quarta-feira, 10 de outubro de 2012

 


Quarta, 10 de outubro de 2012
Por que não me dizem verdade?

Existem muitas possibilidades numa resposta bem adequada! É possível que você não queira a verdade, embora continue indagando sobre ela, entretanto com as pessoas erradas.

Talvez você tenha cultivado uma espécie de relativização do que é certo e, no fundo, quem não admite a verdade que já foi dita é você. Também é possível que você tenha estabelecido a prática de tratar de coisas tão sérias, mas sempre com as pessoas erradas. Você gosta de ser vítima de tudo isso e conversa sempre com as pessoas erradas.

Por favor, acolha, reze o tempo que precisar e fale somente com quem deve falar.

Existe um círculo vicioso de mentiras e você precisa sair dele agora!




Seu irmão,
Ricardo Sá
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Vaticano II, redescobrir cada dia a beleza da fé



O Santo Padre se encontrou nesta manhã, na Praça São Pedro, com os peregrinos de diversas partes do mundo, vindos para a Audiência Geral das quartas-feiras. Dirigindo-se aos presentes, em sua catequese, Bento XVI colocou sua atenção sobre o cinquentenário do Concílio Vaticano II. Eis um resumo da alocução do Papa: 
"Estamos na vigília do dia no qual celebraremos os cinquenta anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II e o início do Ano da Fé. Com esta Catequese quero começar a refletir – com alguns breves pensamentos – sobre o grande evento da Igreja que foi o Concílio, evento do qual fui testemunha pessoal. Isso, por assim dizer, nos parece como um grande afresco, pintado em sua grande multiplicidade e variedade de elementos, sob a condução do Espírito Santo. E como diante de um grande quadro, daquele momento de graça continuamos ainda hoje a perceber a extraordinária riqueza, a redescobrir passagens especiais, fragmentos, entalhes.
Para mim foi uma experiência única: depois de todo o fervor e entusiasmo da preparação, pude ver uma Igreja viva – quase três mil Padres Conciliares de todas as partes do mundo reunidos sob a condução do Sucessor do Apóstolo Pedro – que se coloca na escola do Espírito Santo, o verdadeiro motor do Concílio. Raras vezes na história se pode, como então, quase “tocar” concretamente a universalidade da Igreja em um momento de grande realização de sua missão de levar o Evangelho em todo tempo e até os confins da terra. 
O Papa João XXIII desejava que a Igreja refletisse sobre a fé e sobre a verdade que a guiam. Mas para essa séria e aprofundada reflexão sobre a fé, deveria ser delineada de um modo novo a relação entre a Igreja e a era moderna, entre o Cristianismo e certos elementos essenciais do pensamento moderno, não para se amoldar a eles, mas para apresentar a este nosso mundo, que tende a se afastar de Deus, o ensinamento do Evangelho em toda sua grandeza e em toda sua pureza (cfr Discurso à Cúria Romana por ocasião dos cumprimentos natalinos, 22 de dezembro de 2005).
Penso também que devemos aprender a lição mais simples e mais fundamental do Concílio: o Cristianismo em sua essência consiste na fé em Deus, que é Amor trinitário, e no encontro pessoal e comunitário com Cristo, que orienta e conduz a vida. Tudo o mais é conseqüência. 
O Concílio nos recorda que a Igreja, em todos os seus componentes, tem o mandato de transmitir a palavra de amor do Deus que salva, para que seja ouvida e acolhida a chamada divina que contêm em si nossa felicidade eterna.
Olhando nessa perspectiva a riqueza contida nos documentos do Vaticano II, quero apenas nomear as quatro Constituições, quase os quatro pontos cardeais da bússola que nos orienta. A Constituição sobre a Sagrada Liturgia “Sacrosanctum Concilium” que indica como na Igreja desde o início adora Deus, como é a centralidade do mistério da presença de Cristo. E a Igreja, corpo de Cristo e povo peregrino no tempo, tem como realização fundamental glorificar Deus, como exprime a Constituição Dogmática “Lumen Gentium”. O terceiro documento que desejo citar é a Constituição sobre a divina Revelação “Dei Verbum”: A Palavra viva de Deus convoca a Igreja e a vivifica ao longo de todo seu caminho na história. O modo no qual a Igreja leva ao mundo inteiro a luz que recebeu de Deus para que seja glorificado, é o tema de fundo da Constiuição Pastoral “Gaudium et Spes”.
O Concílio Vaticano II é para nós um forte apelo para redescobrir cada dia a beleza de nossa fé, conhecê-la profundamente para uma relação mais intensa com o Senhor, a viver até o fundo nossa vocação cristã. A Virgem Maria, Mãe de Cristo e de toda a Igreja, nos ajude a realizar e a cumprir o que os Padres Conciliares, animados pelo Espírito Santo, guardavam no coração: o desejo que todos possam conhecer o Evangelho e encontrar o Senhor Jesus como caminho, verdade e vida".
Depois de proferir esta catequeese em italiano, Bento XVI fez resumos em várias línguas, inclusive em português. Eis o que disse:
"Amanhã, estaremos celebrando os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e o início do Ano da Fé. Hoje, queria refletir sobre a importância que este Concílio teve na vida da Igreja, um evento do qual fui uma testemunha direta. Foi uma oportunidade de ver uma Igreja viva: quase três mil Padres conciliares vindos de todas as partes do mundo, reunidos sob a guia do Sucessor do Apóstolo Pedro; era possível quase tocar de modo concreto a universalidade da Igreja. O Concílio Vaticano II, ao contrário dos Concílios precedentes, não foi convocado para definir elementos fundamentais da fé, corrigindo erros doutrinais ou disciplinares, mas tinha como objetivo delinear de um modo novo a relação da Igreja com a idade moderna: não para conformar-se a ela, mas para apresentar a este mundo, que tende a afastar-se de Deus, a beleza da fé em toda a sua grandeza e pureza, para que todos os homens possam conhecer o Evangelho e encontrar o Senhor Jesus, como caminho, verdade e vida. 
Saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os diversos grupos de brasileiros, com votos de que esta peregrinação vos sirva de estímulo para aprender a redescobrir a cada dia a beleza da fé, para que tenhais uma união sempre mais intensa com Cristo, vivendo plenamente a vossa vocação cristã. Que Deus vos abençoe! Obrigado".
No final do encontro, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Fonte: Rádio Vaticano
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Ano da Fé

Tendo em vista a nova Evangelização para a transmissão da fé cristã, Bento XVI convoca um Sínodo em Roma, de 7 a 28 de outubro. Sínodo significa caminhar juntos em direção à mesma meta. Na esperança de intensificar a ação evangelizadora, o Papa abre o Ano da Fé no dia 11 próximo, estendendo-se até 30 de novembro de 2013. Também a Arquidiocese da Paraíba celebra um Sínodo em memória dos 100 anos de serviço evangelizador, avaliando a qualidade de nossa ação. O Ano da Fé traduz a preocupação da Igreja Católica que enfrenta o distanciamento de milhares de cristãos batizados. A pergunta fundamental sobre a crise de fé é: por que os cristãos abandonam a Igreja? Isso significa que abandonam a fé? Será que os cristãos buscam a felicidade, como se o amor de Deus e ao próximo não mais importasse? Será que estamos vivenciando uma espécie de ateísmo?
A sociedade de consumo condiciona a vida e as escolhas das pessoas. Os valores que brotam da fé cristã não coincidem com a busca da felicidade apresentada pelos padrões ordenados pela sociedade atual. Excetuando a legítima luta pela sobrevivência pessoal e familiar, a sociedade de consumo induz as pessoas à excessiva preocupação consigo mesmas. Vive-se um clima acentuado de individualismo e autossuficiência. Exemplos: leva-se vantagem sobre os outros; casais se unem por um tempo e decidem não gerar filhos; a preocupação geral é ganhar dinheiro para gozar a vida; o interesse pelas coisas substitui o interesse pelas pessoas. Dá-se mais importância a um cão de estimação do que por melhorias de condições de vida dos empobrecidos e descartados da sociedade. É isso aí...
Os valores da fé são suplantados pela busca do prazer de viver até que Deus se encarregue de sacudir a vida da gente com alguma prova. Deus não desiste de nós. Seu amor para conosco é incomensurável. A fé é dom de Deus. A fé leva os filhos e filhas de Deus a buscarem a felicidade na fraternidade solidária, aberta aos outros. A fé nos abre horizontes de esperança e amor a Deus e aos semelhantes. A fé é dom de Deus que aviva a sua imagem em nós. Duvida-se se alguém encontraria o sentido da existência sem amar seus semelhantes. A fé é acompanhada de amor e de esperança. A fé nos faz sair do egoísmo e nos leva ao encontro dos outros.
Será que a fé cristã tende ao desaparecimento? Dando por descontada a interpretação da fé deste ou daquele credo religioso, evitemos confundir fé e religião. O pressuposto da fé cristã reside no dom que recebemos de Deus. A fé é dom divino, transcendente, sobrenatural. A fé não depende da minha opinião. Não sou eu quem cria a fé. Deus vem ao meu encontro e me concede gratuitamente o dom da fé. Deus ilumina todo ser humano que vem a este mundo. Deus tem cada ser humano como seu filho e filha. Se os valores da fé cristã não incidem na vida e no comportamento das pessoas, talvez seja porque muitos cristãos batizados não são orientados e acompanhados na fé. Os valores decorrentes do Evangelho de Jesus talvez sejam abstratamente conhecidos, mas pouco praticados na vida.



Dom Aldo Di Cillo Pagotto é Arcebispo da Arquidiocese da Paraíba.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Home > Igreja > 09/10/2012 19:36:00




Cardeal Maragiada: Honduras precisa mudar


Tegucigalpa (RV) - O Arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, em vista das eleições primárias, convidou os hondurenhos a votar nos cidadãos que têm o potencial justo para governar.

O cardeal insistiu na idéia de que para mudar o país devem ser eleitos os melhores cidadãos e, certamente, não os políticos que foram marcados pela corrupção. "Honduras precisa mudar", disse o purpurado durante a missa celebrada na Catedral.

O Cardeal Maradiaga chamou os políticos a fazerem um exame de consciência e lembrou que "os hondurenhos vivem numa sociedade que virou as costas para Deus e só busca o dinheiro a todo custo, mesmo que se trate de dinheiro proveniente da corrupção, do narcotráfico ou da corrupção política".

A imprensa local falou nesses dias da existência de "narcoplanillas", ou seja, uma lista de políticos que ganham dinheiro através do narcotráfico. Neste momento o país está vivendo a campanha eleitoral.

As eleições primárias em Honduras se realizarão em 18 de novembro próximo. Participarão três partidos que deverão escolher seus candidatos para as eleições regionais e presidenciais a serem realizadas em 2013. (MJ)
Home > Igreja > 09/10/2012 19:36:46




Igreja pede ao Governo ugandense para libertar prisioneiros políticos


Campala (RV) - O Arcebispo de Campala, em Uganda, Dom Cyprian Kizito Lwanga, pediu ao Governo para libertar todos os prisioneiros políticos do país como um gesto de clemência em vista do 50º aniversário de independência, celebrado nesta terça-feira.

Segundo o jornal local New Vision, o prelado evidenciou durante a missa dominical que a libertação dos presos políticos seria um passo importante para a reconciliação, a justiça e a paz em Uganda, mesmo porque alguns deles estão detidos injustamente.

Falando sobre a situação do país cinqüenta anos após a independência da Inglaterra, Dom Lwanga denunciou os males que continuam afligindo essa nação como abuso de poder, violações dos direitos humanos, corrupção, ignorância, um sistema educacional inadequado, e a mistura de religião e política.

Ainda durante a homilia, o arcebispo falou da questão agrária denunciando a desapropriação injusta de terras em detrimento dos pobres, não obstante a reforma agrária.

"Vivemos num país cheio de contradições. A ciência e a tecnologia estão fazendo grandes avanços em todas as esferas da vida humana, fornecendo a humanidade o que serve para tornar o nosso Planeta um lugar maravilhoso para todos, mas a extrema pobreza, a doença e a fome continuam matando milhares de pessoas todos os dias" – concluiu Dom Lwanga. (MJ)
  Home > Igreja > 09/10/2012 19:38:39




Povo haitiano não desiste e continua lutando por uma vida melhor


Porto Príncipe (RV) - Passaram-se quase três anos do terremoto no Haiti que destruiu 90% das escolas, 60% dos hospitais, matou milhares de pessoas, deixou mais de 350 mil feridos e mais de um milhão de crianças órfãs.

A metade da população haitiana vive com menos de um dólar por dia, 500 mil pessoas estão desabrigadas, 90% das crianças sofrem de doenças causadas pela água contaminada. Além disso, a cólera está assolando o país e a crise econômica internacional atingiu essa nação já duramente provada.

No entanto, a população nunca desistiu e continua lutando por uma vida melhor. Recentemente, mais de 3 milhões de crianças voltaram às escolas, mais de 20 mil nos institutos salesianos presentes no Haiti. Desse número, mais de 10 mil fazem uma refeição por dia na Obra das Pequenas Escolas do Padre Bohnen.

Uma nota enviada à Agência Fides destaca que os missionários salesianos vivem no Haiti há mais de 75 anos, trabalhando com as crianças pobres, mulheres e doentes.

Segundo dados do Banco Mundial, várias intervenções parecem testemunhar o desejo de renascimento desse país, como a remoção de 11 milhões de metros cúbicos de detritos que tornou novamente possível o movimento pelas ruas, um milhão de pessoas deixou os campos de deslocados e seiscentas mil terão em breve acesso à eletricidade.

As Missões Salesianas de Madri fez um apelo em favor da solidariedade promovendo a campanha "75 anos no Haiti", que convida a comunidade internacional a continuar trabalhando e ajudando os missionários para que essa nação não seja esquecida. (MJ)
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1º dia do Sínodo: Nova Evangelização, um desafio



Os trabalhos da 13ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização foram abertos na manhã desta segunda, 08, com a oração das Laudes, presidida pelo Papa, na Sala Paulo VI. Bento XVI se dirigiu aos 262 padres sinodais de todo o mundo com as seguintes palavras: “O cristão não deve ser morno; este é o mais grave perigo para o cristianismo de hoje: a tepidez desacredita o cristianismo” – refletiu o Papa.
Logo após, teve início a primeira sessão solene, com a saudação dos presidentes-delegados e a introdução do Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterovic. Ele destacou que um dos desafios para a Nova Evangelização é o individualismo. “A nossa cultura exalta o indivíduo e minimiza a relação necessária entre as pessoas. Exaltando a liberdade individual e a autonomia, é fácil perder de vista a nossa dependência dos outros e a responsabilidade diante do outro.”
A Nova Evangelização não é um programa, disse Dom Eterovic. Trata-se de um modo de pensar, de ver e de agir. “É como uma lente através da qual vemos as oportunidade de proclamar novamente o Evangelho. É também um sinal de que o Espírito Santo continua a trabalhar ativamente na Igreja.”
Para o Secretário-Geral do Sínodo, no centro da Nova Evangelização está a renovada proposta do encontro com o Senhor Ressuscitado, o seu Evangelho e a sua Igreja àqueles que não acham mais atraente a mensagem da Igreja.
Foi apresentado o "Relatório antes da discussão", apresentado pelo relator-geral da Assembleia sinodal, o arcebispo de Washington, Cardeal Donald Wuerl. Em seguida, o arcebispo de Hong Kong, Cardeal John Tong Hon, dirigiu aos Padres sinodais palavras vibrantes: recordou o temor do regime comunista vivido por parte de tantas famílias da diocese, antes da anexação da cidade à China, 1997.
Depois, o Cardeal Tong Hon recordou três princípios fundamentais da evangelização: a comunhão tanto com Deus quanto como os homens, em particular, com os pobres; o serviço entendido como doação de si e a doutrina, ou seja, aquele encontro pessoal com Cristo que nos leva a ser suas testemunhas:
"Devemos ser testemunhas zelosas da nossa fé" – concluiu o bispo de Hong Kong.
Ao término da primeira sessão dos trabalhos, realizou-se na Sala de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, um encontro do qual participaram o arcebispo de Washington e relator-geral do Sínodo, Cardeal Donald Wuerl, e o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.
"Anunciar o Evangelho num contexto caracterizado pelas novas tecnologias. Esse é um dos principais desafios da nova evangelização", afirmou Dom Celli ressaltando com precisão um dos temas mais difíceis que os Padres sinodais deverão abordar na definição dos objetivos da nova evangelização.
Por sua vez, o Cardeal Wuerl disse que dentre os principais temas evidenciados pelo Sínodo encontra-se o da recuperação de uma correta identidade católica: tanto entre os jovens adultos, quanto naqueles que se distanciaram da fé.
O purpurado explicou que uma escassa consciência de identidade torna difícil também a relação e o diálogo em âmbito ecumênico. Uma das bases das quais partir novamente no complexo percurso da nova evangelização nos é dada pelo Catecismo da Igreja Católica, do qual estamos para celebrar o 20º aniversário.
Mas como transmitir corretamente a mensagem evangélica, a Palavra de Jesus no atual contexto social, como encontrar o método justo? Dom Celli falou aos jornalistas de uma Igreja que por sua natureza deve anunciar o Evangelho, e se não o faz, trai a sua vocação.
O problema não é tecnológico, mas de método: "É preciso entender como a Igreja pode dialogar com os homens e as mulheres de hoje, entrando em sintonia com eles, partilhando alegrias, esperanças, dificuldades e tensões", explicou o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.
Fonte: CNBB