Os políticos da classe dominante não fortaleceram a democracia. Na história do Brasil foram uma decepção no campo político e econômico. O povo ressurge numa posição de esperança de um Brasil melhor sem corrupção. Uma coisa nunca vista na história do Brasil, os estudantes, Eles mesmos são os protagonistas nessa história.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
MIPIBU E A JUVENTUDE CATÓLICA
A Paróquia de Santana e São Joaquim vem se fortalecendo em todos os setores. Temos assistência por todos os lados. De um lado a comunidade acolhendo a proposta de evangelização com total confiança na Palavra de Deus. Quero aqui ressaltar a dedicação total dos Padres em nossa paróquia. A Paróquia não é mais a mesma. Temos 11 setores missionários em funcionamento. O Padre Matias Soares tem conduzido o Povo de Deus como o Bom Pastor conduz suas ovelhas. As ovelhas conhecem a voz do seu pastor. Em breve anuncio os temas que serão trabalhados na festa dos nossos padroeiros. Estamos caminhando para a formação de uma juventude integrada e fortalecida. Parabéns, Padre Matias! (Carlos, Setor I)
terça-feira, 18 de junho de 2013
Para reflexão
"Que princípios éticos nos poderão orientar para convivermos com um mínimo de paz e de cooperação entre todos os povos"?
(Leonardo Boff)
domingo, 16 de junho de 2013
Reflexão dominical
16 de junho: 11º domingo do tempo comum
AMOR QUE VEM DO PERDÃO
O Evangelho de Lucas é o evangelho da
misericórdia de Deus. Servindo-se das diferenças entre a mulher pecadora
e o fariseu Simão, o evangelista apresenta Jesus como o Deus que perdoa
e ama sem condições.
A mulher, conhecida na cidade como
pecadora, aproxima-se de Jesus. Em silêncio, sem nada exigir,
demonstra-lhe todo o seu amor. As suas lágrimas são um misto de dor e
alegria, pois carregam o sofrimento de quem é vítima da hipocrisia e do
preconceito, mas também a felicidade de sentir-se amada e, por isso,
perdoada pelo Mestre. Reconhecendo-se pecadora, a mulher reconhece o
amor de Jesus, aproxima-se dele e com perfume demonstra-lhe seu amor. Um
verdadeiro caminho de fé e libertação, modelo para todos nós,
seguidores de Jesus.
Já o fariseu, em vez de se considerar
devedor a Deus, necessitado do seu perdão, faz julgamentos sobre Jesus.
Toma distância da pecadora e espera que o Mestre siga sua lógica, que
divide as pessoas em boas e ruins, em pecadoras e santas, em merecedoras
da bênção ou do castigo de Deus. Mas, com a história dos dois devedores
perdoados, Jesus faz o fariseu tomar consciência do rigorismo com que
vivia as relações, bem diferente do amor da mulher que sente necessidade
de agradecer, com gestos concretos, a quem lhe havia perdoado.
A atitude do fariseu mostra que o amor
de gente que se diz religiosa pode por vezes se confundir com uma
relação superficial e legalista para com Deus. O Mestre ensina a acolher
quem está afastado, quem é vítima da hipocrisia e do preconceito, quem
está necessitado de amor. Nossa atitude é a de seguidores de Jesus à
medida que nos sentimos necessitados do perdão de Deus e à medida que
nos sentimos perdoados por um Deus que vai além de toda mesquinhez
desumana.
O amor de nosso Deus é sempre maior, é
infinito. Dele só pode vir o perdão, que gera amor e alegria. Mas o que
carregam hoje nossas lágrimas, e como estamos demonstrando ao Mestre
nosso agradecimento?
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Reunião do Centro Operário
CENTRO
ARTÍSTICO OPERÁRIO
DE
SÃO
JOSÉ DE MIPIBU
Hoje, dia 16 de junho de
2013, realizamos a reunião mensal do Centro Artístico Operário. Compareceram
dez sócios para a discussão da pauta. Na reunião lembramos dos serviços
prestados à sociedade mipibuense por esta entidade. Ainda fazem parte do Centro
Artístico Operário uma ex-professora, Maria dos Prazeres da Silva e Dona Vilma,
ex-aluna. É uma alegria imensa rever o memorial, as lembranças do Centro
Operário que sobrevive com a interação e solidariedade dos sócios.(Carlos)
O ser humano como nó de relações totais

Leonardo Boff
O ser humano como nó de relações totais
16/06/2013
Em 1845 Karl Marx escreveu suas famosas 11 teses sobre
Feurbach, publicadas somente em 1888 por Engels. Na sexta tese Marx
afirma algo verdadeiro mas reducionista:”A essência humana é o conjunto
das relações sociais”. Efetivamente não se pode pensar a essência
humana fora das relações sociais. Mas ela é muito mais que isso pois
resulta do conjunto de suas relações totais.
Descritivamente, sem querer definer a essência humana, ela emerge como um nó de relações voltadas para todas as direções: para baixo, para cima, para dentro e para fora. É como um rizoma, aquele bulbo com raízes em todas as direções. O ser humano se constrói na medida em que ativa este complexo de relações, não somente as sociais.
Em outros termos, o ser humano se caracteriza por surgir como uma abertura ilimitada: para si mesmo, para o mundo, para o outro e para a totalidade. Sente em si uma pulsão infinita, embora encontre somente objetos finitos. Daí a sua permanente implenitude e insatisfação. Não se trata de um problema psicológico que um psicanalista ou um psiquiatra possa curar. É sua marca distintiva, ontologógica, e não um defeito.
Mas aceitando a indicação de Marx, boa parte da construção do humano se realiza, efetivamente, na sociedade. Daí a importância de considerarmos qual seja a formação social que melhor cria as condições para ele poder desabrochar mais plenamente nas mais variadas relações.
Sem oferecer as devidas mediações, diria que a melhor formação social é a democracia: comunitária, social, representativa, participativa, debaixo para cima e que inclua a todos sem exceção. Na formulação de Boaventura de Souza Santos, a democracia deve ser ser sem fim. Temos a ver com um projeto aberto, sempre em construção que começa nas relações dentro da família, da escola, da comunidade, das associações, dos movimentos, das igrejas e culmina na organização do estado.
Como numa mesa, vejo quatro pernas que sustentam uma democracia mínima e verdadeira, como tanto acentuava em sua vida Herbert de Souza (o Betinho) e que juntos em conferências e debates, procurávamos difundir entre prefeitos e lideranças populares.
A primeiro perna reside na participação: o ser humano, inteligente e livre, não quer ser apenas beneficiário de um processo mas ator e participante. Só assim se faz sujeito e cidadão. Esta participação deve vir de baixo para não excluir ninguém.
A segunda perna consiste na igualdade. Vivemos num mundo de desigualdades de toda ordem. Cada um é singular e diferente. Mas a participação crescente em tudo impede que a diferença se transforme em desigualdade e permite a igualdade crescer. É a igualdade no reconhecimento da dignidade de cada pessoa e no respeito a seus direitos que sustenta a justiça social. Junto com a igualdade vem a equidade: a proporção adequada que cada um recebe por sua colaboração na construção do todo social.
A terceira perna é a diferença. Ela é dada pela natureza. Cada ser, especialmente, o ser humano, homem e mulher, é diferente. Esta deve ser acolhida e respeitada como manifestação das potencialidades próprias das pessoas, dos grupos e das culturas. São as diferenças que nos revelam que podemos ser humanos de muitas formas, todas elas humanas e por isso merecedoras de respeito e de acolhida.
A quarta perna se dá na comunhão: o ser humano possui subjetividade, capacidade de comunicação com sua interioridade e com a subjetividade dos outros; é um portador de valores como solidariedade, compaixão, defesa dos mais vulneráveis e de diálogo com a natureza e com a divindade. Aqui aparece a espiritualidade como aquela dimensão da consciência que nos faz sentir parte de um Todo e como aquele conjunto de valores intangíveis que dão sentido à nossa vida pessoal e social e também a todo o universo.
Estas quatro pernas vem sempre juntas e equilibram a mesa, vale dizer, sustentam uma democracia real. Ela nos educa a sermos co-autores da construção do bem comum; em nome dele aprendemos a limitar nossos desejos por amor à satisfação dos desejos coletivos.
Esta mesa de quatro pernas não existiria se não estivesse apoiada no chão e na terra. Assim a democracia não seria completa se não incluisse a natureza que tudo possibilita. Ela fornece a base físico-química-ecológica que sustenta a vida e a cada um de nós. Pelo fato de terem valor em si mesmos, independente do uso que fizermos deles, todos os seres são portadores de direitos. Merecem continuar a existir e a nós cabe respeitá-los eentendê-los como concidadãos. Serão incluidos numa democracia sem fim sócio-cósmica. Esparramdo em todas estas dimensões realiza-se o ser humano na história, num processo ilimitado e sem fim. (Fonte: L.Boff)
Descritivamente, sem querer definer a essência humana, ela emerge como um nó de relações voltadas para todas as direções: para baixo, para cima, para dentro e para fora. É como um rizoma, aquele bulbo com raízes em todas as direções. O ser humano se constrói na medida em que ativa este complexo de relações, não somente as sociais.
Em outros termos, o ser humano se caracteriza por surgir como uma abertura ilimitada: para si mesmo, para o mundo, para o outro e para a totalidade. Sente em si uma pulsão infinita, embora encontre somente objetos finitos. Daí a sua permanente implenitude e insatisfação. Não se trata de um problema psicológico que um psicanalista ou um psiquiatra possa curar. É sua marca distintiva, ontologógica, e não um defeito.
Mas aceitando a indicação de Marx, boa parte da construção do humano se realiza, efetivamente, na sociedade. Daí a importância de considerarmos qual seja a formação social que melhor cria as condições para ele poder desabrochar mais plenamente nas mais variadas relações.
Sem oferecer as devidas mediações, diria que a melhor formação social é a democracia: comunitária, social, representativa, participativa, debaixo para cima e que inclua a todos sem exceção. Na formulação de Boaventura de Souza Santos, a democracia deve ser ser sem fim. Temos a ver com um projeto aberto, sempre em construção que começa nas relações dentro da família, da escola, da comunidade, das associações, dos movimentos, das igrejas e culmina na organização do estado.
Como numa mesa, vejo quatro pernas que sustentam uma democracia mínima e verdadeira, como tanto acentuava em sua vida Herbert de Souza (o Betinho) e que juntos em conferências e debates, procurávamos difundir entre prefeitos e lideranças populares.
A primeiro perna reside na participação: o ser humano, inteligente e livre, não quer ser apenas beneficiário de um processo mas ator e participante. Só assim se faz sujeito e cidadão. Esta participação deve vir de baixo para não excluir ninguém.
A segunda perna consiste na igualdade. Vivemos num mundo de desigualdades de toda ordem. Cada um é singular e diferente. Mas a participação crescente em tudo impede que a diferença se transforme em desigualdade e permite a igualdade crescer. É a igualdade no reconhecimento da dignidade de cada pessoa e no respeito a seus direitos que sustenta a justiça social. Junto com a igualdade vem a equidade: a proporção adequada que cada um recebe por sua colaboração na construção do todo social.
A terceira perna é a diferença. Ela é dada pela natureza. Cada ser, especialmente, o ser humano, homem e mulher, é diferente. Esta deve ser acolhida e respeitada como manifestação das potencialidades próprias das pessoas, dos grupos e das culturas. São as diferenças que nos revelam que podemos ser humanos de muitas formas, todas elas humanas e por isso merecedoras de respeito e de acolhida.
A quarta perna se dá na comunhão: o ser humano possui subjetividade, capacidade de comunicação com sua interioridade e com a subjetividade dos outros; é um portador de valores como solidariedade, compaixão, defesa dos mais vulneráveis e de diálogo com a natureza e com a divindade. Aqui aparece a espiritualidade como aquela dimensão da consciência que nos faz sentir parte de um Todo e como aquele conjunto de valores intangíveis que dão sentido à nossa vida pessoal e social e também a todo o universo.
Estas quatro pernas vem sempre juntas e equilibram a mesa, vale dizer, sustentam uma democracia real. Ela nos educa a sermos co-autores da construção do bem comum; em nome dele aprendemos a limitar nossos desejos por amor à satisfação dos desejos coletivos.
Esta mesa de quatro pernas não existiria se não estivesse apoiada no chão e na terra. Assim a democracia não seria completa se não incluisse a natureza que tudo possibilita. Ela fornece a base físico-química-ecológica que sustenta a vida e a cada um de nós. Pelo fato de terem valor em si mesmos, independente do uso que fizermos deles, todos os seres são portadores de direitos. Merecem continuar a existir e a nós cabe respeitá-los eentendê-los como concidadãos. Serão incluidos numa democracia sem fim sócio-cósmica. Esparramdo em todas estas dimensões realiza-se o ser humano na história, num processo ilimitado e sem fim. (Fonte: L.Boff)
As consoladoras mensagens cotidianas
14/06/2013
Por
mais que estudemos e pesquisemos, buscando decifrar os mistérios da
vida e vislumbrar os desígnios do Criador, na verdade, somos guiados por
poucas mensagens que costumamos colocar sob o vidro de nossa
escrivaninha ou dependuramos à frente de nossa mesa de trabalho. Elas
são sempre lidas e relidas e possuem uma força secreta de nos tirar da
opacidade natural do dia-a-dia. Outras vezes, são fotografias de entes
queridos, de pais, de filhos e filhas que amamos e que nos aliviam no
trabalho geralmente fastidiante e até penoso.
Assim vi há dias na mesa do director de um banco uma frase que tirou da Imitação de Cristo,
um livro que há mais de 800 anos ilumina tantas pessoas:”Ó Luz eterna,
superior a toda luz criada, lançai do alto um raio que penetre o íntimo
de meu coração. Purificai, alegrai, iluminai e vivificai o meu espírito
com todas as suas potências para que a Vós se una em transportes de pura
alegria”. Disse-me que, durante o dia, reza com frequência esta oração,
entre negociações, cálculos de taxas e de porcentagens de juros nos empréstimos.
Eu,
de minha parte, possuo dependuradas à frente de minha escrivaninha,
onde passo muitas horas pesquisando e escrevendo, vários cartões com
mensagens que nunca deixam de me consolar e inspirar.
Em primeiro lugar, uma imagem, tirada da famosa Sagrada Face de Jesus, mas retrabalhada com traços fortes. O
rosto é desfigurado, com sangue escorrendo pela testa e os cabelos
desgrenhados pela tortura. Os olhos são profundos, cheios de
enternecimento e com uma força tal que nos obriga a desviar o olhar.
Parece que nos penetra na alma e nos faz sentir todos os padecimentos da
humandiade sofredora na qual Ele está encarnado e sofrendo conosco,
como diria Pascal, até o fim do mundo.
Ao
lado, uma foto de uma irmã querida, segurando ao colo, num gesto da
Magna Mater, o filhinho pequeno, irmã arrancada da vida, aos trinta e
tres anos, por um enfarte fulminante. Ai há tanta ternura e serenidade
que custa conter as lágrimas. Por que uma flor foi quebrada quando ainda
não acabara de desabrochar? Por que? A resposta não vem de nenhum
lugar. Apenas uma fé que crê para além de todas as razoabilidades,
sustenta o tormento desta pergunta.
Logo
acima, presa ao braço da lâmpada, uma mensagem em alemão que encontrei
quando ainda fazia meus estudos no estrangeiro e que me inspira durante
toda essa fatigante existência:”Eu passarei uma única vez por esta vida.
Se eu puder mostrar alguma gentileza ou proporcionar alguma coisa boa a
quem está ao meu lado, então quero fazê-lo já, não quero nem protelá-lo
nem negligenciá-lo, pois eu nunca mais passarei novamente por este
caminho”. Aqui se diz uma verdade pura, simples e sábia.
Viajo
muito por muitos meios e por muitos caminhos. Nunca se está livre de
riscos. Quantos não são aqueles que partem e nunca chegam. E ai leio num
cartão à minha frente a frase tirada do Salmo 91,11:”Deus ordenou a
seus anjos que te protejam, pelos caminhos que tomares”. Não é
consolodar poder ler esta mensagem como se tivesse sido escrita
diretamente para você, um pouco antes de partir para uma viagem
qualquer, sem poder saber se voltará são e salvo ?
Mais
consolador é ainda este outro cartão, colocado num vaso cheio de
canetas, no qual Deus pelo profeta Isaias me sussurra ao ouvido: ”Não
temas; eu te chamei pelo nome; tu és meu”(43,1). Como temer? Já não me
pertenço. Pertenço a Alguém maior que conhece meu nome e me chama e me
diz: “tu és meu”. A alma serena, as angústias da humana existência se
acalmam, apenas ressoa a palavra bem-aventurada: ”tu és meu”.
Aqui
há algo que antecipa a eternidade quando Deus nos revela nosso
verdadeiro nome. Segundo o Apocalipse, somente Deus e a pessoa conhecem
esse nome e ninguém mais. Ai seguramente Deus repetirá: ”tu és meu”; e a
pessoa retrucará: “eu sou teu”. Essa comunhão do eu e do tu se
prolongará pela eternidade afora, numa fusão sem distância nem limites
pelos séculos dos séculos, sem fim.
Não
serão, por acaso, coisas singelas como essas que orientam nossa vida e
nos trazem alguma luz no meio de tanta penumbra e de questões sem resposta?
Fonte: Leonardo Boff
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