sábado, 22 de dezembro de 2012


Quem é o catequista das suas crianças? O comercio, a TV ou vocês ? Vai sobrar tempo para falar de um menino pobre que mudou a História ?

Natal: a atualidade do PUER AETERNUS, da Eterna Criança

22/12/2012
O Natal representa sempre oportunidade de voltarmos ao cristianismo originário. Em primeiro lugar, existe a mensagem de Jesus: a experiência de Deus como Pai com características de mãe, o amor incondicional, a misericórdia e a entrega radical a um sonho: o do Reino de Deus. Em segundo lugar, existe o movimento de Jesus: daqueles que, sem aderir a alguma confissão ou dogma, se deixam fascinar por sua saga generosa e radicalmente humana e o tem como uma referência de valor. Em terceiro lugar, há as teologias sobre Jesus, já contidas nos evangelhos, escritos 40-50 anos após sua execução na cruz.
As comunidades subjacentes a cada um dos evangelhos, elaboraram suas interpretações sobre a vida de Jesus, sua prática, seu conflito com os as autoridades, sua experiência de Deus e sobre o significado de sua morte e ressurreição. No entanto, cobrem sua figura com tantas doutrinas que se torna difícil saber quem foi realmente o Jesus histórico que viveu entre nós. Por fim, existem as Igrejas que tentam levar avante o legado de Jesus, uma delas, a católica, com a reivindicação de ser a única verdadeira guardiã de sua mensagem e a exclusiva intérprete de seu significado. Tal pretensão torna praticamente impossível o diálogo ecumênico e a unidade das igrejas a não ser mediante à conversão.
Hoje tendemos a dizer que Jesus não pode ser apropriado por nenhuma Igreja. Ele pertence à humanidade e representa um dom que Deus ofereceu a todos, de todos os quadrantes.
Tomando como referencia a Igreja Católica, notamos que em sua milenar história, duas tendências, entre outras menores, ganharam grande curso. A primeira se funda muito na culpa, no pecado e na penitência. Sobre tais realidades paira o espectro do inferno, do purgatório e do medo.
Efetivamente, podemos dizer, que o medo foi um dos fatores fundamentais na penetração do cristianismo, como o mostrou J. Delumeau em seu clássico “O medo no Ocidente” (1978). O método no tempo de Carlos Magno era: converta-te ou serás passado ao fio da espada. Lendo os primeiros catecismos feitos na América Latina como o primeiro de Frei Pedro de Córdoba “Doctrina Cristiana” (1510 e 1544), vê-se claramente esta tendência com apelo explícito ao medo. Começa-se com a descrição idílica do céu e depois a terrificante do inferno “onde estão todos os vossos antepassados, pais, mães, avós e parentes…e para onde vós todos ireis se não vos converterdes”. Podemos imaginar a confusão que isso criava na cabeça dos aztecas e outros ao ouvir que seus pais, mãe, parentes e todas as pessoas que amavam, estavam sofrendo no inferno.Setores da atual Igreja manejam ainda hoje as categorias do medo e do inferno.
Outra tendência, mais contemporânea, e penso, mais próxima de Jesus, põe a ênfase na compaixão e no amor, na justiça original e no fim bom da criação. Entende que a história da salvação se dá dentro da história humana e não como uma alternativa a ela. Daí surge um perfil de cristianismo mais jovial, em diálogo com as culturas e com os valores modernos pois neles vê também a presença do Espírito Santo que chega sempre antes do missionário.
A festa do Natal se liga a esta última tendência do Cristianismo. O que se celebra é um Deus-menino, que choraminga entre a vaca e burrinho, que não mete medo nem julga ninguém. É bom que os cristãos voltem a esta figura. Arquetipicamente ele representa o “puer aeternus” a eterna criança que, no fundo, nunca deixamos de ser.
Uma das melhores discípulas de C. G. Jung, Marie-Louise von Franz, analisou em detalhe este arquétipo em seu livro “Puer Aeternus” (Paulinas 1992). Essa figura possui certa ambiguidade. Se colocamos a criança atrás de nós, ela deslancha energias regressivas de nostalgia de um mundo que passou e que não foi totalmente superado e integrado. Continuamos, de certa forma, infantis.
Mas se colocamos a criança eterna à nossa frente então ela suscita em nós renovação de vida, inocência, novas possibilidades de ação que correm em direção do futuro.
Pois estes são os sentimentos que queremos alimentar neste Natal no meio de uma situação sombria da Terra e da Humanidade. Sentimentos de que ainda teremos futuro e que podemos nos salvar porque a Estrela é magnânima e o “puer” é eterno e porque ele se encarnou neste mundo e não permitirá que afunde totalmente. Nele se manifestou a humanidade e a jovialidade do Deus de todos os povos. Tudo o mais é vaidade.
Leonardo Boff escreveu O Sol da Esperança: Natal, Histórias, Poesias e Símbolos (Mar e Idéias, Rio 2007)

ADVENTO

 
  



Reflexão do 4º Domingo do Advento



Cidade do Vaticano (RV) - A primeira leitura, extraída de Miquéias, nos fala que o poder será popular e não mais aristocrático Deus manterá sua fidelidade à Casa de Davi quando escolheu o caçula de Jessé para ser um grande rei de Israel. Davi, não só venceu o opressor ao derrotar Golias apenas com uma pedrada, mas utilizou sua capacidade de pastor para reorganizar e salvar o povo.

Miquéias, tendo em mente o advento do rei Davi, fala que Belém, a cidade davídica, no momento uma aldeia desprezível para os habitantes da capital, será o berço daquele que governará Israel, de um modo mais grandioso que o realizado pelo filho de Jessé..

Isso irá acontecer quando uma mulher der à luz e os compatriotas voltarem do exílio. Será a formação da nova sociedade de que falamos no domingo passado. Novo rei, segundo o coração de Deus e, consequentemente, nova sociedade.

O versículo 3, do capítulo diz que o novo rei será a paz. Ele se refere ao triunfo da paz em todo o orbe e o domínio da justiça em todos os setores. Não será apenas Israel o beneficiário desta paz, mas o mundo todo.

No Evangelho, Lucas ao falar da visita de Maria a Isabel e, naturalmente, de Jesus a João Batista, revela Deus visitando os pobres e marginalizados. Jesus, o Salvador, é levado por Maria, a escolhida a visitar aqueles que outrora eram desprezados por não terem filhos. É uma visita que celebra a misericórdia do Senhor. Isabel a saúda bendizendo-O pois tem consciência de que a visita que recebe é a de Deus que salva.

Tanto a 1ª leitura quanto o Evangelho nos mostram que o lugar social onde Deus assume posição é no meio dos pobres. O Senhor se identificou com eles e se fez um deles. Para eles veio a plenitude da vida, a Salvação. Quem desejar ser salvo deverá observar que desde o início da História da Salvação, o Senhor escolheu os pobres e eles souberam receber os mandamentos do Senhor como dom de Deus.

Ser pobre é mais que fazer parte de uma categoria social. Ser pobre é também uma opção de vida que coloca no Senhor a sua confiança e não nos bens e nos poderes deste mundo.. Ser pobre é abrir mão de desejos particulares, egocêntricos em favor dos companheiros de caminhada. Ser pobre é abrir mão de ser sábio aos olhos do mundo e acatar a Palavra de Deus como verdade que salva. Ser pobre é abrir mão dos bens deste mundo, de seus privilégios se tais riquezas se contrapõem à vontade de Deus; ser pobre, enfim é buscar a simplicidade de vida porque ela não só foi vivida pela família de Nazaré, mas foi a escolha livre de Jesus. Ser pobre é ser filho e ser irmão!(CAS)

É NATAL

 
  



Tempo de Natal



Cidade do Vaticano (RV) - Mais uma vez É Natal!
Dentro de um ambiente de austeridade como vive no momento a rica Europa, a ponto de bispos espanhóis pedirem aos católicos que ofereçam o 13º salário às famílias carentes; dentro do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, o que nos faz encarar a efeméride com olhos que transcendam o comum e passemos a valorizar o essencial e a relativizar o acidental, os cristãos e aqueles que assumiram a cultura ocidental vivem e celebram o nascimento do Filho de Maria.

De qualquer modo mensagens serão trocadas, presentes serão dados, a ceia da noite do dia 24 será servida, árvores e presépios serão armados, guirlandas serão colocadas nas portas, o chamado “espírito de Natal” estará instalado. Apesar disso tudo ser muito importante e até aquecer os corações por algum tempo, tudo isso passará e já está fadado ao esquecimento, à espera do próximo ano.

Contudo, um hábito não passará, apesar de não ser muito presente na vida da maioria das pessoas: a celebração da santa missa e a distribuição de comida e presentes para os pobres. Será exatamente aí que o permanente será tocado, será exatamente aí que atingiremos o essencial, o transcendente, Deus. De que adianta gastar tempo, energias, com aquilo que perece? Sejamos sábios e saibamos colocar nosso coração e mente naquilo que é eterno.

Ao mesmo tempo amemos nossas crianças e saibamos educá-las dando bons exemplos, não investindo nosso trabalho naquilo que fenece, mas naquilo que sacia plenamente o coração, e por muito tempo!

Natal, chegada do eterno, da Vida! Tenhamos atitudes inteligentes e privilegiemos Deus e o outro. Nossas mensagens sejam ricas em conteúdo e não formais e vazias, nossos presentes simbolizem que o carinho por aquele ou aquela que o recebe existe, está presente em nosso coração, que a ceia seja ocasião de partilha e de congraçamento, os enfeites sejam sinais de alegria e não de ostentação, e a árvore e o presépio deem a tônica cristã de nossa festa. Então a missa será o ponto alto de tudo isso e a visita ao pobre, ao marginalizado, será a continuação da visita que os pastores e os magos fizeram ao Menino envolvido em faixas na manjedoura de Belém. Aí sim teremos um Feliz Natal! (CAS)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Setor I está caminhando

O gesto concreto aconteceu, os participantes levaram alimentos não perecíveis para serem distribuídos com famílias carentes. A celebração encerrou com um lanche para todos.

Comunidade unida

A comunidade marcou presença demonstrando seu compromisso com o projeto de evangelização pelos setores. Logo após a celebração sorteamos 4 bíblias que foram doadas pelo nosso Pároco, o Padre Matias Soares. Enfatizamos a importância que tem os setores no papel de evangelização da cidade. A comunhão com a Igreja e com todos os membros da comunidade fortalece a paróquia. Essa linguagem está sendo assimilada pela comunidade.

SETOR I : MISSÃO PERMANENTE

O Setor I, centro, encerrou as novenas do Natal em Família com celebração da palavra reunindo moradores de várias ruas do setor missionário. Compareceram mais de 60 pessoas para juntos celebrarmos a Palavra de Deus. A Irmã Loudes do Sagrado Coração de Jesus fez a pregação muito bonita.