sábado, 8 de dezembro de 2012



  






No Compasso do Brasil: os festivais



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Cidade do Vaticano (RV) – Em plena ditadura militar, os festivais eram uma válvula de escape: seja para os artistas, seja para o público que, na maior parte das vezes, podia acompanhar, cantar, dançar e estar perto dos novos ídolos sem temer o punho forte dos militares.

Os festivais da TV Record em São Paulo atraíam não só as melhores vozes e compositores do país, não só o público, mas também os censores. Como então, sob os ouvidos atentos daqueles que controlavam tudo, o Brasil viveu um dos maiores momentos de expressão cultural que o país vivera?

Neste programa vamos acompanhar Zé Galia que, com seus conhecimentos da música brasileira, conduz Rafael Belincanta e os ouvintes em mergulho rápido pelas águas turbulentas porém ritmadas dos festivais. No final, uma grande surpresa aos ouvintes: um trecho da gravação original de um dos vencedores dos festivais, hoje um dos grandes poetas vivos da nossa música. Não deixe de acompanhar!





Editorial: O livro do Papa sobre a Infãncia de Jesus



Cidade do Vaticano (RV) - Como bom pastor que é, Bento XVI aproveitou as férias do verão europeu deste ano para finalizar sua obra sobre a infância de Jesus. Assim, a comunidade dos cristãos pode receber, às vésperas das festas natalinas, um livro que irá ajudá-la bastante na preparação espiritual da celebração do nascimento de Jesus.

Após essa consideração da oportunidade da publicação do estudo do Santo Padre, vale uma referência sobre a qualidade de seu trabalho. Realmente, a obra faz jus a todos os elogios recebidos. Ela marca a história das publicações sobre “as vidas de Jesus”, sejam as de relatos piedosos, sejam as de apurada exegese e as de fidelidade aos manuscritos. Ratzinger, no prefácio de seu último livro, diz exatamente o que pretende com ele: “Ajudar muitas pessoas no seu caminho para e com Jesus”.

Sem pretender fazer recensão da obra – não é esse o objetivo deste editorial –, podemos afirmar que ela nos encanta pela beleza, harmonia, simplicidade e segurança que nos transmite. Sua leitura é agradabilíssima, não cansa. Se interrompemos sua leitura e fazemos uma longa pausa é para deixar o rico conteúdo penetrar de modo mais permanente em nossa mente e despertar nossa reflexão. Sim, esse é um livro que nos leva a pensar, a refletir, a usar os olhos, os ouvido e o olfato da imaginação. Ele ajuda a elaborar nossas experiências de vida espiritual, de meditação e de contemplação da vida do Senhor.

Realmente, quem ler “A infância de Jesus”, de autoria de Joseph Ratzinger, estará se preparando espiritualmente para a celebração do Natal. Somos muito gratos ao Santo Padre ter-nos presenteado com mais uma de suas reflexões. Mais ainda, agradecemos a Deus, fonte de todo dom e bem, por ter colocado à serviço da Igreja uma mente e um coração como o do Papa Bento XVI.
(CAS)


  



Reflexão para a Solenidade da Imaculada Conceição



Cidade do Vaticano (RV) - Deus fez o homem á sua imagem e semelhança e quis torná-lo seu interlocutor, apesar de não precisar dele. Contudo o homem, não se reconheceu criatura e se ensoberbou diante dele, querendo ser igual ao Criador. Isso desestabilizou o próprio homem trazendo-lhe profundas frustrações e tornando vazio o seu coração. Não aceitando ser criatura, rompeu, de sua parte, os laços afetivos para com o Pai e para com os demais, sejam seres humanos ou quaisquer outras criaturas.

Mas Deus, que é o Pai, nesse exato momento disse que as coisas não ficariam assim, que Ele iria refazer sua criação e com isso já temos no Gênesis 3, 15 a promessa do Messias, nascido de Mulher, no trecho chamado de Proto-evangelho, isto é, a primeira boa notícia.
Na segunda leitura, extraída da Carta aos Efésios, São Paulo dá um passo avante no que ouvimos durante a leitura do Gênesis. Deus nos dá, em Jesus Cristo, um “upgrade”, pois nele somos adotados como seus filhos. Deus não volta atrás. Ele nos criou para sermos seus filhos, para dialogarmos sempre com Ele. Mesmo com o pecado, Sua força é maior, seu projeto é para sempre, sua misericórdia é eterna!

No Evangelho, o Sim de Maria à proposta de Deus, dá à Humanidade a riqueza do amor de predileção. Esse amor se torna pleno. Maria é a nova criatura, aquela que não rivaliza com Deus, mas se coloca como a humilde serva, a colaboradora, a que se sentiu profundamente amada e por isso quer colaborar, não como retribuição, mas como gesto natural, conseqüência.
Imaculada Conceição, concebida livremente, sem a possibilidade de amarras, de limites, incondicionalmente.

Maria é a primícia da Igreja, o modelo do cristão, da Humanidade Redimida, concebida desde o início no coração de Deus, nascida de seu lado aberto na cruz, banhada em seu sangue.
Que nosso modo de ser transpareça nossa filiação divina, dentro da escola de Maria!
(CAS)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012