sábado, 15 de dezembro de 2012
Ameaças ao bispo Casaldáliga, condenação das instituições
13/12/2012 | MISNA Diante de novas ameaças por causa de sua posição corajosa em solidariedade com os povos indígenas e trabalhadores da terra, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, expressou "seu mais firme apoio ao bispo Casaldáliga, um humanista que é motivo de orgulho para todos os brasileiros e todos os que estão comprometidos com os direitos humanos", afirma em comunicado emitido a partir de Brasília, acompanhado de muitas manifestações de apoio que chegaram nos últimos dias por iniciativa de várias organizações da sociedade civil para com monsenhor Pedro Casaldáliga, 84, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia.
Nascido na Catalunha, Dom Casaldáliga chegou à Amazônia brasileira em 1968, depois de passar sete anos como missionário na Guiné Equatorial. Conhecido expoente da teologia da libertação, recentemente tornou-se novamente alvo de ameaças por setores contrários a um decreto-lei que estabeleceu a retirada dos invasores de terras indígenas pertencentes aos povos Marãiwasèdè Xavante após 20 anos de batalhas legais.
Juntamente com outras organizações, o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) têm chamado de "atitude irresponsável o fato de atribuir a dom Pedro a responsabilidade pela demarcação da terra Xavante", sublinhando que o bispo "sempre atuou em defesa dos interesses dos pobres, dos povos indígenas e dos trabalhadores precários".
Desde os anos 30 do século passado há sinais da presença de terras Xavantes Marãiwasèdè: desde os anos 60, com a chegada das fazendas e em particular o Suiá Missu começaram a ser expulsos de seu território, que se tornou progressivamente invadido por latifundiários, políticos e comerciantes.
POESIA DE CASALDÁLIGA
Eu morrerei de pé como as árvores.
Me matarão de pé.
O sol, como testemunha maior, porá seu lacre
sobre meu corpo duplamente ungido.
E os rios e o mar
serão caminho
de todos meus desejos,
enquanto a selva amada sacudirá, de júbilo, suas cúpulas.
Eu direi a minhas palavras:
- Não mentia ao gritar-vos.
Deus dirá a meus amigos:
- Certifico
que viveu com vocês esperando este dia.
De golpe, com a morte,
minha vida se fará verdade.
Por fim terei amado!
Fonte: www.misna.org
Dom Leonardo Ulrich Steiner: Precisamos ser discípulos-missionários para o mundo”
14/12/2012 | Fúlvio Costa
O secretário geral da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner,
provocou os membros da Pontifícia Obra da Propagação da Fé a se
esforçarem pelo discipulado missionário.

Ele deu início na manhã desta
sexta-feira, 14, às atividades da 5ª Assembleia da Obra que reúne
membros de todos os estados do país. Com o tema "Ide e fazei discípulos
entre todas as nações (Mt 28, 19)" ele foi enfático quanto à mensagem do
Evangelho.
"Precisamos ser discípulos-missionários
para o mundo. Essa iniciativa é necessária e urgente por que somos
anunciadores e nossa tarefa é ir por todo o mundo e anunciar a Boa Nova a
toda criatura, conforme nos pede a Palavra de Deus", exortou dom
Leonardo. O prelado aprofundou sua reflexão em quatro pontos:
espiritualidade, missionariedade, jovialidade e Deus que habita em luz
inacessível (1 Tm 6, 16).
Antes de dar início às reflexões, dom
Leonardo convocou os jovens a serem menos objetivos quanto às definições
daquilo que queremos compreender. "Temos a tendência de definir as
coisas com muita objetividade. É uma maneira que a maioria das pessoas
adota e passa a ver o mundo. Somos motivados por aquilo que impacta, mas
devemos também observar de outra forma, como exemplo, ler o mesmo livro
várias vezes", sublinhou.
De acordo com o secretário da CNBB,
"precisamos estar mais abertos, ouvir mais e se deixar encontrar pelo
outro. Falar de espírito é pensar num modo de espera, ou seja, não ir
direto ao ponto". Ele disse aos participantes da Assembleia que a
espiritualidade (cuidar do espírito) "não é uma ciência de dominação,
não é estudo do espírito, mas um modo próprio de existir". E afirmou que
é importante por que "é o espírito que cuida de nós".
Dom Leonardo demonstrou algumas formas
de deixar o espírito cuidar. "Devemos ter abertura da nossa parte, pois é
o espírito de Deus que vem ao nosso encontro. Quando nos esquecemos
disso vivemos de maneira alienada. Ao lermos a Bíblia, damos abertura ao
espírito e criamos a possibilidade de mergulhar na profundidade de
nossa existência", refletiu.
Espiritualidade e Missão
A abertura é um modo de vida indispensável ao trabalho do missionário, segundo dom Leonardo. Ele disse que, "o Evangelho deve ser um horizonte e se queremos ser cristãos anunciadores, temos que nos ater a ouvir o mundo pelo espírito" e salientou que a missionariedade não é algo a ser acrescentado na vida do cristão, mas faz parte da sua vida. "A missionariedade trata-se de uma força que é dada ao missionário. Ele não é enviado por que quer ir, mas porque Deus o envia através do Evangelho e a pessoa vai pelo amor de Deus que é uma força que impulsiona para fora de nós mesmos".

A alegria de ser discípulo-missionário é
outro ponto que deve ser observado pelo missionário, comentou ainda dom
Leonardo. Ele citou o Documento de Aparecida (DAp) para justificar essa
questão. "Aqui está o desafio fundamental que afrontamos: mostrar a
capacidade da Igreja para promover e formar discípulos e missionários
que respondam à vocação recebida e comuniquem por toda parte,
transbordando de gratidão e alegria, o dom do encontro com Jesus Cristo
(n. 14)". Completou dizendo que "o envio não é imposto e que pelo rosto
do missionário se sabe se ele é enviado ou não".
A palavra jovialidade, explicou o bispo
auxiliar de Brasília, "significa ter a força de Deus", portanto, não
deve ser confundida com qualidade da força biológica, mas "uma
vitalidade que vem de Deus". Com relação a Deus que habita em luz
inacessível, dom Leonardo explicou que é a capacidade do cristão de
deixar-se encontrar. "Inacessível é o modo como Deus veio até nós: Deus
me toca, agora posso tocá-lo; Deus ama, agora posso amá-lo; Deus me
deseja, agora posso deseja-lo. Falamos de inacessibilidade por que eu
que fui tocado por ele".
Dom Leonardo aprofundou esse último tema
de sua orientação espiritual destacando que a inacessibilidade de Deus é
próprio do Cristianismo, por que ele nos ama antes, se faz próximo de
nós através da pequenez, do sofrimento, da cruz e se deixa tocar. "Deus é
tão grande que mesmo suspenso numa cruz ele não enxerga mais o
horizonte, mas continua a amar o Pai e entrega seu espírito a Deus". O
missionário, completou o bispo, "deve ser envolvido por esse mesmo amor e
se doar completamente pela Missão", completou.
Fonte: www.pom.org.brA SEGUNDA: A VELA DE BELÉM
A primeira vela de Advento foi a vela da Profecia. A segunda vela é a
Vela da Preparação para a vinda do Salvador, denominada a Vela de Belém. Muitos
pensamentos se acumulam na mente dos cristãos durante esta época cheia de
atividades de Advento. É da maior importância que os nossos corações se atenham
à admoestação de João Batista, de arrependimento, por causa da presença do
Reino de Deus entre nós. José e a Virgem Maria fizeram uma jornada até Belém.
Foi uma longa e cansativa jornada. Mas a viagem era necessária em preparação
para o grande evento daquele primeiro Natal.
Escreve o evangelista Mateus (2.6), citando as palavras do profeta: E
tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de
Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.
A mensagem da Vela da Preparação, ou a Vela de Belém, nos leva a meditar e render graças a Deus que colocou até mesmo um imperador pagão, César Augusto, a nosso serviço, para que o Salvador nascesse na cidade designada por Deus. E reconheçamos o grande privilégio de pertencermos como membros, ao corpo de Cristo, pela fé. Recebamos em nossos corações o Emanuel, Deus conosco!
O anjo parte, a missão permanece e Jesus, o Deus que salva, fica
“Penso que seja importante ouvir também a última frase da narração do
Evangelho de S. Lucas da Anunciação: “E o anjo a deixou” (Lc 1,38). A grande
hora do encontro com o mensageiro de Deus, na qual toda a vida muda, passa; e
Maria fica sozinha com a tarefa que verdadeiramente supera toda a capacidade
humana. Não há anjos ao seu redor; ela deve prosseguir pelo seu caminho, que
passará através de muitas obscuridades, a começar pelo espanto de José perante
a sua gravidez até o momento em que se diz de Jesus que está `fora de si´ (Mc
3,21; cf. Jo 10,20), antes, até a noite da Cruz.
Quantas vezes, em tais situações, Maria terá interiormente voltado à
hora em que o anjo de Deus lhe falara, terá escutado de novo e meditado a
saudação `alegra-te, cheia de graça´, e as palavras de conforto `não temas!´. O
anjo parte, a missão permanece e, juntamente com esta, matura a proximidade
interior a Deus, o íntimo ver e tocar a sua proximidade.”
Joseph Ratzinger/Bento XVI,
A infância de Jesus, São Paulo: Planeta,
2012, p. 38
Cúpula do clima de Doha/Qatar estende Kyoto até 2020
Acordo final saiu com
um dia de atraso e após madrugada de negociações; Rússia, Canadá e Japão não
aderiram. Pontos polêmicos em discussão como a reparação aos países pobres
pelos mais ricos ficaram para depois.
DAS AGÊNCIAS DE
NOTÍCIAS
e F.d.S.P. 9.12.2012, p. A22
A conferência do
clima da ONU, a COP-18, terminou sábado, dia 8 de dezembro, em Doha, no Qatar, aprovando a extensão
do Protocolo de Kyoto, que expiraria no fim deste ano, até 2020.
A prorrogação de oito
anos mantém vivo o único pacto já firmado entre as nações do planeta para a
redução das emissões de gases-estufa.
Em vigor desde 1997,
o protocolo comprometeu as nações desenvolvidas a reduzirem suas emissões em
5,2%, entre 2008 e 2012, em comparação com os níveis de 1990.

"Agradeço a
todos vocês pela boa vontade e pelo trabalho duro em levar o processo
adiante", disse o presidente da conferência, Abdullah bin Hamad
Al-Attiyah.
Com um dia de atraso
e depois de uma intensa noite de negociações, os 194 países presentes chegaram
a um acordo para um segundo período do protocolo de Kyoto, comprometendo União
Europeia, Austrália e mais uma dezena de países industrializados a realizar os
cortes acordados até 2020.
Os países haviam
concordado no encontro do ano passado em Durban, na África do Sul, a trabalhar
em favor de um novo acordo que comprometesse todos os países do mundo a
reduzirem suas emissões, e não apenas os ricos. O novo acordo, prevê-se, deve
ser concluído em 2015 e implementado em 2020.
Outros pontos
polêmicos da conferência, como a ajuda aos países pobres para enfrentar os
efeitos do aquecimento global e a reparação por parte dos países ricos pelos
danos já causados, ficaram para depois também.
Definidos tema e lema da Campanha Missionária 2013
14/12/2012 | Fúlvio Costa / Assessoria de Imprensa POM A equipe responsável pela Campanha Missionária 2013 se reuniu nesta quinta-feira, 13, na sede nacional da POM em Brasília para definir a organização e produção dos subsídios do evento.Os principais pontos já foram definidos, entre eles o tema "Juventude em Missão" e o lema "A quem eu te enviar, irás (Jr 1, 7b)". Conforme acontece anualmente, a Campanha Missionária dá continuidade à temática trabalhada pela Campanha da Fraternidade (CF) da CNBB, que em 2013 tem como tema "Fraternidade e Juventude".

Durante as discussões, o diretor nacional da POM, padre Camilo Pauletti, destacou os pontos

Para a produção do material da Campanha de 2013, a equipe sugeriu que o foco tenha um apelo nas questões que envolvem diretamente a juventude. "A juventude é envolvida por temas muito específicos como trabalho, educação e segurança. Esta última se divide em segurança pública e familiar", sugeriu Thiesco Crisóstomo, secretário nacional da PJ.

Os testemunhos continuarão a ser destaque no material da Campanha Missionária, como vem acontecendo nos últimos anos, de modo especial, no DVD. E em 2013, o testemunho de jovens missionários deverão estar presentes com o objetivo de incentivar a missão além-fronteiras. "O protagonismo dos próprios jovens deverão estar presentes no material, como meio de incentivar as Missões", sugeriu padre Camilo. Alguns temas que serão desenvolvidos no material: Juventude Missionária (atividade da Pontifícia Obra da Propagação da Fé); jovens missionários estrangeiros no Brasil; jovens brasileiros em missão ad gentes; os desafios da juventude hoje; Santas Missões Populares; jovem e a vocação missionária; Amazônia e Dia Nacional da Juventude (DNJ).
Nos folhetos dos quatro domingos do Mês Missionário (outubro) ficaram definidos os seguintes temas: 1º domingo, Infância e Adolescência Missionária; 2º, motivações para a coleta; 3º Amazônia e 4º Dia Nacional da Juventude. A produção do material já foi definida e uma nova reunião deverá acontecer no dia 20 de fevereiro de 2013.
A equipe que organiza a Campanha Missionária 2013 é composta pela direção e secretários das Pontifícias Obras Missionárias (POM); pelos assessores da CNBB para Dimensão Missionária, irmã Dirce Gomes, e para a Missão Continental, padre Sidnei Dornelas; pelo secretário nacional da Pastoral da Juventude, representante da Comissão para a Juventude da CNBB, Francisco Crisóstomo (Thiesco) e Nelson Tyski, da Verbo Filmes.
Fonte: www.pom.org.br
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