sábado, 8 de junho de 2013

O Papa Francisco disse ...

"Corruptos fazem muito mal à Igreja. Santos são a luz"



A Educação é prioridade?

Tudo passa pela educação. Uma educação voltada para o bem comum se faz com homens e mulheres que tenham consciência de sua vocação no mundo. É contraditório pensar nisso e ficar à serviço de um poder que sempre foi opressor e forma o seu time, equipe, com os "melhores". Escolhidos porque são fiéis não porque são capacitados para o bem comum. "A serviço de quem ou contra quem", pois não existe neutralidade. (Carlos)

Reflexão: O Papa Francisco vai na raiz da questão

Editorial: Sou ladrão do pobre?



Cidade do Vaticano (RV) –  “A comida que jogamos fora é roubada da mesa de quem é pobre, de quem tem fome”: palavras do Papa Francisco na última quarta-feira durante a Audiência geral na Praça São Pedro, no Vaticano. Palavras duras que acertam de cheio a nossa consciência e fazem tremer, por assim dizer, as nossas convicções de que “eu não sou culpado pela fome no mundo”. Diante de uma multidão de mais de 70 mil fiéis provenientes de todas as partes do mundo, Papa Francisco aproveitando a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente celebrado pelas Nações Unidas no mesmo dia, 5 de junho, voltou a pedir que jamais nos esqueçamos de que o valor da vida deve estar sempre acima dos interesses econômicos. O Papa tocou em vários aspectos do respeito pelo meio ambiente, ou seja pela criação, dom de Deus ao homem e à mulher, mas também da essência do valor da pessoa humana; de fato, recordou que “quem morre de frio, sem um abrigo, no meio da rua não faz notícia. Já, ao contrário, quando temos uma queda de 10 pontos na bolsa de valores é uma tragédia”. O valor da vida deveria estar sempre acima dos interesses econômicos, da visão do lucro, que a nossa sociedade atual muitas vezes impõe como normalidade. Nesta ótica, Francisco chama a atenção para aquilo que vemos todos os dias nas ruas de nossas cidades, e não temos a coragem de enfrentar, de nos indignar, como se não fosse de nossa competência, como se não fosse nossa responsabilidade. O homem faminto foi descartado, as pessoas são descartadas como se fossem desperdício. São homens e mulheres, disse o Papa, “sacrificados aos ídolos do lucro e do consumo”. É a cultura do descartável. Vivemos sem profundidade, sem dar importância, tudo passageiro, nos tornamos insensíveis diante de realidades que deveriam nos indignar. Morre-se de fome quando temos mesas abastadas e lixos ainda mais abastados. Lamentável quando em muitas partes do nosso mundo pessoas, principalmente crianças, sofrem de fome e subnutrição. Nos dias passados as Nações Unidas alertaram para o fato de que todos os anos 1 bilhão e 300 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados, ou seja, um terço da comida produzida no mundo vai parar nas lixeiras. Esse desperdício seria suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas que passam fome.

O consumismo levou as pessoas a habituarem-se ao supérfluo e ao desperdício diário de alimento. Diante dessa situação que vê o ser humano espezinhado e sacrificado no altar da indiferença, o alerta do Papa Francisco de que a pessoa humana hoje “está em perigo”, por isso é urgente uma “economia humana”: “O perigo é grave porque a causa do problema não é superficial, mas profunda: não é só uma questão de economia, mas de ética e de antropologia”. A Igreja já o sublinhou muitas vezes. Mas o sistema continua igual: o que comanda hoje não é o homem, é o dinheiro.

O homem se modernizou, foi ao espaço, encurtou distâncias, ficou mais veloz, criou bem-estar, mas não aprendeu a partilhar recursos que poderiam salvar vidas e dar dignidade às pessoas. Criou ídolos que o tornam não pessoas livres, mas amarradas, amordaçadas sem a verdadeira liberdade, que somente a solidariedade, filha da caridade pode dar. Tornamo-nos escravos da busca do bem-estar sem levar em consideração a essência de nossas vidas, das nossas esperanças, ou seja, o amor, e a comunhão com Deus e o nosso próximo.

É possível mudar essa situação, é possível erradicar a pobreza, mudando nossas atitudes, nossos comportamentos consumistas e indiferentes. Temos que retomar a cultura da solidariedade – pede o Papa – do encontro, do importa-se com o outro. Temos que retomar a paixão pelo ser humano. Não podemos ser uma “sociedade descartável”, que despreza a vida humana. A pergunta martela na cabeça, somos ladrões do futuro do nosso irmão? É o momento para responder com ações e não somente com palavras, com uma cultura da solidariedade e do encontro. É o momento da “sociedade da partilha”, de saber partilhar o pouco que somos e temos e não nos fecharmos nunca em nós mesmos. (Silvonei José)

Fonte: Site da Rádio Vaticano

sexta-feira, 7 de junho de 2013

MIPIBU EM REFLEXÃO

Num mundo corruptível os governantes são vingativos. Não respeitam os direitos da pessoa humana, eles encarnam o espírito maligno e destroem vidas. Vidas são ceifadas por conta da desordem de um sistema maléfico. O governante, num mundo corruptível, é o maior responsável pelo mal que acontece na sociedade. Existe aquele que é aproveitador e tenta se apossar dos bens das pessoas de boa vontade. Que o inferno seja a morada do governante maldito. Não estou radicalizando. Mas quero lembrar o que disse um Homem muito inteligente e poderoso de verdade: "Nem só de pão vive o homem mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus". Quem usa o poder para ameaçar imita satanás, sua vida não vale mais do que uma folha seca.

Reflexão

Pensamento do dia, sexta-feira, 07 de junho de 2013

Quando cultivamos a oração e a vida espiritual, a presença do Espírito no ser humano se faz atual como a respiração.
Daniel Izuzquiza, jesuita (1968)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

As festas dos padroeiros



As festas dos padroeiros: Um Bem Eclesiástico

As festividades dos santos: Antonio, João e Pedro se aproximam. Estas são comumente conhecidas por festas juninas, por acontecerem no mês de Junho. Sem dispensar a História, há que ser reconhecido que todas elas surgem ao interno das tradições e manifestações da piedade e da motivação dos cristãos católicos pela condução da mesma Igreja de Cristo. Nas várias comunidades, em continuidade com aquele processo historicamente veiculado, preparam-se momentos de entretenimento e manifestações públicas da religiosamente popular e congraçamento das muitas comunidades. Vale lembrar que, em todas as outras comemorações e festividades similares, ou seja, em outros períodos e outros padroeiros, a Igreja deve ter total responsabilidade de gerenciamento.
O acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao estatuto jurídico da Igreja Católica no Brasil, que sintetiza a tipificação jurídica concernente à relação institucional entre a Santa Sé e Estado Brasileiro, no artigo 7º, assevera que “a República Federativa do Brasil assegura, nos termos do seu ordenamento jurídico, as medidas necessárias para garantir a proteção dos lugares de culto da Igreja Católica e de suas liturgias, símbolos, imagens e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”. Aqui se encontra a garantia dada pelo próprio Estado da condição de agente administrador dos “Bens Eclesiásticos”, que são as festas dos padroeiros vinculadas canonicamente às Dioceses e, conseqüentemente, às Paróquias, como sujeito de direitos e deveres, reconhecidas pelo mesmo Estado Democrático de Direito. Tudo que está ordenado no referido acordo está contido no ordenamento jurídico do País.
Nas nossas comunidades formou-se uma mentalidade, por parte da grande maioria dos gestores públicos, que as festas dos padroeiros podem ser realizadas sem a devida participação da Igreja. Vale ressaltar e lembrar a todas as outras instituições que podem e devem entrar como parceiras da Igreja nestes eventos; porém, sem atrofiar o intento próprio do momento como “tempo forte de evangelização e confraternização da comunidade”. A Igreja tem o direito-dever de poder gerenciar estas festividades tendo em vista as suas finalidades. O próprio acordo afirma que “as altas Partes Contratantes são, cada uma na própria ordem, autônomas, independentes e soberanas e cooperam para a construção de uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna”.
Infelizmente, o modo como tudo isto está sendo feito é ilegítimo. Nós esperamos que haja respeito e parceria nas festas dos padroeiros entre os entes federativos, que são os municípios, através dos gestores, e as várias paróquias, mediante seus párocos. Antes de qualquer festa avulsa realizada nas ruas das várias cidades e comunidades católicas ou não do nosso País, existe a liturgia cristã milenar e todos os outros modos de apresentações culturais que o próprio município tem a obrigação de salvaguardar. Na maioria das situações são proporcionadas festas nas quais se gasta muito mais do que se se incentivasse a digna alegria da comunidade, como a Igreja Católica assim o deseja. Muitos são os interesses políticos que, de fato, não promovem politicamente a ninguém, nem muito menos as pessoas; pois o que trás para as cidades é a prostituição, as drogas, os roubos e a violência. É ou não é?!
Por fim, uma palavra dirigida a todos os cristãos: “tenhamos mais consciência da nossa dignidade”! Muitos de nós queremos viver de pão e circo. É triste constatar este fenômeno; mas é a mais pura verdade. Desta forma, as comunidades e, por antonomásia, a nossa Sociedade continuará sendo presa fácil de pessoas que não têm compromisso com a verdade e a justiça. E ratifico que, o que digo, vale para todos. Assim o seja!
Pe. Matias Soares
Pároco de São José de Mipibu-RN e V. Episc. Sul. 


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Há 50 anos, o mundo "perdia" o Papa Bom



Cidade do Vaticano (RV) – No dia 3 de junho de 50 anos atrás, em 1963, morreu João XXIII, o “Papa Bom”.

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em Sotto il Monte, na Província de Bergamo, norte da Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito o 261° Papa em 28 de outubro de 1958, sucedendo Pio XII.

Desde o início, João XXIII revelou um estilo que refletia a sua personalidade humana e sacerdotal amadurecida através de inúmeras experiências: foi professor, capelão militar e teve uma longa carreira diplomática.

Preocupou-se com o aspecto pastoral do seu ministério, ressaltando sua natureza episcopal enquanto Bispo de Roma. Multiplicou o contato com os fiéis por meio de visitas a paróquias, hospitais e cárceres. Sua maior contribuição, todavia, foi a convocação do Concílio Vaticano II – cujo anúncio foi feito na Basílica de S. Paulo em 25 de abril de 1959. Tratou-se de uma decisão pessoal de João XXIII, depois de colóquios com seus colaboradores e com o Secretário de Estado, Cardeal Tardini. A finalidade deste evento, detalhada no discurso de abertura em 11 de outubro de 1962, era original: não se tratava de definir novas verdades, mas de repropor a doutrina tradicional de maneira mais apta à sensibilidade moderna.

Na perspectiva de uma atualização de toda a vida da Igreja, João XXIII convidava a privilegiar a misericórdia e o diálogo com o mundo, numa consciência renovada de que a missão eclesial abraça todos os homens. Nesta abertura universal, não podiam ficar de fora as várias confissões cristãs, convidadas também elas a participarem do Concílio para dar início a um caminho de aproximação. No decorrer da primeira fase, pôde-se constatar que João XXIII queria um Concílio realmente deliberativo, do qual respeitou as decisões depois que todos tiveram modo de se expressar e de se confrontar.

O “Papa Bom” assumiu a Igreja no auge da “guerra fria” entre as democracias ocidentais e os países do bloco comunista – situação que rechaçava de maneira amável, mas enérgica.

Na primavera de 1963, lhe foi conferido o Prêmio "Balzan", que testemunhava seu empenho em favor da paz com a publicação das Encíclicas Mater et Magistra (1961) e Pacem in terris (1963).

Nelas, estão indicados as tarefas e os deveres da Igreja Católica no mundo contemporâneo, e os itinerários e as metas de natureza política que devem levar o mundo da “coexistência” sempre mais precária entre os Estados à “convivência” entre regimes contrapostos e etnias diferentes.

João XXIII não somente pregava que tudo isso deve ser feito, mas que pode ser feito. Sua grande popularidade deriva de sua capacidade singular de comunicar esperança a todos, de indicar o caminho de uma paz que não é somente ausência de conflitos armados, mas orientada sobretudo ao ser humano.

Morreu na noite de 3 de junho de 1963 e foi beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000.

Para marcar esta data, a Diocese de Bergamo organizou uma peregrinação ao Vaticano, que se concluirá esta tarde com a celebração da Santa Missa na Basílica de S. Pedro. No final da celebração, o Papa Francisco irá até a Basílica e pronunciará um breve discurso.
(BF) (Fonte: Rádio Vaticano)