sábado, 24 de novembro de 2012

PENSAMENTO DA SEMANA
19 a 26/11
"O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros"
(Confúcio)

34º Domingo do Tempo Comum



34º Domingo (Cristo Rei)
Introdução
As leituras deste “domingo de Cristo Rei” chama atenção de cada um de nós e de toda a comunidade cristã, para que compreendamos a profunda natureza da realeza de Jesus Cristo, “a razão da nossa fé”. Ele é o Rei, mas o seu reinado tem uma outra razão de ser.
O Mestre não diz: “o meu Reino não é neste mundo”, mas sim: “o meu Reino não é deste mundo”. Não diz: “o meu reino não é aqui”, mas sim: “o meu reino não é daqui”. Com efeito, o seu Reino é aqui na Terra até o fim dos séculos... Contudo, não é daqui, porque é peregrino no mundo” (Santo Agostinho, Comentários ao Evangelho de São João).
“O Reino de Deus não pode associar-se com o Reino do pecado... Tenha Cristo em nós o seu trono” (Orígenes, padre da Igreja, ano 185).
1ª leitura (Dn 7,13-14)
                Para facilitar melhor a compreensão dos dois versículos desse trecho (7, 13-14), faz-se necessário uma consideração precisa a respeito de todo o capítulo.
                Daniel na sua narração, chama atenção para alguns pormenores:
Ele começa dizendo (7,2-8): “Tive uma visão noturma... quatro feras gigantescas saíam do mar. Trata-se de Leão, urso, leopardo com quatro asas, uma outra com dez chifres. Em meio à visão, Daniel diz que viu também um ancião sentado num trono. E por aí segue a narração.
O que significa a presença de desses animais no contexto da leitura? O próprio agente do texto indica a explicação: trata-se dos grandes reinos que se sucederam no mundo e que oprimiam os filhos de Deus.
O leão é (a Babilônia); o urso e o leopardo (os povos dominadores: A Média e a Pérsia); a quarta e a mais terrível, significa (o reino de Alexandre Magno e seus sucessores), ou seja, especialmente, Antíoco IV, o perseguidor dos israelitas. Esse último rei está no poder, exatamente no período em que profetiza Daniel.
O melhor está aqui: o vidente contempla outra cena importante: no céu são instalados alguns tronos e um ancião (que simboliza o próprio Deus) senta-se para o devido julgamento.
Há um “final feliz”: Entra em cena a sentença: os animais são privados de poder e a última é trucida, destruída e atirada na fornalha (Dn 7,912).
Pois em, é nesse alvo que se encontra o texto. Daniel procura mostrar “um ser semelhante ao filho do homem, vir sobre as nuvens do céu”. Logo é possível chegarmos a esse denominador: É Deus confiando o seu poder, a glória e o reino. E mais: As Ações justas e misericordiosas em prol da vida não vêm do mar, com os seus monstros, mas do céu, de Deus.
Clareando melhor o que acabo de dizer no parágrafo anterior, a profecia se realizou em toda a sua plenitude só com a vinda de Jesus. Porque é Ele, não tenhamos dúvida, aquele que dá início ao Reino dos Santos do Altíssimo (Mc 14,62).
Segunda leitura (Ap 1,5-8)
                É incontestável a informação de que um cristão chamado João, autor de um dos Evangelhos, das Cartas (Primeira, Segunda e Terceira) e do chamado Apocalipse de São João, tenha vivido confinado numa ilha por confessar Jesus Cristo. Ele próprio se autodenomina João (1,1.4.9;22,8).
                O objetivo do autor é proporcionar coragem para os que fazem a comunidade da Ásia Menor (é possível ser exatamente aquela à qual ele pertencia), que está condenada a enveredar pela dispersão por causa da terrível perseguição.
                Antes de qualquer outra preocupação, João lembra aos fiéis cristãos a condição fundamental da fé: “Cristo é o príncipe dos reis da terra” (v. 5). Eis a razão da esperança para todos aqueles que ainda hoje são vítimas de injustiças: Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida.
                Nele, cada cristão é sacerdote porque apresenta a Deus o único sacrifício que lhe agrada: a vida doada aos irmãos.
                A última parte da leitura (vv. 7-8) alude as palavras de Daniel: “Eis que Ele (Jesus) vem do meio das nuvens”, e todos poderão Vê-lo. É a concelebração da sua mais expressiva vitória.
                Atenção: Diante do sofrimento e injustiças da vida, jamais busquemos o revide diante dos nossos inimigos e também de Cristo. Não! Com Cristo, procuremos transformar os corações “deles”: reconhecerão os seus erros e se converterão ao Amor que, infelizmente, nem sempre é amado.
Evangelho (Jo. 18,33b-37)
               
Jesus Cristo, Rei do Universo. “Sou Rei! O meu Reino não é deste mundo”.
                A Festa de Cristo Rei encerra o Ano Litúrgico. Tem, por isso, uma dimensão escatológica e parusíaca: Ele há-de-vir de novo, no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos e entregar o mundo ao Pai, que será tudo em todos. Ele é o Princípio e o Fim, o Alfa e Ômega.
Quem instituiu esta festa foi o Papa Pio XI, no ano de 1925. Foi uma iniciativa que teve como objetivo, pelo menos naquele momento, de contrariar os comportamentos laicistas e ateístas que continuam a desenvolver-se na sociedade.
                Algumas considerações sobre esta realidade:
                De que Reino se trata?
                Falar de realeza em tempo de democracia pode soar a saudosismo palaciano ou o triunfalismo. Mas trata-se de uma realeza de outra esfera, de outra dimensão: o reinado de Cristo é servir! Ele mesmo disse que veio “não para ser servido, mas para servir e dar a vida”. O seu Reino não é deste mundo. Reina desde a Cruz. Os reis e “príncipes” deste mundo (reis, presidentes, primeiros-ministros, etc.) muitas vezes servem-se a si mesmos, são narcisistas, gostam de poder. Não é assim com Jesus que se sacrificou por nós e fez da Cruz o Seu trono. O cristão tem de tentar “reinar” ao jeito de Jesus: servindo, sacrificando-se pelos irmãos. “Não podemos servir a dois senhores” – a nós (ou ao mundo) e a Deus. Devemos aderir de alma e coração ao Reino de Deus que está em Jesus Cristo e na Sua Igreja e dentro de nós: “o Reino de Deus está dentro de vós!” “Eu sou Rei!” “O meu jugo é suave, e leve a minha carga. Venha a nós o vosso Reino!”.
                Durante toda a sua vida pública, Jesus teve extremo cuidado para que não se desse uma interpretação política à sua missão. De quanto em vez, queriam fazê-lo rei, mas ele sempre procura evitar tratar de tal proposta.
                Tratando-se das características do Reino de Cristo, o Prefácio da Missa de hoje aponta algumas delas: Reino de Verdade (num mundo de tanta mentira verbal e vital) e de Vida (num mundo cheio de morte: aborto, eutanásia, terrorismo, guerras, homicídios, suicídios, assaltos mão-armada, perseguição política, etc. ...); Reino de justiça (tanta injustiça feita aos pobres!), de Amor (tanto ódio, ressentimentos e egoísmo!) e de Paz (entre tantas guerras e guerrilhas que começam dentro de nós e nas famílias). Outras características podiam inspirar-se nas bem-aventuranças.
                “É preciso que Ele reine!”, exclama São Paulo:
                Um fiel soldado deve estar ao lado dos seus superiores e nunca lhes voltar às costas. É necessário combater com eles e por eles! Antigamente celebrava-se hoje (domingo) a festa da Ação Católica. É preciso agir na sociedade. Ser sal e luz, num mundo insosso e às escuras. Mas muitos cristãos estão a cadência do indiferentismo, estão dormindo. Urge despertar. Todos à obra no apostolado, na evangelização, na ação sócio-caritativa, no testemunho verbal e vital. É preciso que Ele reine! Só Ele deve reinar! Com os três poderes: legislativo (cuja Constituição é o Evangelho, e Ele o Mestre), executivo (é Pastor, Servo) e judicial (é Juiz e Advogado universal dos direitos humanos – já vai fazendo justiça e há-de fazer no fim dos tempos: “Vinde, benditos de meu Pai...”).
                Propósitos
1)      Reinar desde a Cruz: foi assim que fez Jesus;
2)      Estar mais disposto a servir do que a ser servido;
3)      Combater pela verdade, pela justiça, pelo amor, pela paz.
Pe. Francisco de Assis
(Pascom: Nova Cruz)
Os cristãos não temos medo da história, das dificuldades, das lutas. Hoje, fala-se mal da Igreja, acusam-na de reacionária, obscurantista, medieval, opressora... Seus inimigos querem arrancá-la do mundo porque ela é incômoda memória de Cristo. Não temamos! Não desanimemos! Não vacilemos! Nossa vida e a do mundo caminham para Cristo e é iluminada pela sua luz. Aquele que é o Alfa, o Princípio de tudo, é também o Ômega, o Fim, a Finalidade de todas as coisas! Por isso mesmo, celebrar o Cristo como Rei do Universo é um compromisso de estabelecer na terra os valores do Reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz.

Ele vem com as nuvens


Chegamos ao fim do ano litúrgico de 2012. O tempo voa, a vida passa! E no último domingo do ano da Igreja proclamamos o Senhor Jesus como Rei do Universo.
O Apocalipse afirma: “Jesus Cristo é a Testemunha Fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o Soberano dos reis da terra”. Aqui está tudo! A afirmação é forte, bela, confortadora!
Sendo a “testemunha fiel” Jesus é o “Sim” do Pai à humanidade, é o cumprimento de todas as suas promessas, de tudo quanto o Antigo Testamento anunciou e esperou. Ele é o cumprimento também de todas as nossas esperanças, de todos os sonhos do coração humano, de sua sede de paz, de harmonia, de vida. Ele é a Testemunha Fiel, Ele é o cumprimento, Ele é a realização, a Palavra definitiva do Pai para nós – e esta Palavra é de perdão, paz e salvação.
Ele é o “primeiro a ressuscitar dos mortos”, o início de uma nova humanidade, que vence a morte, que vence todo pecado, tudo aquilo que inferniza a vida humana e nos afasta de Deus. Afirmar que Jesus é o Primogênito dentre os mortos é professar que Ele é causa e modelo de nossa ressurreição: ressuscitaremos porque Ele ressuscitou, ressuscitaremos como Ele ressuscitou, ressuscitaremos para Ele, o Ressuscitado! Ele é cabeça, início e princípio de uma humanidade nova e libertado pecado.
Por isso ele “o Soberano dos reis da terra”: toda autoridade lhe foi concedida e todo poder somente tem sentido se está a serviço de sua autoridade, que é autoridade de vida, de paz, de graça, de justiça e de verdade!
Assim, celebrar Cristo como Rei do Universo no último domingo do ano litúrgico é proclamar que o mundo, que a história não caminham como uma nau sem rumo, não marcham para um destino cego nem rumam ao sabor de um acaso tirano e malvado. Não! Tudo está nas mãos Daquele que é o nosso Salvador. O Cristo que tudo dirige, que tudo guia, fá-lo para salvar!
Portanto, os cristãos não temos medo da história, das dificuldades, das lutas. Hoje, fala-se mal da Igreja, acusam-na de reacionária, obscurantista, medieval, opressora... Seus inimigos querem arrancá-la do mundo porque ela é incômoda memória de Cristo. Não temamos! Não desanimemos! Não vacilemos! Nossa vida e a do mundo caminham para Cristo e é iluminada pela sua luz. Aquele que é o Alfa, o Princípio de tudo, é também o Ômega, o Fim, a Finalidade de todas as coisas! Por isso mesmo, celebrar o Cristo como Rei do Universo é um compromisso de estabelecer na terra os valores do Reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz.
Que a celebração do Cristo Rei nos faça não somente contemplar Aquele que está nos céus, sentado à direita do Pai, mas, nos faça, iluminados por ele, discernir a situação de nossa sociedade, de nosso mundo, de nossa vida! Que por nossas atitudes e opções, por nosso modo de viver e agir, o seu Reino esteja presente entre nós! Em nome de Cristo, digamos sim à vida, sim à retidão, sim à piedade, sim ao Evangelho! Não ao aborto, não à imoralidade, não à impiedade, não à destruição sistemática da família, não à difamação orquestrada pelos meios de comunicação contra a Igreja, com o único fim de desmoralizar o Evangelho!
O texto do Apocalipse nos convida: “Olhai! Ele vem com as nuvens!” – isto é, Ele vem como Deus, Ele vem glorioso, Ele vem com o poder do Espírito. Ele vem para levar à plenitude nossa vida, nosso testemunho, nosso trabalho pelo Reino. É nessa certeza e nessa esperança que caminhamos! Por isso jamais teremos o direito de desanimar e descansar! Ele vem; e nos espera, como Rei, no futuro, que preparamos e plantamos no presente!
Ele vem... “o Alfa e o Ômega, Aquele que é, que era e que vem, o Todo-Poderoso!”

 


Escrito por Dom Henrique 

COMPARAÇÃO


"10 escolas públicas estão entre as 100 melhores do Enem 2011. As 10 melhores escolas são particulares. As 50 piores são públicos".  

Comentário:
Existem muitos fatores que contribuem para a desigualdade, se compararmos o público com o particular. Mas a escola pública está dando passos significativos, procurando alcançar as melhorias que merecem. Para quem convive somente no setor privado com suas contribuições e elogios dificilmente vai enxergar a nossa caminhada histórica e necessária por melhores dias no setor público. Na escola pública se encontram as crianças, jovens e adultos do meio popular e classe média desse país. Uma justa distribuição da riqueza começa na escola com conhecimento e as outras condições para o futuro ser melhor. Já foi pior, agora entramos nos números, subimos degraus, não somos invisíveis. (Carlos)

Melhores alunos da rede pública superam média da rede privada

23/11/2012
Os 37,5 mil alunos da rede pública de ensino com melhor média no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 superam a média dos alunos da rede privada de ensino, destacou nesta quinta-feira (22) o ministro Aloizio Mercadante (Educação).
A comparação é feita sempre entre os alunos concluintes do ensino médio das duas redes.
Esse recorte de 37,5 mil estudantes equivale, segundo estimativa da pasta, aos 12,5% das vagas nas 59 universidades federais que deverão ser reservadas para cotistas da rede pública no processo de seleção do vestibular de 2013 --o total de vagas estimado é de 300.000.
"O topo da rede pública é muito melhor do que a média do setor privado", disse Mercadante, em defesa da nova regra. Esses alunos da rede pública tiveram média de 630,4 pontos --considerando apenas as quatro provas objetivas do Enem 2011. Entre esses alunos da rede pública estão aqueles matriculados em colégios militares e de aplicação-- muitos desses fazem seleção para ingresso no colégio.
Ao mesmo tempo, a média dos alunos da rede privada foi de 569,2 pontos. A média geral dos alunos da rede pública, entretanto, é abaixo disso: 474,2. "A média da rede pública é inferior à rede privada, [mas] é um volume muito maior de estudantes", disse o ministro.
Fonte: Folha Online

A paz é fundamentada no respeito à vida e na partilha do bocado necessário para viver com dignidade e esperança. Justiça e Paz.