quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um ecumenismo ético



Um ecumenismo ético
Vivemos uma época de complexidades. As manifestações do sujeito se desenvolveram de diversos modos e em todos os tempos e espaços. A Igreja, e aqui refiro-me a muitas comunidades cristãs que reconheceram e reconhecem a importância da unidade dos cristãos, percebeu a incoerência dos discípulos de Cristo que renegam a prece do Senhor que roga ao Pai que todos sejam um como Ele e o Pai são Um (Cf. Jo 17,11). A maior traição dos seguidores de Jesus Cristo é a divisão presente e alimentada pelas comunidades que foram constituindo-se no decorrer da história. A experiência de Pentecostes foi, é e sempre será o modelo eclesial dos convertidos à pessoa do Ressuscitado (Cf. At 2 e 4).
O Concílio Vaticano II tratou da “promoção da reintegração de todos os cristãos como um dos seus principais objetivos” (Cf. UR,1).  Isto porque as divisões existentes nas comunidades cristãs são um escândalo para o mundo e prejudicam enormemente a pregação do Evangelho a toda criatura (Idem). Essas preocupações continuam a fazer parte da vida da Igreja, e impulsionadas pelo magistério dos últimos pontífices, João Paulo II e Bento XVI, são colocadas como uma das urgências para as comunidades cristãs no mundo inteiro. Mesmo ciente da razoabilidade teológica da proposta, depois de conhecer a situação da realidade das comunidades cristãs na Europa, fui levado a fazer a seguinte interrogação: O Ecumenismo é uma necessidade teológica ou política? Sem dúvida, depois da leitura do capítulo 17 do evangelista João, não podemos ter dúvida que a perspectiva tem que ser teológica. Contudo, quando visualizamos a finalidade da missão de Jesus em implantar o Reino de Deus (Cf. Mc 1,15; Mt 4,12.17 e Lc 4,14s) e o que pode acontecer se aqueles que têm a responsabilidade de anunciá-lo e realizá-lo estão divididos, surge ou, pelos menos, deveria surgir uma atenção à seguinte afirmação do próprio Jesus: “Se um reino está dividido contra si mesmo, este reino não se pode manter. Se uma família contra si mesma, esta família não poderá subsistir” (Cf. Mc 3,24-25). O projeto do Reino é de Deus, porém a conversão a este deve ser nossa. A divisão é um sinal da ausência de Deus no que é realizado por aqueles que foram enviados por Jesus Cristo.
O secularismo é uma das faces da modernidade que não quer aceitar mais a interferência de Deus, e claro que dos princípios e moralidade cristãos, no que é simplesmente humano. As correntes ideológicas tornaram-se as semideusas das tribos ditatoriais. A violência verbal e aética está se radicalizando num niilismo que levará a vitimização da própria condição humana. O que é cultural e identificativo da Civilização ocidental já está em crise e diluindo-se tempestivamente. A relativização da vida, a desconstrução da experiência familiar, a crise de sentido por se confundir o transcendental com o Transcendente, vivendo-se religiões, porque não dizer até a cristã, sem querer comprometer-se com um Outro que me integra totalmente e me espera.
  A defesa dum “Ecumenismo Ético” é premente, razoável e necessária nas atuais circunstancias eclesiais, sociais e políticas. Não foram dados passos doutrinais tão significativos na nossa realidade. Todavia, não pode ser esperado que uma avalanche de depredações ao que é importante para a Sociedade, e aqui esta que também é composta por cristãos, aconteça e a maioria que compõe as instituições fiquem calados, omissos e acovardados. A unidade dos cristãos pode ser tratada por uma necessidade prática e política. O que é importante, como valor para os cristãos e muitos homens e mulheres de boa vontade, pode e deve ser contemplado por todos. Tudo o que vem para o bem da sociedade; como também, tudo que vai de encontro ao pensamento cristão merece uma preocupação maior da parte de todos. Se não acordarmos agora, depois será tarde demais. As sementes do que é bom, verdade, nobre e justo devem prevalecer se de fato vem Deus.  Fica a proposta, mas também a inquietação.
Por fim, o que é de Deus e do Seu Filho, Jesus Cristo, não pode vir de encontro à dignidade humana. Zelemos pelo que é de Deus, na unidade e como sinal do amor, que estaremos de fato vivendo o espírito da vida cristã. Que Deus nos fortaleça nesta perspectiva e, que, nós cristãos, nos convertamos! Assim o seja!
Pe. Matias Soares
Pároco de S. J. de Mipibu e Vig. Episcopal Sul

A seca continua levando milhares ao sofrimento

Quarta-feira, 17 de abril de 2013, 14h40

O povo teria água se o Governo fosse mais atento, diz bispo

André Alves
Enviado especial a Aparecida (SP)


André Alves / CN
Dom Frei Luís Flávio Cappio, OFM, bispo de Barra (BA)
A seca no nordeste é uma questão preocupante também para a Igreja no Brasil. Nesta 51ª Assembleia dos Bispos, o assunto foi mencionado durante as plenárias.

De acordo com o bispo de Barra (BA), Dom Frei Luís Flávio Cappio, OFM, a grande indignação está no fato de ver o dinheiro público sendo disperdiçado nas obras inacabadas da transposição do Rio São Francisco. Na opinião do bispo, o povo do nordeste “poderia ter água se o governo fosse mais atento às necessidades da população”.

“Há mais ou menos um mês, eu visitei as obras do projeto de transposição do Rio São Francisco. O projeto, que utilizou uma propaganda enganosa do Governo, dizendo que iria levar água para o povo, gastou bilhões de recursos públicos, e agora está tudo parado e aquilo que foi feito está se deteriorando”, relatou Dom Cappio.

Segundo o bispo, na época em que ele fez o jejum em favor da não transposição do rio, foi apresentado ao presidente Lula algumas alternativas para lidar com a situação da seca na região. Inclusive, segundo ele, projetos da ANA – Agência Nacional de Água – um órgão do Governo federal para assuntos hídricos.

Na ocasião, a ANA havia lançado um Atlas do Nordeste. Este projeto visava levar água para as populações carente da região nordestina tirando-a do Rio São Francisco, do Rio Parnaíba e dos açudes, “que são muitos no Nordeste”. “Nós havíamos proposto para o Governo esse projeto, que era do Governo Federal, da ANA. Mas as empresas interessadas, os grupos econômicos, eram bem mais fortes e o Governo optou, então, pelo projeto de transposição do rio.”

Para o bispo, se os projetos da ANA tivessem sido implementados, hoje o problema da falta de água, em algumas regiões nordestinas, estaria resolvido. “Com o dinheiro que foi gasto pelo 'ralo' da corrupção na transposição, as comunidades carentes do nordeste teriam água. Esta é a nossa indignação”, afirmou.

Dom Cappio também acredita que as obras da transposição não chegarão ao fim. O motivo, segundo ele, é a total ambiguidade do projeto. “A transposição é antissocial, antiecológica, antijurídica. Todas as bases de implementação do projeto não se sustentam. É um projeto insustentável!”, ressaltou.

“O meu parecer é que as obras da Agência Nacional de Água fossem implementadas para levar água a quem precisa. Eu acredito que, se esperar água pelo projeto da transposição, o povo continuará sem ela”, concluiu. (Fonte: canção Nova)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Palavra do Papa Francisco

Francisco: são muitos os mártires na Igreja vítimas de calúnia, um ato que vem de Satanás

2013-04-15 Rádio Vaticana Cidade do Vaticano (RV) - "A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas." Foi o que afirmou o Papa Francisco na homilia da missa presidida na manhã desta segunda-feira na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, da qual participaram, entre outros, os funcionários do Serviço telefônico vaticano e do Setor internet vaticano.
O Santo Padre convidou a rezar pelos muitos mártires que hoje são falsamente acusados, perseguidos e assassinados por ódio à fé.
Estevão, o primeiro mártir da Igreja, é uma vítima da calúnia. E a calúnia é pior do que um pecado: a calúnia é uma expressão direta de Satanás.
O Papa não usou meios termos para estigmatizar um dos mais desprezíveis comportamentos humanos. A leitura dos Atos dos Apóstolos apresenta Estevão, um dos diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que é levado ao Sinédrio por causa de seu testemunho do Evangelho, acompanhado de sinais extraordinários.
E diante do Sinédrio – lê-se no texto – aparecem "falsas testemunhas" que acusaram Estevão.
Francisco foi incisivo sobre este ponto: porque – observou – "não bastava o combate honesto, a contenda entre homens de bem", os inimigos de Estevão embocaram "o caminho da luta suja, a calúnia":
"Todos nós somos pecadores: todos. Temos pecados. Mas a calúnia é outra coisa. É claro que é um pecado, mas é outra coisa. A calúnia quer destruir a obra de Deus; a calúnia nasce de uma coisa intrinsecamente ruim: nasce do ódio. E quem faz o ódio é Satanás. A calúnia destrói a obra de Deus nas pessoas, nas almas. A calúnia utiliza a mentira para seguir adiante. E não duvidemos: onde há calúnia está Satanás, ele mesmo."
Em seguida, o Papa passou da atenção para o comportamento dos acusadores para a atenção ao comportamento do acusado. Estevão, observou, não retribuiu a mentira com a mentira, "não quis seguir por aquele caminho para salvar-se. Ele olhou para o Senhor e obedeceu à lei", permanecendo na paz e na verdade de Cristo. E é o que "acontece na história da Igreja" – reiterou –, porque do primeiro mártir até hoje são numerosos os exemplos de quem testemunhou o Evangelho com extrema coragem:
"Mas o tempo dos mártires não acabou: também hoje podemos dizer, na verdade, que a Igreja tem mais mártires do que no tempo dos primeiros séculos. A Igreja tem muitos homens e mulheres que são caluniados, que são perseguidos, que são assassinados por ódio a Jesus, por ódio à fé: um é assassinado porque ensina catecismo, outro porque carrega a cruz... Hoje, em muitos países, os caluniam, os perseguem... são irmãos e irmãs nossos que hoje sofrem, neste tempo de mártires."
O nosso tempo – repetiu o Papa Francisco – "é uma época com mais mártires do que nos primeiros séculos". E uma época de "muitas turbulências espirituais" trouxe à mente do Pontífice a imagem de um antigo ícone russo: o ícone de Nossa Senhora que com o seu manto cobre o povo de Deus:
"Peçamos à Virgem Maria que nos proteja, e nos tempos de turbulência espiritual o lugar mais seguro é sob o manto de Nossa Senhora. É a mãe que cuida da Igreja. E neste tempo de mártires é ela, de certo modo, a protagonista da proteção. É a mãe. (...) Digamos a ela com fé: 'A Igreja está sob a tua proteção, ó mãe. Cuida da Igreja'." (RL) (Fonte: Rádio Vaticana)

domingo, 14 de abril de 2013

Almas gêmeas: o mentiroso e a mentira

 O pai da mentira é o diabo. Segundo Alvaro Bianchi, professor de Ciência Política da Universidade de Campinas, "a mentira na mão de pequenos escroques é uma arma ineficaz, mas nem por isso perdeu seu caráter político". A história nos mostra que Adolf Hitler se utilizou da mentira para eliminar pessoas do convívio social, acusá-las injustamente, levá-las ao descrédito. Este é o papel do mentiroso e da mentira, destruir a dignidade das pessoas. O curioso, é que o mentiroso sabe que sua essência é a mentira. Mas alegrem-se os justos! Os justos estão guardados como que em asas de águia. Porém, o que sobrará para os ímpios? "Quando os ímpios se multiplicam, multiplica-se a transgressão, mas os justos verão a sua queda"(Provérbios 29, 16). (Carlos Alberto, Fé e Luz)

Promotores da Paz

"Os promotores da paz fazem de tudo para manter e restabelecer entre as pessoas a convivência inspirada no amor"(Pontifícia Comissão Bíblica). O cristão-católico tem consciência de sua missão, não compactua com a maldade do mundo.

sábado, 13 de abril de 2013

Seguir as pegadas de Cristo

Seguir as pegadas de Cristo é a melhor alternativa para quem deseja um mundo melhor. É claro que isso implica numa moral e ética para ser luz na caminhada do povo. Buscar um relacionamento com Deus significa atualizar a bondade, o amor, a justiça. No conceito de homem cabe esses valores. Um homem de caráter, ele respeita a dignidade do outro porque ele não é maior nem menor do que outro. Todo mundo é igual em dignidade. Esta precisa ser respeitada.
Contudo,o projeto de Deus não é a destruição nem a perdição. É vida para todos! Satanás e sua corja de filhos pede a destruição da humanidade. É a cultura da morte. Por outro lado, Deus anuncia um mundo, "uma terra onde corre leite e mel". Quando o homem é chamado ao discernimento moral, ele percebe o que é ruim e bom. Deus viu que tudo o que ele fez foi bom. Os cristãos de hoje, por sua vez continuam a missão dada por Deus. É importante sair e anunciar o Reino de Deus e denunciar os impostores, as injustiças e as perseguições. (Carlos, Setor I)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A nossa paróquia está em consonância com o Documento de Aparecida

O modelo de Igreja implantado aqui na paróquia, encontramos no Documento de Aparecida e nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil.Mas esse modelo foi construído pela coragem e inteligência pastoral do Padre Matias Soares. Partindo da setorização, percebemos o envolvimento da comunidade na leitura da palavra de Deus, na participação e na multiplicação dos setores missionários. Para 2013, a nossa motivação se fortalece porque além do Padre Matias, temos o Padre Lenilson. Com isso se fortalece a pastoral e a direção espiritual da paróquia. (Carlos Alberto)