domingo, 20 de janeiro de 2013

Ainda Epifania!


Em certo sentido, a liturgia da Palavra deste segundo Domingo comum, ainda está ligada ao Santo Natal, tempo da manifestação do Senhor. Na liturgia da Igreja antiga, a festa da Epifania, da Manifestação, celebrava, de uma só vez e num só dia, a visita dos Magos, o batismo de Jesus e as bodas da Caná.
São três momentos da Manifestação do Senhor: aos Magos, Ele Se manifestou como Rei dos Judeus pelo brilho da Estrela; no batismo, o Pai O manifestou como Messias de Israel, ungindo-O com o Espírito Santo para a missão e, em Caná, Jesus manifestou a Sua glória ao transformar a água em vinho, e os Seus discípulos creram Nele.
Portanto, estamos ainda em clima de Manifestação, de Epifania Daquele que veio do Pai para nossa salvação; e é neste contexto que as leituras da Missa de hoje devem ser interpretadas.

 


  Fonte: Dom Henrique 

sábado, 19 de janeiro de 2013

90 anos de transformações na Igreja.
  
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Dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás, pertence a uma geração de bispos brasileiros que identifica na missão da Igreja uma transformação social. Ele esteve à frente da criação da Comissão Pastoral da Terra – CPT e do Conselho Indigenista Missionário – Cimi, onde, ainda hoje, atua com bastante entusiasmo. Na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line, Dom Tomás recorda sua trajetória na Igreja e enfatiza que a "CPT aconteceu num momento de muita animação, decisão, caminhada e energia a favor dos pobres. Foi fruto do Concílio Vaticano II e de Medellín”. Para ele, tanto a CPT quanto o Cimi "trouxeram para dentro da Igreja uma abertura, porque a convivência com esses povos trazia, na pessoa dos agentes de pastoral das CPTs, para o interior da Igreja a preocupação com a situação deles”. E conclui: "Houve um crescimento dentro da própria instituição eclesiástica”. (Fonte: CPT)

A CF 2013 e a Juventude

 Vamos todos participar da Campanha da Fraternidade. A Igreja conta com o envolvimento de toda a sociedade. "Os quarenta dias que precedem a Cruz e a Ressurreição sinalizam o caminho que a Igreja, na liturgia, nos oferece como possibilidade de sermos atingidos pela experiência redentora de Jesus Cristo" (Texto base, p.7). É tempo também para mudar a mentalidade, deixarmos o comodismo de lado e procurar servir a Deus na pessoa do oprimido. A semana santa consegue na América Latina reunir em torno de Jesus os crucificados de hoje. Crucificados pelo modelo econômico, ganância, perseguição, inveja e tantas outras maldades que atormentam a vida humana. Que esta campanha possa devolver a esperança, principalmente, aos nossos jovens. Que a juventude se transforme no verdadeiro instrumento de libertação. (Carlos, Coordenador do Setor I)
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“Salve Jorge”: da Capadócia ou da Palestina?

19/01/2013
No Brasil e alhures são milhões que veem novelas. Atualmente uma, “Salve Jorge”, se desenrola na Capadócia, Turquia, onde teria  vivido São Jorge.
Entre os estudiosos há uma antiga discussão sobre o lugar de seu nascimento. Ela vem largamente discutida por Malga di Paulo, pesquisadora da vida do santo e que forneceu os dados para a atual novela. Um livro seu deverá sair brevemente. Para Malga que conhece a fundo a Capadócia, todos os indícios levam àquele lugar como a pátria natal deste famoso mártir. Outros o colocam em Lod na Palestina, hoje Israel, onde se construiu um santuário em sua homenagem.
É muito pouco o que podemos dizer de forma segura sobre o tema. A escola de historiadores críticos da vida dos santos e dos mártires, surgida a partir  do século XVII, os Bolandistas, e sua obra a Acta Sanctorum deixa a questão em aberto. Outro grupo, criado  ao redor de A. Buttler, baseando-se nos Bolandistas e acessível em portugues em 12 volumes, A Vida dos Santos (Vozes 1984) assevera: ”Há toda uma série de motivos para se acreditar que São Jorge foi um mártir verdadeiro e real que sofreu a morte em Lida na Palestina provavelmente na época anterior a Constantino (306-337). Fora disso, parece que nada mais se pode afirmar com segurança”( vol. IV, p. 188).
Minha tendência é afirmar a Palestina e não Capadócia como o lugar de seu nascimento. A razão se prende ao fato de que teria havido uma confusão de nomes. Com efeito, havia na Capadócia um bispo chamado Jorge da Capadócia, fato historicamente bem atestado. Entrou na história da teologia, em razão das polêmicas acerca da natureza de Cristo: seria só semelhante a de Deus (arianos) ou seria da mesma natureza (anti-arianos)? Tal discussão dividiu a Igreja.  O imperador Constâncio II (um de seus títulos era de Papa) queria assegurar a unidade do império mediante uma confissão  única, no caso, a ariana. Militarmente ocupou Alexandria, foco da resistência anti-ariana e impôs Jorge da Capadócia como bispo ariano (357-361), mais tarde assassinado. Isso consta até nos manuais de teologia.
Minha hipótese é que os primeiros compiladores da vida de São Jorge, já no século V e depois, no século XII, com o autor da Legenda Aurea, Jacobus de Veragine, confundiram São Jorge com esse conhecido Jorge da Capadócia e assim o fizeram nascer ai. Uma hipótese.
Deixando a discussão de lado, importa lembrar sua figura mais conhecida: um guerreiro, montado sobre um cavalo branco, vestido de couraça, com uma cruz vermelha num fundo branco, enfrentando terrível dragão com sua lança pontiaguda.
Por seu pai ter sido militar, seguiu essa carreira. Foi tão brilhante que o imperador Diocleciano o incorporou à sua guarda pessoal com a alta patente de Tribuno. Quando este imperador obrigou todos os soldados cristãos a renunciarem a fé cristã e adorarem os deuses romanos, sob pena de morte, Jorge se recusou e saiu em defesa de seus irmãos de fé. Preso e torturado, miraculosamente passou, diz a lenda, ileso do caldeirão de chumbo e de vários envenenamentos. Mas acabou sendo decapitado.
No início, no Ocidente, era venerado apenas como um simples mártir com sua palma típica. Com tempo e especialmente devido às cruzadas foi feito guerreiro com seus instrumentos próprios, especialmente associado ao enfrentamento com o dragão, símbolo do mal e do demônio. A lenda mais conhecida no Ocidente é a seguinte:
Certa feita, Jorge, como militar, passou pela Líbia no norte da África. Na pequena cidade de Silene o povo vivia apavorado. Num brejo vizinho reinava terrível dragão. Seu sopro era tão mortífero que ninguém podia se aproximar para matá-lo. Cobrava cada dia dois carneiros. Terminados estes, exigia vítimas humanas, escolhidas por sorteio. Um dia a sorte caiu sobre a filha do rei. Vestida de noiva foi ao encontro da morte. Eis senão quando, surge São Jorge com seu cavalo branco e com sua longa lança. Fere o dragão e domina-o. Amarra-lhe a boca com o cinto da princesa. Esta o conduz manso com um cordeiro até o centro da cidade. Todos, agradecidos, se converteram à fé crista.
É patrono da Inglaterra, já a  partir de 1222 mas oficialmente só em 1347 com Eduardo III com festa  solene (the St.George’s Day), da Rússia, de Portugal, da Bulgária, da Grécia, da província da Catunha e de muitas outras cidades.
Uma polêmica se instaurou quando o Vaticano em 1969 fez uma revisão da lista dos santos e retirou dela  o popular São Jorge, por motivos não totalmente claros. Houve uma grita geral, especialmente, por parte da Inglaterra, da Catalunha e também do time de futebol, o Corinthians de quem é patrono. O Card. Dom Paulo Evaristo Arns, corinthiano fervoroso, intercedeu junto ao Papa Paulo VI para que mantivesse a veneração de São Jorge, ao menos como  clebração optativa. Ao que o Papa respondeu: ”Não podemos prejudicar nem Inglaterra nem a Nação corinthiana; prossigam com a devoção”. Em 2000 João Paulo II, com senso pastoral, restabeleceu a festa. Ele está presente nas tradições afro: Ogum para a Umbanda e Oxossi para o candomblé-nagô. No Rio, o dia 23 de abril, sua festa, é feriado municipal, pois é o patrono de fato da cidade embora de direito seja São Sebastião.
No próximo artigo tentaremos decifrar o arquétipo de base que subjaz ao guerreiro São Jorge e ao dragão. Enquanto isso, fazemos nossa a oração popular: ”Andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos, não me peguem e tendo olhos não me enxerguem…E meus inimigos fiquem humildes e submissos a Vós. Amém”.
Leonardo Boff foi por muitos anos professor de história dos dogmas no Instituto Franciscano de Teologia  de Petrópolis Rio.
Fonte: L. Boff

É para refletir

Quem compreende que é criatura de Deus reconhece humildemente o Onipotente e adora-O.
Quem realmente adora Deus ajoelha-se diante d'Ele ou lança-se no chão. [485] 


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Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro



Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.
O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
“Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido”, destacou o presidente da Comissão da CNBB.
Na arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno Assis.
Em Natal
A programação de lançamento nacional será em Brasília, na sede da CNBB e também na cidade de Natal (RN), arquidiocese que deu início à Campanha, em 1962.
O arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da arquidiocese em sediar o lançamento da CF 2013. “Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo”, disse o arcebispo.
O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. “A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la”, ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), da CNBB.
Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha teve início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – “Fraternidade e Juventude”. Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20 horas, na Catedral Metropolitana, será celebrada missa, seguida de um show.
Segundo o padre Luiz Carlos, antes, no dia 13, quarta-feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva.
Origem da CF
A primeira Campanha foi realizada na arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese. A comunidade rural de Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.
O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do administrador apostólico da arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.
A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade.
Fonte: CNBB

Formação :: www.barbosacarlos.com.br

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