segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Home > Sínodo > 15/10/2012 19:48:57




Leigos sejam protagonistas da Nova Evangelização, pedem os Padres sinodais


Cidade do Vaticano (RV) - Formar adequadamente os leigos, apoiar a família, promover o diálogo ecumênico e inter-religioso: foram esses os "instrumentos" da nova evangelização evidenciados na manhã desta segunda-feira pelo Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano.

Esteve no centro da 11º Congregação – realizada na presença do Papa – também um apelo em favor da paz e do diálogo na República do Mali.

O país africano está vivendo um "tempo de inquietude": o Sínodo descreve as dificuldades sociais e políticas, bem como eclesiais, ligadas aos obstáculos da evangelização num contexto em que os confrontos entre rebeldes e governo provisório são uma ameaça para a religião. Diante dessa realidade, os Padres sinodais invocam a paz e reiteram a importância do diálogo.

Mas além das crises africanas, também são sombrias as páginas européias, em que a globalização cria novas formas de martírio, incruentas, mas sofridas; a intolerância em relação aos cristãos é indolente, mas contínua; Deus não é somente negado, mas desconhecido.

Diante de tal realidade, a nova evangelização pode depositar sua confiança em três "instrumentos", afirma o Sínodo: os leigos, as famílias, e o diálogo ecumênico e inter-religioso.

Portanto, os leigos devem ser formados de modo adequado, sólido, intenso – quem sabe também mediante Sínodos locais que os envolvam diretamente –, de forma que sejam capazes de não ceder às ilusões do mundo e de dar testemunho dos valores autênticos, não baseados no conformismo da fé.

O Sínodo ressalta que não se pode ser ou membros da Igreja ou cidadãos do mundo: as duas dimensões caminham juntas. Os leigos devem "formar redes" nas dioceses, afirmam os bispos, mesmo porque se a Igreja se distanciar da sociedade, a nova evangelização não produzirá frutos.

Em seguida, o Sínodo destaca o grande desafio da família, Igreja doméstica, sujeito de evangelização: deflagrada a causa da história ocidental baseada na libertação de todo e qualquer laço, hoje a questão familiar se apresenta como o problema número um da sociedade – evidencia a Assembléia sinodal –, tanto que se acredita mais na fidelidade ao time de futebol do que no matrimônio.

E a Igreja não pode calar-se, não porque conservadora de um instituto obsoleto, mas porque está em jogo a estabilidade da própria sociedade.

Daí, o convite a colocar a família no centro da política, da economia e da cultura, bem como o auspício de que a Igreja saiba tornar-se "família das famílias", inclusive das famílias feridas.

No fundo - e aí a pergunta dos Padres sinodais se torna autocrítica –, hoje a Igreja não é, talvez, mais uma instituição do que uma família?

Em seguida, os Padres sinodais abordaram a questão do diálogo, outro caminho necessário para a nova evangelização. É claro, do ponto de vista inter-religioso existe a dificuldade, em alguns países, de um diálogo com o Islã, como no Paquistão, onde vigora a lei da blasfêmia, ou no Oriente Médio, onde os cristãos são cada vez menos.

O que fazer? O Sínodo aposta nos jovens muçulmanos, sempre mais atraídos pelo Evangelho no qual encontram alegria, liberdade e amor. Relançando o significado profundo da Boa Nova – explicam os bispos – se poderá evitar também a confusão entre a secularização e o cristianismo, tão freqüente no mundo muçulmano.

Nessa ótica, insere-se também uma escola de catequese para adultos, que cada vez mais abandonam o papel de educadores, preocupando-se com os jovens, mas não cuidando deles suficientemente.

Os catequistas adultos podem tornar-se testemunhas e portadores de fé, obtendo, por vezes, resultados melhores do que os próprios sacerdotes, afirmam os Padres sinodais.

No campo ecumênico o desafio não é menor: a divisão entre cristãos é, sem dúvida, o grande obstáculo da nova evangelização, divisão essa que não é inócua em relação à descristianização da Europa e da sua atual fraqueza política e cultural.

Nesse sentido, uma maior cooperação e uma estratégia pastoral concordada entre católicos e ortodoxos seria um baluarte contra a secularização, bem como um sinal forte em relação ao Islã.

Dentre outras sugestões feitas no Sínodo em favor da nova evangelização encontra-se a promoção de peregrinações, como momento de renovação da fé e de "sintonia" da Igreja com as interrogações presentes no coração do homem, de modo que compreenda a meta de seu caminho.

Por fim, ao término dos trabalhos da tarde desta segunda-feira, os Padres sinodais assistem, à noite, ao filme "Os sinos da Europa". Produzido pelo Centro Televisivo Vaticano – junto com outras instituições –, o filme é uma viagem da fé pela Europa e traz muitas entrevistas inéditas, dentre elas uma também com Bento XVI. (RL)
  Home > Cultura e sociedade > 15/10/2012 18:55:08
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Dia do Professor: reconhecimento de seu papel na sociedade



Cidade do Vaticano (RV) - Comemora-se nesta segunda-feira, no Brasil, o Dia do Professor.

Os docentes possuem um papel importante no processo de desenvolvimento da sociedade. Os professores, grandes colaboradores na formação do caráter dos cidadãos brasileiros, tiveram a sua data instituída na história, em 1827, depois de um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil.

Pelo decreto criado por D. Pedro I foram determinados a descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária não foi cumprida por completo, mas somente 120 anos após o referido decreto ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

A data foi oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Nos dias atuais há uma inversão do papel destes profissionais que têm por sua vez a função apenas de educar. O não reconhecimento por uma parte da população acabou provocando um grande declínio vocacional nessa área. Outro motivo é que a sociedade cobra dos professores um processo educacional que cabe também à família.

No dia do professor além da valorização, espera-se que a sociedade reconheça o papel do professor e entenda que somente teremos um país mais justo quando a educação for prioridade. (MP)
Dio do Professor: Parabéns X preocupação

O dia do professor neste ano de 2012 apresenta-se recheado de maiores expectativas, ao que parece desanimadora como sempre. Desta vez motivada por alguns ingredientes contextuais (PNE  gorado  e negação de mais investimentos na educação pública)que provocam na categoria um sinal de alerta, seguido de muita disposição pela luta e assim reverter os ataques governistas que nega aprovar um programa de valorização da educação, da sociedade e dos profissionais dela.
Um programa na defesa da educação para os trabalhadores!
É preciso mudar tudo, começando pelo investimento de 10% do PIB na educação pública a nível nacional, estadual e municipal. Isso significaria colocar todas as crianças em creches públicas de qualidade. Significaria também dar uma educação fundamental de qualidade, com professores e funcionários bem remunerados e qualificados. Mas é preciso avançar mais:

- Aplicação de 35% do orçamento do município na educação.
- Contra a mercantilização do ensino. Pela estatização do sistema privado de ensino.
- Verbas públicas do município serão aplicadas somente nas escolas públicas.
- Fim da municipalização do ensino fundamental.
- Fim dos contratos das parcerias privadas.
- Pelo fim de avaliações externas e meritocráticas dos trabalhadores da educação.
- Fim do funil do vestibular. O ingresso livre nas universidades públicas.
- Promoção de políticas para combater o racismo, machismo e a homofobia na escola.
- Fim de qualquer forma de aprovação automática.
- Fim de classes superlotadas.
- Fim da desvalorização salarial dos profissionais.
- Garantia da capacitação dos profissionais.
- Assegurar  a autonomia financeira e didático-pedagógica  das escolas.
Por isso nós que fazemos o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Regional de Umarizal convocamos todos/as, sejam Professores/as, Coordenadores/as, funcionários/as administrativos, gestores/as de escolas, alunos/as, pais/mães para nos unirmos e lutarmos juntos pela educação que queremos. É neste sentido sugerimos,  e esperamos todos estes seguimentos em bloco único, enfrentando o governo Federal, estaduais e municipais na busca daquilo que é nosso, e há muito nos tem sido negado por aqueles que estão a serviço do capitalismo.
Um dia do professor assim, com essa certeza de povo X governo, nos orgulha imensamente.
Que a Educação seja realmente nossa!
Que a luta seja nosso guia!
Que o fruto desta não seja pra perpetuar riqueza,
Seja pra nossa alegria.
Parabéns... Camaradas!




Felicidade e um fraterno abraço!
G a b r i e l - Coordenador
Reg. do SINTE - Umarizal/RN

Ano da Fé: Arcebispo exorta católicos a reafirmarem «esperança» de Deus numa época marcada por «incertezas»

D. Jorge Ortiga diz que é essencial a Igreja «estar onde as pessoas e as suas preocupações estão»

Braga, 15 out 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga acredita que o Ano da Fé pode abrir uma nova era em Portugal, desde que os católicos consigam reafirmar a “esperança” de Deus numa época marcada “por sonhos, promessas, mas também por incertezas”.
Numa carta pastoral divulgada na internet, a respeito da celebração do Ano da Fé, que vai decorrer até novembro de 2013, D. Jorge Ortiga salienta que “reconhecer a identidade cristã é sinal de maturidade e condição essencial para construir um futuro sólido”, no meio da crise económica que atinge o país.
O atual responsável pela Comissão Episcopal da Pastoral Social exorta os fiéis a serem “agentes ativos” dentro do “tecido social”, através da prática da “caridade” junto dos mais necessitados e do anúncio do Evangelho aos que ainda não conhecem Cristo e àqueles que se afastaram dele.
“A fé de todos os crentes acompanha e é permeável às transformações que as várias culturas atravessam atualmente. Pensar o contrário, ou seja, encarar a fé como uma realidade inalterável, é mera ingenuidade”, avisa o arcebispo.
No que diz respeito à ação pastoral da Igreja Católica, o prelado acrescenta que “um perigo a evitar é o de entrar na lógica da prestação de serviços”, uma vez que “a caridade de Deus” é sobretudo “dom gratuito a ser oferecido e acolhido, a fim de gerar vida e esperança em cada pessoa”.
Em matéria de “evangelização”, D. Jorge Ortiga aponta para a necessidade de “abolir preconceitos que levam a pensar” que o anúncio de Cristo “refere-se tão-somente a países de missão”.
Para o arcebispo bracarense, a transmissão da fé “começa” no meio familiar, “nas comunidades cristãs” e junto das pessoas que fazem parte do quotidiano de cada um.
“Várias destas realidades carecem de um primeiro anúncio ou então de renascerem para Cristo. Mais do que países de missão talvez seja o tempo de falarmos de âmbitos de missão”, sustenta.
Esta nova configuração deverá “ir ao encontro dos centros de interesse e de vida das pessoas, tendo em consideração aspetos fundamentais como o trabalho e o tempo livre, a família, a fragilidade, a cidadania ou ainda a educação”.
Na carta pastoral “Fé, dom maravilhoso, a anunciar corajosamente”, o antigo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa desafia a Igreja a “estar onde as pessoas e as suas preocupações estão”.
Para colocar em prática esta máxima na Arquidiocese de Braga, D. Jorge Ortiga propõe a criação de núcleos de reflexão intitulados “Grupos Fé e Missão”, onde a ideia é “suscitar uma autêntica consciência missionária, no presente e nos próximos anos”.
Ano da Fé coincide com a comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965) e dos 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica.
JCP

Balanço da primeira semana da 13ª Assembleia Geral Ordinária para o Sínodo dos Bispos

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sinodo20121okO secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, e o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, conversaram com os jornalistas da Rádio Vaticano e fizeram um balanço da primeira semana do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, que trata da Nova Evangelização para a Transmissão da Fé.
Acompanhe a íntegra do que foi dito pelos bispos:
Dom Leonardo Steiner
dom_leonardo“Acho importante dizer que nesta primeira semana, creio que cada um dos padres sinodais teve uma sensação de uma Igreja universal. De uma Igreja que está presente em diversas culturas. Uma Igreja que procura se encarnar concretamente nas diversas realidades, não só América Latina, Europa, Ásia. A grandeza do Sínodo até o momento está em que cada Padre Sinodal pode sentir uma Igreja Católica, na sua diversidade, na sua grandeza, na sua tentativa de encarnar, na sua tentativa de ser presença de muita esperança, e uma presença de Deus.
Outro elemento talvez importante dessa primeira semana seja o desejo de que a Igreja seja muito mais presente. Uma Igreja humilde, no sentido de não ser uma Igreja que se impõe, mas uma Igreja que anuncia. Uma Igreja humilde como foi humilde a Criança de Belém, o Homem de Nazaré, o Crucificado Ressuscitado. O episcopado latino-americano está trazendo muito presente o Documento de Aparecida. Creio que o Documento possa abrir algumas perspectivas para toda a Igreja Católica”.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
dom_odilo_pastor“Foi uma semana intensa, após a abertura, que foi muito bonita, com o intervalo no meio para a abertura do Ano da Fé e a comemoração dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, os trabalhos foram intensos desde segunda-feira, 8 de outubro até a noite de sábado, 13 de outubro.
Com a participação de vários Padres Sinodais já deu para formar uma ideia do que se espera da Nova Evangelização, mas também dos vários conceitos que existem. Percebo que não há um conceito unitário sobre a Nova Evangelização. Seria necessário afinar um pouco, mas por outro lado, sente-se urgentemente a necessidade da Nova Evangelização como uma retomada da Evangelização, que em muitos lugares parou, por várias razões, talvez ainda numa mentalidade de cristandade que todo mundo é cristão, todo mundo é católico, e por isso mesmo, o processo de transmissão da fé acontece automaticamente, de geração em geração, a partir da família, da escola, da paróquia. Isto hoje se interrompeu de alguma forma, não inteiramente, mas, em grande parte se interrompeu pelas muitas transformações sociais e culturais havidas nestes últimos tempos, já pelas migrações, o povo das aldeias, das comunidades rurais que foram para as cidades. E isso muda muito a cabeça, as relações humanas e também as relações religiosas e eclesiais, mas por outro lado, as mudanças culturais que colocaram o homem no centro, mais do que o homem, o indivíduo, o sujeito no centro de tudo, de modo que já não está Deus no centro, não está a verdade no centro, não estão os valores absolutos no centro, mas sempre o sujeito, com suas escolhas, os seus gostos, as suas preferências, as suas vantagens. E isso tudo também foi transferido para o campo religioso, de maneira que vale tanto para a não religião, isto é, não querer ter religião, como para a religião ainda praticada, em boa parte, nas muitas formas alternativas de religião que aparecem em que não é Deus o centro, não é a verdade o centro, mas sim os gostos, algumas vantagens. Naturalmente, isto põe a Igreja Católica sob a pressão e a necessidade de rever os seus métodos, suas formas e é necessário retomar a Evangelização de forma renovada, não digo a partir dos conteúdos, porque os conteúdos da Evangelização são sempre o Evangelho, as verdades da fé, as verdades referentes aos valores morais e assim por diante, decorrentes justamente da fé. Porém, o modo de Evangelizar e o modo de se relacionar com o homem atual, com a cultura atual, isso sim muda muito. E é justamente isso que se está procurando no Sínodo, através dos muitos depoimentos, sugestões do que precisa ser destacado, do que deveria ter prioridade, de como fazer com novas iniciativas nas Igrejas locais. Acho que esta primeira semana já foi muito rica. Ela nos deu uma panorâmica de como na Igreja é sentida a necessidade de uma nova Evangelização e também as muitas formas e iniciativas de como essa nova evangelização pode se expressar”.
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Monge beneditino brasileiro recebe prêmio na Itália


Cesena (RV) - Por ter-se distinguido em seu trabalho no plano da interculturalidade e do diálogo de gêneros, e inter-religioso, Dom Marcelo Barros acaba de vencer a primeira edição do Prêmio da Paz instituído pelos municípios da província de Cesena e Forli, no norte da Itália. O prêmio anual é simbólico: consta de um diploma e o ícone de um crucifixo antigo, símbolo da cidade de Longiano.

Marcelo Barros de Sousa tem 58 anos, é um monge beneditino, escritor e teólogo. Nascido em Camaragibe, Pernambuco, numa família de operários, aos 18 anos entrou no Mosteiro dos Beneditinos de Olinda. Em 1969 foi ordenado por Dom Hélder Câmara e, durante quase dez anos, de 1967 a 1976, trabalhou como secretário e assessor de Dom Hélder para assuntos ecumênicos.

Hoje é especializado em Bíblia, membro do grupo fundador do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI). Desenvolve pesquisa teológica sobre a relação do Cristianismo com as religiões negras e indígenas; assessora a Comissão Pastoral da Terra, organismo da CNBB para a presença da Igreja junto aos lavradores.

Em todo o continente latino-americano, é conhecido por ajudar as Igrejas a desenvolver uma reflexão teológica sobre sua missão de solidariedade e inserção junto aos lavradores e sem-terra, e tem sido convidado em diversos países para falar sobre ecologia e espiritualidade holística.

Colabora com revistas brasileiras e de outros países, na América Latina e na Europa. Semanalmente publica artigos sobre espiritualidade ecumênica e desafios da vida, e dentre seus 44 livros publicados, estão ‘Conversando com Mateus’, ‘O espírito vem pelas águas’, ‘A secreta magia do caminho’, ‘Teologia latino-americana pluralista da libertação’, ‘Teologia pluralista libertadora intercontinental’ e ‘Dom Helder Camara - profeta para os nossos dias’.

No Brasil, ele é membro da Comissão pela Diversidade Religiosa na Secretaria Especial da Presidência da República para os Direitos Humanos e, em abril passado, foi eleito secretário para a América Latina da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo (ASETT).
Ao receber o prêmio, na sede da fundação, Dom Marcelo Barros afirmou que aceitou o prêmio não porque se sentisse merecedor, mas para merecê-lo.
(Fonte: Rádio Vaticano)
Santa Sé no Fórum sobre a Justiça: o papel da religião no bem-estar social


Ancara (RV) - Concluiu-se este final de semana, na Turquia, o Fórum Mundial de Istanbul sobre o tema da Justiça. A Santa Sé foi representada pelo Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, padre Miguel Ángel Ayuso Guixot, acompanhado pelo Núncio na Turquia, Dom Antonio Lucibello.
A Rádio Vaticano entrevistou o Padre Miguel Ángel, que fez seu pronunciamento no Fórum:
Pe. Miguel Ángel:- “Eu recordei aos participantes que a justiça e a paz se conjugam com o bem-estar de cada um e de todos e por essa razão exigem ordem e verdade. Quando uma delas é ameaçada, ambas são prejudicadas; quando a justiça é ofendida, também a paz é colocada em perigo. A causa última de muitos dos problemas que influem sobre uma coexistência pacífica e sobre o desenvolvimento de todos hoje são a desigualdade e a injustiça, mas o papel da religião é promover a justiça, é promover uma igualdade que faça parte da ‘nova ordem global’.”
Qual é, portanto, o papel da religião?
Pe. Miguel Ángel:- “A religião tem realmente um papel a desempenhar para o bem-estar e a justa ordem da sociedade, mas é errado limitar a religião a um mero papel social. Infelizmente, o papel da religião na sociedade moderna é muitas vezes mal compreendido, não apreciado e até mesmo criticado, porque é considerada fonte de problemas e de conflitos na sociedade moderna. A religião não é um problema, mas contribui de maneira vital para o diálogo. A religião, portanto, tem um papel no debate político, não em fornecer soluções políticas concretas, mas em recordar à sociedade as normas morais na base da justiça e de uma sociedade justa.”
(Fonte: Rádio Vaticano)