar a memória de alguém que tem tanto a oferecer como legado, a nós padres e bispos da Igreja.
Jornal A Ordem: Na trajetória de vida do Mons. Expedito, o que o senhor destaca como mais valioso?
Dom Jaime: Foi a sua coerência, no que diz respeito ao zelo pelo testemunho de padre e de homem fiel à Igreja e também, voltado para a dignidade da pessoa humana. Ele parte muito para a motivação de atenção ao nordestino, a partir de uma visita que o então Dom Eugênio de Araújo Sales, então Bispo auxiliar, em 1958, com um grupo de padres, foram visitar as obras do açude do Pataxó, no vale do Açu. Ele conta que, quando chegaram lá, naquele sol a pino, poeira, a multidão de cassacos, flagelados, construindo aquele açude, sob o regime de barracão, entregues aos coronéis, quase não pegavam em dinheiro, tinham que receber em alimentos; era como se fosse uma escravidão. Um dos cassacos dirigiu-se ao Mons. Expedido, à sombra de um juazeiro, e pediu: "Seu vigário, tire nós desse inferno, pelo amor de Deus". O Mons. Expedito, como se diz na linguagem nordestina, "comprou essa briga", por essa defesa daqueles nordestinos. Outro fato, foi esse: na década de 70, ele organizou uma excursão, num fusca, junto com outros padres, e foi à Transamazônica visitar os paroquianos de São Paulo do Potengi, que tinham ido para escapar da seca nordestina. Chamou a minha atenção essa atitude profética dele e o zelo pela dignidade humana e também tudo que fazia numa linha de consciência política e social. Ele era a presença da Igreja para levar as pessoas a encontrar a sua dignidade.
Jornal A Ordem: O senhor, já Arcebispo, 65 anos, preocupado com a formação intelectual. Neste sentido, que mensagem o senhor deixa para os Padres, principalmente os mais jovens?
Dom Jaime: Vejo, com muita alegria, graças a Deus, que este meu gesto, a decisão de fazer esse curso, despertou junto ao clero, aqui em Natal e em Campina Grande, a motivação para vários sacerdotes também fazerem reciclagem ou outro curso superior. Muitos em Pedagogia, Ensino Religioso, Ciências da Religião. Vi que isto foi muito edificante. Nossos atos, se são edificantes e bons, chamam a atenção e motivam outras pessoas. Aqui mesmo, em Natal, vejo com muita alegria vários sacerdotes concluindo seus cursos de pós-graduação ou mesmo mestrado ou graduação em Direito. Hoje, a sociedade é bastante exigente. Para que possamos entendê-la e dialogar mais com este tempo, precisamos nos reciclar, sobretudo dentro desses aspectos da Ciência, da Religião, da Sociologia, da Política, cursos todos que nos ajudam a entender melhor o fenômeno, não só religioso, mas da sociedade atual.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

LANÇAMENTO DE LIVRO

FRASES DE LUIS LADARIA
"Em Jesus não só podemos ver o Pai mas temos também o único caminho de chegar até ele" (cf. Jo 14, 6-9).
"O Deus revelado em Cristo é, ao mesmo tempo, o Deus uno e o Deus trino".
"Não teria sentido que as pessoas divinas atuassem "separadamente" uma das outras".

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Mensagem de Bento XVI para exéquias do Cardeal Martini

Caros irmãos e irmãs,

Neste momento desejo expressar a minha proximidade, com a oração e o afeto, a toda a Arquidiocese de Milão, à Companhia de Jesus, aos parentes e as todos aqueles que estimaram e amaram o Cardeal Carlo Maria Martini e quiseram acompanhá-lo nesta última viagem.

"Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho" (Sal 119 (118), 105): as palavras do Salmista podem resumir toda a existência deste Pastor generoso e fiel à Igreja. Foi um homem de Deus, que não somente estudou a Sagrada Escritura, mas a amou intensamente, fez dela luz para a sua vida, a fim de que tudo fosse , para a maior glória de Deus. E justamente isso foi capaz de ensinar aos fiéis e àqueles que estão à procura da verdade que a única Palavra digna de ser ouvida, acolhida e seguida é a de Deus, porque indica a todos o caminho da verdade e do amor. E o foi com uma grande abertura de ânimo, jamais rejeitando o encontro e o diálogo com todos, respondendo concretamente ao convite do Apóstolo a estar "sempre pronto a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pede" (1 Pd 3, 15). E o foi com um espírito de caridade pastoral profunda, segundo o seu lema episcopal, "Pro veritate adversa diligere, atento a todas as situações, especialmente as mais difíceis, fazendo-se próximo, com amor, a quem se encontrava no desânimo, na pobreza e no sofrimento.

Numa homilia de seu longo ministério a serviço desta Arquidiocese ambrosiana assim rezava: (Homilia de 29 de março de 1980).

O Senhor, que guiou o Cardeal Carlo Maria Martini em toda a sua existência acolha na Jerusalém do Céu esse incansável servidor do Evangelho e da Igreja. A todos os presentes e àqueles que choram a sua partida chegue o conforto da minha Bênção.

De Castel Gandolfo, 3 de setembro de 2012
Onde dormirão os pobres?

Publicado por Jblibanio em 13/5/2012 (165 leituras)
ONDE DORMIRÃO OS POBRES (Êxodo 22, 26)?
(Carta para a Folha de São Paulo)

A Igreja defrontou-se sempre com o binômio imagem e realidade. As análises sociológicas e críticas ajudam-na a perceber a defasagem entre ambas. “Requiem para a libertação” de Otávio Frias Filho prestou-lhe esse serviço, não desvendando-lhe a essência - papel da teologia -, mas retratando-lhe o rosto.
O autor percebeu bem o deslocamento de uma figura de Igreja da libertação, que marcou presença nas escuras décadas da repressão até o heroísmo de seus mártires, para uma Igreja festiva da visibilidade mediática.
A Igreja da libertação revelara naqueles momentos a força germinal da fé. Iluminou-lhe a teologia da libertação. Não era “materialista”, nem se confinara a uma sociologia coletivista, mas recuperara a dimensão ética inegociável do Cristianismo. Rompera, sim, a barreira dualista entre dimensão espiritual e material da existência, como o próprio mistério da Encarnação - fazer-se carne - do Verbo Divino - espírito - realisticamente revela.
A dimensão religiosa humana não se identifica com o coração da fé cristã. Os efeitos espiritualistas, estimulados por instrumentos da técnica mediática, não são experiências cristãs sem mais. Estas são indissociáveis do compromisso sério e conseqüente com os pobres na linha do seguimento de Cristo. A Lei Antiga, que o Cristianismo assumiu, mostra-nos Deus ouvindo o clamor do estrangeiro, da viúva, do órfão, do pobre (Ex 20, 20-26). Javé se preocupa pelo “onde dormirão os pobres”. Essa exigência ética e teologal fez a preocupação e a ocupação da teologia da libertação. Nenhum papa pode dizimá-la, porque iria contra o cerne da fé bíblico-cristã.
A Igreja da libertação pôde ter descuidado outras dimensões humanas da afetividade e da festa, hoje em voga. Isso não significa sua morte. É momento de rever os pontos em que falhou e integrar no seu seio a alegria, o gozo da oração e da festa, sem abrir mão em nada da seriedade de seu engajamento com os pobres. Aí está o seu futuro.     J. B. Libanio

terça-feira, 4 de setembro de 2012


Palavra de encerramento na festa de Sant’Ana e São Joaquim 2012.

Querido Povo de Deus, devoto de Sant’Ana e São Joaquim,

Excelentíssimo e Reverendíssimo Arcebispo Metropolitano, D. Jaime Vieira,
Reverendíssimos irmãos presbíteros e diáconos,
Reverendissimas e queridas religiosas,
Seminaristas,
Exma Sra. Prefeita Norma Ferreira,
Deputados,
Vereadores,
Demais Autoridades civis e militares,
Equipes de trabalho da festa, às quais agradeço e reconheço pelo bem feito,

Temos tanto a agradecer. Agradecemos a Deus por mais uma oportunidade que nos é concedida de poder encerrar mais uma festa dos padroeiros. Sem dúvida, Tivemos um Novenário que nos proporcionou um momento muito especial de encontro com Jesus Cristo, através de tudo que celebramos e vivemos. Tivemos um tempo da graça de Deus na vida da nossa Paróquia e, sem dúvida, na história do nosso Município. Não podemos dissociar o que é São José de Mipibu de hoje, esquecendo o que foi, o que é e o que será a Igreja Católica. Por isso, precisamos continuar a investir e confiar nos cristãos e, conseqüentemente, nos seus cidadãos. Confio que os cristãos de São José de Mipibu, como tantos outros do passado, precisam qualificar o que pode ser este Município no desenrolar do tempo. Que elementos determinantes da dignidade humana dos filhos desta terra são vistos? Que potencialidades nós temos, que poderão fazer a diferença da história mipibuense no futuro? Quem, deveras, está preocupado com isto? Tenho certeza que na festa dos nossos padroeiros, refletimos sobre estas várias possibilidades. Tudo graças ao encontro das famílias, dos jovens, das crianças, das pessoas de boa vontade que entendem o valor da experiência da vida em comunidade. Isto mesmo! A Igreja forma as pessoas para o verdadeiro sentido da beleza comunitária. Pois, ela tem seu encanto porque se harmoniza pela diferença. Ela trás, pelos símbolos, mas antes de tudo, pelo que ela é e por Quem ela é, as reais condições de fortalecimento da vida em Sociedade. Partindo da Palavra, que é Deus, diz ao ser humano o que ele mais precisa e anseia para sua felicidade. Por isso, a verdade, a justiça, a paz, que só se solidificarão quando cada um tiver o que for necessário para o seu bem estar, devem ser a anunciadas e vividas. Jesus afirmou que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10). Essa consciência de que o que esperamos do futuro já devemos buscá-lo no tempo presente, não pode ser esquecido pelas palavras e pelo testemunho cristãos. Jesus Cristo, na perspectiva do tempo de Deus, que é eterno e, por isso, sempre atual, disse: convertei-vos e crede no Evangelho, porque o Reino de Deus está próximo (Mc 1,15). A grande e mais excelsa missão da Igreja é traduzir no tempo o que Deus quer para a Humanidade. Para São José de Mipibu o Plano de Salvação é o mesmo. Precisamos nos converter a Ele e, a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo, tornarmo-nos Discípulos/Missionários. Eis a urgência da ação pastoral da Igreja para os tempos atuais. Não podemos trair a Jesus Cristo! Não podemos trair a Igreja! Não podemos trair o nosso Batismo! Não podemos trair a nossa Filiação Divina! E isto serve para todos. Nós, ministros ordenados, governantes, deputados, vereadores, representantes da justiça, lideranças comunitárias, candidatos a cargos eletivos deste ano, famílias, jovens, estudantes, universitários, profissionais liberais, agricultores, professores e, muito especialmente, os mais pobres dos pobres, que enquanto sujeitos tornam-se ao mesmo tempo objeto do que nós devemos dizer e fazer para o desenvolvimento da Paróquia e do Município. Particularmente, sinto que, como cristãos e cidadãos, devemos ser mais inquietos e abertos a novas realidades. São José de Mipibu não será e não terá futuro se não for capaz de visualizar o futuro. Estamos na Região Metropolitana do Estado, na Grande Natal. Com suas perspectivas de crescimento estrutural e econômico, que devido a alguns empreendimentos de proporção internacional, a saber: a construção do Aeroporto Internacional de São Gonçalo e a realização da Copa do Mundo, sofrerá um rápido desenvolvimento, que, para o qual, talvez não esteja preparado humanamente para absolver tamanha exigência na área dos recursos humanos que são necessários. Não só como Município, mas também como Igreja, precisamos visualizar os desafios concomitantes a estes fenômenos. Além de um projeto de Evangelização ousado e objetivo, teremos que aprimorar e aguçar nossa capacidade de interpretação da realidade (hermenêutica). A V Conferência de Aparecida já deu uma luz para que a Igreja possa adentrar na dinâmica necessária para a demanda desta Nova Evangelização. O que temos que fazer, no momento, é termos determinação na aplicação do que já nos foi proposto, lembrando-nos da importância do Estado de Missão Permanente, a Formação Permanente e, por que não dizer, a Setorização Paroquial ampliada das práticas missionárias que nos levarão ao mínimo (pequenas comunidades) e a presença também nos meios de comunicação que nos colocarão diante de todos e para todos. Temos o Espírito Santo de Deus, nossa Força, temos a Palavra, que é de Deus e é Eterna, temos a “Eucarístia que, há 250 anos é fonte de evangelização nestas terras do Mipibu”, temos um Povo querido, que tem desejo de Cristo, que ama a Igreja e que, por isso, pode abrir o coração à missão e a busca de melhores condições de vida e dignidade humana. Desta forma, também faz-se necessário que os representantes públicos, do presente e do futuro, possam apostar nas condições e possibilidades do nosso povo, “tendo um projeto, não só político, mas mais ainda de gestão” que contemple realmente as necessidades mais urgentes das nossas comunidades, como a educação, saúde, segurança, saneamento básico, lazer de qualidade, que valorize a cultura e a vida dos nossos jovens e crianças, dentre outras peculiaridades. Para que estes bens e valores possam fazer parte da vida dos mipibuenses mais rapidamente, o apoio simbólico da Igreja pode ser determinante. O povo mipibuense ama a Igreja e confia na Igreja, pois tem consciência que ela sempre esteve ao lado da comunidade e com a comunidade. Basta lermos nossa história. São 250 anos que se entrecruzam a vida religiosa com a vida civil. Vejamos onde está e o que representa a Igreja Matriz para o povo mipibuense (axis mundi). Nela está o centro de Mipibu. Pois é a síntese arquitetônica da beleza inconsciente da comunidade. Ela tem Cristo eucarístico sempre presente no sacrário. Nela a Eucarístia é diariamente celebrada pela santificação de todos, que amam a Cristo e a Igreja.
Querido Povo de Deus, vamos continuar, vamos evangelizar! A especial realização da festa dos nossos padroeiros, mais uma vez, nos diz que podemos e, mais ainda, que devemos. Não podemos pecar por omissão e falta de fé. Quem somos nós sem Deus? O que pode ser da vida humana sem a presença Daquele que é o princípio e o fim de tudo? O mundo moderno e os pobres de espírito da atualidade querem o ofuscamento de Deus da vida dos homens; porque se Deus é escondido, tudo pode ser permitido, como a injustiça, a miséria, a fome, a corrupção e a morte de inocentes, o desrespeito aos miseráveis e etc. Deus é amor e só quem se entregou ao maligno ofende e sabota o que é de Deus. Quem O ama terá a vida plena e a promoverá aos outros.
Por fim, querido Pastor, D. Jaime Vieira Rocha, nosso Arcebispo Metropolitano, o senhor acabou de receber o PÁLIO, que é a insígnia própria dos metropolitas, ou seja, daqueles que devem ser referência da Unidade e da Comunhão numa determinada província eclesiástica e na relação com a pessoa do Santo Padre. Querido Pastor, os santos Padres sempre afirmaram que onde está o Bispo,aí, está a Igreja. Nós acreditamos verdadeiramente nesta sentença e queremos como Paróquia de Sant’Ana e São Joaquim dizer que estamos em comunhão com o Senhor e com a Igreja de Cristo. Estamos ao seu lado nas alegrias e nas dificuldades. Formamos o nosso querido Povo para a comunhão e a verdade de Cristo, que é a mesma da Igreja. O Senhor nos alegra com sua presença e nos confirma na Fé. Este ano, com o Ano da Fé, celebraremos o IV Congresso Eucarístico Paroquial, e sua presença, aqui e agora, já é um presságio do que queremos testemunhar neste aniversário dos 250 anos da nossa Paróquia, os 50 anos do Conc. Vat II e os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica. Precisamos fortalecer a Fé dos que nos foram confiados. Sua presença já é para nós catequese e testemunho da presença de quem é um BOM PASTOR. Deus seja louvado! Obrigado, D. Jaime! Obrigado, querido Povo de Deus e Viva Sant’Ana e São Joaquim!

São José de Mipibú, 26 de julho de 2012

Pe. Matias Soares
Pároco de São José de Mipibú e Vigário Episcopal Sul da Arquidiocese.