Videoconferência apresenta panorama da Jornada | ||||||||||||||
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As cidades de Roma e do Rio de Janeiro estiveram
unidas através de uma videoconferência, realizada nesta terça-feira, 2
de outubro, entre o Pontifício Conselho para Leigos (PCL) e o Comitê
Organizador Local (COL) da JMJRio2013.
— Tivemos uma visão panorâmica de todo esse gigantesco evento. Parabéns pelo que vocês já fizeram. Não esqueçam e que a Jornada não é somente uma obra humana. É o Espírito Santo quem a conduz. Essa é a nossa esperança e confiança. Coragem, amigos, nós estamos com vocês, motivou o presidente do PCL, Cardeal Stanislaw Rilko. De Roma, participaram o Padre Eric Jacquinet, responsável pela Seção Jovem do Vaticano, além de outros membros da comissão do PCL. Na sede da Arquidiocese, na Glória, estavam presentes o Arcebispo do Rio e presidente do COL, Dom Orani João Tempesta, Bispos Auxiliares, Vigários Episcopais e diretores do COL. — Nós estamos trabalhando para servir bem à Igreja. Continuaremos confiando na providência e na graça de Deus, para que os jovens sejam discípulos de Cristo pelo mundo afora, afirmou Dom Orani.
Segundo o coordenador geral da JMJ Rio2013, Monsenhor Joel Portella Amado, a reunião faz parte de um processo de encontros contínuos necessários para a revisão de vários aspectos importantes para a realização da Jornada. — Detalhamos o passo a passo dos Atos Centrais da Jornada: missa de abertura, boas vindas ao Papa, Via-Sacra, vigília e missa de envio. Confirmamos que estamos no caminho certo. Depois, tratamos de assuntos práticos, como a distribuição da alimentação, hospedagem para peregrinos, acolhimento dos bispos, vistos, ingresso no Brasil, credenciamento e tudo o que ainda precisa ser resolvido até o final do ano. Está na hora de executar o que já foi pensado e planejado, porque só temos nove meses até a Jornada, enfatizou. Em novembro, acontecerá a reunião com delegados internacionais da JMJ, com a presença do PCL e do COL. No encontro, os participantes poderão ver e avaliar todos os preparativos.
* Fotos: Carlos Moioli (fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro)
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quarta-feira, 3 de outubro de 2012
12:39 | Postado pela Assessoria de Comunicação CNBB NE2
JMJ Rio2013: videoconferência une o Rio a Roma
O concurso se destina a interessados em grafite, não necessariamente a profissionais, que usem o tema de arte sacra, priorizando a cruz (símbolo da Jornada) como mote para as pinturas. A técnica será a do estêncil. Sua execução se dará em workshop, com duração de três dias, para ensino da técnica das máscaras e da grafitagem. A pintura será feita sob tapume ou placa de mdf de 15mm, com medida de 280 x 180 cm.
Para se inscrever na categoria ‘Jovem grafiteiro peregrino’, os interessados deverão, até o dia 20 de dezembro de 2012, preencher a Ficha de Inscrição disponível no site www.museuartesacra.org.br, assinar o termo de liberação de direitos autorais e anexar o desenho a ser grafitado em pdf e os enviar por e-mail para grafite@museuartesacra.org.br. Os candidatos devem ter entre 18 e 35 anos. As inscrições são gratuitas.
Serão selecionados até 80 projetos. Os nomes dos autores dos projetos classificados serão divulgados a partir de 1° de março de 2013 no site da JMJ e do MAS-SP.
Mais informações também podem ser obtidas através do Museu de Arte Sacra.
Fonte: Rio2013
Quarta-feira, 03 de outubro de 2012, 11h24
Catequese de Bento XVI - Oração Litúrgica - 03/10/2012
Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal-equipe CN Notícias)

CATEQUESE
Praça São Pedro - Vaticano
3 de outubro de 2012
Caros irmãos e irmãs,
Na catequese passada comecei a falar de uma das fontes privilegiadas da oração cristã: a sagrada liturgia, que – como afirma o Catecismo da Igreja Católica – é “participação da oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Na liturgia toda oração cristã encontra a sua fonte e o seu fim” (n. 1073). Hoje gostaria que nos perguntássemos: na minha vida, reservo um espaço suficiente para a oração e, sobretudo, que lugar tem na minha relação com Deus a oração litúrgica, em especial a Santa Missa, como participação na oração comum do Corpo de Cristo que é a Igreja?
Na resposta a esta pergunta devemos recordar antes de tudo que a oração é a relação viva dos filhos de Deus com o seu Pai infinitamente bom, com seu Filho Jesus Cristo e com o Espírito Santo (cfr ibid., 2565). Assim, a vida de oração consiste no estar habitualmente na presença de Deus e ter consciência de viver a relação com Deus como se vivem as relações habituais da nossa vida, aquelas com os familiares mais queridos, com os verdadeiros amigos; e mais: aquela com o Senhor é a relação que dá luz a todos os nossos outros relacionamentos. Essa comunhão de vida com Deus, Uno e Trino, é possível porque por meio do Batismo somos inseridos em Cristo, começamos a ser uma só coisa com Ele. (cfr Rm 6,5).
Com efeito, somente em Cristo podemos dialogar com Deus Pai como filhos, caso contrário não é possível, mas em comunhão com o Filho podemos também dizermos nós como disse Ele: “Abba”. Em comunhão com Cristo podemos conhecer Deus como Pai verdadeiro (cfr Mt 11,27). Por isso a oração cristã consiste em olhar constantemente e de maneira sempre nova a Cristo, falar com Ele, estar em silêncio com Ele, escutá-Lo, agir e sofrer com Ele. O cristão redescobre a sua verdadeira identidade em Cristo, “primogênito de cada criatura”, no qual existem todas as coisas (cfr Col 1,15ss). No identificar-me com Ele, no ser uma só coisa com Ele, redescubro a minha identidade pessoal, aquela de verdadeiro filho que olha para Deus como a um Pai cheio de amor.
Mas não nos esqueçamos: descobrimos Cristo, O conhecemos como Pessoa vivente, na Igreja. Ela é o “seu Corpo”. Tal corporeidade pode ser compreendida a partir das palavras bíblicas sobre o homem e sobre a mulher: os dois serão uma só carne (cfr Gn 2,24; Ef 5,30ss.; 1 Cor 6,16s). O vínculo indissolúvel entre Cristo e a Igreja, através da força unificadora do amor, não anula o “tu” e o “eu”, mas eleva-os a sua unidade mais profunda. Encontrar a própria identidade em Cristo significa chegar a uma comunhão com Ele, que não me anula, mas me eleva à dignidade mais alta, aquela de filho de Deus em Cristo: “a história de amor entre Deus e o homem consiste precisamente no fato de que esta comunhão de vontade cresce em comunhão de pensamento e de sentimento e, assim, o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais” (Enc. Deus caritas est, 17). Rezar significa elevar-se a Deus, mediante uma necessária e gradual transformação do nosso ser.
Assim, participando da liturgia, façamos nossa a linguagem da mãe Igreja, aprendamos a falar nela e para ela. Naturalmente, como eu já disse, isto acontece de modo gradual, pouco a pouco. Preciso mergulhar progressivamente nas palavras da Igreja, com a minha oração, com a minha vida, com o meu sofrimento, com a minha alegria, com o meu pensamento. É um caminho que nos transforma.
Penso então que essas reflexões nos permitem responder à pergunta que nos fizemos no início: como aprendo a rezar, como cresço na minha oração? Olhando para o modelo que nos ensinou Jesus, o Pai Nosso, nós vemos que a primeira palavra é “Pai” e a segunda é “nosso”. A resposta, assim é clara: aprendo a rezar, alimento a minha oração, dirigindo-me a Deus como Pai e rezando com outros, rezando com a Igreja, aceitando o dom de suas palavras, que se tornam pouco a pouco familiares e ricas em significado. O diálogo que Deus estabelece com cada um de nós, e nós com Ele, na oração inclui sempre um “com”; não se pode rezar a Deus de modo individualista. Na oração litúrgica, sobretudo na Eucaristia, e – formado pela liturgia – em cada oração, não falamos somente como pessoas individuais, mas entramos no “nós” pela Igreja que reza. E devemos transformar o nosso “eu” entrando neste “nós”.
Gostaria de atentar para um outro aspecto importante. No Catecismo da Igreja Católica lemos: “na liturgia da Nova Aliança, cada ação litúrgica, especialmente a celebração da Eucaristia e dos sacramentos, é um encontro entre Cristo e a Igreja” (n. 1097); assim, é o “Cristo total”, toda a comunidade, o Corpo de Cristo unido à sua Cabeça que celebra. A liturgia então não é uma espécie de “auto-manifestação” de uma comunidade, mas é a saída do simplesmente "ser para si mesmo", ser fechado em si próprio para o acesso ao grande banquete, à entrada na grande comunidade viva, na qual o próprio Deus nos nutre. A liturgia implica universalidade e esse caráter universal deve entrar sempre de novo na consciência de todos. A liturgia cristã é o culto do templo universal que é Cristo Ressuscitado, cujos braços estão estendidos na cruz para atrair todos no abraço do amor eterno de Deus. É o culto do céu aberto. Não é nunca somente o evento de uma comunidade individual, com sua inserção no tempo e no espaço. É importante que cada cristão sinta-se e seja realmente inserido neste “nós” universal, que fornece o fundamento e o refúgio ao “eu”, no Corpo de Cristo que é a Igreja.
Nisto devemos ter presente e aceitar a lógica da encarnação de Deus: Ele se fez próximo, presente, entrando na história e na natureza humana, fazendo-se um de nós. E esta presença continua na Igreja, seu Corpo. A liturgia então não é a memória de eventos passados, mas é a presença viva do Mistério Pascal de Cristo que transcende e une os tempos e os espaços. Se na celebração não emerge a centralidade de Cristo, não temos a liturgia cristã, totalmente dependente do Senhor e sustentada pela sua presença criadora. Deus age por meio de Cristo e nós não podemos agir a não ser por meio dele e nele. A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu “fazer”, mas é ação de Deus em nós e conosco.
Assim, não é o indivíduo – sacerdotes ou fiel – ou o grupo que celebra a liturgia, mas essa é primeiramente ação de Deus através da Igreja, que tem sua história, a sua rica tradição e a sua criatividade. Essa universalidade e abertura fundamental, que é própria de toda a liturgia, é uma das razões pelas quais essa não se pode ser idealizada ou modificada pela comunidade individual ou por especialistas, mas deve ser fiel às formas da Igreja universal.
Também na liturgia da menor comunidade está sempre presente a Igreja inteira. Por isso não existem “estrangeiros” na comunidade litúrgica. Em cada celebração litúrgica participa junto toda a Igreja, céu e terra, Deus e os homens. A liturgia cristã também se celebra em um lugar e em um espaço concreto e expressa o “sim” de uma determinada comunidade, por sua natureza católica, provém de todos e conduz a todos, em unidade com o Papa, com os Bispos, com os crentes de todas as épocas e de todos os lugares. Quanto mais uma celebração é animada por esta consciência, mais frutuosamente se realiza nela o sentido autêntico da liturgia.
Caros amigos, a Igreja torna-se visível de vários modos: na ação caritativa, nos projetos de missão, no apostolado pessoal que cada cristão deve realizar no próprio ambiente. No entanto, o lugar no qual a igreja é experimentada plenamente é na liturgia: essa é o ato no qual acreditamos que Deus entra na nossa realidade e nós podemos encontrá-Lo, podemos tocá-Lo. É o ato no qual entramos em contato com Deus: Ele vem a nós, e nós somos iluminados por Ele. Por isso, quando nas reflexões sobre liturgia nós centramos a nossa atenção somente sobre como torná-la atraente, interessante, bonita, corremos o risco de esquecer o essencial: a liturgia se celebra por Deus e não por nós mesmos; é obra sua; é Ele o sujeito; e nós devemos nos abrir a Ele e nos deixar guiar por Ele e pelo seu Corpo que é a Igreja.
Peçamos ao Senhor para aprendermos a cada dia a viver a sagrada liturgia, especialmente a Celebração Eucarística, rezando no “nós” da Igreja, que dirige o seu olhar não para si mesma, mas para Deus, e nos sentindo parte da Igreja viva de todos os lugares e todos os tempos. Obrigado.
Na catequese passada comecei a falar de uma das fontes privilegiadas da oração cristã: a sagrada liturgia, que – como afirma o Catecismo da Igreja Católica – é “participação da oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Na liturgia toda oração cristã encontra a sua fonte e o seu fim” (n. 1073). Hoje gostaria que nos perguntássemos: na minha vida, reservo um espaço suficiente para a oração e, sobretudo, que lugar tem na minha relação com Deus a oração litúrgica, em especial a Santa Missa, como participação na oração comum do Corpo de Cristo que é a Igreja?
Na resposta a esta pergunta devemos recordar antes de tudo que a oração é a relação viva dos filhos de Deus com o seu Pai infinitamente bom, com seu Filho Jesus Cristo e com o Espírito Santo (cfr ibid., 2565). Assim, a vida de oração consiste no estar habitualmente na presença de Deus e ter consciência de viver a relação com Deus como se vivem as relações habituais da nossa vida, aquelas com os familiares mais queridos, com os verdadeiros amigos; e mais: aquela com o Senhor é a relação que dá luz a todos os nossos outros relacionamentos. Essa comunhão de vida com Deus, Uno e Trino, é possível porque por meio do Batismo somos inseridos em Cristo, começamos a ser uma só coisa com Ele. (cfr Rm 6,5).
Com efeito, somente em Cristo podemos dialogar com Deus Pai como filhos, caso contrário não é possível, mas em comunhão com o Filho podemos também dizermos nós como disse Ele: “Abba”. Em comunhão com Cristo podemos conhecer Deus como Pai verdadeiro (cfr Mt 11,27). Por isso a oração cristã consiste em olhar constantemente e de maneira sempre nova a Cristo, falar com Ele, estar em silêncio com Ele, escutá-Lo, agir e sofrer com Ele. O cristão redescobre a sua verdadeira identidade em Cristo, “primogênito de cada criatura”, no qual existem todas as coisas (cfr Col 1,15ss). No identificar-me com Ele, no ser uma só coisa com Ele, redescubro a minha identidade pessoal, aquela de verdadeiro filho que olha para Deus como a um Pai cheio de amor.
Mas não nos esqueçamos: descobrimos Cristo, O conhecemos como Pessoa vivente, na Igreja. Ela é o “seu Corpo”. Tal corporeidade pode ser compreendida a partir das palavras bíblicas sobre o homem e sobre a mulher: os dois serão uma só carne (cfr Gn 2,24; Ef 5,30ss.; 1 Cor 6,16s). O vínculo indissolúvel entre Cristo e a Igreja, através da força unificadora do amor, não anula o “tu” e o “eu”, mas eleva-os a sua unidade mais profunda. Encontrar a própria identidade em Cristo significa chegar a uma comunhão com Ele, que não me anula, mas me eleva à dignidade mais alta, aquela de filho de Deus em Cristo: “a história de amor entre Deus e o homem consiste precisamente no fato de que esta comunhão de vontade cresce em comunhão de pensamento e de sentimento e, assim, o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais” (Enc. Deus caritas est, 17). Rezar significa elevar-se a Deus, mediante uma necessária e gradual transformação do nosso ser.
Assim, participando da liturgia, façamos nossa a linguagem da mãe Igreja, aprendamos a falar nela e para ela. Naturalmente, como eu já disse, isto acontece de modo gradual, pouco a pouco. Preciso mergulhar progressivamente nas palavras da Igreja, com a minha oração, com a minha vida, com o meu sofrimento, com a minha alegria, com o meu pensamento. É um caminho que nos transforma.
Penso então que essas reflexões nos permitem responder à pergunta que nos fizemos no início: como aprendo a rezar, como cresço na minha oração? Olhando para o modelo que nos ensinou Jesus, o Pai Nosso, nós vemos que a primeira palavra é “Pai” e a segunda é “nosso”. A resposta, assim é clara: aprendo a rezar, alimento a minha oração, dirigindo-me a Deus como Pai e rezando com outros, rezando com a Igreja, aceitando o dom de suas palavras, que se tornam pouco a pouco familiares e ricas em significado. O diálogo que Deus estabelece com cada um de nós, e nós com Ele, na oração inclui sempre um “com”; não se pode rezar a Deus de modo individualista. Na oração litúrgica, sobretudo na Eucaristia, e – formado pela liturgia – em cada oração, não falamos somente como pessoas individuais, mas entramos no “nós” pela Igreja que reza. E devemos transformar o nosso “eu” entrando neste “nós”.
Gostaria de atentar para um outro aspecto importante. No Catecismo da Igreja Católica lemos: “na liturgia da Nova Aliança, cada ação litúrgica, especialmente a celebração da Eucaristia e dos sacramentos, é um encontro entre Cristo e a Igreja” (n. 1097); assim, é o “Cristo total”, toda a comunidade, o Corpo de Cristo unido à sua Cabeça que celebra. A liturgia então não é uma espécie de “auto-manifestação” de uma comunidade, mas é a saída do simplesmente "ser para si mesmo", ser fechado em si próprio para o acesso ao grande banquete, à entrada na grande comunidade viva, na qual o próprio Deus nos nutre. A liturgia implica universalidade e esse caráter universal deve entrar sempre de novo na consciência de todos. A liturgia cristã é o culto do templo universal que é Cristo Ressuscitado, cujos braços estão estendidos na cruz para atrair todos no abraço do amor eterno de Deus. É o culto do céu aberto. Não é nunca somente o evento de uma comunidade individual, com sua inserção no tempo e no espaço. É importante que cada cristão sinta-se e seja realmente inserido neste “nós” universal, que fornece o fundamento e o refúgio ao “eu”, no Corpo de Cristo que é a Igreja.
Nisto devemos ter presente e aceitar a lógica da encarnação de Deus: Ele se fez próximo, presente, entrando na história e na natureza humana, fazendo-se um de nós. E esta presença continua na Igreja, seu Corpo. A liturgia então não é a memória de eventos passados, mas é a presença viva do Mistério Pascal de Cristo que transcende e une os tempos e os espaços. Se na celebração não emerge a centralidade de Cristo, não temos a liturgia cristã, totalmente dependente do Senhor e sustentada pela sua presença criadora. Deus age por meio de Cristo e nós não podemos agir a não ser por meio dele e nele. A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu “fazer”, mas é ação de Deus em nós e conosco.
Assim, não é o indivíduo – sacerdotes ou fiel – ou o grupo que celebra a liturgia, mas essa é primeiramente ação de Deus através da Igreja, que tem sua história, a sua rica tradição e a sua criatividade. Essa universalidade e abertura fundamental, que é própria de toda a liturgia, é uma das razões pelas quais essa não se pode ser idealizada ou modificada pela comunidade individual ou por especialistas, mas deve ser fiel às formas da Igreja universal.
Também na liturgia da menor comunidade está sempre presente a Igreja inteira. Por isso não existem “estrangeiros” na comunidade litúrgica. Em cada celebração litúrgica participa junto toda a Igreja, céu e terra, Deus e os homens. A liturgia cristã também se celebra em um lugar e em um espaço concreto e expressa o “sim” de uma determinada comunidade, por sua natureza católica, provém de todos e conduz a todos, em unidade com o Papa, com os Bispos, com os crentes de todas as épocas e de todos os lugares. Quanto mais uma celebração é animada por esta consciência, mais frutuosamente se realiza nela o sentido autêntico da liturgia.
Caros amigos, a Igreja torna-se visível de vários modos: na ação caritativa, nos projetos de missão, no apostolado pessoal que cada cristão deve realizar no próprio ambiente. No entanto, o lugar no qual a igreja é experimentada plenamente é na liturgia: essa é o ato no qual acreditamos que Deus entra na nossa realidade e nós podemos encontrá-Lo, podemos tocá-Lo. É o ato no qual entramos em contato com Deus: Ele vem a nós, e nós somos iluminados por Ele. Por isso, quando nas reflexões sobre liturgia nós centramos a nossa atenção somente sobre como torná-la atraente, interessante, bonita, corremos o risco de esquecer o essencial: a liturgia se celebra por Deus e não por nós mesmos; é obra sua; é Ele o sujeito; e nós devemos nos abrir a Ele e nos deixar guiar por Ele e pelo seu Corpo que é a Igreja.
Peçamos ao Senhor para aprendermos a cada dia a viver a sagrada liturgia, especialmente a Celebração Eucarística, rezando no “nós” da Igreja, que dirige o seu olhar não para si mesma, mas para Deus, e nos sentindo parte da Igreja viva de todos os lugares e todos os tempos. Obrigado.

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Compreender que nossa identidade é Jesus Cristo precisa ser ponto de partida para todos nós. Nada se transforma de fora para dentro. Ao contrário, - isso ocorre de dentro para fora -, mesmo que isso demore mais, exija paciência e soframos as incompreensões dos que nos são mais próximos. Entretanto, assemelhar-se ao coração de Jesus, isto é, a quem Ele é, torna-se a tarefa diária, contínua e mais acertada para cada um de nós. Quem concentra nisso as suas forças, compreende melhor o significado da felicidade e terá moldado o coração. Fácil? Nunca! Seguro? Sempre! (fonte: Canção Nova) |


Deus nos usa como luz Deus nos usa como luz. Por isso incomodamos os que não são d'Ele. E por incomodarmos, eles vêm contra nós. E assim, somos motivo de questionamento para as pessoas que não se importam com Deus.
Uma pessoa muito próxima contou-me que aqueles que viviam na sua casa lhe diziam: "Você é como a nossa 'consciência': vive nos acusando. Sua presença, seu jeito, suas palavras nos acusam". Na realidade, ela não fazia nada disso, mas os outros se sentiam acusados e agredidos só porque ela lutava para ser de Deus e testemunhar isso com a vida.
Portanto, não se iluda! Se somos de Deus, se vivemos de modo cristão, acabamos por incomodar. E é esse incômodo que pode salvar. Na verdade, não somos nós que incomodamos: é o Evangelho que vivemos, a luz de Deus que está em nós. Nossas famílias precisam ser inteiramente do Senhor. E assim como Jesus escolheu Zaqueu, Ele nos escolheu – apesar de nossas limitações – para levá-Lo para nossas casas. Não tenham medo, pois em Cristo somos vencedores.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Para Alberto Carlos Almeida, só a escola garante uma sociedade ética
Para o sociólogo, mais tempo de estudo dará aos brasileiros valores mais nobres, essenciais para o crescimento do país
Cristiane Marangon (novaescola@atleitor.com.br)

Alberto Carlos Almeida
Nesta entrevista concedida a NOVA ESCOLA, o coordenador do trabalho, que cursou mestrado e doutorado em Ciências Sociais, faz relação entre o pouco tempo de estudo do cidadão e os valores ruins que possui. "Para resumir a conclusão da pesquisa em uma frase, digo que só a Educação pode melhorar uma pessoa."
O que a pesquisa realizada sob sua coordenação revelou sobre os valores do povo brasileiro?
Alberto Carlos Almeida No Brasil, há a idealização de que os pobres são bons e ingênuos, e os ricos, maus e espertos. No entanto, a pesquisa mostrou que pessoas menos favorecidas economicamente e que têm pouco estudo defendem o "jeitinho brasileiro" e a violência policial e confundem o espaço público com o privado - valores considerados arcaicos. Por outro lado, quem tem nível superior e compõe a parcela mais rica apóia valores sociais democráticos, essenciais para um país desenvolvido.
Que dados confirmam isso?
Almeida Um princípio que pauta as relações humanas é a hierarquia. Esse aspecto ficou claro nas respostas à seguinte pergunta: o patrão diz ao empregado que a partir daquela data ele pode ser chamado pelo pronome de tratamento você. A maioria das pessoas menos favorecidas acha que o funcionário deve continuar usando o tratamento de senhor. Outra questão apontava que os moradores de um edifício liberariam o uso do elevador social aos trabalhadores do condomínio. Grande parte desse mesmo grupo disse que o certo seria continuarem utilizando o de serviço. Para eles, pessoas diferentes têm direitos e lugares distintos. No filme Tropa de Elite, por exemplo, há espectadores que aplaudem quando a polícia é violenta. A Pesb comprova esse comportamento medieval. As pessoas não apóiam que o bandido seja preso e julgado, com direito a defesa. Elas acham certo matá-lo independentemente de ele ser ou não culpado.
É possível que os entrevistados com mais instrução tenham dado respostas "ideais" em vez de ser sinceros?
Almeida As perguntas foram feitas de maneira indireta, ou seja, representavam condições hipotéticas. Por exemplo: uma mãe que está com o filho doente conhece alguém que trabalha no posto de saúde e consegue passar na frente de outras pessoas. Você acha que o "jeitinho" está sempre certo, certo na maioria das vezes, errado na maioria das vezes ou sempre errado? Para chegar a esse formato, fizemos pré-testes perguntando se o sujeito furava a fila, se conhecia alguém que fazia isso e se ele era a favor dessa atitude. A resposta era sempre não. Então, concluímos que não poderíamos perguntar desse modo, pois todo mundo mentiria. Mesmo assim, vamos supor que quem estudou mais se policiou nesse momento. Isso revela que esses indivíduos prezam alguns valores, diferentemente dos que têm menor grau de instrução, que nem sequer cogitaram essa possibilidade.(fonte: Nova Escola)
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