domingo, 12 de maio de 2013

A verdadeira oração faz-nos sair de nós próprios... para as chagas de Jesus e dos irmãos: Papa Francisco na homilia da Missa



A verdadeira oração é a que nos faz sair de nós mesmos e nos abre ao Pai e aos irmãos mais necessitados: recordou o Papa Francisco neste sábado de manhã, na homilia da Missa celebrada na capela da Casa de Santa Marta, com a participação de alguns agentes da polícia do Vaticano e um grupo de jornalistas argentinos, com as respetivas famílias.
“Por vezes, aborrecemo-nos na oração” – considerou o Papa, observando que mais do que pedir isto ou aquilo, a oração é antes de mais, como lembrava o Evangelho de hoje, “a intercessão do próprio Jesus diante do Pai, fazendo-lhe ver as suas chagas”.

"Ele reza por nós diante do Pai…. Eu sempre gostei disto. Jesus, na sua ressurreição, teve um corpo bonito: as chagas da flagelação, dos espinhos, desapareceram, todas elas. Os hematomas dos golpes, desapareceram. Mas Ele quis ter sempre as chagas, e as chagas são precisamente a sua oração de intercessão ao Pai: "Mas ... olha ... este Te pede em meu nome, olha!". Esta é a novidade que Jesus nos diz. Diz-nos esta novidade: ter confiança na sua paixão, ter confiança na sua vitória sobre a morte, ter confiança nas suas chagas. Ele é o sacerdote, e este o sacrifício: as suas chagas. E isso nos dá confiança, hein?, nos dá a coragem para rezar".

"A oração ao Pai em nome de Jesus faz-nos sair de nós mesmos; a oração que nos aborrece está sempre dentro de nós mesmos, como um pensamento que vai e vem. Mas a verdadeira oração é sair de nós mesmos para o Pai em nome de Jesus, é um êxodo de nós mesmos".

"Se nós não conseguirmos sair de nós mesmos para o irmão necessitado, para o doente, o ignorante, o pobre, o explorado, se nós não conseguirmos fazer esta saída de nós mesmos para aquelas chagas, nunca aprenderemos a liberdade que nos leva à outra saída de nós mesmos, para as chagas de Jesus. Há duas saídas de nós mesmos: uma para as chagas de Jesus, a outra para as chagas dos nossos irmãos e irmãs. E este é o caminho que Jesus quer na nossa oração".
(Fonte: Rádio Vaticano)

Responsabilidade coletiva face ao futuro da espécie humana

10/05/2013
Numa votação unânime de 22 de abril de 2009 a ONU acolheu a idéia, durante muito tempo proposta pelas nações indígenas e sempre relegada,  de que a Terra é Mãe. Por isso a ela se deve o mesmo respeito, a  mesma veneração e o mesmo cuidado que devotamos às nossas mães. A partir de agora, todo dia 22 de abril não será apenas o dia da Terra mas o dia da Mãe Terra.
Esse reconhecimento comporta consequências importantes. A mais imediata delas é que a Terra viva é titular de direitos. Mas não só ela, mas também todos os seres orgânicos e inorgânicos que  a compõem; são, cada um a seu modo, também portadores de direitos. Vale dizer, cada ser possui valor intrínseco, como enfatiza a Carta da Terra, independentemente do uso ou não que fizermos dele. Ele tem direito de existir e de continuar a existir nesse planeta e de não ser maltratado nem eliminado.
Essa aceitação do conceito da Mãe Terra vem ao encontro daquilo que já nos anos 20 do século passado o geoquímico russo Wladimir Vernadsky (1983-1945), criador do conceito de biosfera (o nome foi cunhado do geólogo  austríaco  Eduard Suess (1831-1914) chamava de ecologia global no sentido de ecologia do globo terrestre como um todo. Conhecemos a ecologia ambiental, a politico-social e a mental.  Faltava uma ecologia global da Terra tomada como uma complexa unidade total. Na esteira do geoquímico russo, recentemente James Lovelock,  com dados empíricos novos, apresentou a hipótese Gaia, hoje já aceita como teoria científica: a Terra efetivamente comparece como um superorganismo  vivo que se autoregula, tese apoiada pela teoria dos sistemas, da cibernética e pelos biólogos chilenos Maturana e Varela e pelo físico quântico Fritjof Capra.
Vernadsky entendia a biosfera como aquela camada finíssima que cerca a Terra, uma espécie de sutil tecido indivisível que capta as irradiações do cosmos e da própria Terra e as transforma em energia terrestre altamente ativa. A vida se realiza aqui.
Nesse todo se encontra a multiplicidade dos seres em simbiose entre si, sempre interdependentes de forma que todos se autoajudam para existir, persistir e coevoluir. A espécie humana é parte deste todo terrestre, aquela porção da Terra que pensa, ama, intervem e constrói civilizações.
A espécie humana possui uma singularidade no conjunto dos seres: cabe-lhe a responsabilidade ética de cuidar, manter a condições que garantam a sustentabilidade do todo.
Como  descrevemos no artigo anterior vivemos gravíssimo risco de destruir a espécie humana e todo o projeto planetário. Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o antropoceno: uma nova era geológica com altissimo poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram  um transtorno perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes de forma globalizada e profunda?
Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da sustentabilidade e do cuidado como relação amigável e cooperativa para com a natureza. Queremos agora, brevemente, apresentar um complemento necessário: a ética da responsabilidade do filósofo alemão Hans Jonas (1903-1993) com o seu conhecido Princípio Responsabilidade, seguido pelo  Princípio Vida.
Jonas parte da triste verificação de que o projeto da tecno-ciência tornou a natureza extremamente vulnerável a ponto de não ser impossível o desaparecimento a espécie humana. Dai emerge a responsabilidade coletiva, formulada nesse imperativo: aja de tal  maneira que os efeitos  de tuas ações não destruam a possibilidade futura da vida.
Jonas trabalha ainda com outra categoria que deve ser bem entendida para não provocar uma paralização: o temor e o medo  (Furcht). O medo aqui possui um significado elementar, um medo que nos leva instintivamente  a preservar a vida e toda a espécie. Há efetivamente o temor de que se deslanche um processo irrefreável de destruição em massa, com os meios diante dos quais não tínhamos temor em construir e que agora, temos fundado temor de que nos podem realmente destruir a todos. Dai nasce a responsabilidade face às novas tecnociências como a biotecnologia e a nanotecnologia, cuja capacidade de destruição é inconcebível. Temos que realmente nos responsabilizar pelo futuro da espécie humana por temor e muito mais por amor à nossa propria vida. (Fonte: Leonardo Boff)
Leonardo Boff é autor Do Iceberg à Arca de Noé, Mar de Idéias 2012.

sábado, 11 de maio de 2013

Seminário nota 10!

Democratização do Estado Brasileiro é tema de Seminário
A Arquidiocese de Natal promoverá Seminário, dias 10 e 11 próximos, no auditório do SESC, da Cidade Alta, na capital potiguar. O evento faz parte da programação de preparação para a 5ª Semana Social Brasileira e debaterá o tema: “Participação no processo de democratização do Estado Brasileiro”.
O Seminário terá início, na próxima sexta-feira, 10, às 9h, com um momento de espiritualidade, conduzido pelo cantor e compositor  de músicas religiosas, Zé Vicente. Depois, haverá uma mesa redonda, com a participação do Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; do bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, e do administrador diocesano de Caicó, Padre Ivanoff Pereira. À tarde, serão realizadas mais duas mesas redondas, que terão como expositores professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal da Paraíba. A partir das 19 h, haverá palestra sobre “O papel civilizatório dos Movimentos Sociais e a luta pela democratização”, proferida pelo Frei Beto, frade dominicano, autor de mais de 50 livros, e que já recebeu vários prêmios pela atuação em prol dos direitos humanos.
No sábado, 11, das 8 às 12h, acontecerão oficinas temáticas, com vistas da construção de pistas propositivas sobre o tema: “O Estado que queremos”. (Fonte: Arquidiocese de Natal)

Pão e circo para o povo?

Seria uma boa notícia para todas as mães da cidade, principalmente aquelas que estão desempregadas, se recebessem como presente a notícia de emprego e renda para todas. Mas, o investimento na alienação continua, a volta do pão e circo é solução para governante que não se interessa pela liberdade do povo. Aliás, o governante autoritário vive eternamente preocupado porque um dia ele será derrotado. Ele sabe disso. "Pão e Circo" representa um ataque à dignidade do povo.

Mipibu e a questão da pobreza

A pobreza é um tema que não se discute porque mexe com o modelo de economia. Tem que discutir porque é o grande mal que preocupa milhares de pessoas. A pobreza real na cidade descobre a verdadeira face do pobre. Quando a face do pobre aparece, aparece também o dirigente opressor. Um não existe sem o outro. "A pobreza não é um problema de assistência, mas antes de justiça" (Comblin). Anunciar o Reino de Deus é buscar um mundo de justiça, amor e fraternidade. Nesse sentido, é necessário formação de novas lideranças porque o mundo de justiça que acontecerá um dia não será bondade dos "poderosos", mas resultado da organização dos empobrecidos, pelo sistema político e econômico. (Carlos: FÉ E LUZ)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sexta-feira cultural no Malvina Cosme

Hoje, trabalhamos o tema "Liberdade e Democracia" no Malvina Cosme. A turma do professor Carlos fez um retrospecto da luta de resistência dos africanos nos engenhos. As produções de textos foram apresentados pelos alunos, assim como dinâmicas envolvendo o tema, danças representando a resistência dos africanos através da capoeira. Os alunos estão de parabéns.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Aniversário do Padre Matias


Padre Matias homenageado pela presença dos Arcebispos Émeritos Dom Matias e Dom Heitor e Dom Jaime Arcebispo de nossa Arquidiocese. Uma Igreja forte se faz com homens de fé e apaixonados por Cristo. Parabéns, Padre Matias!
O Padre Matias sempre foi e será uma presença de fortalecimento da Igreja na Paróquia de Sant'Ana e São Joaquim. No seu aniversário, ao seu lado estavam Dom Matias, Dom Jaime e Dom Heitor. Foi um aniversário bem celebrado e com o reconhecimento do Povo de Deus que agradeceu a Deus pelo dom da vida. Estes são homens de fé que nos enriquecem de felicidade porque é garantia de comunhão na Igreja. Nosso agradecimento ao Padre Matias e ao mesmo tempo, desejamos que Deus lhe cubra de felicidades pelo seu aniversário. (Carlos)