segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Segunda, 01 de outubro de 2012
O que acontece quando julgo as pessoas?

O julgamento possui grandes malefícios para a alma. Quando julgo estou na verdade dizendo quem eu sou; depois, o julgamento pode tornar- se vicioso, fonte de doenças também do corpo e fragmenta a pessoa, isto é, quando julgo deixo de estar comigo mesmo para estar com os outros. A confissão, pedir ajuda e fazer silêncio são remédios tão simples quanto eficazes.




Seu irmão,
Ricardo Sá

GRANDE É O MISTÉRIO DA PIEDADE

01/10/2012 13:45
Contemplar o mundo em que vivemos e os nossos contemporâneos, prescindindo das virtudes da fé e da esperança, gera em nós um sentimento de temor que nos leva a afirmar que, em pleno século XXI, ainda é assustador o mistério da iniquidade que se manifesta em inúmeros atos de desamor, de exploração e de abandono das verdades centrais da nossa fé. Se não cuidamos, corremos o risco de achar que, no mundo de hoje, ser um bom cristão pode parecer algo que está acima das nossas forças. Contudo, como arautos da Boa Nova de Cristo, neste novo milênio, temos que confessar que existe um mistério muito maior que o da iniquidade. Intrepidamente, temos que afirmar ao nosso próximo que “grande é o mistério da piedade!” (1 Tm 3,16).
O mistério da piedade nos conduz à reconciliação e à plena união com o nosso Redentor e esse mistério se realiza quando aderimos aos projetos de Deus que, em Cristo, assumiu a natureza humana para nos possibilitar a redenção. Por amor, misericórdia e piedade por todos e cada um de nós, Jesus Cristo nos faz perceber que, quando lutamos por um ideal, um sólido objetivo, nós nunca somos derrotados. Ele exulta quando percebe nosso arrependimento e nos ouve dizer: “Piedade, Senhor, piedade, pois em vós se alegra a minha alma!” (Sl 56,2). Diante da nossa contrição, Cristo se derrete em atos de misericórdia e de piedade e vai, aos poucos, nos orientando sobre o que é melhor para nós e o que é melhor para o bem do outro. Como sabemos, “quando Deus se pronuncia, fala de coisas que têm a máxima importância para cada pessoa, para as populações do século XXI, em não menos medida do que aquelas do século I. Os Dez Mandamentos e as Bem-aventuranças falam da verdade e da bondade, da graça e da liberdade, de tudo o que é necessário para entrar no Reino de Cristo”. (Homilia do Papa João Paulo II, no Monte das Bem-aventuranças em 24 de março de 2000). 
 
Para fazer contraposição ao mistério da iniquidade, é necessário que cada vez mais saibamos evitar todas as expressões do pecado e, por isso, somos chamados a realizar frequentemente uma operação de limpeza em nossas almas. Ao realizar uma boa operação de limpeza em nosso íntimo, por meio da participação no sacramento da Volta, nós experimentamos o poder da piedade divina que nos transforma em testemunhas da misericórdia. Como testemunhas da misericórdia, de uma certa forma, podemos dizer que tal qual um bom corretor ortográfico, o nosso Deus está sempre nos interpelando: Livremente, você aceita a exclusão de todos os atos de injustiça que lhe são propostos? Fielmente, você tem sabido rejeitar tudo aquilo que lhe exclui da Minha graça?  Docilmente, você tem sabido controlar as alterações das tentações que cotidianamente te cercam?
 
Fazendo bom uso das práticas de piedade que Deus nos propõe, nós deletamos de nossas atitudes, tudo o que gera a morte ou os vícios e preenchemos esse espaço com muitas obras de justiça e de santidade. Ao aderir às sugestões e às correções que Deus nos faz no dia a dia, estamos superando todas as falhas e combatendo todos os erros. Se formos atenciosos, nós veremos que, quando achamos que é necessária uma pequena pausa - uma vírgula - para realizar um breve exame de consciência, Cristo vem ao nosso encontro e nos propõe uma pausa maior - um ponto e vírgula ou dois pontos - para que possamos perceber o que ainda nos afasta do Seu amor. Quando, por comodismo, nós achamos que os nossos conhecimentos de fé são mais do que suficientes, o próprio Cristo nos sacode e nos faz ver quantas lições de fé e quantas obras de caridade há ainda a serem descobertas e realizadas. Ele também nos faz ver que o poema ou a poesia da nossa vida na fé requer sempre uma nova estrofe e um novo parágrafo. Cuidando com renovado esmero da correspondência ao amor do nosso Deus, concretizamos as obras de piedade que nos fazem ir à procura do próximo que está afastado da Casa do Pai, professando: “O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores!” (Sl 24,8).
 
Hoje e sempre, é imprescindível que saibamos aderir à piedade de Deus! É urgente que sejamos conhecidos como testemunhas do mistério da piedade! Por crer na piedade do Altíssimo, clamamos ao Senhor, utilizando as palavras de Santo Afonso de Ligório: “Filho amado do Eterno, apoderai-vos da minha liberdade, da minha vontade, de tudo o que é meu, da minha própria pessoa e dai-vos a mim. Eu vos amo, eu vos busco, por Vós suspiro e só a vós quero, sim só a Vós. Meu Jesus, fazei que eu seja todo vosso!”. (Visitas a Jesus sacramentado e a Nossa Senhora). Fazei, Senhor, que eu permaneça suplicando: “Meu Deus, tende piedade de mim!” (Lc 18, 13).
 
 
Por Aloísio  Parreiras
(Membro do Movimento de Emaús/Brasília)
Intenções do Papa para outubro
01/10/2012
Canção Nova A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo

Neste mês de outubro, o Papa Bento XVI reza, em sua intenção geral de oração, “pelo desenvolvimento e o progresso da Nova Evangelização nos Países do antigo cristianismo”. Já na intenção missionária, as orações são voltadas para a celebração do Dia Mundial das Missões. O Pontífice reza para que este “seja ocasião de um renovado compromisso de evangelização”.

As intenções de oração do Papa são, todos os meses, confiadas ao Apostolado da Oração, iniciativa que é seguida pela população em todo o mundo.
* Foto: Canção Nova

Dom Orani: "A Rede Vida foi moldada com seu coração e sua generosidade"

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Falecimento de Dom Antônio Maria Mucciolo, Arcebispo Emérito de Botucatu e presidente do INBRAC-RedeVida de Televisão
Recebo, comovido, a notícia da páscoa de meu amado irmão no episcopado, Dom Antônio Maria Mucciollo, que, depois de 89 anos de uma vida iluminada, contempla o rosto sereno e radioso de Deus.

Tive a graça de conviver com Dom Antônio Maria Mucciolo desde o início de meu ministério episcopal, quando fui eleito Bispo de São José do Rio Preto, SP, e por ele e pelo inesquecível irmão Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, SJ fui chamado a compor o conselho do INBRAC, Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã, órgão mantenedor da Rede Vida de Televisão. Ali, nestes mais de quinze anos, pude observar a sua tenacidade, o seu amor à Igreja, a sua preocupação com as comunicações sociais e pelo anúncio do Evangelho pela Televisão.

Dom Antônio, junto com Dom Luciano e o Senhor João Monteiro Filho construíram a Rede Vida de Televisão, e o sonho destes três homens se transformou na primeira rede de televisão de inspiração católica de nosso país. Dom Antônio deu a sua vida pela RedeVida e a RedeVida foi moldada segundo o seu coração e a sua generosidade, pelo seu franco sorriso e pela sua conhecida caridade e acolhida a todas as pessoas.

É importante salientar o papel que ele teve na criação da primeira rede de televisão de inspiração católica no Brasil. É admirável a coragem e o ânimo com que superou todos os obstáculos. Esta história necessita ser proclamada para a memória da comunicação no Brasil. Será necessário dar o devido valor histórico a esse momento especial da comunicação da Igreja.

Quero elevar a Deus, por intercessão de Nossa Senhora de Fátima, minha prece especial pela vida e pelo legado de Dom Mucciolo. No céu, as comunicações sociais ganham um grande intercessor. Para todos os que, como eu, na RedeVida, choram a ausência física de Dom Antônio nos confortemos sempre com o seu permanente espírito de fé e de confiança inabalável em Deus.

Ele voltou ao Pai no dia dos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel. Esse é o dia que o Santo Padre escolheu para anunciar ao mundo o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais (Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização). Tudo a ver com a missão que Deus concedeu a D. Mucciolo.

Às Igrejas de Barretos e de Botucatu, das quais foi pastor próprio, aos seus distintos Bispos, Dom Edmilson Amador Caetano, e seu Arcebispo, Dom Maurício Grotto de Camargo, bem como aos respectivos presbitérios, apresento a minha solidariedade cristã e a minha proximidade neste momento de esperança da comunhão dos santos.

Aos familiares de Dom Antônio, na pessoa de seus irmãos, sobrinhos e das pessoas mais próximas, seus colaboradores, minhas condolências e preces de que Deus os ajude e reconforte neste momento por que passam. Ele foi por certo um Bom Pastor, que muitas marcas deixará na Igreja e em todo o Brasil.

Que Dom Antônio Maria Mucciolo descanse em paz!
 Rio de Janeiro, RJ, 29 de setembro de 2012, Festa dos arcanjos Gabriel, Rafael e Miguel.
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
Enviado por Míriam Leitão -
01.10.2012
|
09h00m
Homenagem

Eric Hobsbawm nos ajudou a entender melhor o mundo

O historiador Eric Hobsbawm, que morreu hoje, foi um pensador brilhante. Ele nos ajudou a entender melhor os momentos mais importantes dos séculos XIX e XX. Hobsbawm chegou aos 95 anos com uma lucidez impressionante. Recentemente, escreveu o obituário de uma pensadora contemporânea dele.
Até morrer, fez o que gostava de fazer: pensar e escrever. Sua obra ficará conosco. Também fica a tristeza de perder uma inteligência como essa, mas a certeza de que os seus 95 anos foram bem vividos, ajudaram a humanidade a pensar.
Felizmente, sua família, que foi ameaçada pelo horror do nazismo, conseguiu escapar daquela perseguição absurda, fugindo para a Grã Bretanha.
Ele foi um pensador marxista, mas o próprio pensamento marxista evoluiu e ele foi junto nessa transformação. Mesmo quem não vê o mundo pelo prisma da luta de classes, sabe que não é possível entender o mundo, o capitalismo e seus defeitos sem avaliar as diferenças que são ditadas pelas classes sociais.
Que Eric Hobsbawm descanse em paz, sabendo que cumpriu seu papel na Terra.
Bento XVI indica tema para Dia Mundial das Comunicações 2013
30/09/2012
Da Redação* A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo

“Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”. Este é o tema proposto pelo Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013. O tema foi divulgado na manhã do último sábado, dia 29 de setembro, com uma nota expedida pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.

A nota divulgada destaca que um dos desafios mais significativos da evangelização nos tempos atuais é aquele que emerge dos meios digitais. O documento também enfatiza que, na verdade, não se trata mais de como utilizar a internet como um “meio” de evangelização, “mas de evangelizar considerando que a vida do homem de hoje se exprime também no ambiente digital”. Leia abaixo a íntegra da nota.

Comunicado do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais

Um entre os desafios mais significativos da evangelização nos dias de hoje é aquele que emerge do ambiente digital. É sobre este desafio que o tema deste ano, proposto pelo papa Bento XVI, para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais: "Redes Sociais: portais de Verdade e de fé, novos espaços de evangelização" quer chamar a atenção, no contexto do Ano da Fé.

Os elementos de reflexão são numerosos e importantes: em um tempo no qual a tecnologia tende a tornar-se o tecido que conecta muitas experiências humanas - como as relações e o conhecimento - é necessário questionar-se: - essa pode ajudar os homens a encontrar Cristo pela fé? Porém, não basta uma superficial adaptação da linguagem, mas é necessário poder apresentar o Evangelho como resposta a uma contínua pergunta humana de sentido e de fé, que também emerge da rede e nela mesma se faz estrada.

Será também este o modo para humanizar e fazer vivo e vitalizado um mundo digital que impõe, atualmente, um comportamento mais definido: não se trata mais de como utilizar a internet como um “meio” de evangelização, mas de evangelizar considerando que a vida do homem de hoje se exprime também no ambiente digital.

É necessário, de modo particular, levar em conta o desenvolvimento e a grande popularidade do social network, que consentiu a acentuação de um estilo dialógico e interativo na comunicação e na relação.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, uma data estabelecida pelo Concílio Vaticano II ("Inter Mirifica", 1963), vem sendo celebrado em muitos países, com a recomendação dos bispos de todo o mundo, no domingo que antecede a Festa de Pentecostes (em 2013, 12 maio).

A Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Comunicações Sociais é tradicionalmente publicada em ocasião da recorrência da Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos Jornalistas (24 janeiro).

* Fonte e foto: Canção Nova
Semana Nacional da Vida: pelo direito à vida em qualquer instância
01/10/2012
Raquel Araujo A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo

Uma oportunidade de colocar em evidência o valor e a beleza do maior dom recebido de Deus: a vida. Diante de fatos que atentam contra a dignidade da pessoa humana, a Semana Nacional da Vida – que este ano será realizada de primeiro a sete de outubro - se destaca como uma maneira de reafirmar a importância inalienável e inegociável da vida em qualquer instância. A Semana retoma as situações de ameaça à vida e se insere na missão da Igreja de estar a serviço do bem-estar pleno de todos.

A discussão acerca de uma mudança de época, onde a definição da concepção integral do ser humano é dissolvida perpassa os dias de hoje. Em entrevista ao Portal da Arquidiocese, o Bispo Auxiliar e presidente da Comissão Arquidiocesana de Promoção e Defesa da Vida, Dom Antonio Augusto Dias Duarte lembrou que o Documento de Aparecida chamava a atenção para o individualismo, prática nociva à valorização do outro. Segundo o bispo, um aspecto importante que ainda falta à consciência da população, quando se trata da promoção da vida, é o próprio respeito à pessoa humana.

- Quando não se valoriza a pessoa, a vida passa a ser simplesmente um fenômeno biológico, social, e, ao apagar o valor da pessoa, você também apaga o valor da vida. Este Documento de Aparecida lembrava um pouco deste malefício, desta mudança de conceito da pessoa humana, que é justamente o individualismo. Ali, há uma frase que é realmente impressionante e arrepiante, porque fala que o individualismo não é apenas a indiferença com o outro, mas é um sinal de que o outro praticamente não existe. Não é apenas uma indiferença, mas um desprezo do outro. E nós observamos, hoje em dia, esse desprezo da pessoa enquanto pessoa. Não se trata de, na Semana Nacional da Vida, apenas fazermos campanhas contra os atentados que se fazem contra a vida humana, não é apenas apontarmos as origens e as causas da cultura de morte, mas sim realmente fazer com que a pessoa humana, em todas as suas etapas da vida, seja valorizada enquanto pessoa. Esta é a maneira de tirar do mundo este individualismo indiferente e depreciativo do ser humano, opinou.

Instituída, em 2005, pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Semana da Vida acontece anualmente. Neste ano, o tema é “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”, relacionando-se com a Campanha da Fraternidade 2012, que aborda a Fraternidade e a saúde pública. Ao comparar os dois temas, Dom Antonio destacou a necessidade de entender a “saúde” de uma maneira mais ampla, abrangendo não somente o aspecto médico, mas sim o bem-estar integral do ser humano — principal preocupação da Semana Nacional da Vida.

- Devemos pontualizar bem o que queremos dizer com saúde. (...) Saúde, no fundo, é o bem-estar integral da pessoa humana, e se esse bem-estar é procurado e é propagado, ai temos a saúde pública. E a saúde pública não se trata apenas de combater as doenças existentes de uma forma epidêmica ou endêmica na sociedade, mas se trata de fazer com que as pessoas se relacionem de uma maneira saudável. Então, eu penso que essa Semana Nacional da vida, com esse titulo: “vida, saúde e dignidade”, deve ser desenvolvida primeiro, a conceituar e valorizar realmente quem é a pessoa humana e, em segundo lugar, não apenas reivindicar políticas de saúde pública(...), mas, mais uma vez, fazer as pessoas agirem no sentido de darem condições sociais para que possamos ter esse bem integral, disse.


A Semana termina com o 'Dia do Nascituro', comemorado em 8 de outubro, para homenagear o novo ser humano, a nova vida que, desde a sua concepção, está dentro do útero materno. Nesta mesma ocasião, quem olhar para o alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, à noite, verá o Cristo Redentor, maior cartão-postal da cidade, iluminado de amarelo, em atenção à data. Segundo Dom Antonio, este é o momento em que o Cristo - definido como “a Luz do mundo” - através de sua iluminação peculiar, chamará a atenção e convidará a todos para também serem essa luz e aderirem às causas da Semana da Vida.

- Quando se fala que Cristo se define como a Luz do mundo, aí temos uma afirmação de que ele nos faz pensar que se o Cristo está iluminado, neste caso para a Semana da Vida, é para despertar em nós uma maior consciência, uma maior participação em defesa da vida. Não podemos esquecer que Ele não só se define como “a Luz do mundo”, como ele fala: “Nós somos a luz do mundo”. Então, temos que ser a luz da verdade! Não basta iluminar o Cristo, é preciso que saibamos qual o sentido daquela mudança de cor, e, quando se refere ao Dia do Nascituro, temos que saber que ali estamos sendo chamados para iluminar a consciência das pessoas com a valorização da pessoa humana, com o valor do bem-estar integral da pessoa humana. E depois também, se Cristo afirma “eu sou a Luz do mundo” e se essa Luz é a verdade, devemos nos comprometer mais com a difusão da verdade sobre essas realidades que eu citava, ponderou.


Projeto Raquel: pelo apoio às mães que sofreram aborto

Temeroso ao saber do nascimento de Jesus Cristo, Herodes mandou matar todas as crianças com menos de dois anos. Este episódio remete à Raquel, mulher do Antigo Testamento, que chorou inconsolável pela morte de seus filhos.

“Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: Ouviu-se um clamor em Ramá, Choro e grande lamento; Era Raquel chorando a seus filhos, E não querendo ser consolada, porque eles já não existem.” (Mt 2: 16-17)

Assim como Raquel, muitas outras mulheres convivem com a angústia e a tristeza da perda de um filho. No caso do Projeto Raquel, a morte da criança é causada pelo aborto.


- Esta participação das mulheres na morte dos filhos que levam dentro do seu corpo, através do aborto, faz com que elas chorem como Raquel. Ou seja, que elas sofram as conseqüências do aborto. Se até o aborto espontâneo traz um sofrimento à mulher, devemos considerar também o que é gravíssimo para a mulher, que é o aborto procurado. Esta mulher precisa de ajuda, afirmou Dom Antonio.

Com foco nessas mulheres que sofrem após algum tipo de aborto, o Projeto Raquel caracteriza-se como um serviço pastoral pós-aborto, que nasceu nos Estados Unidos em 1984 e que se espalhou rapidamente pelas dioceses de vários países. O projeto é uma rede de cura, baseada na misericórdia de Deus, que oferece a essas mulheres todo o apoio espiritual e psicológico necessário para cada caso. No Rio de Janeiro, a Arquidiocese oferecerá um curso, no dia 20 de outubro, para leigos, membros das pastorais da saúde e familiar, religiosos (as) e sacerdotes, afim de capacitá-los para atuar no Projeto na cidade.

Para a maioria das mulheres, as consequências do aborto não têm a ver com patologia física, mas com angústia e culpa. Dom Antonio recordou o beato João Paulo II em sua Encíclica Evangelho da Vida, na qual o então Papa fala sobre as mulheres que sofreram aborto:

- O Papa João Paulo II, na Encíclica Evangelho da Vida, mostrava toda a misericórdia da Igreja, e o sinal da misericórdia de Deus, ao falar que estas mulheres são menos culpadas que os homens, menos culpadas que a sociedade — que não dá as condições para que elas sejam, de fato, mães—, menos culpadas que os legisladores — que procuram servir não ao povo, mas usam do povo para introduzir uma cultura de morte. Então, o Papa coloca essas mulheres tendo essa devida posição em termos de culpa, mas lembrando que qualquer culpa não deve ser simplesmente sentida. Essa culpa deve ser perdoada, deve ser aliviada e, por isso, existe o projeto Raquel, esclareceu.( Arquidiocese do Rio de Janeiro )



Rádio Catedral


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