sábado, 5 de janeiro de 2013


Cada sociedade edifica-se sobre uma ordem de valores que são realizados pela justiça e pelo amor. [324]

Amor humano



Como explicar o amor humano como dom de si?
“A pessoa é, portanto, capaz de um tipo de amor superior: não o amor da concupiscência, que vê só objetos com que satisfazer os próprios apetites, mas o amor de amizade e oblatividade, capaz de reconhecer e amar as pessoas por si mesmas. É um amor capaz de generosidade, à semelhança do amor de Deus; querer bem ao outro porque se reconhece que é digno de ser amado. É um amor que gera a comunhão entre as pessoas, visto que cada um considera o bem do outro como próprio. É um dom de si feito àquele que se ama, no qual se descobre, se concretiza a própria bondade na comunhão de pessoas e se aprende o valor de ser amado e de amar” (Sexualidade Humana, 13).
A Igreja nos dá a resposta que precisamos para exercermos a nossa vocação com o apetite natural do amor. Amor como a possibilidade de entrar em comunhão com o outro sem diminuição. Somos imagem e semelhança de Deus. Portanto, existimos para amar e ser amado. “Considerar o bem do outro como próprio” é considerar possível a convivência humana pautada no diálogo e no respeito. (Carlos)

Reflexão sobre a liturgia deste domingo, Solenidade da Epifania do Senhor



Cidade do Vaticano (RV) - Isaías anuncia a manifestação da glória do Senhor sobre Jerusalém e a conseqüente vinda para ela dos outros povos, para também serem iluminados pela luz divina. Jerusalém é o centro, atrai para si a atenção dos povos, mas ao mesmo tempo vive a vocação de iluminá-los, de conduzi-los ao Senhor.

Paulo nos fala que essa glória do Senhor é o mistério de Jesus Cristo, ou seja, a glória do Senhor que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos, é Jesus Cristo com sua salvação. Através dele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.

O Evangelho de Mateus explicita essa atração dos povos pela luz que ilumina Jerusalém, através da vinda dos magos, conduzidos pela luz de uma estrela que irá pairar sobre a casa onde se abriga Jesus, a misericórdia, a salvação, a própria luz!

Contudo os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz iluminar, lendo e anunciando os escritos dos profetas, especialmente aquele que diz que será em Belém o nascimento do Messias, do Salvador, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na escuridão. Pouco lhes importa que a missão do Messias seja unir o povo de Deus e iluminar as nações.

Os magos, fascinados pelo clarão apreendido no estudos dos astros e da natureza, já que não possuem as profecias, intuem e tem conhecimento do nascimento do Salvador e sabem que é naquela região.

Ao visitarem o Messias, lhe ofertam ouro, incenso e mirra. Ouro, ao rei; mirra, o óleo com o qual esposa se perfuma para suas núpcias, sinaliza que o Senhor é o esposo; e incenso, ao Deus encarnado.
Discernindo a reação do rei Herodes, os magos não retornam a ele após a visita ao Senhor.

Para nós, batizados, que temos o conhecimento da vinda do Messias, que a celebramos a cada ano no Natal, como é nossa postura em relação às exigências da revelação? Somos seus anunciadores a todos os homens? Aceitamos que o Senhor se revela a todos e de modo diverso, de acordo com a cultura e possibilidades de cada um?
Cremos que a Igreja é a nova Jerusalém, de onde brilha a Luz do Sol verdadeiro, Jesus Cristo, e para ela se dirigem todos os povos, todos o homens de boa vontade?
Também, como os Magos, desviamos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos afastam de Deus, que optaram pelo Mal? Que preferem o acomodamento à prática do bem?
Ser cristão é acreditar que a vinda de Jesus Cristo trouxe para a Humanidade a união definitiva de Deus com o Homem e que todos os homens são chamados a viver essa união e que a Igreja tem a missão de ser farol, porque nela está a Luz verdadeira.
Epifania, - manifestação da misericórdia de Deus a todos os homens,- façam já parte da Igreja ou ainda não.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.

Família feliz

As estruturas excludentes não combinam com diálogo, solidariedade, respeito. As estruturas excludentes são violentas porque mantém à margem da sociedade principalmente os mais pobres. Toda estrutura tem um mentor intelectual que pensa somente em si. Em primeiro lugar, não existe discurso amigável onde reina os contra-valores. A falta de justiça de um afeta todos. Não no sentido de que todos se tornam injustos mas porque sofrem em consequência das atitudes errôneas de um sujeito. É preciso pensar estruturas que garantam o bem estar de todos.
As novas estruturas, com ética e moral, só vem com homens e mulheres que acreditam na força que brota do amor, justiça e paz. Para isto temos necessidades formação que começa na vida doméstica, com o pai e mãe sendo exemplos para os filhos. O maior e melhor referencial de educação ainda são os pais. Se pensarmos bem, uma família é uma estrutura que pode e deve contribuir para a formação de uma sociedade onde todos sejam respeitados. A vida em família não deve ser um lugar de revoltados. A vida em família deve ser um lugar onde brilha o amor, o bem, a concórdia e tantos valores que hoje muitos sentem saudades.
Falar com pessoas, mesmo desconhecidas, como se fossem amigas dá a sensação de tranquilidade e paz. Na família, somos mais do que amigos e amigas, somos filhos e pais. É na família que tudo começa. Se começar errado, o erro torna-se duradouro e atrapalha a vida de muitos. Um dia você entenderá porque determinadas pessoas só fazem o mal, ficam felizes com a maldade. A explicação está na formação decadente. Quando falta afetividade, quando falta uma educação para a sexualidade, nesse sentido fica difícil se defender do perigo. Que as famílias possam encontrar a verdadeira paz. (Carlos: Movimento Fé e Luz)
 

"Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!" (1João, 3,18)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Reflexão

"O homem é criado na palavra e vive nela; e não se pode compreender a si mesmo, se não se abre a este diálogo"(VERBUM DOMINI, 22).

Não, o cristão nunca deve ser individualista, porque o ser humano está por natureza orientado para a comunhão. [321]