domingo, 14 de outubro de 2012

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Ano da Fé para jovens da Papua Nova Guiné: Evangelho para dizer "não" aos vícios


Port Moresby (RV) - O Ano da Fé é, para os jovens da Papua Nova Guiné, "uma grande oportunidade e um convite a redescobrir o Evangelho para dizer 'Não' à droga, ao consumo de álcool, à libertinagem e à desordem em campo sexual".

É o que afirma, numa mensagem enviada à agência missionária Fides, o coordenador nacional da Pastoral de Juventude no país situado na parte leste da segunda maior ilha do mundo – Nova Guiné –, Pe. Shanti Puthussery, membro do Pontifício Instituto Missões Exteriores.

Pe. Shanti detém-se sobre a chamada a situação da "geração perdida", ou seja, a faixa dos jovens entre os 15 e 20 anos que, no contexto do país, vive relevantes problemas sociais.

"Muitos desses jovens já se encontram prejudicados e quase destruídos pela droga, pela pornografia, por relações sexuais desordenadas e pelo desmedido consumo de álcool – conta o sacerdote –, e não estou certo de que as autoridades civis tenham plena consciência da gravidade desses problemas, mas, como Igreja Católica, creio que temos a responsabilidade de promover atividades de formação integral para os jovens. O Ano da Fé deve ser acompanhado com a ação social e a transformação da sociedade."

"Caso contrário – prossegue Pe. Shanti –, as práticas de fé permanecem vazias e não preenchem o vazio na sociedade e nas relações interpessoais. Devemos ajudar os jovens a levarem a sério os nossos ensinamentos, a fim de mudar as suas vidas, o que hoje é muito difícil para eles." (RL) (Fonte: Rádio Vaticano)
    Home > Cultura e sociedade > 13/10/2012 17:35:30 /Rádio Vaticano




Trabalhos sinodais: Nova Evangelização é sinal de que o Espírito Santo continua operando ativamente na Igreja


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso encontro semanal dedicado à nova evangelização. Depois de um caminho de preparação para a XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, chegamos ao grande evento para o qual a Igreja no mundo inteiro olha e acompanha com grande atenção esperando dele, com a assistência do Espírito Santo, abundantes frutos para a Igreja nos anos vindouros, ou seja, a Assembléia sinodal que tem como tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã", evento este que se enriquece e se entrelaça com o "Ano da Fé", iniciado nesta quinta-feira, 11 de outubro, no 50º aniversário de abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II.

São 262 Padres sinodais, constituindo o maior número de participantes na história dos Sínodos: 103 da Europa, 63 da América, 50 da África, 39 da Ásia e 7 da Oceania. Presentes também 45 especialistas e 49 auditores. Registra-se, ainda, a presença dos delegados fraternos representantes de 15 Igreja e comunidades eclesiais não ainda em plena comunhão com a Igreja Católica.

A Igreja no Brasil encontra-se representada pelos seguintes Padres sinodais: o bispo de Lorena, SP, Dom Bendito Beni dos Santos, escolhido por Bento XVI; e os bispos escolhidos pela CNBB e aprovados pelo Papa, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha; o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Pedro Odilo Scherer; e o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, sendo que os suplentes eleitos são o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis; e o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

Já na apresentação do grande evento eclesial, o secretário-geral do Sínodo, Dom Nikola Eterović, recordou o que aqui temos reiteradamente enfatizado: que "a Igreja existe para evangelizar". E já nos trabalhos sinodais propriamente ditos, o arcebispo destacou que "a nova evangelização é também um sinal de que o Espírito Santo continua trabalhando ativamente na Igreja".

E é justamente sobre a ação do "Espírito Santo protagonista da missão" que temos dedicado as últimas edições deste espaço, no âmbito de nossa revisitação à Redemptoris missio, encíclica de João Paulo II, de 1990, sobre a validade permanente do mandato missionário. Ao tempo em acompanhamos com particular interesse os trabalhos dos Padres sinodais, em sua primeira semana de atividades, na edição de hoje trazemos o nº 25 da Carta encíclica, que prossegue o texto intitulado "O Espírito guia a missão":

25. "Os missionários, seguindo esta linha de ação, tiveram presente os anseios e as esperanças, as aflições e os sofrimentos, a cultura do povo, para lhe anunciar a salvação em Cristo. Os discursos de Listra e de Atenas (cf. At 14, 15-17; 17, 22-31) são considerados modelo para a evangelização dos pagãos: neles, Paulo « dialoga » com os valores culturais e religiosos dos diferentes povos. Aos habitantes da Licaônia, que praticavam uma religião cósmica, Paulo lembra experiências religiosas que se referiam ao cosmos; com os Gregos, discute sobre filosofia e cita os seus poetas (cf. At 17, 18.26-28). O Deus que vem revelar, já está presente nas suas vidas: de fato, foi Ele Quem os criou, e é Ele que misteriosamente conduz os povos e a história; no entanto, para reconhecerem o verdadeiro Deus, é necessário que abandonem os falsos deuses que eles próprios fabricaram, e se abram Àquele que Deus enviou para iluminar a sua ignorância e satisfazer os anseios dos seus corações (cf. At 17, 27-30). São discursos que oferecem exemplos de inculturação do Evangelho.
Sob o impulso do Espírito, a fé cristã abre-se decididamente às nações pagãs, e o testemunho de Cristo expande-se em direção aos centros mais importantes do Mediterrâneo oriental, para chegar depois a Roma e ao extremo ocidente. É o Espírito que impele a ir sempre mais além, não só em sentido geográfico, mas também ultrapassando barreiras étnicas e religiosas, até se chegar a uma missão verdadeiramente universal."

Amigo ouvinte, por hoje nosso tempo já acabou. Acompanhemos o Sínodo dos Bispos não somente com grande interesse, mas – como nos pediu o Santo Padre na vigília do importante evento eclesial – também com nossas orações, certos de que o Espírito Santo que nos vivifica e anima a Igreja haverá de nos indicar o caminho a seguir, as oportunidades de proclamar de novo a mensagem perene do Evangelho e a verdade de Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre. (RL)

sábado, 13 de outubro de 2012

A ótica da evolução cósmica nos devolve esperança
Leonardo Boff
Teólogo, filósofo e escritor
 
Esqueçamos por um momento nossa visão normal das coisas e tentemos fazer uma leitura de nossa crise atual nos marcos do tempo cósmico. Talvez assim a entendamos melhor, a relativizemos e ganhemos altura em função da esperança.

O tempo do Cosmos

Imaginemos que os mais ou menos 13 bilhões de anos de história do universo, sejam condensados em um único século. Cada “ano cósmico” seria equivalente a 113 milhões de anos terrestres. Deste ponto de vista, a Terra nasceu no ano 70 do século cósmico e a vida apareceu nos oceanos, para nossa surpresa, logo depois no ano 73. Durante quase duas décadas cósmicas ela ficou praticamente limitada a bactérias unicelulares. No ano 93, uma nova fase criativa se iniciou com o aparecimento da reprodução sexual dos organismos vivos. Estes, junto com outras forças, foram responsáveis por mudar a face do planeta, já que eles transformaram radicalmente a atmosfera, os oceanos, a geologia da Terra. Isso permitiu ao nosso planeta sustentar formas de vida mais complexas. Grande parte da biosfera é criação desses micro-organismos.
Nessa nova fase, o processo evolutivo se acelerou rapidamente. Dois anos mais tarde, no ano 95, os primeiros organismos multicelulares apareceram. Um ano mais tarde, em 96, assistimos ao o aparecimento de sistemas nervosos e em 97 aos primeiros organismos vertebrados. Os mamíferos aparecerão nos meados de 98, ou seja, dois meses depois dos dinossauros e uma imensa variedade de plantas. Há cinco meses cósmicos os asteróides começam a cair sobre a Terra destruindo muitas espécies, incluindo os dinossauros. Entretanto, um pouco depois a Terra, como que se vingando, produziu uma diversidade de vida, como nunca antes. É nesta era, quando apareceram as flores, que nossos ancestrais entraram no cenário da evolução. Logo se tornaram bípedes (há 12 dias cósmicos), e com o homo habilis começou a usar ferramentas (há 6 dias cósmicos), enquanto o homo erectus conquistou o fogo (há apenas um dia cósmico). Há doze horas cósmicas, os humanos modernos (homo sapiens) surgiram.
Pela tarde e durante a noite deste primeiro dia cósmico, nós vivíamos em harmonia com a natureza e atentos a seus ritmos e perigos. Até quarenta minutos atrás, nossa presença teve pouco impacto sobre a comunidade biótica, momento no qual começamos a domesticar plantas e animais e a desenvolver a agricultura. A partir de então, as intervenções na natureza foram se tornando cada vez mais intensas até quando, há 20 minutos, começamos a construir e habitar cidades. Somente há apenas dois minutos, o impacto se tornou realmente ameaçador. A Europa se transformou numa sociedade tecnológica e expandiu seu poder através da exploração colonialista. Nesta fase se formou o projeto-mundo, criando um centro com várias periferias e o fosso entre ricos e pobres.
Nos últimos doze segundos (a partir de 1950) o ritmo de exploração e destruição ecológica se acelerou dramaticamente. Neste breve período de tempo, derrubamos quase metade das grandes florestas. Nos próximos 20 segundos cósmicos as temperaturas da Terra subiram 0,5°C e podem, dentro de pouco, chegar até 5°C colocando em risco grande parte da biosfera e milhões de pessoas. Nos últimos cinco segundos cósmicos, a Terra perdeu uma quantidade de solo equivalente a toda terra cultivável da França e da China e foi inundada por dezenas de milhares de novos produtos químicos, muitos dos quais altamente tóxicos que ameaçam as bases da vida. Já agora estamos dizimando entre 27 a 100 mil espécies de seres vivos por ano. Nos próximos 7 segundos cósmicos, cientistas estimam que entre 20 a 50% de todas as espécies irão desaparecer. Quando isso vai parar? Por que tanta devastação?
Respondemos: para que uma pequena porção da Humanidade tivesse o desfrute privado ou corporativo dos "benefícios” deste projeto de civilização. Os 20% mais ricos ganham atualmente duzentas vezes mais que os 20% mais pobres. No começo de 2008, antes da crise econômico-financeira atual, havia cerca de 1.195 bilionários, que, juntos, detinham 4,4 trilhões de dólares, ou seja, mais ou menos o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. Em termos de renda, os 1% mais ricos da Humanidade recebiam o equivalente que os 57% mais pobres.

O tempo da Terra

Nosso Planeta, fruto de mais de quatro bilhões de anos de evolução, está sendo devorado por uma relativa minoria humana. Pela primeira vez na história da evolução da Humanidade, os problemas referidos acima são principalmente causados por essa minoria e também, em menor proporção, por todos nós. Os perigos criados colocam em xeque o futuro de nosso modo de viver. Entretanto, se por um lado enfatizamos a gravidade da crise, por outro, não queremos projetar visões apocalípticas que só nos causariam paralisia e desespero. Se estes problemas foram criados por nós, poderão também ser desfeitos por nós, embora alguns sejam já irreversíveis. Isso significa que há esperança de solucioná-los satisfatoriamente.
Efetivamente, quem acompanhou a Cúpula dos Povos em Julho último no Rio de Janeiro ou participou dos Fóruns Sociais Mundiais se dá conta de que há milhares e milhares de pessoas conscientes e criativas, vindas do mundo inteiro, trabalhando na formulação de alternativas práticas que podem permitir à Humanidade viver com dignidade e sem afetar a saúde dos ecossistemas e da Mãe Terra.
Temos informações e conhecimentos necessários para solucionar a atual crise. O que nos falta é a ativação da inteligência emocional e cordial que nos suscitam sonhos salvadores, solidariedade, compaixão, sentimentos de interdependência e de responsabilidade universal. Importa reconhecer que todas as ameaças que enfrentamos, comparecem como sintomas de uma doença crônica cultural e espiritual. Ela afeta a todos; mas, principalmente, os 20% que consomem a maior parte da riqueza do mundo. Esta crise nos obriga a pensar num outro paradigma de civilização, porque o atual é demasiadamente destrutivo. É o que viemos escrevendo com frequência em nossos artigos.
Tempos de crise podem ser também tempos de criatividade, tempos no quais novas visões e novas oportunidades aparecem. O kanji chinês para crise, wei-ji, é o resultado da combinação dos kanjis para perigo e para oportunidade (representados por uma poderosa lança e por um escudo impenetrável). Isto não é uma simples contradição ou um paradoxo; os perigos reais nos forçam buscar as causas profundas e a procurar alternativas para não desperdiçar as oportunidades.
Para a nossa cultura, a crise se deriva da palavra sânscrita kri que significa purificar e acrisolar. Portanto, se trata de um processo, certamente doloroso, mas altamente positivo de purificação de nossas visões e que funciona como um crisol de nossas atitudes ético-espirituais. Ambos os sentidos, o chinês e sânscrito, são iluminadores.

O nosso tempo

Temos que revisitar as fontes de sabedoria das muitas culturas da Humanidade. Algumas são ancestrais e chegam a nós através das mais diversas tradições culturais e espirituais. Fundamental é a categoria do "bem viver” das culturas andinas. Outras são mais modernas como a ecologia profunda, o feminismo e ecofeminismo, a psicologia transpessoal e a nova cosmologia, derivada das ciências da complexidade, da astrofísica e dos novos saberes da vida e da Terra.
Termino com o testemunho de duas notáveis ecologistas e educadoras norte-americanas, Macy e Brown, que asseveram: "A característica mais extraordinária do atual momento histórico da Terra não é que estejamos a caminho da devastação de nosso Planeta, pois já o estamos fazendo há muito tempo; é que estamos começando a acordar, de um sono milenar, para um novo tipo de relação para com a natureza, a vida, a Terra, os outros e para conosco mesmo. Esta nova compreensão tornará possível a tão ansiada Grande Transformação” (Macy e Brown, Nossa vida como Gaia, 2004, 37). E ela virá por graça da evolução e de Deus.

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Leonardo Boff é membro Comissão Central da Carta da Terra e, junto com M. Hathway, autor de O Tao da Libertação (Vozes) 2012

casamento infantil em todo o mundo

11 de outubro de 2012 · Destaque

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No Dia Internacional das Meninas, lembrado hoje (11) pelo primeiro ano, ONU alerta que 400 milhões de mulheres com idade entre 20 e 49 já foram casadas ou tiveram uma união informal quando eram meninas.

Globalmente, cerca de 400 milhões de mulheres com idade entre 20 e 49 – ou 41% do total de mulheres nesta faixa etária – já foram casadas ou tiveram uma união informal quando eram meninas.
O tema é foco de uma data especial marcada hoje (11) pelas Nações Unidas, o Dia Internacional das Meninas, adotada pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 2011 e lembrada em 2012 pelo primeiro ano.
Embora a proporção de “crianças noivas” tenha diminuído ao longo dos últimos 30 anos, em algumas regiões o casamento infantil continua a ser comum mesmo entre as gerações mais jovens, especialmente em áreas rurais e naquelas onde há extrema pobreza.
Entre as jovens de 20 a 24 anos em todo o mundo, cerca de 1 em cada 3 – cerca de 70 milhões – foram casadas quando ainda eram crianças, e cerca de 11% – quase 23 milhões – realizaram um casamento ou união informal antes de atingirem 15 anos de idade.
Por definição, o casamento infantil é qualquer casamento formal ou união informal realizada antes dos 18 anos e é, ressalta a ONU, uma realidade tanto para meninas quanto para meninos – embora as meninas são desproporcionalmente as mais afetadas.
Os Escritórios Regionais para a América Latina e o Caribe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), da ONU Mulheres, da Campanha do Secretário-Geral das Nações Unidas ‘Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres’ e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) expressam sua preocupação com a situação de milhões de meninas e adolescentes na região, especialmente aquelas que vivem em situação de extrema pobreza ou estão sujeitas à discriminação de gênero e a outros tipos de violência. (Saiba em detalhes clicando aqui)
Em sua mensagem, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou que investir nas crianças do gênero feminino é um “imperativo moral”, bem como uma obrigação no âmbito da Convenção sobre os Direitos da Criança e da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. “Também é fundamental para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fazendo avançar o crescimento econômico e a construção de sociedades pacíficas, coesas”, observou.
Ban lembrou que o casamento de crianças tira das meninas oportunidades de vida, além de pôr em risco a saúde, aumentar a exposição à violência e ao abuso, e resultar em gravidez precoce e indesejada, muitas vezes com um risco fatal. “Se uma mãe tem menos de 18 anos de idade, o risco do seu bebê morrer no primeiro ano de vida é 60% maior do que a de uma criança nascida de uma mãe maior de 19 anos”, afirmou.

Estratégias da ONU

Para enfrentar o problema, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem adotado algumas ações que mostram resultados em muitas partes do mundo.
Entre elas, está aprovar e fazer cumprir a legislação adequada para aumentar a idade mínima de casamento para as meninas para 18 anos, bem como sensibilizar o público sobre o casamento infantil como uma violação dos direitos humanos das meninas. Outra medida é melhorar o acesso ao ensino primário e secundário de boa qualidade, assegurando que as desigualdades de gênero no ensino sejam eliminadas.
O UNICEF também mobiliza meninas, meninos, pais, líderes e personalidades para transformar as normas sociais de gênero, incluindo a discriminação, as justificativas religiosas e culturais, além de promover os direitos das meninas e suas oportunidades de vida. O Fundo também dá apoio às meninas já casadas, proporcionando-lhes opções para o ensino, serviços de saúde sexual e reprodutiva, capacitação sobre os meios de subsistência e informação contra a violência em casa.
Outra ação é aumentar as oportunidades econômicas, incluindo transferências de recursos financeiros ligadas a serviços sociais como saúde, nutrição, educação e proteção, de modo a combater os incentivos econômicos que promovem o casamento infantil. (Acesse outras ações em detalhes em http://bit.ly/STHz8T)
Ainda hoje (11), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lançará um relatório sobre o casamento de crianças em todo o mundo e o que deve ser feito para erradicá-lo. O documento “Casar muito jovem: Acabar o Casamento Infantil” abordará a prevalência do casamento infantil e as tendências nos países em desenvolvimento, fornecendo perspectivas sobre o tema e descrevendo o que os países podem fazer para enfrentar o problema, caso as tendências atuais sobre casamento infantil continuem.
A data também será marcada pela abertura da exposição de arte “Muito Novas para Casar” (Too Young to Wed), organizada pelo UNFPA e pela VII Photo Agency na sede das Nações Unidas. Com fotografia de Stephanie Sinclair e vídeo de Jessica Dimmock, a iniciativa destaca as narrativas pessoais de meninas do Afeganistão, Etiópia, Índia, Nepal e Iêmen. O objetivo é renovar a atenção mundial para esta questão crítica, além de promover a responsabilidade dos tomadores de decisão em todo o mundo.
A Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) lembrou a data por meio de uma mensagem de sua Diretora Executiva, a chilena Michelle Bachelet. Ela enfatizou o compromisso da ONU Mulheres de ficar ao lado das meninas em apoio aos seus direitos.
Bachelet enfatizou que a entidade trabalhará com governos e outros parceiros para promover a educação, saúde e bem-estar das meninas, como forma de alcançar um mundo onde elas possam viver livres da violência, do medo e da discriminação.

OIT: 88 milhões de todas as crianças trabalhadoras do mundo são meninas

Em mensagem sobre o tema, o Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, lançou um apelo em favor de um conjunto de medidas dirigidas a garantir o acesso das meninas ao progresso e à justiça social em todo o mundo. Em um discurso pronunciado por ocasião do Dia, Ryder disse que as estruturas, políticas e valores atuais que mantêm as meninas em desvantagem devem mudar.
“As desigualdades de gênero que prevalecem desde tenra idade, tendem a gerar uma desigualdade de gênero a longo prazo que se perpetua no mundo do trabalho. Apesar dos valores, princípios e direitos amplamente reconhecidos pela comunidade internacional, com demasiada frequência a realidade é que as meninas são sistematicamente marginalizadas por causa de seu sexo. Isto deve terminar”.
A OIT lembrou que cerca de 88 milhões de todas as crianças trabalhadoras do mundo são meninas. Muitas realizam os trabalhos pior remunerados, mais inseguros ou são vítimas da desigualdade de gênero em casa e no local de trabalho. Outras, que trabalham em casa, permanecem invisíveis e não são levadas em conta.

Especialistas independentes cobram medidas práticas

Reunidos em Genebra, um grupo de especialistas em direitos humanos das Nações Unidas pediram hoje (11), por meio de um comunicado, que os Estados aumentem a idade do casamento para 18 anos “para meninos e meninas sem exceção”, bem como adotem “medidas urgentes para impedir o casamento de crianças”.
“Tal como acontece com todas as formas de escravidão, os casamentos forçados precoces devem ser criminalizados. Eles não podem ser justificados por motivos tradicionais, religiosos, culturais ou econômicos”, disseram.
Os especialistas ressaltaram, no entanto, que uma abordagem que só incida sobre a criminalização não pode ter êxito em combater eficazmente os casamentos forçados precoces. “Isto deve ir de mãos dadas com campanhas de sensibilização do público para enfatizar a natureza e os danos causados por casamentos forçados e programas comunitários para ajudar a detectar, aconselhar, reabilitar e abrigar, quando necessário. Além disso, o registro de nascimento deve ser universalizado de modo a apoiar a prova de idade e impedir o casamento forçado precoce”. (Fonte: ONU BRASIL)










Professores do ensino fundamental no Brasil são mal pagos em relação a outros países

5 de outubro de 2012

Crédito: Shutterstock
Os professores brasileiros do ensino fundamental têm um dos piores salários da categoria em todo o mundo. É o que dizem os levantamentos realizados por economistas, por agências da Organização das Nações Unidas – ONU, pelo Banco Mundial e pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE.
Em São Paulo, um professor do ensino fundamental ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria seria de US$ 104,6 mil por ano.
Numa lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos da capital paulista, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em quase toda a Europa, Estados Unidos e Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.
A Organização Internacional do Trabalho – OIT emitiu um comunicado essa semana pedindo para que os governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. A OIT avalia que, com salários baixos, a profissão não atrai gente qualificada. O resultado é a manutenção de sistemas de Educação de baixo nível. A solução, para a Organização, seria o governo começar a pensar na Educação como um dos pilares para o crescimento econômico.
Outro estudo, liderado pela própria OIT e pela Unesco (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada,  revelou que professores que começam a carreira no Brasil têm salários bem abaixo de uma lista de 38 países, da qual apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil. Na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.
A OCDE apontou, em um terceiro levantamento, que os salários de 2009 no grupo de países ricos chegava a uma média de US$ 39 mil por ano no caso de professores do ensino fundamental com 15 anos de experiência. O Brasil foi um dos poucos a não fornecer os dados para o estudo da Organização.
Numa comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o Produto Interno Bruto – PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor.
A OCDE indicou, ainda, que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebam por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.
Com informações do jornal O Estado de São Paulo.
Saiba mais!
Organização das Nações Unidas – ONU: É uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.
Organização Internacional do Trabalho – OIT: É a agência das Nações Unidas que tem por missão promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE: É uma organização internacional de 34 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. Os membros da OCDE são economias de alta renda com um alto Índice de Desenvolvimento Humano – IDH e são considerados países desenvolvidos, exceto México, Chile e Turquia.
Produto Interno Bruto – PIB: soma dos valores monetários conquistados a partir de todos os serviços e bens produzidos num período, por uma determinada região.
Unesco: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) tem o objetivo de contribuir para a paz e a segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações. Dedica-se, entre outras tarefas, a orientar os povos numa gestão mais eficaz do seu próprio desenvolvimento através dos recursos naturais e dos valores culturais, com a finalidade de obter o maior proveito possível da modernização, sem que por isso se percam a identidade e diversidade cultural. (Fonte: Blog Educação)

Livraria promove Simpósio sobre Concílio

 
"50 anos do Concílio Vaticano II – as linhas mestras" é o tema do Simpósio promovido pela Paulus Livraria, dias 20 e 27 de outubro e 10 de novembro. A atividade acontecerá das 9 às 12h30, no auditório da Livraria, no centro da capital potiguar. As inscrições estão abertas, no valor de quinze reais, e podem ser feitas na Paulus. São disponibilizadas 80 vagas.

Os palestrantes do Simpósio são o Padre Ednaldo Virgílio, que falará sobre o Documento Dei Verbum; Padre Elielson Camissiro, abordando a Sacrossanctum Concilium; Padre Paulo Henrique, que falará sobre a Gaudium et Spes; e Padre Júlio César Cavalcante, que apresentará o Documento Lumen Gentium. No dia 10 de novembro, o reverendo anglicano, Rodson Ricardo e o Padre Paulo Henrique da Silva apresentarão o Decreto Conciliar Unitatis Redintegratio, sobre o Ecumenismo.

Segundo os organizadores, o Simpósio tem o objetivo de celebrar os 50 anos do Concílio Vaticano II.

Congresso Eucarístico marca 250 anos de paróquia

 
A Paróquia de Santana e São Joaquim, em São José de Mipibu, realiza o 4º Congresso Eucarístico, de 21 a 28 deste mês. O evento marca os 250 anos de criação da paróquia, uma das mais antigas da Arquidiocese de Natal. Antecedendo ao Congresso, a Paróquia realiza Semana Missionária, de 14 a 21.

A abertura oficial do Congresso acontece no próximo dia 21, às 19 horas, com missa, na Igreja Matriz, presidida pelo Arcebispo emérito, Dom Matias Patrício de Macêdo. No período de 22 a 26, a programação diária será a seguinte: 5h, caminhada eucarística; das 7 às 12h, adoração ao Santíssimo Sacramento, na Matriz; das 9 às 11 h, atendimento de confissões, também na Matriz; das 14 às 17h, visita aos enfermos; e, às 19 horas, celebração eucarística. No dia 24, a missa será presidida pelo presidente do Regional Nordeste 2, da CNBB, Dom Genival Saraiva, e, no dia 26, pelo arcebispo emérito de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales.
De 22 a 26, das 15 às 16 h, também serão realizados encontros com a participação de alunos das escolas municipais. O sábado, 27, será dedicado à comemoração dos 30 anos de fundação do Movimento Eucarístico Jovem – MEJ e dos 15 anos do Mejinho.

A programação de encerramento do Congresso, dia 28 de outubro, será a seguinte: 5 horas, alvorada e caminhada; às 9 h, celebração do Sacramento da Crisma, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; 11 h, adoração e bênção do Santíssimo; às 16h, procissão, seguida de missa, também presidida pelo Arcebispo.

Em São José de Mipibu foram realizados, anteriormente, três Congressos Eucarísticos Paroquiais, sendo o primeiro, em 1936; o segundo, em 1986, e o terceiro em 1996. A programação do 4º Congresso é coordenada pelo pároco, Padre Matias Soares, e pelo vigário paroquial, Padre José Lenilson de Morais.
Foto: José Bezerra
Igreja Matriz de Santana e São Joaquim, em São José de Mipibu