Como
explicar o amor humano como dom de si?
“A pessoa é, portanto, capaz
de um tipo de amor superior: não o amor da concupiscência, que vê só objetos
com que satisfazer os próprios apetites, mas o amor de amizade e oblatividade,
capaz de reconhecer e amar as pessoas por si mesmas. É um amor capaz de
generosidade, à semelhança do amor de Deus; querer bem ao outro porque se
reconhece que é digno de ser amado. É um amor que gera a comunhão entre as
pessoas, visto que cada um considera o bem do outro como próprio. É um dom de
si feito àquele que se ama, no qual se descobre, se concretiza a própria
bondade na comunhão de pessoas e se aprende o valor de ser amado e de amar”
(Sexualidade Humana, 13).
A Igreja nos dá a resposta
que precisamos para exercermos a nossa vocação com o apetite natural do amor.
Amor como a possibilidade de entrar em comunhão com o outro sem diminuição.
Somos imagem e semelhança de Deus. Portanto, existimos para amar e ser amado. “Considerar
o bem do outro como próprio” é considerar possível a convivência humana pautada
no diálogo e no respeito. (Carlos)