Divulgação
Camada de ozônio: fundamental para a vida terrestre
Entrada dos hidroclorofluorcarbonos no país passa a ser
controlada. Medida faz parte do esforço mundial para proteger a camada
de ozônio
LUCAS TOLENTINO
O governo federal
controlará a entrada dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) no país. A
substância é usada em espumas de vários tipos e aparece como uma das
principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Com a
instrução normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) publicada no Diário Oficial da
União desta sexta-feira (21), haverá cotas específicas para a importação
do material.
A camada de ozônio é responsável por filtrar 95%
dos raios ultravioleta B (UVB) emitidos pelo Sol que atingem a Terra,
sendo de extrema importância para a manutenção da vida. Caso ela não
existisse, as plantas teriam sua capacidade de fotossíntese reduzida e
os casos de câncer de pele, catarata e alergias aumentariam, além de
afetar o sistema imunológico. A crescente emissão de gases está causando
buracos nesta verdadeira capa protetora.
A medida ajudará o país
a alcançar as metas definidas pelo Protocolo de Montreal, acordo em que
197 países se comprometem a tirar de circulação as substâncias
destruidoras do ozônio. O Brasil se comprometeu a congelar, no próximo
ano, o consumo dos HCFCs e a reduzir em 16,6% o uso do gás até 2015. “A
instrução é uma garantia de que o Protocolo será cumprido”, afirma a
coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio do Ministério do Meio
Ambiente (MMA), Magna Luduvice.
SUBSTITUIÇÃO
As
ações envolvem, ainda, um processo de substituição dos HCFCs. Nos
próximos anos, as empresas responsáveis pela produção de artigos como
volantes de automóveis e braços de cadeiras abandonarão os HCFCs e
passarão a usar materiais menos nocivos. “Esses serão os primeiros
subsetores a fazer a substituição porque já existe tecnologia
alternativa correta do ponto de vista ambiental e viável
economicamente”, justifica Magna.
Todas as iniciativas de
controle do consumo são adotadas dentro do Programa Brasileiro de
Eliminação dos HCFCs, coordenado pelo MMA. Ao todo, serão investidos
19,5 milhões de dólares, assegurados pelo Fundo Multilateral para
Implantação do Protocolo de Montreal. “Esses recursos serão aplicados em
projetos de conversão tecnológica no setor privado de espumas de
poliuretano”, afirma Magna.
(Fonte: Ministério do Meio Ambiente)