quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Urgente: política na direção do bem comum

Podemos dizer que política é lutar pelo bem comum. Aqui já não tem lugar para o individualismo, projetos pessoais. A dimensão social da política cobre  todos os interesses. Para isto é necessário formação de novas lideranças nessa perspectiva. Que sejam independentes, comprometidos com a causa dos oprimidos. É verdade que está em falta esse tipo de liderança. Mas não podemos desanimar quanto a essa realidade.
O povo segue a tradição de esperar que a sua libertação venha da parte dos poderosos do mundo. É uma tradição que precisa ser mudada a partir da organização das comunidades. Uma comunidade organizada torna-se sujeito de sua história. Ninguém tira proveito de uma comunidade independente, ninguém compra a consciência de quem possui conhecimento e se pauta na ética e na moral. Política deve ser feita com motivação e esperança num mundo de justiça e paz. As lideranças de relevância colocam seus serviços para a comunidade e trabalham na perspectiva de libertação de todas as formas de opressão.
Liderança solidária com os mais pobres abre caminho para que todos tenham o necessário para sobrevivência. É claro que essa construção é necessária sem o assistencialismo perpétuo que tem contribuído no imobilismo social. Como foi que surgiu um Dom Hélder Câmara? Marcelo Barros? Leonardo Boff? Teresa de Calcutá? Surgiram do conhecimento verdadeiro, do desapego, colocaram suas vidas a serviço da dignidade humana. É importante saber que não estamos sozinhos nessa luta permanente pelo reino de justiça, igualadade, paz e amor. Não de outra coisa.
(Carlos: Professor/Líder no setor I missionário)
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Catequese de Bento XVI: A revelação da face de Deus

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)


CATEQUESE
Sala Paulo VI - Vaticano
Quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


Queridos irmãos e irmãs,

O Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a divina Revelação Dei Verbum, afirma que a íntima verdade de toda a revelação de Deus brilha para nós “em Cristo, que é também o mediador e a plenitude de toda a Revelação” (n. 2). O Antigo Testamento nos narra como Deus, depois da criação, apesar do pecado original, apesar da arrogância do homem de querer colocar-se no lugar do seu criador, oferece novamente a possibilidade da sua amizade, sobretudo através da aliança com Abraão e o caminho de um pequeno povo, aquele de Israel, que Ele escolhe não com critérios de poder terreno, mas simplesmente por amor. É uma escolha que permanece um mistério e revela o estilo de Deus que chama alguns não para excluir outros, mas para que faça uma ponte que conduza a Ele: eleição é sempre eleição para o outro. Na história do povo de Israel podemos refazer os passos de um longo caminho no qual Deus se faz conhecer, se revela, entra na história com palavras e com ações. Para este trabalho, Ele usa mediadores, como Moisés, os Profetas, os Juízes, que comunicam ao povo a sua vontade, recordam a exigência de fidelidade à aliança e mantêm viva a realização plena e definitiva das promessas divinas.

E é propriamente a realização destas promessas que contemplamos no Santo Natal: a Revelação de Deus alcança o seu ápice, a sua plenitude. Em Jesus de Nazaré, Deus visita realmente o seu povo, visita a humanidade de um modo que vai além de todas as expectativas: manda o seu Filho Unigênito; faz-se homem o próprio Deus. Jesus não nos diz qualquer coisa sobre Deus, não fala simplesmente do Pai, mas é a revelação de Deus, porque é Deus, e nos revela assim a face de Deus. No Prólogo de seu Evangelho, São João escreve: “Ninguém jamais viu Deus. O Filho único que está no seio do Pai foi quem o revelou” (Jo 1, 18).

Gostaria de concentrar-me sobre este “revelar a face de Deus”. A este respeito, São João, no seu Evangelho, relata-nos um fato significativo que ouvimos então. Aproximando-se a Paixão, Jesus tranquiliza os seus discípulos convidando-os a não terem medo e a ter fé; depois começa um diálogo com eles no qual fala de Deus Pai (cfr Jo 14, 2-9). Em um certo ponto, o apóstolo Filipe pede a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e nos basta” (Jo 14, 8). Filipe é muito prático e concreto, diz também o que nós queremos dizer: “queremos ver, mostra-nos o Pai”, pede para “ver” o Pai, para ver a sua face. A resposta de Jesus é respondida não somente a Filipe, mas também a nós e nos introduz no coração da fé cristológica; o Senhor afirma: “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14, 9). Nesta expressão está contida sinteticamente a novidade do Novo Testamento, aquela novidade que apareceu na gruta de Belém: Deus pode ser visto, Deus manifestou a sua face, é visível em Jesus Cristo.

Em todo o Antigo Testamento está presente o tema da “busca da face de Deus”, o desejo de conhecer esta face, o desejo de ver como Deus é, tanto que o termo hebraico pānîm, que significa “face”, aparece nada menos que 400 vezes, e 100 delas são referentes a Deus: 100 vezes refere-se a Deus, deseja-se ver a face de Deus. No entanto, a religião judaica proíbe todas as imagens, porque Deus não pode ser representado, como em vez disso faziam os povos vizinhos com a adoração de ídolos; então, com esta proibição de imagens, o Antigo Testamento parece excluir totalmente o “ver” do culto e da devoção. O que significa, então, para o israelita piedoso, todavia buscar a face de Deus, na consciência de que não pode existir imagem alguma? A pergunta é importante: por um lado se quer dizer que Deus não pode ser reduzido a um objeto, como uma imagem que se toma em mãos, nem sequer se pode colocar algo no lugar de Deus; por outro lado, porém, afirma-se que Deus tem uma face, isso é, um “Tu” que pode entrar em relacionamento, que não está fechado no seu Céu a olhar do alto para a humanidade. Deus está certamente acima de todas as coisas, mas se dirige a nós, escuta-nos, vê-nos, fala, estabelece aliança, é capaz de amar. A história da salvação é a história de Deus com a humanidade, é a história deste relacionamento de Deus que se revela progressivamente ao homem, que faz conhecer a si próprio, a sua face.

Propriamente no início do ano, em 1º de janeiro, ouvimos, na liturgia, a belíssima oração de benção sobre o povo: “O Senhor te abençõe e te guarde. O Senhor te mostre a sua face e conceda-te a sua graça. O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz” (Nm 6,24-26). O esplendor da face divina é a fonte de vida, é isso que permite ver a realidade; a luz da sua face é o guia da vida. No Antigo Testamento tem uma figura à qual está conectado de uma forma muito especial o tema da "face de Deus"; trata-se de Moisés, aquele que Deus escolhe para libertar o povo da escravidão do Egito, doa-lhe a Lei da aliança e o conduz à Terra prometida. Bem, no capítulo 33 do Livro do Êxodo, diz-se que Moisés tinha um relacionamento fechado e confidencial com Deus: “o Senhor falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo” (v. 11). Em virtude dessa confiança, Moisés pede a Deus: “Mostra-me a tua glória!”, e a resposta de Deus é clara: “Farei passar diante de ti todo o meu esplendor e proclamarei o meu nome... Mas tu não poderás ver a minha face, porque nenhum homem pode me ver e permanecer vivo...Eis um lugar perto de mim...Tu me verás por detrás, mas a minha face não pode ser vista” (vv. 18-23). De um lado, então, tem o diálogo face a face como entre amigos, mas do outro tem a impossibilidade, nesta vida, de ver a face de Deus, que permanece escondida; a visão é limitada. Os Padres dizem que estas palavras, “tu me verás por detrás”, querem dizer: tu podes somente seguir Cristo e seguindo vês por trás o mistério de Deus; Deus pode ser seguido vendo as suas costas.

Algo de completamente novo acontece, porém, com a Encarnação. A busca da face de Deus recebe uma mudança incrível, porque agora esta face pode ser vista: é aquela de Jesus, do Filho de Deus que se faz homem. Nele encontra cumprimento o caminho da revelação de Deus iniciado com o chamado a Abraão, Ele é a plenitude desta revelação porque é o Filho de Deus, é ao mesmo tempo “mediador e plenitude de toda a Revelação” (Const. Dog. Dei Verbum, 2), Nele o conteúdo da Revelação e o Revelador coincidem. Jesus nos mostra a face de Deus e nos faz conhecer o nome de Deus. Na oração sacerdotal, na Última Ceia, Ele diz ao Pai: “Manifestei o teu nome aos homens...Fiz conhecerem eles o teu nome” (cfr Jo 17, 6. 26). A expressão “nome de Deus” significa Deus como Aquele que está presente entre os homens. A Moisés, na sarça ardente, Deus havia revelado o seu nome, isso é, tinha se tornado exigível, tinha dado um sinal concreto do ser “existir” entre os homens. Tudo isso em Jesus encontra cumprimento e plenitude: Ele inaugura de um modo novo a presença de Deus na história, para que quem o vê, veja o Pai, como diz a Filipe (cfr Jo 14, 9). O Cristianismo – afirma São Bernardo – é a “religião da Palavra de Deus”; não, porém, de “uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo” (Hom. Super missus est, IV, 11: PL 183, 86B). Na tradição patrística e medieval, usa-se uma fórmula particular para exprimir esta realidade: diz-se que Jesus é o Verbum abbreviatum (cfr Rm 9,28, relatado em Is 10,23), o Verbo abreviado, a Palavra breve, abreviada e substancial do Pai, que nos disse tudo Dele. Em Jesus toda a Palavra está presente.
Em Jesus também a mediação entre Deus e o homem encontra a sua plenitude. No Antigo Testamento há uma série de figuras que desempenharam esta função, em particular Moisés, o libertador, o guia, o “mediador” da aliança, como o define também o Novo Testamento (cfr Gal 3, 19; At 7, 35; Jo 1, 17). Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, não é simplesmente um dos mediadores entre Deus e o homem, mas é “o mediador” da nova e eterna aliança (cfr Eb 8,6; 9,15; 12,24); “um só, de fato, é Deus – diz Paulo – e um só o mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus” (1 Tm 2,5; cfr Gal 3,19-20). Nele nós vemos e encontramos o Pai; Nele podemos invocar Deus com o nome de “Abbá Pai”; nele nos é doada a salvação.

O desejo de conhecer Deus realmente, isso é, de ver a face de Deus é inerente a todos os homens, também nos ateus. E nós temos talvez inconscientemente este desejo de ver simplesmente quem é Ele, o que é, quem é para nós. Mas este desejo se realiza seguindo Cristo, assim vemos as costas e vemos enfim também Deus como amigo, a sua face na face de Cristo. O importante é que sigamos Cristo não somente no momento no qual temos necessidade e quando encontramos um espaço nas nossas ocupações cotidianas, mas com a nossa vida enquanto tal. Toda a nossa existência deve ser orientada ao encontro com Jesus Cristo, ao amor por Ele; e, nisso, um lugar central deve ter o amor pelo próximo, aquele amor que, à luz do Crucifixo, nos faz reconhecer a face de Jesus no pobre, no indefeso, naquele que sofre. Isso é possível somente se a verdadeira face de Jesus tornou-se familiar para nós na escuta da sua Palavra, no falar interiormente, no entrar nesta Palavra de forma que realmente O encontremos, e naturalmente no Mistério da Eucaristia. No Evangelho de São Lucas, é significativa a parte dos dois discípulos de Emaús, que reconhecem Jesus ao partir o pão, mas preparados pelo caminho com Ele, preparados pelo convite que fizeram a Ele de permanecer com eles, preparados pelo diálogo que fez arder os seus corações; assim, ao fim, veem Jesus. Também para nós a Eucaristia é a grande escola na qual aprendemos a ver a face de Deus, entramos em relacionamento íntimo com Ele; e aprendemos, ao mesmo tempo a dirigir o olhar para o momento final da história, quando Ele irá nos satisfazer com a luz da sua face. Sobre a terra nós caminhamos para esta plenitude, na expectativa alegre que se realiza realmente no Reino de Deus. Obrigado.



Fonte: Canção Nova
Mensagem do dia
 
Quinta-Feira, 17 de janeiro 2013
É a hora do Espírito Santo de Deus! É tempo de restauração! Nós somos o povo de Deus de hoje! Houve o povo da primeira Aliança: os judeus. Eles ainda continuam sendo o povo do Senhor. Mas existe agora o povo da Nova Aliança, que somos nós. Assim como o Senhor precisou ressuscitar o povo da Antiga Aliança, e não uma só vez, Ele agora, nestes tempos, quer fazer muito mais. Graças a Deus estamos no começo dessa obra de ressurreição.

O Senhor quer restaurar o povo de Deus que somos nós. Ele quer restaurar a Sua Igreja. Não se trata de reformar. É muito mais que isso, é muito mais lindo! É restaurar a Igreja.

“Profetiza ao espírito, disse-me o Senhor, profetiza, filho do homem, e dirige-te ao espírito: eis o que diz o Senhor Javé: vem, espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam” (Ezequiel 37, 9-10ss).

Nós somos esses ossos ressequidos. O Senhor quer ressuscitar o Seu povo que está igualzinho àqueles ossos: “Nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta! Estamos perdidos” (cf. Ezequiel 37, 11).

O Senhor, Ele mesmo, está renovando a Sua Igreja com o poder do Seu Espírito. É a hora do Espírito! É a hora da Igreja!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
FONTE: Canção Nova

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

"Contra a pobreza, a favor dos pobres"

Os mais pobres estão esquecidos nesse modelo de sociedade construído por poucos em benefício de poucos. O individualismo cresce violentamente de forma que são ignorados todos aqueles que nada tem para comer, vestir, morar. Nesse sentido, é preciso sonhar com uma nova sociedade onde todos possam ter o pão de cada dia, o necessário para sobreviver. A história dos mais pobres se encontra fossilizada. Sem vez e sem voz, sobrevivem com muita dificuldade por falta de geração de emprego e renda que garanta a vida em plenitude para as famílias. Um pouco de conscientização para o povo sofrido é uma forma de ajudar o mundo ser melhor. Infelizmente está feito o abismo que separa as pessoas pelo lado social, político, econômico e cultural. Vejam a complexidade. Na história do mundial algumas lideranças perderam a vida por defenderem a justiça social para todos. Queremos ser um povo feliz, com os direitos respeitados, a família em paz e a comunidade celebrando. (Carlos)
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TEÓLOGO

  O teólogo é um ser impossível pois tenta pensar o que não cabe em nenhuma cabeça nem no universo.

SETORIZAÇÃO

Pelo batismo fomos chamados a colaborar com a construção do Reino de Deus. Quem está no seu setor missionário, com certeza assume o seu batismo. esse vínculo com a Igreja não é por acaso, é Deus mesmo que nos convoca para a missão. Venha para o setor missionário e diga sim ao projeto de evangelização. (Carlos: Coordenador do Setor I, Centro)
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Conversando com o povo de Deus no setor I

Acreditamos no trabalho missionário desenvolvido pela paróquia de Santana e São Joaquim.
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