segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Frei Betto recebe prêmio José Martí 2013 da Unesco



Nova York (RV) - A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) concedeu o Prêmio José Martí 2013 ao teólogo mineiro, Frei Betto. Segundo a Unesco, o religioso tem trabalhado para promover a paz universal.

Frei Betto, que deve receber o prêmio em Cuba, falou à Rádio ONU sobre a distinção. Segundo ele, o caminho da paz é o mesmo que foi pregado pelo profeta Isaías, 700 anos antes de Jesus Cristo. Ele disse seguir a receita bíblica em seu trabalho e em suas ações.
 
"A paz tem que vir da justiça. Para isso, eu tenho lutado e este também é o significado do prêmio, que é um reconhecimento de todos que lutam nesta linha assinalada pelo profeta Isaías", frisou o religioso.

Frei Betto que foi preso pela ditadura militar duas vezes no Brasil nos anos 60, disse que muitos jovens hoje são engajados, mas segundo ele, as drogas ainda são um problema preocupante.

De acordo com o teólogo, a juventude atualmente precisa de mais ideologias.
 
"Na minha geração aquela que tinha 20 anos nos anos 60 do século 20, havia drogas. Mais a incidência não era tão grande porque nós éramos viciados em utopia. E estou convencido de quanto mais utopias menos drogas, quanto menos utopia, mais drogas. E o mundo hoje carece de utopias libertárias. Hoje, as grandes ambições são de bem-estar material. Não há uma preocupação altruísta. Hoje, os herois da juventude não são mais aquelas pessoas como Gandhi, Che Guevara, Mandela, Luther King. Hoje, não. São as celebridades da moda, do mundo pop, do esporte" - destacou

O prêmio será entregue a Frei Betto na Terceira Conferência Internacional sobre o Equilíbrio Mundial, que se realizará em Havana, Cuba, no fim deste mês. (MJ/Rádio ONU)

Piso salarial dos professores tem reajuste menor

No ano passado, o reajuste foi de 22,22%. O piso é aplicado a docentes da rede pública dos níveis de ensino infantil, fundamental e médio, que possuem carga horária de 40 horas semanais


14/01/2013



Daniele Silveira,

De São Paulo

O valor do piso salarial nacional dos professores da educação básica em 2013 será de R$ 1.567,00. O reajuste de 7,97% sobre o valor de 2012 (R$ 1.451,00) foi confirmado na última quinta-feira (10) pelo Ministério da Educação (MEC).
No ano passado, o reajuste foi de 22,22%. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, justificou que a queda no percentual se deu devido à desaceleração da economia e à queda na arrecadação de receitas. O piso é aplicado a docentes da rede pública dos níveis de ensino infantil, fundamental e médio, que possuem carga horária de 40 horas semanais.
O ajuste é calculado com base na arrecadação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Os valores repassados nos últimos dois anos aos governos estaduais e às prefeituras para cobrir o custo anual de cada aluno também entram no cálculo.
A lei que instituiu o piso nacional foi aprovada pelo Congresso Nacional em 16 de junho de 2008. No ano passado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) denunciou que nenhum estado ou município cumpria a determinação integralmente.
Um dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nos casos em que os governos municipais e estaduais não possuam recursos necessários. Para este ano, o governo estima repassar R$ 116,8 bilhões do Fundeb para estados e municípios.
(Fonte: Brasil de fato)

Alguns chefes de Israel acusaram Jesus de agir contra a Lei... 
contra o templo de Jerusalém, e em particular contra a fé no Deus único, porque Ele se proclamava Filho de Deus.
Por isso, O entregaram a Pilatos, para que O condenasse à morte. 

Reflexão


Podemos escolher entre, como Pilatos ,ser crucificadores , ou como José de Arimateia, ser descruficadores. A escolha é nossa !

Reflitam!


O desemprego é uma grande desgraça e deve ser resolutamente combatido. [444]
 
Indígenas denunciam mortes e problemas de saúde decorrentes da pulverização de veneno nas imediações da terra indígena .
 
CIMI
 
“Foi um ataque visível para nós, eu vi um pequeno avião jogando veneno aproximadamente às 8 horas da manhã do dia 26, bem próximo a aldeia, eu mesmo estou com problemas de vista e dores de cabeça após o despejo”, afirma o Padre Aquilino Xavante. O mesmo conta que não é o primeiro caso de despejo de veneno e que já ocorreram mortes nos Xavante em função de pulverização em locais próximos a aldeia. A fazenda ao lado da terra é constituída de plantação de soja e fica a menos de 10 km da Terra Indígena Marãwaitsédé. Cosme Xavante, uma das lideranças de Marãwaitsédé, afirma que o avião passou rapidamente por cima da aldeia. “Nós temos uma lavoura na divisa com a fazenda. Eles passaram jogando veneno na semana passada também, sempre teve pulverização, mas nunca tão perto, nossa saúde está prejudicada”.
 
A liderança afirma que a Funai compareceu à aldeia e que o órgão alegou encaminhar o caso para investigação pelo Ibama. Em entrevista ao Cimi, o órgão indigenista afirmou que não há nenhuma comprovação por intoxicação ou despejo de agrotóxicos, mas que estão apurando a denúncia.
 
A operação de desintrusão da TI está em andamento e, segundo informe da Funai, “quem não sair terá os bens confiscados pela Justiça e deverá responder pelo crime de desobediência”. Os invasores tentam intimidar os indígenas após o mandado de desintrusão dos ocupantes ilegais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 18 de outubro, pelo então presidente do STF, o ministro Carlos Ayres Britto.
 
De lá para cá, intimidações e ataques pelos fazendeiros têm sido constantes. No dia 3 de novembro de 2012, um indígena foi perseguido na cidade de Água Boa por dois carros com pessoas que reconheceu serem do núcleo da invasão do território indígena Marãiwatsédé e capotou o veículo, sofrendo algumas escoriações.
Outro caso de intimidação que teve repercussão foi contra o bispo emérito de São Félix do Araguaia, Dom Pedro Casaldáliga, que se afastou no início de dezembro de 2012 de São Félix. O bispo foi acusado de ter sido responsável pela decisão do STF. Ameaças haviam se tornado cada vez mais insistentes e perigosas: "O bispo não verá o fim de semana".
 
Histórico
Marãwaitsédé está localizada nos municípios de Alta Boa Vista e São Félix do Araguaia, estado do Mato Grosso, e começou a ser invadida durante a década de 1950, sendo adquirida na década seguinte irregularmente pela agropecuária Suiá-Missu. Os indígenas acabaram sofrendo migração forçada para a Missão Salesiana de São Marcos, 400 km longe de Marãiwatsédé, onde houve epidemia de sarampo. Cerca de 150 indígenas morreram e, em 1980, a terra foi vendida para a empresa petrolífera italiana Agip.
 
Durante a Conferência de Meio Ambiente realizada no início de 1990 no Rio de Janeiro, a Eco 92, a Agip anunciou, sob pressão, que devolveria Marãiwatséde aos Xavante. Dos 165 mil hectares homologados e registrados pela União, apenas 20 mil estão ocupados pelos indígenas. A terra foi homologada pelo Executivo em 1998 e mesmo com o reconhecimento, os indígenas sofrem grandes pressões de latifundiários e do poder político local para que Marãiwatsédé permaneça nas mãos dos fazendeiros.
(Fonte: Comissão Pastoral da Terra)
 

 
Após se espalhar pelo Sul e Centro-Oeste nas últimas décadas, a soja agora avança pelo Norte e Nordeste brasileiros, mas encontra a resistência de ambientalistas, que tentam minimizar os impactos dessa expansão nos dois biomas mais diversos do país - a Amazônia e o Cerrado.
 
Da BBC Brasil, em Brasília
 
Em estudo publicado em 2012, a organização ambientalista WWF Brasil diz que hoje, entre os cinco Estados brasileiros que concentram os maiores focos de desmatamento em razão da soja, três são do Nordeste (Maranhão, Piauí e Bahia) e um da região Norte (Tocantins). Ao avançar pela região, que entre estudiosos passou a ser chamada de Mapitoba (agregando as iniciais de cada Estado), a soja passa a ocupar o centro-norte do Cerrado, a última região do bioma em que ainda não estava presente. 
 
O doutor em agroecologia Cássio Franco Moreira, coordenador do Programa Agricultura e Meio Ambiente do WWF Brasil, diz que hoje cerca de 50% do Cerrado já foi desmatado, "parte significativa em função da soja". Segundo ele, pequenos e médios produtores têm promovido desmatamentos ilegais na Mapitoba, que abriga as últimas áreas de Cerrado intactas.
 
Por ora, no entanto, ele diz que o plantio de soja na região é praticado em sua maioria por grandes produtores. Esses, afirma, são mais capazes de arcar com os desafios logísticos da região e costumam respeitar a legislação ambiental. A postura reflete as cada vez maiores exigências de compradores, que não querem ser associados à destruição do meio ambiente.
 
Pastagens
Ainda assim, de acordo com o Código Florestal atual, propriedades no Cerrado podem usar até 65% de suas terras para a atividade agropecuária, o que abre margem para novos desmates, ainda que legais. Somente 3% do território do Cerrado está protegido por unidades de conservação federal ou estadual. Moreira diz, porém, que o Brasil poderia expandir plantações de soja sem desmatar nada. Ele cita cálculo do governo federal que apontou a existência de 200 milhões de hectares de pastagens no Brasil.
 
Segundo ele, é possível transformar até 30% das áreas hoje ocupadas por pastos em plantações, sem prejuízos para os pecuaristas. "Há incentivos financeiros do governo para que isso ocorra."
 
Enquanto isso, diz o coordenador da WWF, instituições ambientalistas têm negociado com grandes compradores mundiais da soja a conservação de áreas prioritárias do Cerrado. Hoje, os compradores já concordaram em proibir a comercialização de soja produzida em áreas de floresta recém-desmatada, o que inclui área do Cerrado conhecida como Cerradão. Agora os ambientalistas tentam incluir na lista regiões do Cerrado com vegetação mais baixa e rala. Caso consigam, Moreira prevê que, até 2023, serão desmatados 3% adicionais da área de Cerrado.
 
"Se expandirmos a produção de acordo com essas regras e se houver respeito ao Código Florestal, em dez anos podemos ter condições de negociar um desmatamento zero."
 
Acordo na Amazônia
Na Amazônia, apesar da expectativa de expansão da soja nos próximos anos em Rondônia e no Pará, negociações entre compradores e ambientalistas já tiveram avanços mais sólidos. Em 2006, a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a ANEC (Associação Brasileira de Exportadores de Cereais), o Greenpeace e outras entidades assinaram um acordo batizado de Moratória da Soja.
 
O acordo determina que, até janeiro de 2014, as 24 maiores empresas comercializadoras de soja, que representam 90% do mercado nacional, não comprem o produto de fornecedores na Amazônia que tenham desmatado após 2006.
 
"Acreditamos que o acordo foi um dos motivos para a diminuição no desmatamento na Amazônia nos últimos anos", afirma Rômulo Batista, do Greenpeace.
(Fonte: Comissão Pastoral da Terra)