domingo, 13 de janeiro de 2013

Excelente texto!

#Verdade


Hoje vivemos em uma época onde parece que a verdade foi esquecida, a palavra não tem mais valor, o que vale é o que está escrito e assinado e registrado em cartório.
Mas existe outro extremo onde a verdade é utilizada como arma, agindo  de forma destrutiva em vez de construir. A transmissão da verdade deve ocorrer sempre de forma prudente e ter o amor como principio.
O filosofo grego Sócrates nos ensina que quando vamos partilhar informações elas devem passar por “três crivos” “É verdadeira? É boa? É benéfica?”, somente  passando por esses três crivos podemos passar adiante a informação mesmo ela sendo verdadeira.
Transmitir dados confidenciais, fornecidos sob o selo do sigilo, bem como segredos profissionais é um erro exceto em casos especiais, rigorosamente justificados.
“Tudo o que se diz deve ser verdadeiro; mas nem tudo o que é verdadeiro deve ser dito.” [YouCat, 457]

SOLIDARIEDADE

A  notícia que mais chamou atenção na semana, foi a ameaça de morte referente a Dom Pedro Casaldáliga. É sinal que o profetismo está vivo no Brasil. A Igreja nunca esqueceu, em toda a sua história,  daqueles que são os mais pobres. Ela sempre foi fiel a Jesus Cristo na defesa dos oprimidos. Que Jesus Cristo possa suscitar mais vocações para a sua messe. E no mundo sejam sal da terra e luz do mundo.
Desde o descobrimento do Brasil, os índios vem perdendo espaço em seu território. É uma luta histórica que encontra pela frente a resistência dos índios que não perderam suas raízes. Nossa reza e solidariedade a Dom Pedro Casaldáliga. (CARLOS: Fé e Luz)

Reflexão: Bento XVI

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Que cada cristão redescubra, neste Ano da Fé, a beleza de ter renascido no amor de Deus e viver como seu verdadeiro filho! 
Que acontece no Baptismo? Renascemos para uma vida nova, ficando unidos a Jesus para sempre.

Reflexão com Padre Paulo

O primeiro que captamos do mistério de Deus não costuma ser a verdade, mas a beleza (Hans Urs von Balthasar).

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O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente
O amor só pode ser eterno à medida em que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só vai acontecer a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida.

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. Amar é começar a descobrir que, numa multidão, alguém não é multidão. O amor é essa capacidade de retirar alguém do lugar comum, para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.

Quando alguém se aproximou, foi porque você gerou um encanto. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz ele melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.

Namoro tem de começar assim: “Tira as sandálias dos pés, eu não sou um território qualquer”. O primeiro encanto tem de ser essa consciência de que se Deus lhe deu esta pessoa, Ele é dono antes de você.

O amor quando não é amor, vira competição, disputa; por isso ele é iniciado e mantido em Deus; será sempre um amor de promoção do outro.

O casamento é um encantamento pelo o outro, o qual vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. O amor para ser verdadeiro tem de passar pelas fases da descoberta. Você tem que saber quem é o outro.

A grande lição para quem se casa é esta: todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante dele.

Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto! Se vocês não se promovem mais, significa que estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade nele.

O sexo errado na vida de um casal é a porta por onde o diabo pode entrar para fazer do parceiro um objeto. Cuidado com o que vocês trazem para a vida sexual de vocês, para não fazer o outro se sentir um objeto, uma prostituta (o).

Não levem para vida sexual instrumentais diabólicos. Que coisa ridícula a mulher se vestir de 'coelhinha' ou o marido de 'batman' ou sei lá mais o quê. E ainda vem com a desculpa de dizer que isso é para 'incrementar' a relação. Se o amor que você tem por ela não for o melhor incremento, esqueça!

Sejam criativos sim, mas sem perder a dignidade. A maior criatividade da vida sexual e para que vocês se sintam amados é carinho, afeto, dedicação!

Cuidado! A roupa de coelhinha, professorinha etc., pode fazer seu marido esquecer que você é sagrada. Cuidado com essa mentalidade mundana que está transformando as mulheres e homens em objeto. O incremento da vida sexual é carinho, afeto, dedicação. Isso nos faz sentir amados! Se não tem amor, depois do prazer você joga o outro fora. O amor do outro tem que promover na sua dignidade.

O único objetivo que o diabo tem é apagar nossa dignidade. Se você faz parceria com ele, o seu casamento está em risco.

Este corpo que você está abraçando é território santo, é vida que precisa continuar iluminada e digna.

Foto Padre Fábio de Melo

Padre Fá¡bio de Melo, sacerdote da Diocese de Taubaté, mestre em teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção Espiritual" na TV Canção Nova.

Ameaças de morte

Ameaças de morte: após se esconder, bispo retorna a São Félix do Araguaia

Dom Pedro Casaldáliga, de 84 anos de idade, retornou ao Mato Grosso após passar três semanas num esconderijo devido a ameaças de morte por defender direito de posse dos índios sobre terra indígena.


O bispo emérito de São Félix do Araguaia, MT, dom Pedro Casaldáliga, 84, retornou a Mato Grosso após passar três semanas num esconderijo em Goiás devido a ameaças de morte.

O bispo defende o direito de posse dos índios xavantes sobre a terra indígena Marãiwatsédé, no nordeste do estado. Por isso, estava sendo ameaçado por posseiros. Em novembro, a justiça os obrigou a desocupar a área de 165 mil hectares em que viviam desde 1992.

O padre Paulo Santos, assistente do prelado que se refugiou com ele, disse ao jornal 'Folha de São Paulo' que ambos retornaram a São Félix no dia 29 de dezembro. Eles foram para Goiás em 7 de dezembro, após recomendação do governo federal. A volta de dom Casaldáliga foi discutida com representantes do governo. A decisão levou em conta o apaziguamento da situação.

Todavia, padre Santos disse que dom Casaldáliga recusou a oferta de segurança feita pela presidência da república enquanto ficou refugiado e também no trajeto de volta.

Dom Casaldáliga fundou a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), e ganhou destaque internacional por denunciar atos de madeireiros, policiais e grandes proprietários rurais durante o regime militar, época em que os índios xavantes foram expulsos de suas terras. 

Fonte: Rádio Vaticano

Solenidade do Batismo do Senhor - comentário litúrgico do pároco de Nova Cruz



Introdução
Estejamos atentos para o que significa o Batismo do Senhor. Lucas é claro ao relatar o trecho de hoje, mostrando quem é Jesus e o que ele fez; quem são os seus seguidores e o que devem realizar no coração do mundo.
Por conseguinte, não basta termos recebido o batismo. Aliás, Deus que me perdoe, mas quantos que foram batizados, sem que demonstrem compromisso com a fé e a vida, na relação com Deus, com a Igreja, com o próximo.
I Leitura (Is 42,1-4.6-7)
                Na segunda parte do Livro de Isaías, o próprio Deus faz uma apresentação do seu servo e sua missão. E sua missão é implantar o direito, segundo a vontade de Deus. Com um detalhe, a realização dessa missão, não ocorrerá com as armas e as forças próprias dos poderosos e malvados, mas com as condições da misericórdia, da mansidão e da justiça. Assim, sim, os fracos poderão contar com um Deus que é realmente parceiro. 
                E um detalhe: os primeiros cristãos logo reconheceram neste “Servo do Senhor” a pessoa de Jesus, o Filho de Deus.
E quando se dá essa identificação? Tudo se torna claro naquela tarde em que Jesus é condenado. A comunidade encontra no Livro do Profeta Isaías, a história deste “Servo” que, depois de um processo tirânico, é eliminado.
É bem verdade, que não se sabe, de forma concreta, a quem o profeta Isaías se refere quando trata sobre o “Servo do Senhor”, entretanto, é possível afirmar com segurança, que Jesus realizou tudo aquilo que está escrito no Livro de Isaías sobre esse “Servo” fiel a Deus.
Atenção: Temos aqui descrito a vocação, o dom do Espírito e a missão do “Servo do Senhor”. Que tal, após termos ouvido este relato, examinarmos melhor a nossa missão como filhos de Deus?
Ó Deus, sabemos que, quem procura viver verdadeiramente o Evangelho, corre o rico de dissabores, ajuda-nos, porém, a que nada nos tire do sério na hora de termos que viver a fé, a esperança e o amor do jeito que o teu Filho viveu.
Evangelho (Lc 3,15-16.21-22)
                O trecho do Evangelho de hoje está subdividido em duas seções:
A primeira seção (vv. 15-16). Aqui, de início, Lucas começa dizendo: “Visto que o povo estava na expectativa...”. É, portanto, uma constatação muito carregada de preocupações. Mas quais são essas preocupações?  As carências e suas consequências eram preocupantes. Por exemplo: O escravo esperava a sua liberdade; o pobre, condições de vida mais digna; o doente, a cura; a mulher violentada, a recuperação da sua dignidade, e tantas outras situações que poderiam ser descritas. Além do mais, o aspecto religioso não incutia alegria, mas sim perturbação, medo, angústia: alguma coisa deveria mudar! Eis aqui os motivos pelos quais, João Batista advertia às pessoas o processo da conversão.
Pois bem, naquele tempo a realidade era assim. Hoje, não é diferente, o povo “está na expectativa e se pergunta dentro de seu coração”: quando é que as coisas vão mudar? Temos razão quando falamos dos desvios morais e éticos relacionados aos políticos e outras lideranças, relacionados com a vida das pessoas, causando-lhes a violação de sua dignidade. É verdade! Porém, também é verdade, a nossa indiferença ética e moral diante dos apelos dos pobres, nossos irmãos, portanto, filhos do mesmo Deus, será revista pela justiça divina. “O verdadeiro cristianismo rejeita a ideia de que uns nascem pobres e outros na riqueza, e que os pobres devem retribuir a sua pobreza à vontade de Deus” (Dom Helder).
Pois bem, é preciso dizer aqui que, o povo também vive momentos de esperança. Espera, sonha e se pergunta: Não seria João Batista esse Messias?
João Batista vive as esperanças e as expectativas da comunidade. E, em vez de usurpar o lugar do Messias que está para chegar, ajuda a esse mesmo povo a não desanimar. O precursor reconhece seu papel e lugar: “Eu não sou digno de desamarrar-lhes as sandálias” (v. 16b). Parabéns, João, você entendeu bem que, sua missão é a de apresentar que Jesus é a realização das esperanças do povo, aquele que Deus ungiu como Messias, e não de se revestir de um messianismo alheio, ofuscando a missão do Filho de Deus, como tentam, equivocadamente, alguns e algumas.
Segunda seção (vv. 21-22).
Lucas apresenta Jesus sendo batizado junto com o povo. Esse é um detalhe que prova a atitude solidária da parte de Jesus em relação com a humanidade.
O Evangelho afirma que, enquanto Jesus rezava, o Espírito Santo desceu sobre Ele. Um detalhe: Com isso aprendemos que, para o evangelista Lucas, o dom do Espírito Santo é a resposta de Deus à oração da humanidade (cf. 11,13: “O Pai dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem” (cf. também At 1,12-15).
Lucas afirma que, enquanto Jesus rezava, o céu se abriu. Vemos, nesse sinal, a resposta de Deus à esperança do povo. Também em Isaías 63,19, o povo pede a Deus, assim: “Oxalá rasgasses o céu para descer! Diante de Ti as montanhas se derreteriam!”. Pois bem, com Jesus, a esperança orante do povo tem sua resposta definitiva.
E para concluir, é válido salientar que, o centro do Evangelho está no v. 22, ou seja, na descida do Espírito Santo sobre Jesus e na proclamação feita pelo Eterno Pai: “Tu és o meu Filho amado, em ti encontro a minha complacência” (v. 22b). Ele vai implantar o direito na terra (cf. Is. 42,1.4).
II Leitura (At 10,34-38)
                Como é conhecido por muitos, ambos os escritos (o Evangelho e os Atos dos Apóstolos), são de autoria de S. Lucas. No Evangelho, relatou o trajeto de Jesus; enquanto que nos Atos, apresenta o caminho das comunidades que buscavam atualizar as palavras e ações do Mestre em outros tempos e lugares.
                A leitura traz o discurso de Pedro na casa de Cornélio, em Cesaréia. Havia um problema na Igreja primitiva que dividia a comunidade: deveriam ou não os pagãos ser admitidos ao batismo?
                Pedro, no início era contrário; mas depois, porém, disponibilizado ao Espírito, mudou de opinião, entendendo que o Senhor não faz acepção de pessoas. Essa questão de homens puros e impuros, para ele não isso não existe. Todos aqueles que acreditam em Deus e praticam a caridade, pertençam eles a qualquer povo, são aceitos por ele (vv. 34-36).
                Sem pretender sair do rumo dado por Lucas, gostaria de abrir um parêntese, acenando para Pedro, por causa da sua mentalidade. Cristo, ao escolher Simão para ser pedra (a pedra sobre a qual erguia sua Igreja) sabia, de sobra, que o Apóstolo era precipitado e irrefletido. Sabia que esta fraqueza se manteria até a negação... E o escolheu. A meu ver, por dois motivos principais: irrefletido, impulsivo, arrebatado, mas nada morno, nada convencional, nada calculista e frio... Amava! E como!
Pe. Francisco de Assis Inácio
Pároco da Imaculada Conceição
NOVA CRUZ - RN
Fonte: Pascom Nova Cruz