sexta-feira, 30 de agosto de 2013

"Os povos indígenas somam 370 milhões de pessoas que ocupam 20% da superfície terrestre e representam cerca de 5 mil culturas diferentes. Por esse motivo, representam a maior parte da diversidade cultural do planeta, ainda que sejam uma minoria numérica. Uma diversidade ameaçada de desaparecer, porque suas culturas foram consideradas inferiores, primitivas, insignificantes, algo que deve ser erradicado ou transformado".

(Fonte: Agenda latino-americana 2012)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

FÉ E LUZ SE ENCONTRA FORTALECIDO COM AS PRESENÇAS DE DOM SÉRGIO E FREI RAIMUNDO

Fé e Luz muito mais feliz e fortalecido com a presença de Dom Sérgio, bispo de Araçatuba - São Paulo. As comunidades do RN agradecem por esse empenho dos nossos amigos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mística Presbiteral



Mística Presbiteral
O tema da “crise” entrou no vocabulário das ciências humanas e teve seu eco na teologia. Isto porque, mesmo como ciência ou discurso sobre Deus e a sua Revelação, esta última não dispensa os outros paradigmas para poder atualizar a sua reflexão às circunstâncias nas quais os fiéis estão inseridos. Quando fazemos um breve percurso na história desta augusta ciência, vemos que este intento sempre fez parte da sua trajetória epistemológica.
A vida e o ministério dos presbíteros não podem ser interpretados, só e somente só, com categorias das ciências sociais. Trairíamos o objetivo e o objeto da ciência teológica se assim o fizéssemos. O grande erro de outros estudiosos em querer anular esta reflexão, e até negá-la, está neste ponto. Temos que pensar o seu tecido tendo como pressuposto o dado da fé. Para nós, cristãos, esta referência deve ser clarividente. O Papa emérito, Bento XVI, ao promulgar o Ano da Fé, chamou-nos a atenção acerca deste dilema do homem contemporâneo. Este passa por uma profunda crise de fé (Porta Fidei, n. 2). O pontífice não diz que quem está fora da Igreja é que passa por esta crise ; mas fala a todos e especialmente a quem está dentro da Igreja.
Autores duma linhagem teológica mais voltada para a historicidade da fé e sua relação com o circunstancial, como Clodovis Boff e J. Batista Metz, estão escrevendo sobre a necessidade duma mística cristã que corresponda aos anseios do homem de hoje. Sabemos que estas proposições não carregam em si nenhuma novidade para a antropologia cristã; contudo, o que podemos tirar como conclusão é que até mesmo quem condiciona o evento cristológico às categorias da filosofia moderna de perspectivas mais históricas, que não quer dizer historicistas, já está sentindo que os elementos da subjetividade contemporânea não podem dispensar os dados e possibilidades da teologia, mas, outrossim, estes não podem exorcizar os elementos que direcionam a condição humana na Posmodernidade. A afirmação do Papa teólogo é uma assertiva de alguém que faz a hermenêutica da realidade a partir de Deus, ou seja, com um olhar teológico da Igreja e do Mundo. O presbítero de hoje passa pelos mesmos dilemas que afligem os seres humanos na Modernidade. Dentre estes a falta de fé pode ser constatada. O evangelista afirma que conhecemos a árvore pelos seus frutos (Lc 6,43-44). A condição existencial do presbítero não pode ser ingenuamente ou sorrateiramente deixada em segundo plano. Até mesmo na teologia escolástica era reconhecido que do ser é que temos o existir. Na teologia patrística o aforismo de que a graça pressupõe a natureza também era enfatizado. A falta de motivação na vida de muitos presbíteros tem que ser analisada, antes de tudo, numa dimensão teológica. Ousariamos dizer que há a necessidade de recuperar “a mística da vida presbiteral”. O Concílio Vaticano II na Presbiterorum Ordinis já nos deu pistas de ação e de conteúdo para fazermos alguns questionamentos e buscarmos algumas soluções. Porém, podemos e devemos ir além. Os problemas que violentam a humanidade dos presbíteros de hoje são ferozes e a pedagogia da Igreja com a sua disciplina nem sempre são observadas na escolha e na formação dos futuros presbíteros. Porque passamos por alguns contratempos, devemos ter presente que só a própria Igreja seria capaz de responder a muitos questionamentos; tendo em vista o que ela foi, é e sempre será para a História da Civilização. Conferências e simpósios são realizados para discutir sobre a “identidade presbiteral”; contudo, já está na hora de tratarmos da “existência presbiteral”. Só quando cumprirmos esta tarefa poderemos dar uma resposta mais realista e honesta sobre a vida e o ministério dos presbíteros para o mundo de hoje. Esta mística presbiteral pode ser ressignificada se a própria vida cristã for fortalecida por uma fé que converte e que testemunha o que professa.
Por fim, os próprios presbíteros são os principais protagonistas desta empreitada. Comecemos por renovar, a cada dia, o nosso amor e a nossa fidelidade ao ministério para o qual o Senhor nos chamou e a Igreja nos confirmou. Assim o seja!
Pe. Matias Soares
Vigário Episcopal Sul da Arquidiocese de Natal.
Pároco de São José de Mipibu-RN.           

domingo, 25 de agosto de 2013

COMUNIDADES DO FÉ E LUZ

Província Renascer
Comunidades do Rio Grande do Norte

Programação do encontro e visita dos Membros de Fé e Luz
·         Chegada: 26/08 às 10h e 40mins; 17h e30mins
·         27/08: Encontro com as comunidades da Redinha e Vilagem das Dunas a partir das 9h da manhã e às 16h e 30mins momento com o bispo da arquidiocese de Natal Dom Jaime e representantes de Fé e Luz.
·         28/08: Encontro com as comunidades de Macau
·         29/08: visita a paróquia de Santa Cruz (estatua de Santa Rita), fica a critério da comitiva do Fé e Luz livremente
·         30/08: momento livre
·         31/08: Encontro com a comunidade de São José de Mipibú
·         01/09: Peregrinação ao Santuário dos Mártires de Cunhaú
·         02/08: Retorno para suas cidades

Programação das visitas
Ø  Acolhida: palavra dos padres das paróquias
Ø  Apresentação das comunidades
Ø  Canto de aclamação
Ø  Leitura do Evangelho: critério dos padres da comitiva
Ø  Reflexão do Evangelho: Frei Raimundo
Ø  Palavra do bispo: Dom Sérgio
Ø  Canto ao Espírito Santo
Ø  Momento de conversa com a comunidade (eleição): Tereza Leandro
Ø  Oração de Fé e Luz
Ø  Benção final: Padres
Ø  Almoço


2013/RN

sábado, 24 de agosto de 2013

Sair de si mesmo

Francisco: sair de nós mesmos para manifestar o amor de Deus



Cidade do Vaticano (RV) - Nesta sexta-feira o Papa eleva, num tuíte, a seguinte oração: "Senhor, ensinai-nos a sair de nós mesmos. Ensinai-nos a sair pelas estradas para manifestar o vosso amor". O sair de nós mesmos é um tema muito querido pelo Santo Padre. "Entrar sempre mais na lógica de Deus" significa sair de si mesmos: foi o que disse Francisco desde a sua primeira audiência geral. É a lógica do Evangelho, a lógica do amor.

"Sair de si mesmos, de um modo de viver a fé cansado e habitual, da tentação de fechar-se nos próprios esquemas que acabam por fechar o horizonte da ação criativa de Deus. Deus saiu de si mesmo para vir ao nosso meio, montou a sua tenda entre nós para trazer-nos a sua misericórdia que salva e dá esperança. Também nós, se quisermos segui-lo e permanecer com Ele, não devemos contentar-nos em permanecer no recinto das noventa e nove ovelhas, devemos 'sair', buscar com Ele a ovelha perdida, aquela mais distante. Recordem-se bem: sair de nós, como Jesus, como Deus saiu de si mesmo em Jesus e Jesus saiu de si mesmo para todos." (Audiência Geral, 27 de março de 2013)

O Papa fala de um dúplice êxodo: amar Deus, mediante as chagas de Jesus; e amar o próximo, mediante as chagas dos mais sofredores:

"Se não conseguirmos sair de nós mesmos ao encontro do irmão necessitado, do doente, do ignorante, do pobre, do explorado, se não conseguirmos fazer essa saída de nós mesmos em direção a essas chagas, jamais aprenderemos a liberdade que nos leva à outra saída de nós mesmos, rumo às chagas de Jesus. Há duas saídas de nós mesmos: uma rumo a Jesus, a outra rumo às chagas dos nossos irmãos e irmãs." (Homilia na Casa Santa Marta, no Vaticano, 11 de maio de 2013)

É necessário abrir as portas das nossas Igrejas – explica o Santo Padre – e "sair ao encontro dos outros, fazer-nos próximos para levar a luz e a alegria da nossa fé". E fazer isso "com amor e com a ternura de Deus, no respeito e na paciência, sabendo que nós colocamos as nossas mãos, os nossos pés, o nosso coração, mas que é Deus que os guia e os torna fecundos em cada estação". E foi justamente a vocação a "sair de si mesmo" que impeliu o jovem Bergoglio a tornar-se Jesuíta, como confessou ele mesmo aos estudantes das Escolas da Companhia de Jesus:

"O que me deu tanta força para tornar-me Jesuíta foi a missionariedade: ir para fora, sair para as missões e anunciar Jesus Cristo. Creio que isso é próprio da nossa espiritualidade: ir para fora, sair, sair sempre para anunciar Jesus Cristo, e não ficar de certo modo fechados em nossas estruturas, muitas vezes estruturas caducas. Foi isso que me impeliu." (Discurso às Escolas dos Jesuítas, 7 de junho de 2013) (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

FÉ E LUZ E A OPÇÃO PELOS POBRES

O Frei Raimundo é um testemunho de amor à Igreja na opção pelos mais necessitados. Dedica sua vida ao Movimento Fé e Luz. Sua presença no meio dos mais pobres não diminui sua grandeza de sacerdote fiel a Cristo. Um grande amigo do Fé e Luz. Estamos aguardando sua chegada em nossas terras para um encontro das comunidades Fé e Luz. Que Deus abençoe este homem de Deus que nos fortalece na fé. Na foto, em 2003, na ocasião recebi junto com Benedita o mandato e envio como coordenador do Movimento Fé e Luz. Na atualidade está coordenadora a nossa amiga Cristina.

Fé e Luz:o sepulcro vazio é sinal de vitória

O sepulcro vazio não é sinal de tristeza. Ao contrário, algo bom vai acontecer, é tempo de renovação e inclusão nos serviços pastorais. Para aqueles que vivem tão somente de aparências não se conformam com o sepulcro vazio. Foi necessário o esvaziar do sepulcro para que o coração humano se preenchesse de esperança e amor. O sepulcro vazio é o momento de parar e renovar forças para prosseguir na caminhada. Não é um momento fácil porque na reflexão encontramos novas pistas de ação. Desse modo pensamos, como recomeçar? A resposta não é nossa mas Deus que nos fala ao coração. A palavra de Deus continua atualizada revolucionando o coração humano. Portanto, o sepulcro vazio não é sinal de derrota mas de vitória, compromisso com a verdade e a justiça.
Aos amigos do Movimento Fé e Luz, é tempo de renovarmos nossa esperança, é tempo de prioridade. A prioridade é o Movimento Fé e Luz que faz a experiência do sepulcro vazio. Que aos olhos do mundo é sinal de fraqueza e derrota. Mas, aos olhos da fé, o sepulcro vazio é sinal de fortalecimento, esperança e vigor. Muita paz para todos! (Carlos)