Pe. Matias Soares
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
LITURGIA
Evangelho: 'Os dons que recebo de Deus me levam realmente a crer nele?'
segunda-feira, 15 de outubro de 2012 ·
Padre Geraldo Rodrigues C.Ss.R
Quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão.
No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
Recadinho: - Tomo a atitude de Tomé que busca sinais para crer? - O que leio no Evangelho me basta para crer em Jesus e em sua missão? - Os dons que recebo de Deus me levam realmente a crer nele? - Sei retribuir a tantos dons que me veem de Deus? - Peço pelo meu próximo ou só penso em meus problemas?
Leituras:
Gl 4, 22-24.26-27.31 - 5,1
Sl 112, 1-7
Lc 11, 29-32
VERSOS EM SETE LINHAS
EM
HOMENAGEM AO
DIA DOS
PROFESSORES
ESCREVEU: DAVI CALISTO NETO
Mesmo com todo fracasso
Ele luta por vitória
Repassando o seu saber
Para o aluno ter glória
Com tudo ele se conforma
Quando o aluno se forma
Risca ele da memória
Quantas profissões de
glória
Alunos bem sucedidos
Que através do saber
Hoje estão resolvidos
Muitos de famílias nobres
Quantos professores pobres
Pelos alunos esquecidos
Quantos são favorecidos
Na condição financeira
Conseguiram bons empregos
Fez uma brilhante carreira
Precisa se dar valor
Que hoje tem professor
Sem o dinheiro da feira
Essa profissão pioneira
Tem que ser reconhecida
Saber que o professor
É uma pilastra erguida
Ele é o sustentáculo
E faz parte do espetáculo
Desse cenário da vida
Venho de cabeça erguida
Falar de minha emoção
Por ser um dos integrantes
Do quadro da educação
Falo isso com amor
Se não fosse o professor
Não teria profissão
Tem que passar pela mão
De nossos educadores
Em qualquer das profissões
Eles são os precursores
Mesmo tendo algo incomum
Ninguém chega a lugar
nenhum
Sem passar por professores
Faça um apelo aos gestores
Que foram alunos também
O que vocês aprenderam
É uma herança do bem
Patrimônio que não corre
E depois que o homem morre
Não divide com ninguém
O saber que o homem tem
Ele pode repassar
Porém quem é professor
Tem o dever de ensinar
Seu saber é um negócio
Igualmente ao
sacerdócio
Que ensina o ateu a rezar
Precisa ser exemplar
Com conduta ilibada
Porém hoje a juventude
Não está preocupada
Foram invertidos os
valores
E os nossos professores
Não estão valendo
nada
Tania Zagury
@TaniaZagury
IBGE: Número adolescentes grávidas no país aumentou
de 6.9% para 7,6%. Crescimento % diminuiu na última década, mas dados
ainda preocupam.
Enviado por Míriam Leitão -
15.10.2012
|NA CBN
A União Europeia é um projeto de paz
Num primeiro momento, pareceu estranho o Nobel da Paz para a União Europeia, porque ela está em crise e as tensões entre os países aumentou. Mas, analisando melhor, era sim uma boa ideia.O grande mérito da UE foi ter construído um projeto de unficação, com várias etapas, impedindo que o continente fosse, de novo, palco de guerras. França e Alemanha se enfrentaram no campo de batalha com milhares de mortos dos dois lados. Foi, então, construído um projeto de paz, de aumento do comércio, das relações econômicas e políticas, de redução da autonomia local para transferência de poder para autoridades supranacionais.
Esse projeto, formado por 27 países, começou com o Acordo do Carvão e do Aço, com apenas cinco países e meio, porque a Alemanha estava dividida, e dois produtos. Países que saíram da implosão de um mundo, o soviético, foram atraídos. Os maiores gastaram muito no processo de desenvolvimento desse países. A Alemanha, que construiu o marco sobre os escombros de uma hiperinflação que destruiu tudo, aceitou uma outra moeda. Fez uma aposta aprofunda.
E tudo foi feito com referendos populares, a Europa preferindo a paz do que as guerras que marcaram tão profundamente aquele continente.
Todas as decisões passam pelos parlamentos, porque a democracia dá trabalho, mas é o melhor caminho.
Sim, a UE está passando por crise e algumas situações são dramáticas, mas foi oferecida mais união para ser o seguro mais completo contra a guerra. Esse é o âmago do projeto da Europa. E merece, sim, o Prêmio Nobel da Paz.
A CNBB nasceu assim
Reproduzimos
aqui o depoimento do primeiro secretário geral da CNBB, dom Helder
Câmara, publicado por ocasião dos 25 anos da Conferência, no jornal O
São Paulo (19-25/11/1977), no Comunicado Mensal n. 302, (novembro de
1977) e reeditado, em 2002, no livro “Presença Pública da Igreja”, por
ocasião das comemorações dos 50 anos da CNBB. Ele apresenta alguns
detalhes dos bastidores da criação da Conferência.
“Os homens se movem e Deus os conduz: eis o resumo das minhas impressões ao recordar o surgimento da CNBB e sua caminhada”
Hoje, é fácil ver como o Espírito de Deus, por meio de movimentos como o Movimento Bíblico, o Movimento Litúrgico e, sobretudo, a Ação Católica (Geral e depois Especializada), preparou o Concílio Vaticano II, completado, para os latino-americanos, pela Assembleia Latino-americana de Bispos, em Medellín.
Hoje, é fácil verificar como aludidos movimentos prepararam o surgimento das Conferências de Bispos, em plano nacional como a CNBB, ou continental como o CELAM (Conselho do Episcopado Latino-americano). O Espírito de Deus queria conduzir-nos à vivência da Colegialidade Episcopal e da co-responsabilidade de todo o Povo de Deus.
O Espírito de Deus, mantendo unida em torno de Cristo e de Pedro a Madre Igreja, santa e pecadora, queria conduzir-nos à vivência correta da Igreja local, em união com a Igreja de Cristo no mundo inteiro, em íntima sintonia com o Santo Padre, e a serviço dos homens, nossos irmãos.
Destacar ações pessoais em face de Movimentos cujo alcance último nem sempre entrevíamos; destacar ações pessoais quando as mesmas ideias andavam na cabeça e no coração de muitos, dá-me uma dupla impressão de apropriação indébita e consequente ridículo.
É verdade que, com 27 anos de idade, em 1936, a Providência me transferiu, de modo inesperado, para o Rio de Janeiro. Aí, fui levado a colaborar com d. Sebastião Leme e, a seguir, com d. Jaime Câmara. Um dia (sou fraco em datas), vi-me nomeado assistente geral da Ação Católica Brasileira. Em uma célebre Assembleia Geral da Ação Católica, os bispos presentes (recordo-me, entre outros, de d. Antonio Cabral, d. Fernando Gomes e de d. José Delgado) exigiram a criação de um Secretariado Nacional da Ação Católica. Lançaram até um desafio fraterno: se o Secretariado fosse fundado, depois de seis meses de funcionamento, os bispos do Brasil se encarregariam de mantê-lo.
Comuniquei a d. Jaime o desafio amável recebido em Belo Horizonte. Ele abençoou a ideia e deu-me carta-branca para agir. Para instalar o Secretariado Nacional da Ação Católica Brasileira fui obrigado a pedir emprestados 50 contos (há uns bons 28 anos) à ASA (Ação Social Arquidiocesana do Rio de Janeiro), que tinha como assistente o queridíssimo irmão pe. Vicente Távora (mais tarde d. Távora), como presidente a Srª. Celina Guinle de Paula Machado e como tesoureiro, o único sobrevivente dos três, Luiz Bettencourt.
Com os famosos 50 contos, alugamos oito salas no inesquecível 16º andar do nº 11 da rua México. Compramos o mobiliário indispensável (uns 3 ou 4 armários, umas 4 ou 5 mesas, uma máquina de escrever). O que estava acima de qualquer preço foi a mobilização de leigos simplesmente admiráveis, devotadíssimos, não a pessoas, mas ao serviço ao próximo, servindo à Igreja. Fui buscar no Instituto do Sal, então presidido pelo atual ministro da Justiça, Armando Falcão, uma criatura-símbolo que permaneceu fiel até ser levada pelo Pai para a Casa da Eternidade, há um mês atrás: Cecília Monteiro. Do primeiríssimo núcleo de colaboradores da Ação Católica Brasileira, precursora da CNBB, continuam na ativa, entre outros, Aglaia Peixoto, Carlina Gomes, Maria Luiza Amarante e Edgar Amarante, Jeanette Pucheu, Vera Jacoud, Frei Romeu Dale... Trabalha na Bélgica Yolanda Bettencourt. Parece-me que é juiz Celso Generoso e deputado, Célio Borja. Um “comigo” (tínhamos mesmo um pacto de unidade) meu irmão d. José Távora. Citei apenas nomes que lembram outros numerosos nomes que recordam dedicações sem conta.
O Secretariado Geral da Ação Católica Brasileira, com o apoio de núncios apostólicos, como d. Carlos Chiarlo e d. Armando Lombardi, e a alta proteção de d. Jaime e de d. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, começou inclusive a promover Encontros Regionais de Bispos, como o dos prelados da Amazônia e o dos prelados do Vale do São Francisco.
Estava madura a ideia da CNBB. Em um País de dimensões continentais, impunha-se um secretariado que ajudasse os bispos a equacionar com segurança os problemas locais, regionais e nacionais, em face dos quais a Igreja não pode ser indiferente.
Aproveitando um bom pretexto para uma primeira viagem a Roma, fui expor o sonho da CNBB ao então subsecretário de Estado do Santo Padre Pio XII, S. Exa. Mons. Montini. Ia como representante dos anseios de numerosos bispos, e viajei com o apoio precioso do senhor núncio e dos senhores cardeais do Rio (d. Jaime) e de São Paulo (d. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota).
Mons. Montini ouvia os problemas do mundo inteiro, com enorme perspicácia e profundo interesse fraterno. Quando, depois de meia hora, acabei de expor o projeto da CNBB, ele me submeteu a um teste para medir se me moviam segundas intenções de candidatar-me a bispo. Disse-me S. Exa.: “Estou convicto da necessidade da CNBB. Resta-me uma dúvida final: por tudo que eu ouço e sinto, o natural secretário-geral da CNBB seria o senhor. Acontece que a Conferência é de bispos, e o senhor não é bispo”.
Não vacilei um segundo na resposta: qualquer outro poderia levantar aquela dúvida, menos ele, que, sem ter então caráter episcopal, era instrumento de Deus para ligação com o Episcopado do Brasil. S. Exa. sorriu, feliz, sentindo que, nem por sombra, havia subintenções no projeto da CNBB. Lembro-me que já deixei no espírito de mons. Montini a sugestão do futuro CELAM.
Um ano depois da primeira ida a Roma, tive de voltar a mons. Montini para insistir no sonho da CNBB. Ele garantiu que, em menos de três meses, a Conferência estaria criada. Deus se serviu do hoje Santo Padre Paulo VI para a fundação da CNBB e, pouco depois, do CELAM.
Durante dois períodos (de seis anos cada) fui secretário-geral da CNBB. Tivemos nossas primeiras Assembleias Gerais de Bispos e Encontros Regionais memoráveis como os dois Encontros dos Bispos do Nordeste.
Tivemos aventuras maravilhosas como o Concílio Ecumênico Vaticano II. Mas ainda era a pré-história da nossa CNBB. Francisco Whitaker Ferreira, o pe. Raimundo Caramuru e Carlina Gomes deram impulso decisivo para que nossa Conferência imprimisse cunho mais científico à sua programação. Ao 2º secretário-geral, d. José Gonçalves, coube dar embasamento financeiro à Conferência. Passos decisivos para a presente figura da CNBB foram o Vaticano II, o Encontro Latino-americano de Medellín e o fortalecimento da unidade da CNBB, graças aos Secretariados Regionais que cobrem todo o País.
Hoje, nossa Conferência, sob a presidência providencial de d. Aloísio Lorscheider, com a cobertura perfeita de d. Ivo Lorscheiter como secretário-geral, com a dedicação de sempre de assistentes notáveis e de um laicato extraordinário (do qual é símbolo, no momento, Aglaia Peixoto), a CNBB, com as bênçãos de Deus, revela-se sempre mais, à altura da hora difícil vivida pelo nosso país e pelo mundo.
Haja vista a iniciativa das jornadas internacionais para uma sociedade sem dominação, assumida em conjunto pelas Conferências de Bispos da França, dos Estados Unidos, do Canadá, da Ásia e pela Organização de Juristas Internacionais e contando com mais de mil adesões dos cinco continentes e dos setes mares...
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