domingo, 9 de setembro de 2012


Vitória do movimento!

Estudantes pressionam e Câmara de Natal revoga aumento da passagem de ônibus

João Paulo da Silva, de Natal (RN)

Estudantes comemoram nas galerias da Câmara
Quinta-feira, 6 de setembro de 2012. Certamente, esse dia ficará marcado na história da cidade de Natal. Será lembrado pelas próximas gerações por representar a data em que estudantes e trabalhadores conseguiram algo inédito na capital potiguar. Às vésperas do feriado da Independência, centenas de pessoas lotaram as galerias da Câmara Municipal para pressionar os vereadores a revogarem o aumento na tarifa de ônibus, de R$ 2,20 para R$ 2,40, anunciado pela Prefeitura no dia 27 de agosto. Por unanimidade, num placar de 17 a 0, os vereadores presentes à sessão aprovaram o decreto legislativo nº 037/2012, que derrubou a portaria 47/2012, da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), e fez o valor da passagem retornar a R$ 2,20.

A cura do coração nos abre a Deus e aos outros, diz Papa


Rádio Vaticano


Reuters
Esta pequena palavra - effatà – abre-te -, resume em si toda a missão de Cristo, explicou Bento XVI no Angelus deste domingo
Um alegre grupo de fiéis e peregrinos acolheu o Papa Bento XVI, no Pátio interno da residência de Castel Gandolfo, para rezar com ele a oração mariana do Angelus deste domingo, 9.

Ao comentar o Evangelho de hoje (cf. Mc 7,31-37), o Papa explicou que há uma pequena palavra, muito importante, que no seu sentido profundo resume toda a mensagem e toda a obra de Cristo. O evangelista Marcos a cita na mesma língua em que Jesus a pronunciou, de modo que a sentimos ainda mais viva. Esta palavra é "effatà", que significa: “abre-te”.

Jesus estava atravessando a região dita "Decápoli", entre o litoral de Tiro e Sidônia e a Galileia. Levaram a ele um homem surdo-mudo, para que o curasse. Jesus o apartou, tocou suas orelhas e a língua e depois, olhando em direção ao céu, com um profundo suspiro, disse: "Effatà", que significa justamente: “Abre-te”. E imediatamente aquele homem começou a ouvir e a falar. Graças ao gesto de Jesus, aquele surdo-mudo “se abriu”; antes estava fechado, isolado; a cura foi para ele uma "abertura" aos outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos do ouvido e da palavra, envolvia toda a sua pessoa e a sua vida.

Bento XVI acrescentou que o fechamento do homem, o seu isolamento, não depende somente dos órgãos do sentido. Há um fechamento interior, que diz respeito ao núcleo profundo da pessoa, aquilo que a Bíblia chama de “coração”. É isso que Jesus abriu, libertou, para nos tornar capazes de viver plenamente a relação com Deus e com os outros.

"Eis porque dizia que esta pequena palavra, 'effatà – abre-te', resume em si toda a missão de Cristo. Ele se fez homem para que o homem, que se tornou interiormente surdo e mudo pelo pecado, se torne capaz de ouvir a voz de Deus, a voz do Amor que fala ao seu coração, e assim aprenda a falar, por sua vez, a linguagem do amor, a comunicar com Deus e com os outros", destacou.

Antes de rezar o Angelus, o Papa recordou que Maria, por sua especial relação com o Verbo Encarnado, é plenamente “aberta” ao amor do Senhor, o seu coração está constantemente à escuta da sua Palavra. “Que sua materna intercessão nos permita experimentar todos os dias, na fé, o milagre do effatà, para viver em comunhão com Deus e com os irmãos”, conclui o Santo Padre.



Jesus Histórico – Rosto Humano de Deus é tema de reflexão para missionários

07/09/2012 | Rosinha Martins
Religiosos e Religiosas de todas as regiões do Brasil se encontram reunidos desde a noite desta quinta, 06 para refletir e aprofundar sobre o seu fazer missionário. Discipulado Missionário, o Rosto humano de Deus são temas que os religiosos escolheram para iluminarem a sua ação.
A manhã desta sexta foi marcada por um momento de espiritualidade no qual os consagrados puderam trazer as diversas realidades nas quais atuam e se fortalecerem na Palavra de Deus, por meio do Evangelho de Lucas 4: O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me ungiu e me enviou...".
‘Jesus histórico - o Rosto humano de Deus', foi o tema aprofundado durante a manhã e contou com a assessoria da biblista e missionária de Jesus Crucificado, Irmã Mercedes Lopes. Irmã Mercedes disse que o objetivo de falar desse tema é mesmo para iluminar com a força inspiradora da Palavra, as missionárias e missionários que continuam a missão iniciada por Jesus de Nazaré, o Jesus Histórico. "O amor infinito e gratuito de Deus explodiu na criação do universo, se manifestou na Palavra e se tornou tocável, palpável, possível de ver, escutar na pessoa de Jesus de Nazaré, relatou".
Segundo Irmã Mercedes, Jesus de Nazaré com sua ternura e atenção, os seus toques, a sua acolhida incondicional, transformou as pessoas, reunindo uma comunidade, "amostra grátis do Reino de Deus", e convidou ao ser humano, ao longo da história, para fazer o mesmo, ser sinal da presença de um Deus que ama infinitamente.
"Para mim é importante conversar sobre o rosto humano de Jesus com os missionários e missionárias presentes, para fortalecê-los, para confirmá-los na sua entrega, pois assim como Jesus entregou-se totalmente para que as pessoas tivessem condições de uma vida mais digna, assim seus seguidores e seguidoras estão fazendo", concluiu.
O assessor da CNBB para a missão continental e missionário Scalabriniano, padre Sidney Marco Dornelas, disse que o tema Jesus Histórico- rosto humano de Deus foi uma confirmação das intuições que o missionário tem a partir da prática pastoral, do contato com o povo. "O contato de Jesus com o povo, ilumina o nosso próprio contato com os povos de hoje. Todas essas situações bíblicas que fazem referência ao como Jesus tratava a hemorroíssa, como Jesus tratava com o homem da mão seca, o modo como Ele lidava com o povo, ilumina o modo como lidamos com muitas situações. Como religiosos, gente que foi vocacionada para anunciar o Reino de Deus, precisamos nos perguntar sobre o como lidamos com as pessoas", falou.
Para padre Sidney, repetir os gestos de Jesus, hoje em dia, é muito mais complexo e desafiador. "Vivemos no meio de uma carga de ambiguidade muito maior que no tempo de Jesus. Na sua época as coisas eram muito mais claras. Hoje, principalmente no contexto urbano, no contexto de cidade, as pessoas vivem em situações muito diferentes, dispares entre si. Não se lida com a pessoa unitária, são várias faces da mesma pessoa. Nós mesmos lidamos com várias identidades na realidade do cotidiano. O desafio, hoje, é discernir o como devemos agir em cada momento que nos colocamos, pois as situações são muito variadas, os imprevistos são muito maiores e temos um grau de clareza muito menor que tinha Jesus. A atividade do discernimento precisa ser refeita a cada dia", afirmou.
A missionária da Congregação das Filhas de Jesus, Irmã Tomelina, do Piauì, relatou a importância de refletir sobre este tema no contexto das missões. "Jesus Histórico, o Jesus humano continua o mesmo, aquele que provoca a gente na vida, que deseja que a gente veja as maravilhas que ele faz mesmo na vida ameaçada, pois ela é um convite constante deste Jesus Humano para vermos que Ele confia em cada um de nós para fixarmos os olhos N'ele e fazer seu Reino acontecer na realidade onde estamos", ponderou.
Fonte: www.crbnacional.org.br
A VOZ DO PASTOR

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE


 
Confira o poema de Dagnon Odilon da Silva, agente da CPT em Barra do Garças (MT) e educador da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo.
Aquela pedra do menino
Mudo e calado
Aquele homem
Amarrado com arame farpado,
Imóvel como o coração do latifúndio,
Triste, como o coração dos marginalizados,
Fragilizado, como a minha fé.

O silêncio constante do vazio,
Esperando o grito: liberdade!

Aquela pedra do menino de arame farpado,
Marcado pela riqueza do rei do gado,
Rasgada como a mente dos produtores de soja,
Empobrecida no que realmente é viver.

Lutador, realmente, no quesito sobreviver.
A pedra do menino mudo e calado,
Chorando o sangue
Que jorra das plantações do trabalho escravo.

Não és de pedra, talvez de madeira, de carne.
De sangue estás manchado, calado, sofrendo,
Com as dores dos mártires do cerrado.