segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Palavras do Papa antes do Angelus - 13/01/2013

Boletim da Santa Sé
(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)


ANGELUS
Praça São Pedro - Vaticano
Domingo, 13 de janeiro de 2013

Queridos irmãos e irmãs,

Com este domingo depois da Epifania se conclui o Tempo litúrgico do Natal: tempo de luz, a luz de Cristo que, como novo sol nascendo no horizonte da humanidade, dissipa as trevas do mal e da ignorância. Celebramos hoje a festa do Batismo de Jesus: aquele Menino, filho da Virgem, que contemplamos no mistério do seu nascimento. Nós O vemos hoje adulto imergir-se nas águas do rio Jordão, e santificar assim todas as águas com o cosmos inteiro – como evidencia a tradição oriental. Mas por que Jesus, no qual não havia obra de pecado, foi fazer-se batizar por João? Por que ele queria cumprir aquele gesto de penitência e conversão, junto com tantas pessoas que assim queriam preparar-se à vinda do Messias? Aquele gesto – que marca o início da vida pública de Cristo – coloca-se na mesma linha da Encarnação, da descida de Deus do mais alto dos céus ao abismo do inferno. O sentido deste movimento de redução divina se resume em uma única palavra: amor, que é o nome do próprio Deus. Escreve o apóstolo João: “Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: Deus mandou ao mundo o seu Filho unigênito, para que vivamos por ele”, e o mandou “como expiação dos nossos pecados” (1 Jo 4, 9-10). Então porque o primeiro ato público de Jesus foi receber o batismo de João, o qual, vendo-o chegar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29).

Narra o evangelista Lucas que enquanto Jesus recebia o batismo, “estava em oração, o céu se abriu e desceu sobre Ele o Espírito Santo em forma corpórea, como uma pomba, e veio uma voz do céu: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer” (3, 21-22). Este Jesus é o Filho de Deus que é totalmente imerso na vontade do amor do Pai. Este Jesus é Aquele que morrerá na cruz e ressurgirá pelo poder do mesmo Espírito que agora se coloca sobre Ele e o consagra. Este Jesus é o homem novo que quer viver como Filho de Deus, isso é, no amor; o homem que, diante do mal do mundo, escolhe um caminho de humildade e de responsabilidade, escolhe não salvar a si mesmo, mas oferecer a própria vida pela verdade e pela justiça. Ser cristão significa viver assim, mas este estilo de vida comporta um renascimento: renascer do alto, de Deus, da Graça. Este renascimento é o Batismo, que Cristo doou à Igreja para regenerar os homens à vida nova. Afirma um antigo texto atribuído a Santo Hipólito: “Quem cai com fé neste banho de renascimento, renuncia ao diabo e se afeiçoa com Cristo, nega o inimigo e reconhece que Cristo é Deus, se despoja da escravidão e se veste de adoção filial” (Discurso sobre a Epifania, 10: PG 10, 862).

Segundo a tradição, nesta manhã tive a alegria de batizar um grande grupo de crianças que nasceram nos últimos três ou quatro meses. Neste momento, gostaria de estender a minha oração e a minha benção a todos os recém-nascidos; mas, sobretudo, convidar todos a fazer memória do próprio Batismo, daquele renascimento espiritual que nos abriu o caminho da vida eterna. Possa cada cristão, neste Ano da Fé, redescobrir a beleza de ser renascido do alto, do amor de Deus, e viver como filho de Deus.

Mensagem do dia
 
Segunda-Feira, 14 de janeiro 2013
Entra na minha casa e permanece nela, Senhor! “Mas Zaqueu, adiantando-se, disse ao Senhor: ‘Pois bem, Senhor, eu reparto aos pobres a metade dos meus bens e, se prejudiquei alguém, restituo-lhe o quádruplo’” (Lc 19,8).

Zaqueu fez isso porque a sua vida já tinha mudado. Só se mexe no bolso quando o Senhor toca no coração. “Então Jesus disse a seu respeito: ‘Hoje veio a salvação a esta casa, pois também ele é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido’” (Lc 19,9-10).

O Senhor realiza esse Evangelho! Este é o clamor do povo: “Quero Deus, necessito de Deus na minha família”.

Diga ao Senhor: "Jesus, escolheste a mim apesar da minha fraqueza e do meu pecado. Escolheste a mim para Te levar para a minha casa. Senhor, não sou digno de que entres na minha casa, mas preciso que entres e digas uma Palavra. Porque basta que digas uma Palavra e a minha casa será transformada. A minha família será mudada. Entra na minha casa e permanece nela, Senhor. Amém".

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fonte: Canção Nova

domingo, 13 de janeiro de 2013

Excelente texto!

#Verdade


Hoje vivemos em uma época onde parece que a verdade foi esquecida, a palavra não tem mais valor, o que vale é o que está escrito e assinado e registrado em cartório.
Mas existe outro extremo onde a verdade é utilizada como arma, agindo  de forma destrutiva em vez de construir. A transmissão da verdade deve ocorrer sempre de forma prudente e ter o amor como principio.
O filosofo grego Sócrates nos ensina que quando vamos partilhar informações elas devem passar por “três crivos” “É verdadeira? É boa? É benéfica?”, somente  passando por esses três crivos podemos passar adiante a informação mesmo ela sendo verdadeira.
Transmitir dados confidenciais, fornecidos sob o selo do sigilo, bem como segredos profissionais é um erro exceto em casos especiais, rigorosamente justificados.
“Tudo o que se diz deve ser verdadeiro; mas nem tudo o que é verdadeiro deve ser dito.” [YouCat, 457]

SOLIDARIEDADE

A  notícia que mais chamou atenção na semana, foi a ameaça de morte referente a Dom Pedro Casaldáliga. É sinal que o profetismo está vivo no Brasil. A Igreja nunca esqueceu, em toda a sua história,  daqueles que são os mais pobres. Ela sempre foi fiel a Jesus Cristo na defesa dos oprimidos. Que Jesus Cristo possa suscitar mais vocações para a sua messe. E no mundo sejam sal da terra e luz do mundo.
Desde o descobrimento do Brasil, os índios vem perdendo espaço em seu território. É uma luta histórica que encontra pela frente a resistência dos índios que não perderam suas raízes. Nossa reza e solidariedade a Dom Pedro Casaldáliga. (CARLOS: Fé e Luz)

Reflexão: Bento XVI

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Que cada cristão redescubra, neste Ano da Fé, a beleza de ter renascido no amor de Deus e viver como seu verdadeiro filho! 
Que acontece no Baptismo? Renascemos para uma vida nova, ficando unidos a Jesus para sempre.

Reflexão com Padre Paulo

O primeiro que captamos do mistério de Deus não costuma ser a verdade, mas a beleza (Hans Urs von Balthasar).

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O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente
O amor só pode ser eterno à medida em que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só vai acontecer a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida.

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. Amar é começar a descobrir que, numa multidão, alguém não é multidão. O amor é essa capacidade de retirar alguém do lugar comum, para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.

Quando alguém se aproximou, foi porque você gerou um encanto. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz ele melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.

Namoro tem de começar assim: “Tira as sandálias dos pés, eu não sou um território qualquer”. O primeiro encanto tem de ser essa consciência de que se Deus lhe deu esta pessoa, Ele é dono antes de você.

O amor quando não é amor, vira competição, disputa; por isso ele é iniciado e mantido em Deus; será sempre um amor de promoção do outro.

O casamento é um encantamento pelo o outro, o qual vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. O amor para ser verdadeiro tem de passar pelas fases da descoberta. Você tem que saber quem é o outro.

A grande lição para quem se casa é esta: todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante dele.

Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto! Se vocês não se promovem mais, significa que estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade nele.

O sexo errado na vida de um casal é a porta por onde o diabo pode entrar para fazer do parceiro um objeto. Cuidado com o que vocês trazem para a vida sexual de vocês, para não fazer o outro se sentir um objeto, uma prostituta (o).

Não levem para vida sexual instrumentais diabólicos. Que coisa ridícula a mulher se vestir de 'coelhinha' ou o marido de 'batman' ou sei lá mais o quê. E ainda vem com a desculpa de dizer que isso é para 'incrementar' a relação. Se o amor que você tem por ela não for o melhor incremento, esqueça!

Sejam criativos sim, mas sem perder a dignidade. A maior criatividade da vida sexual e para que vocês se sintam amados é carinho, afeto, dedicação!

Cuidado! A roupa de coelhinha, professorinha etc., pode fazer seu marido esquecer que você é sagrada. Cuidado com essa mentalidade mundana que está transformando as mulheres e homens em objeto. O incremento da vida sexual é carinho, afeto, dedicação. Isso nos faz sentir amados! Se não tem amor, depois do prazer você joga o outro fora. O amor do outro tem que promover na sua dignidade.

O único objetivo que o diabo tem é apagar nossa dignidade. Se você faz parceria com ele, o seu casamento está em risco.

Este corpo que você está abraçando é território santo, é vida que precisa continuar iluminada e digna.

Foto Padre Fábio de Melo

Padre Fá¡bio de Melo, sacerdote da Diocese de Taubaté, mestre em teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção Espiritual" na TV Canção Nova.