quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Catequese de Bento XVI: Etapas da Revelação - 12/12/12

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)



CATEQUESE
Sala Paulo VI - Vaticano
Quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

Na catequese passada falei da Revelação de Deus, como comunicação que Ele faz de Si mesmo e do seu desígnio de benevolência e de amor. Esta Revelação de Deus se insere no tempo e na história dos homens: história que transforma “o lugar no qual podemos constatar o agir de Deus a favor da humanidade. Ele chega até nós naquilo que para nós é mais familiar, e fácil de verificar, porque constitui o nosso contexto cotidiano, sem o qual não seríamos capazes de entender” (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 12).

O Evangelista São Marcos – como ouvimos – relata, em termos claros e sintéticos, os momentos iniciais da pregação de Jesus “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo” (Mc 1, 15). Isso que ilumina e dá sentido pleno à história do mundo e do homem começa a brilhar na gruta de Belém; é o Mistério que logo contemplaremos no Natal: a salvação que se realiza em Jesus Cristo. Em Jesus de Nazaré Deus manifesta a sua face e pede a decisão do homem de reconhecê-Lo e de segui-Lo. O revelar-se na história para entrar em relação de diálogo de amor com o homem, doa um novo sentido a todo o caminho humano. A história não é uma simples sucessão de séculos, de anos, de dias, mas é o tempo de uma presença que doa pleno significado e a abre a uma sólida esperança.

Onde podemos ler as etapas desta Revelação de Deus? A Sagrada Escritura é o lugar privilegiado para descobrir os eventos deste caminho, e gostaria – mais uma vez – de convidar todos, neste Ano da Fé, a tomar mais em mãos a própria Bíblia para lê-la e meditá-la e a prestar mais atenção às Leituras da Missa dominical; tudo isso constitui um alimento precioso para a nossa fé

Lendo o Antigo Testamento podemos ver como as intervenções de Deus na história do povo que foi escolhido e com o qual estabelece aliança não são fatos que passam e caem no esquecimento, mas tornam-se “memória”, constituem juntos a “história da salvação”, mantida vida na consciência do povo de Israel através da celebração dos acontecimentos salvíficos. Assim, no Livro do Êxodo o Senhor diz a Moisés para celebrar o grande momento da libertação da escravidão do Egito, a Páscoa hebraica, com estas palavras: “Este dia será para vós um memorial; o celebrais como festa do Senhor: de geração em geração o celebrais como um rito perene” (12, 14). Para todo o povo de Israel recordar isso que Deus fez torna-se uma espécie de imperativo constante, para que a passagem do tempo seja marcada pela memória viva dos eventos passados, que assim formam, dia a dia, de novo a história e permenecem presentes. No Livro do Deuteronômio, Moisés se dirige ao povo dizendo: “Guarda-te, pois, a ti mesmo: cuida de nunca esquecer o que viste com os teus olhos, e toma cuidado para que isso não saia jamais de teu coração, enquanto viveres; e ensina-o aos teus filhos, e aos filhos de teus filhos” (4, 9).  E assim diz também a nós: “Cuides bem para não esquecer as coisas que Deus fez conosco”. A fé é alimentada pela descoberta e pela memória de Deus sempre fiel, que conduz a história e que constitui o fundamento seguro e estável sobre o qual construir a própria vida. Também o canto do Magnificat, que a Virgem Maria eleva a Deus, é um exemplo altíssimo desta história da salvação, desta memória que faz e tem presente o agir de Deus. Maria exalta o agir misericordioso de Deus no caminho concreto de seu povo, a fidelidade às promessas de aliança feitas a Abraão e à sua descendência; e tudo isso é memória viva da presença divina que nunca falha (cfr Lc 1,46-55).

Para Israel, o Êxodo é o acontecimento histórico central no qual Deus revela a sua ação poderosa. Deus livra os israelitas da escravidão do Egito para que possam retornar à Terra Prometida e adorá-Lo como o único e verdadeiro Senhor. Israel não se coloca a caminho para ser um povo como os outros – para ter também ele uma independência nacional - , mas para servir Deus no culto e na vida, para criar para Deus um lugar onde o homem está em obediência a Ele, onde Deus é presente e adorado no mundo; e, naturalmente, não só para eles, mas para testemunhá-lo em meio aos outros povos. A celebração deste acontecimento é um torná-lo presente e atual, porque a obra de Deus não falha. Ele tem fé em seu desígnio de libertação e continua a persegui-lo, a fim de que o homem possa reconhecer e servir o seu Senhor e responder com fé e amor à sua ação.

Deus também revela a Si próprio não somente no ato primordial da criação, mas entrando na nossa história, na história de um pequeno povo que não era nem o mais numeroso, nem o mais forte. E esta Revelação de Deus, que segue na história, culmina em Jesus Cristo: Deus, o Logos, a Palavra criadora que é a origem do mundo, encarnou-se em Jesus e mostrou a verdadeira face de Deus. Em Jesus se cumpre cada promessa, Nele culmina a história de Deus com a humanidade. Quando lemos a história dos dois discípulos no caminho de Emaús, narrada por São Lucas, vemos como emerge de modo claro que a pessoa de Cristo ilumina o Antigo Testamento, toda a história da salvação e mostra o grande desígnio unitário dos dois Testamentos, mostra a via da sua singularidade. Jesus, de fato, explica aos dois viajantes perdidos e desiludidos ser o cumprimento das promessas: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (24, 27). O Evangelista relata a exclamação dos dois discípulos depois de terem reconhecido que aquele companheiro de viagem era o Senhor: “Não abrasava em nós o nosso coração enquanto Ele conversava conosco ao longo do caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (v. 32).

O Catecismo da Igreja Católica resume as etapas da Revelação divina mostrando sinteticamente o desenvolvimento (cfr nn. 54-64): Deus convidou o homem desde o início a uma íntima comunhão consigo e mesmo quando o homem, pela própria desobediência, perdeu a sua amizade, Deus não o abandonou em poder da morte, mas ofereceu muitas vezes aos homens a sua aliança (cfr Missal Romano, Pregh. Euc. IV). O Catecismo traça o caminho de Deus com o homem a partir da aliança com Noé depois do dilúvio, ao chamado de Abraão a sair de sua terra para torná-lo pai de uma multidão de povos. Deus forma Israel como seu povo, através do acontecimento do Êxodo, a aliança do Sinai e a doação, por meio de Moisés, da Lei para ser reconhecido e servido como o único Deus vivo e verdadeiro. Com os profetas Deus conduz o seu povo na esperança da salvação. Conhecemos – através de Isaías – o “segundo Êxodo”, o retorno do exílio da Babilônia à própria terra, o restabelecimento do povo; ao mesmo tempo, porém, muitos permanecem na dispersão e assim começa a universalidade desta fé.  No final, não se espera mais somente um rei, Davi, um filho de Davi, mas um “Filho do homem”, a salvação de todos os povos. Realizam-se encontros entre as culturas, primeiro com Babilônia e a Síria, depois também com a multidão grega. Assim vemos como o caminho de Deus se alarga, se abre sempre mais para o Mistério de Cristo, o Rei do universo. Em Cristo se realiza finalmente a Revelação na sua plenitude, o desígnio de benevolência de Deus: Ele próprio se faz um de nós.

Eu me concentrei em fazer memória do agir de Deus na história do homem, para mostrar as etapas deste grande desígnio de amor testemunhado no Antigo e no Novo Testamento: um único desígnio de salvação dirigido a toda a humanidade, progressivamente revelado e realizado pelo poder de Deus, onde Deus sempre reage às respostas do homem e encontra novos inícios de aliança quando o homem se perde. Isto é fundamental no caminho de fé. Estamos no tempo litúrgico do Advento que nos prepara para o Santo Natal. Como sabemos todos, o termo “Advento” significa “vinda”, “presença”, e antigamente indicava propriamente a chegada do rei ou do imperador em uma determinada província. Para nós cristãos a palavra indica uma realidade maravilhosa e perturbadora: o próprio Deus cruzou seu Céu e se inclinou sobre o homem; estabeleceu aliança com ele entrando na história de um povo; Ele é o rei que caiu nesta pobre província que é a terra e doou a nós sua visita assumindo a nossa carne, tornando-se homem como nós. O Advento nos convida a traçar o caminho desta presença e nos recorda sempre novamente que Deus não se retirou do mundo, não está ausente, não nos abandonou a nós mesmos, mas vem ao nosso encontro de diversos modos, que devemos aprender a discernir. E também nós com a nossa fé, a nossa esperança e a nossa caridade, somos chamados todos os dias a decifrar e testemunhar esta presença no mundo frequentemente superficial e distraído, e a fazer brilhar na nossa vida a luz que iluminou a gruta de Belém. Obrigado.



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Discurso do Papa: Comissão Teológica Internacional - 7/12/2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)



Discurso
Audiência com os membros da Comissão Teológica Internacional
Sala de Papas do Palácio Apostólico Vaticano
Sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


Venerados irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Ilustres professores e caros Colaboradores,

Com grande alegria vos acolho ao término de seus trabalhos da vossa Sessão Plenária anual. Saúdo de coração o vosso novo presidente, Dom Gerhard Ludwig Müller, a quem agradeço pelas palavras que me dirigiu em nome de todos, assim como o novo secretário geral, o padre Serge-Thomas Bonino.

A vossa sessão desenvolveu-se no contexto do Ano da Fé, e estou profundamente satisfeito pelo fato da Comissão Teológica Internacional ter desejado manifestar a sua adesão a este evento eclesial através de uma peregrinação à Basílica Papal de Santa Maria Maior, para confiar à Virgem Maria, praesidium fidei, os trabalhos da vossa Comissão e para rezar por todos aqueles que, no meio Eclesial, dedicam-se a fazer frutificar a inteligência da fé em benefício e alegria espiritual de todos os crentes. Obrigado por este gesto extraordinário. Exprimo apreço pela mensagem que os senhores escreveram em ocasião deste Ano da Fé. Isso ilustra bem o modo específico no qual os teólogos, servindo fielmente à verdade da fé, podem participar do esforço evangelizador da Igreja.

Esta mensagem retoma os temas que os senhores desenvolveram mais amplamente no documento “A teologia hoje. Perspectivas, princípios e critérios”, publicado no início deste ano. Tomando nota da vitalidade e da variedade da teologia depois do Concílio Vaticano II, este documento pretende apresentar, por assim dizer, o código genético da teologia católica, isso é, princípios que definem a sua própria identidade e, por consequência, garantem a sua unidade na diversidade das suas realizações. Para este efeito, o texto esclarece os critérios para uma teologia autenticamente católica e, portanto, capaz de contribuir com a missão da Igreja, com o anúncio do Evangelho a todos os homens. Em um contexto cultural em que alguns são tentados ou a privar a teologia de um estatuto acadêmico, por causa de sua ligação intrínseca com a fé, ou de prescindir da dimensão crente e confessional da teologia, com o risco de confundi-la e de reduzi-la às ciências religiosas, o vosso documento recorda oportunamente que a teologia é inseparavelmente confessional e racional e que a sua presença dentro da instituição universitária garante, ou deveria garantir, uma visão ampla e integral da própria razão humana.

Entre os critérios da teologia católica, o documento menciona a atenção que os teólogos devem reservar ao sensus fidelium. É muito útil que a vossa comissão esteja concentrada também sobre este tema que é de particular importância para a reflexão sobre a fé e para a vida da Igreja. O Concílio Vaticano II, enfatizando o papel específico e insubstituível que cabe ao Magistério, salientou, no entanto, que todo o Povo de Deus participa na função profética de Cristo, realizando assim o desejo inspirado, expresso por Moisés: “Prouvera a Deus que todo o povo do Senhor profetizasse, e que o Senhor lhe desse o seu espírito!” (Nm 11,29). A Constituição dogmática Lumen gentium ensina sobre: “A totalidade dos fiéis, tendo a unção que vem do Santo (cfr 1 Jo 2,20.27), não pode enganar-se no crer, e manifesta esta sua propriedade mediante o sentido sobrenatural da fé de todo o povo, quando desde os bispos até os últimos fiéis leigos mostra universal seu consenso em matéria de fé e de moral” (n. 12). Este dom, o sensus fidei, constitui no crente uma espécie de instinto sobrenatural, que tem uma conaturalidade vital com o mesmo objeto da fé. Observamos que propriamente os simples fiéis carregam em si esta certeza, esta segurança do sentido da fé. O sensus fidei é um critério para discernir se uma verdade pertence ou não ao depósito vivo da tradição apostólica. Tem também um valor propositivo porque o Espírito Santo não para de falar à Igreja e de conduzi-la para a verdade inteira. Hoje, no entanto, é particularmente importante especificar os critérios que permitem distinguir o sensus fidelium autêntico das suas imitações. Na realidade, isso não é uma espécie de opinião pública eclesial, e é impensável podê-lo mencionar para desafiar os ensinamentos do Magistério, porque o sensus fidei não pode desenvolver-se autenticamente no crente se não na medida em que ele participa plenamente na vida da Igreja, e isso exige adesão responsável ao seu magistério, ao depósito da fé.

Hoje, este mesmo sentido sobrenatural da fé dos crentes leva a reagir com vigor também contra o preconceito segundo o qual as religiões, e em particular as religiões monoteístas, seriam intrinsecamente portadores de violência, sobretudo por causa do argumento de que elas têm a pretensão da existência de uma verdade universal. Alguns acreditam que apenas o “politeísmo de valores” garantiria a tolerância e a paz civil seria conforme o espírito de uma sociedade democrática pluralista. Nesta direção, o vosso estudo sobre o tema “Deus Trino, unidade dos homens. Cristianismo e monoteísmo” é de viva atualidade. Por um lado, é essencial lembrar que a fé no Deus único, Criador do céu e da terra, atende às exigências racionais da reflexão metafísica, a qual não é enfraquecida, mas reforçada e aprofundada na Revelação do Mistério de Deus-Trino. Por outro lado, é necessário salientar a forma que a Revelação definitiva do mistério do único Deus toma na vida e morte de Jesus Cristo, que vai ao encontro da Cruz como “cordeiro conduzido ao matadouro” (Is 53,7). O Senhor dá testemunho a uma rejeição radical de cada forma de ódio e violência em favor do primado absoluto da ágape. Se, portanto, na história, houve ou há formas de violência feita em nome de Deus, estas não são atribuídas ao monoteísmo, mas às causas históricas, principalmente aos erros dos homens. Pelo contrário, é o próprio esquecimento de Deus que imerge as sociedades humanas em uma forma de relativismo, que gera inevitavelmente a violência. Quando se nega a possibilidade para todos de referir-se a uma verdade objetiva, o diálogo transforma-se impossível e a violência, declarada ou oculta, torna-se a regra dos relacionamentos humanos. Sem a abertura ao transcendente, que permite encontrar as respostas às perguntas sobre o sentido da vida e sobre a maneira de viver de modo moral, sem esta abertura o homem torna-se incapaz de agir segundo a justiça e de empenhar-se pela paz.

Se o fracasso do relacionamento dos homens com Deus traz em si um desequilíbrio profundo nas relações entre os próprios homens, a reconciliação com Deus, feita pela Cruz de Cristo, “nossa paz” (Ef 2,14), é a fonte fundamental da unidade e da fraternidade. Nesta perspectiva, coloca-se também a vossa reflexão sobre o terceiro tema, aquele da doutrina social da Igreja no contexto da doutrina da fé. Essa confirma que a doutrina social não é uma adição extrínseca, mas, sem esquecer a contribuição de uma filosofia social, recebe os seus princípios básicos nas próprias fontes da fé. Tal doutrina procura tornar efetivo, na grande diversidade das situações sociais, o mandamento novo que o Senhor Jesus nos deixou: “Como eu vos amei, assim amais também vós uns aos outros” (Jo 13, 34).

Rezemos à Virgem Imaculada, modelo de quem escuta e medita a Palavra de Deus, que vós recebais a graça de servir sempre alegremente a inteligência da fé em favor de toda a Igreja. Renovando a expressão da minha profunda gratidão pelo vosso serviço eclesial, asseguro-vos a minha constante proximidade na oração e concedo de coração a todos vós a Benção Apostólica.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Homilia do D. Henrique Soares da Costa – II Domingo do Advento – Ano C

Br 5,1-9
Sl 125
Fl 1,4-6.8-11
Na segunda leitura da Liturgia da Palavra deste Domingo II do Advento, por duas vezes São Paulo refere-se ao Dia de Cristo: “Aquele que começou em vós uma boa obra, há de levá-la à perfeição até ao Dia de Cristo”; “que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor. Assim ficareis puros e sem defeito para o Dia de Cristo”. Para este Dia de Cristo, meus caros, estamos nos preparando no santo Tempo do Advento. Dia de Cristo é o Natal; Dia de Cristo é o “todo-dia”, quando sabemos reconhecer suas visitas; Dia de Cristo será a sua Vinda gloriosa no final dos tempos. Quem celebra piedosamente o Dia de Cristo no Natal e é atento pela vigilância ao Dia de Cristo de “todo-dia”, estará pronto na perfeição do amor, estará puro e sem defeito para o Dia de Cristo no final dos tempos!
É certo que não poderemos fugir do Cristo Jesus: diante dele todos nós estaremos um dia porque através dele e para ele fomos criados e somente nele nossa existência chegará à sua plenitude. A primeira leitura de hoje ilustra de modo comovente a situação da humanidade e também a situação da Igreja, pequeno resto peregrino e acabrunhado sobre esta terra: trata-se de uma humanidade sofrida, de uma Igreja em exílio, mas que será consolada pelo Senhor. Recordemos a palavra de Baruc profeta “Despe, ó Jerusalém, a veste de luto e de aflição, e reveste, para sempre, os adornos da glória vinda de Deus!” Que belo convite, que sonho, que felicidade, meus caros! Pensemos na nossa vida, pensemos nas ânsias da Mãe Igreja, e alegremo-nos com o consolo que Deus nos promete! “Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus e põe na cabeça o diadema da glória do Eterno. Deus mostrará teu esplendor, ó Jerusalém, a todos os que estão debaixo do céu!” Vede, caríssimos, o nosso Deus como é: um Deus que promete, um Deus que abre a estrada da esperança, um Deus que consola, um Deus que nos prepara um futuro de bênção, de paz e de vida! Mas, quando será esta paz, de onde virá? Escutai, caríssimos: “Levanta-te, Jerusalém – levanta-te, irmão; levanta-te, irmã! Levanta-te, Mãe católica! – põe-te no alto e olha para o Oriente!” O Oriente, meus caros é o lugar da luz, o lado no qual o sol nasce e o dia começa; o Oriente é o próprio Cristo Jesus! Olhar para o Oriente é esperar o Dia de Cristo, o Dia sem fim, a Luz que não tem ocaso! Quem caminha sem olhar o Oriente, caminha sem saber para onde vai; quem avança noutra direção, não caminha para a luz, mas vai ao encontro das trevas: “des-orienta-se”! “Levanta-te, põe-te no alto e olha para o Oriente!” Olha para o Cristo, vai ao seu encontro! Então, tu verás a salvação de Deus; tu experimentarás que o Senhor não é Deus de longe, mas de perto; tu experimentarás o quanto o Senhor é capaz de consolar o que chorava, de acalmar o que estava aflito, de reconduzir o transviado: “Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo, desde o poente até o levante, jubilosos por Deus ter-se lembrado deles. Deus ordenou que se abaixassem todos os altos montes e as colinas eternas, e se enchessem os vales, para aplainar a terra, a fim de que Israel sua Igreja santa, seu povo eleito, caminhe com segurança sob a glória de Deus!”
Vede, caríssimos, que é de paz que o Senhor nos fala, é a salvação que nos promete! Se agora lançarmos as sementes da vida entre lágrimas, haveremos de colher com alegria; se agora muitas vezes na tristeza formos espalhando as sementes, um dia, no Dia de Cristo, nosso Oriente bendito, com alegria voltaremos carregados com os frutos em feixes! As promessas do Senhor, meus caros, fazem-nos compreender que nossa vida tem sentido, que tudo quanto nos acontece pode e deve ser vivido à luz de Deus! Uma das grandes misérias do nosso tempo é a solidão humana. Não se trata de uma solidão qualquer, mas de uma sensação mortal de viver a vida diante de ninguém, de caminhar a lugar nenhum, de gastar energia e sonho para produzir vazio… Mas, quando voltamos o rosto para o Oriente, quando nos deixamos banhar por sua luz que, como uma aurora bendita já começa a difundir seus raios, então tudo se enche de paz e de alegria, porque tudo ganha um novo sentido!
Caríssimos no Senhor, pensai na vossa vida concreta, nas vossas semanas e dias feitos de experiências bem reais e miúdas… Pois bem, Deus, em Cristo, visita a nossa vida! No Evangelho de hoje, quando São Lucas narra o aparecimento de João Batista, o precursor do Messias, ele começa mostrando como a palavra do Senhor, como a sua salvação nos atinge e nos encontra bem no concreto de nossa vida, no nosso aqui e no nosso agora. A salvação não é um mito, a vinda do Senhor até nós não é uma estória de trancoso… Escutai como é concreta a sua vinda, como tem uma história e uma geografia: “No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia, Herodes administrava a Galiléia, seu irmão Filipe, as regiões da Ituréia e Traconítide, e Lisânias, a Abilene; quando Anás e Caifás eram sumo sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.” Vede, irmãos, e compreendei: a Palavra de Deus vem nós num “quando” e num “onde”. O “quando” é hoje, agora, neste período da nossa vida; o “onde” é aí onde você vive: na sua casa, no seu trabalho, nas suas relações, nos seus conflitos! É neste agora e neste aqui, neste “quando” e neste “onde” que Deus vem ao nosso encontro em Cristo Jesus! E o que devemos fazer para acolhê-lo? Como devemos proceder para que não venha na os em vão? Como agir para que a sua luz nos possa iluminar? Escutai ainda o Evangelho: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. E toda carne verá a salvação de Deus”. Vê, meu irmão; presta atenção, minha irmã! É de ti que o Senhor fala; é à tua vida que ele se refere: queres ver a luz do Oriente? Queres dirigir-te para o Dia eterno? Queres realmente estar pronto para o Dia de Cristo no Natal, no “todo-dia” e no Último Dia? Então, endireita agora teus caminhos, abaixa as montanhas da soberba e do orgulho, aterá os vales do medo, da covardia e do vão temor, e endireita as tortuosas estradas de teus vícios e de teus pecados! Aí sim, tu e toda carne verão a salvação de Deus: na celebração do Natal vamos vê-la reclinada num pobre presépio, no “todo-dia” vamos experimentá-la de tantos modos e em tantos momentos e, no Último Dia, Dia de Cristo, iremos vê-la face a face como eterna delícia, alegria sem fim e vida imperecível! Vamos, irmãos, caminhemos com fé ao encontro do Senhor! E para que o nosso caminho não seja sem rumo e em vão, endireitemos desde agora as estradas de nossa vida! Levantemo-nos, ponhamo-nos no alto da virtude e vejamos: vem a nós a alegria do nosso Deus! A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

D. Henrique Soares da Costa

NOSSA SENHORA




Imaculada! Admiravelmente, Imaculada!

Maria, a Virgem!
Totalmente de Deus, em corpo e alma,
sem "se", sem "talvez", sem "porém"!
Maria, a Virgem: Virgem Maria, Maria Virgem,
totalmente: a Toda de Deus, a Toda Santa!

Desde a eternidade, antes das montanhas,
antes do brilho do sol, antes do encanto das estrelas,
sonhada pelo Pai, querida pelo Pai, amada pelo Pai:
Imaculada!

Toda a humanidade atolada no pecado,
toda criação marcada pelo pecado,
todo o universo sob um misterioso jugo
do misterioso e multipresente pecado.
Mas ela, a Virgem, a Amada,
foi pensada, foi querida, foi criada
Imaculada!

Nascida do amor humano,
concebida da semente de Joaquim e Ana;
nascida do amor eterno do Pai
e na hora da concepção,
no instante mesmo da conceição,
a surpresa,
a graça grande, abundante, generosa, inesperada:
Imaculada!

Nela, no embrião, no feto, na nascitura Maria,
a cadeia do pecado, a pecaminosidade humana,
a sedução de Satanás jamais tocou:
ela seria toda íntegra, toda inteira, toda centrada:
Imaculada!

E assim, por querer do Pai,
por Mérito do Filho,
por Dom do Espírito,
ei-la criada, ei-la concebida:
Imaculada!

Algo novo começou, luz nova brilhou neste mundo breu:
já a Aurora do Dia que nasceria em Belém,
já a Estrela d'Alva do Sol que não tem ocaso,
já o prenúncio da vitória da Luz sobre a treva,
Graça sobre o pecado,
da Vida sobre a morte:
prenúncio bendito,
anúncio virginal,
prelúdio todo puro,
alvura ofuscante:
a Imaculada!

Hoje a Igreja, na proclamação da Palavra bendita,
mostra Maria, a prometida de José,
Prometida de Deus,
com dois nomes, nomes que a definem,
nomes que dizem tudo dela e muito de nós:
"Toda Agraciada" - Gabriel a chama,
"Serva" - ela mesma se denomina!

"Toda Agraciada" porque tudo é graça de Deus:
ela é toda cheia do favor do Senhor,
nela não há espaço, mínimo que seja,
para a des-graça do pecado:
Toda-Santificada, Toda-Purificada, Toda-Agraciada:
Imaculada!

E ela, a Toda Virgem, a Toda-de-Deus,
correspondeu a graça,
não deixou que o presente fosse vão na sua vida:
a Toda Agraciada fez-se Toda Serva:
"Sou Dele, sou do Senhor, sou Toda-de-Deus,
Toda-Imaculada!

Santa Maria,
Maria Virgem, Maria, a Virgem,
Maria de hoje, da festa de agora,
roa por nós, também agraciados,
faze-nos servos, faze-nos de Deus,
ainda que, pobres, como tu não sejamos:
Imaculados!



Escrito por Dom Henrique
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Assembleia da Infância e Adolescência Missionária recebe visita do Secretário Geral da CNBB



Os participantes da 17ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acontece sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF), iniciaram os trabalhos na manhã desta sexta-feira, 7, com uma missa presidida por dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília.
“Ser cristão, em primeiro lugar é ser seguidor e seguidora de Jesus, independentemente do serviço que prestamos na comunidade. O Evangelho nos mostra isso”, afirmou dom Leonardo.
Ao comentar sobre os símbolos do Advento, tempo litúrgico que prepara o Natal de Jesus, o bispo observou que, apesar da beleza do ambiente, “nós ainda não vimos o Menino”. Segundo ele, “existe algo próprio e extraordinário na experiência cristã que é ser tocado por Jesus, momento em que começamos a abrir os olhos. A sensação que temos é de que só conseguimos seguir Jesus de fato quando formos tocados por ele”.
Hoje a Igreja recorda Santo Ambrósio, bispo de Milão na Itália que batizou Santo Agostinho. “Agostinho esteve a caminho de Jesus por vários anos, mas somente quando foi tocado por ele na fala de Ambrósio é que começou ver algo extraordinário. Com isso, se torna um dos maiores pensadores da Igreja. Depois de ter sido tocado e educado pela mãe, Santo Mônica que rezava todos os dias. Talvez as nossas crianças e adolescentes ao entrar na dinâmica missionária, vão seguindo Jesus, mas em determinado momento, depois de tanto anunciar Jesus, de repente percebam como é extraordinário conhecê-Lo. Isso por que foram atingidos lá dentro do coração”, destacou dom Leonardo em sua reflexão.
Em nome da CNBB, dom Leonardo agradeceu aos coordenadores estaduais da IAM pelos serviços prestados à Igreja em todo o Brasil. “Onde o trabalho da IAM acontece, as crianças transformam o ambiente, são sinais, a comunidades se torna ativa. As crianças são uma presença mais tranquila, de paz e fraternidade também no ambiente da escola”, disse. “No serviço que prestamos, Jesus vai abrindo os nossos olhos para percebermos cada vez mais, a grandeza dessa experiência de estarmos numa relação profunda com Ele e com a Trindade Santa. Nossas crianças e adolescentes na experiência que fazem de anunciar Jesus abrem os olhos para essa grandeza tão estupenda de serem cristãos seguidores, discípulos de Jesus e por isso, missionários”, concluiu.
No restante da manhã os participantes da Assembleia tiveram um momento de espiritualidade orientado Dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior (PI) e referencial para a dimensão missionária no estado do Piauí.
Fonte: CNBB
Por Fúlvio Costa   
Um momento de espiritualidade encerrou esta primeira manhã de atividades na 17ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acontece na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília e reúne os coordenadores estaduais da Obra.
Dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior (PI) e referencial para a dimensão missionária no Piauí, fez várias reflexões a cerca do sentido de ser missionário. A partir da Leitura Orante de João (4, 5-30) que relata a passagem de Jesus pela Samaria e seu encontro com a samaritana, os coordenadores da IAM fizeram a leitura, refletiram sobre o que quer dizer o texto, meditaram, partilharam, rezaram e fizeram contemplação.
“Jesus, nessa passagem, é a água que sacia a nossa sede. Ele vai a Samaria e deixa a sua mensagem através de uma necessidade: a água”, refletiu dom Zielski, que convidou os coordenadores a pensarem a passagem sob o aspecto missionário. No versículo 7, onde Jesus diz à samaritana, “dá-me de beber!”, o bispo continuou dizendo que trata-se de um momento que Jesus quer preencher a necessidade da pessoa. “Ele chega com água viva que é carregada de todo um simbolismo superior a dinheiro, a bens materiais. Naquele momento ele mostra o seu amor. É assim que deve ser o missionário”.
No versículo 18, “De fato, tiveste cinco maridos, e o que tens agora não é teu marido”, dom Eduardo voltou a falar da postura do missionário. “Jesus vê que ela é pecadora, mas não se afasta. O missionário, da mesma forma, jamais deve se indignar com a vida desregrada das pessoas, pois todos somos iguais perante a Deus”, exortou.
Ainda com base na leitura, os participantes da Assembleia foram convidados a ser como Jesus à samaritana: um balde de água viva, com fé, que leva a salvação e propaga a Palavra de Deus, como a samaritana que “deixou a sua bilha e foi à cidade, dizendo às pessoas: vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz (Jo 4, 29)”.
No momento de meditação da leitura, o bispo de Campo Maior trouxe a passagem à realidade dos missionários que trabalham diretamente com a IAM. “Jesus é o balde na leitura e nós devemos carregar esse balde conosco. Como está seu balde hoje? Cheio, transbordando, ou furado? Devemos ser testemunhas do Cristo”.
O exemplo de Paulo
A conversão de Saulo foi outro ponto enfatizado na espiritualidade orientada por dom Eduardo. Em Atos dos Apóstolos (9, 1-19) ele destacou quatro pontos cruciais para a conversão daquele que foi o maior missionário do Cristianismo. “A conversão de Saulo acontece do encontro pessoal com Jesus Cristo. Quando Paulo conhece o Cristo, ele descobre que Jesus é autêntico e não um mero fundador de uma nova religião; descobre que Jesus ressuscita para nunca mais morrer; que Israel não é mais uma nação de um só povo, mas de todos os seguidores de Cristo por meio do batismo”.
Dom Eduardo ainda exortou os missionários a espalhar a Boa Nova, a fazerem como a samaritana que foi e anunciou o Cristo. O bispo confirmou também que o verdadeiro missionário é aquele que acredita naquilo que anuncia. “Missionários, anunciem o Evangelho a todos os povos, não guardem para si a mensagem de Jesus Cristo, façam como a samaritana e tenham convicção. Só pode ser missionário se acreditar no anúncio e só pode acreditar se você já teve um encontro pessoal com Ele”.
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Nota do Conselho Episcopal do Regional Nordeste 2 da CNBB

Na manhã desta sexta-feira, 30 de novembro, o  Conselho Episcopal do Regional Nordeste 2 da CNBB divulgou nota em solidariedade com as famílias atingidas pela seca. 
“Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber”. (Mt 25,35)
Nós, Bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB, solidários com o povo sofrido, cujas amarguras se agravam por causa do longo período da falta das chuvas, nos unimos às vozes dos que sofrem, com um apelo veemente para que sejam tomadas, com a urgência que a situação exige, as providências necessárias a fim de minimizar as sequelas devastadoras da seca que, mais uma vez, assola o Nordeste. Lamentamos que, mesmo contando com os conhecimentos da ciência e os recursos da tecnologia, as autoridades competentes não tenham implementado as ações necessárias e possíveis para que a seca não se tornasse, outra vez, uma experiência devastadora.
Expressamos nossa solidariedade às famílias vitimadas por esta estiagem que se apresenta como a mais severa dos últimos 30 anos, enquanto buscamos o dialogo com as autoridades e a sociedade civil, numa linha de colaboração. Queremos contribuir com a formulação, execução e monitoramento de políticas públicas emergenciais que venham possibilitar o acesso à água para consumo das famílias e dos seus rebanhos. Em nossa condição de Pastores Diocesanos, não como técnicos, vimos solicitar aos Poderes Públicos competentes a necessária agilidade, eficiência e transparência na execução dessas políticas públicas emergenciais que possam amenizar a sede e a fome das pessoas e dos rebanhos, na cidade e no campo, em centenas de Municípios de nossos Estados. Alertamos para a necessidade de um vigilante exercício da cidadania, a fim de que não haja uma instrumentalização política e social dessa adversidade enfrentada pelo povo, para explorar, promover trocas ilícitas de favores, criar ou fortalecer relações de dependência. Estas práticas tornam a situação mais terrível e ferem a dignidade de nossos irmãos e irmãs mais diretamente atingidos pela seca. 
Em face da realidade da seca, consideramos serem necessários a concentração dos esforços necessários e o investimento dos recursos possíveis em iniciativas concretas que promovam a convivência com o semiárido nordestino, através de programas específicos do Estado, em parceria com as experiências da sociedade civil, entre as quais se incluem as da Igreja, valorizando, apoiando e incentivando projetos, desde os mais simples aos mais amplos, que garantam a captação, distribuição e uso racional da água. No contexto atual, os escassos recursos hídricos devem ser melhor aproveitados e estocados de forma eficaz, a fim de que nos próximos períodos de estiagem, não nos encontremos tão despreparados para conviver com este fenômeno que atinge 80% do nosso território. O problema da seca no Nordeste, todavia, exige intervenções estruturantes. Desde que adotadas, as ações estruturantes haverão de melhorar a qualidade de vida dos habitantes do semiárido, a médio e longo prazo. Dentre essas políticas estruturantes, destacamos como prioridade a conclusão das obras, em curso, para transposição de águas do Rio São Francisco para os Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Convocamos nossas comunidades cristãs, especialmente aquelas pertencentes à jurisdição das Arquidioceses e Dioceses do Regional Nordeste 2 da CNBB, a juntos enfrentarmos, com coragem, as provações do momento. Iluminados pela fé, além de enxergarmos as causas e consequências do que estamos vivendo, podemos vislumbrar “o novo que há de vir”.
Que as luzes e as esperanças do Natal de Jesus nos mantenham unidos aos nossos irmãos e irmãs, nesta adversidade da seca, através da força profética da solidariedade que pode e deve se manifestar de muitas formas, em nossas comunidades.

Recife, 30 de novembro de 2012
Memória do Apóstolo Santo André

Dom Genival Saraiva de França
Bispo de Palmares - PE
Presidente do Regional Nordeste 2
Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap
Bispo de Campina Grande - PB
Vice-Presidente
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira - PB
Secretário
Dom José Luiz Ferreira Salles, CSSR
Bispo de Pesqueira – PE
Bispo referencial da Comissão Regional de Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz
Fonte: Assessoria de imprensa - CNBB NE2

Um comentário:

Bela iniciativa dos nossos pastores em manifestar vossa preocupação com os filhos de Deus que passam por esta dificuldade da seca. Que haja uma política pública que de fato veja este problema como algo a ser discutido e resolvido para o bem de todos que sofrem com esta dificuldade. Que a graça de Deus seja nossa força!

Pe. Matias Soares
Pároco de São José de MIpibu-RN