sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Formação política para o povo

Os mais pobres sempre foram ignorados na história, excluídos e descartáveis. Essa história só vai ser mudada quando os crucificados de hoje se tornarem sujeitos de sua própria história. É perda de tempo esperar que o bem venha dos opressores. Eles não conhecem a verdade que liberta o homem da opressão. Necessitamos construir uma nova civilização, a civilização do amor. Nela não haverá excluídos e excludentes.
A realidade é desafiadora. Nela somos agentes da transformação social. Só discurso não muda a vida. O que muda a vida é a luta organizada de todos que estão à margem da sociedade, esquecidos e muitas vezes manipulados pelas mentiras. Por isso nosso olhar deve ser um olhar politizado e comprometido com os mais pobres. O povo vem sendo enfraquecido historicamente por um poder que vem desde o período colonial.
É preciso olhar com mais ternura e compaixão para os mais pobres do mundo. Eles necessitam de apoio e de liderança independente. Que a nossa participação possa ser útil no processo de formação política do povo. (CARLOS) 
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domingo, 4 de agosto de 2013

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

  
Eis a loucura: acumular bens para si!
Eis a sabedoria: compartilhar o que tem!
Ø    Evangelho: Lc 12,13-21
               
                Jesus é tratado como se fosse um mediador. Certa vez, numa destas contendas familiares, Jesus fora escolhido para ser mediador entre dois irmãos que brigavam para salvaguardar seus bens. Ou seja, um parece que está sendo injusto, enquanto o outro está sendo vitimado.
                Nesse caso, como talvez noutros, acharam que o jovem Mestre poderia ajudar a contornar o conflito. Porém, tiveram que ouvir uma resposta surpreendente, decidida, forte, negativa aos interesses deles: “Quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?” (v. 14).
                De cara é possível que nos apareçam algumas dúvidas, quanto ao comportamento de Jesus. Talvez, quem sabe, será que, diante de tal reação alguém não se levante para discordar dele, julgando-o insensível diante do apelo tratado?
                Mas qual é mesmo a reação-orientação do querido Irmão, o Mestre Jesus? Ele lhes disse assim: “Atenção! Abstende-vos de qualquer cobiça, porque mais rico que alguém seja, a vida não depende dos bens” (v. 15). Causa de todos os males. Como é percebível, Jesus não se demora nem se basta na dimensão periférica dos problemas, mas vai às raízes dos mesmos. Ou seja, a sua preocupação chave é com a causa de todos os males: a ganância desenfreada pelos bens materiais, a fome insaciável de acumular sempre mais.
                O acúmulo é roubo, além de ser loucura. O senhor da parábola parece ser um louco, “pois sua riqueza fora construída sobre colunas falsas”, isto é, o que conseguiu foi à custa das práticas injustas, sacrificando, tomando e explorando os outros, deixando-os sem o sagrado direito (férias, 13º salário, seguro desemprego, jornada de trabalho, além de tantos outros...). Nesta mesma noite você vai ter que devolver a sua vida. E as coisas que você preparou, para quem vão ficar?” (v. 20).  O julgamento de Deus é severo: quem vive para a cumular bens materiais não passa de um ladrão; de um insensato!
                Dito isto, que juízo moral é possível ser feito a respeito da riqueza? Ela é boa ou má? Não nos parece que Jesus tenha amaldiçoada a riqueza. O que é condenável é a prática da concentração dessa riqueza em mãos de alguns, enquanto a grande maioria dos irmãos está com o pires na mão pedindo para sobrevir.
                “É preciso se ter cuidado com a idolatria da riqueza. Ela se institucionaliza em formas concretas de injustiça, dentro de inspirações ideológicas materialistas, marcadas pelo coletivismo ou pelo individualismo” (P., 495 e 496). “Os bens da terra foram criados por Deus para todos os homens. Todos e cada um dos homens têm um direito primário, fundamental, absolutamente inviolável, de usar solidariamente desses bens para se realizarem como pessoas” (P., 492).
                Conclusão: A parábola chega à sua conclusão, mostrando que o ideal do cristão não é uma vida miserável, inumana. O problema da censura frente ao rico agricultor, não é por causa de sua riqueza em si, “mas porque acumulou exclusivamente para si e não enriqueceu aos olhos de Deus”.
                Para refletir:
- Como reagimos na relação com os bens materiais? Eles servem para criar relações fraternais entre os irmãos, os mais carentes, ou nos levam ao acúmulo da riqueza, desviando-nos do caminho que conduz a Deus?

PARÓQUIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Nova Cruz – RN
Pe. Francisco de Assis Inácio
- Pároco -
Fonte: Pascom Nova Cruz

terça-feira, 30 de julho de 2013

Terça-feira de repouso para Francisco, depois da "semana inesquecível" no Rio



Cidade do Vaticano (RV) – De volta ao Vaticano, esta terça-feira para o Papa Francisco é de descanso. Depois da viagem de 12 horas e da visita à Basílica de Santa Maria Maior na segunda, não está prevista nenhuma audiência.

Aliás, para toda esta semana há uma única atividade prevista, para além do tradicional Angelus de domingo. Na quarta-feira pela manhã, por ocasião da festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, o Santo Padre celebrará a Santa Missa com os jesuítas na Igreja de Jesus, no centro histórico de Roma.

Tratar-se-á de uma Missa em forma privada, como as que são celebradas na capela da Casa Santa Marta, residência do Pontífice.

A Missa será concelebrada pelo Prepósito da Companhia, Pe. Adolfo Nicolás, que acaba de voltar do Brasil, onde por ocasião da Jornada Mundial da Juventude participou do encontro mundial do Magis, o movimento juvenil dos jesuítas.

Já no Vaticano, o Papa tuitou aos seus seguidores: "Semana inesquecível no Rio! Obrigado a todos! Rezem por mim. #Rio2013 #JMJ"
(BF)
Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 28 de julho de 2013


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Papa Francisco na Missa de conclusão da JMJ Rio 2013: "ide, sem medo, servir"



Rio de Janeiro (RV) – Mais de 3 milhões de pessoas, segundo estimativas, participaram da Missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 presidida pelo Papa Francisco na manhã deste domingo. Após o ‘maior flash mobe do mundo’, Francisco foi recebido no palco na Praia de Copacabana pouco depois das 10 horas, pelos Cardeais, Bispos e sacerdotes presentes.
Na celebração estavam presentes as Presidentes do Brasil e Argentina, Dilma Roussef e Cristina Kirchner, respectivamente, o Presidente da Bolívia, Evo Morales, o Presidente do Suriname e os Vice-presidentes do uruguai e do Panamá.
Os milhares de participantes da Vigília realizada na noite de sábado, viram-se obrigados a improvisar um local para recuperar as forças para o dia de hoje. Assim, as pequenas barracas, os sacos de dormir ou os pequenos cobertores nas areias de Copacabana e na Av. Atlântica, acabaram formando um grande mosaico de cores e formas.
O Papa chegou de helicóptero no Forte Copacabana, percorrendo a seguir a Av. Atlântica no papamóvel. Francisco subiu ao palco pouco depois das 10 horas para presidir a Missa que encerrou a JMJ. O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, antes de iniciar a celebração, falou da Jornada no Rio, agradecendo ao Papa Francisco e a todos os presentes.
Alternando entre o português e o espanhol, o Papa Francisco centrou sua homilia no ‘discípulo e na missão’, refletindo sobre três pontos: ‘Ide’, ‘sem medo’ e ‘para servir’.
Na sua reflexão sobre o primeiro ponto, ‘ide’, Francisco observou que “a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde”. “A fé - disse o Papa - é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história”.
O Papa ressaltou que “partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você”:
É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor”.
“O Evangelho é para todos, não apenas para alguns”, disse Francisco, pois seu anúncio não tem fronteiras nem limites. ”Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor”, exortou.
“De forma especial – salientou - queria que este mandato de Cristo –‘Ide’ - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo!”:
Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido”.
Ao falar do segundo ponto, ‘sem medo’, o Santo Padre explicou que “quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês”!
O Papa enfatizou que os missionários são enviados em grupo, e que os jovens devem sentir “a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos santos nesta missão”:
Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos”.
Neste ponto, Francisco agradeceu ‘de coração’, “às pastorais da juventude, aos movimentos e novas comunidades que acompanham os jovens. Tão criativos e audazes!”.

Referindo-se à leitura proclamada, o Papa explicou o último ponto de sua reflexão, ‘servir’. “Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos»”. “Evangelizar afirmou - significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus”.
Ao concluir, Francisco disse que seguindo as três palavras, ‘Ide’, ‘sem medo’, ‘para servir’, os jovens experimentarão “que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria”. E acrescentou, que ao retornarem às suas casas, não devem ter medo “de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho”:
Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»”.
No ofertório, foi apresentada uma criança com anencefalia (no colo do seu pai) como sinal de acolhida e oferta a Deus pela vida.
No sábado, de fato, após a saída da Catedral do Rio de Janeiro - onde celebrou com Bispos, sacerdotes, seminaristas e religiosos -, o Papa Francisco encontrou-se com um casal que lhe apresentou a sua pequena filha, nascida anencéfala. Eles não quiseram abortar, mesmo sendo permitido pela legislação.
Na oração dos fiéis, rezou-se pelas vítimas do acidente de trem ocorrido em Santiago de Compostela, na Espanha.
Após a comunhão, o Presidente do Pontifício Conselho dos leigos, Cardeal Stanislaw Rilko, fez seu pronunciamento. Após, cinco jovens representando os cinco continentes, receberam do Papa Francisco a cruz missionária..
(JE)
Fonte: Rádio Vaticano