sábado, 5 de janeiro de 2013

"A coerência da crítica está na autocrítica" (Pedro Demo)

A árvore que estava caindo,cortada por um forte machado,deu um longo suspiro porque viu que o cabo do machado era feito de madeira de árvore.
Por nossos irmãos perseguidos e discriminados
Pela fidelidade ao Papa,
Pelo zelo e amor à liturgia, pela retidão da doutrina
E pelo amor à Igreja, nossa Mãe católica,
Para que ponha, a esperança e encontrem consolo
No Nome do Salvador!

Bento XVI diz não ao "capitalismo financeiro sem regras": comentário do economista Quadrio Curzio



Cidade do Vaticano (RV) - No Dia Mundial da Paz, celebrado na última terça-feira, dia 1º, Bento XVI falou sobre tensões no mundo, terrorismo, criminalidade e injustiças sociais. O Papa denunciou "um capitalismo financeiro sem regras". Para uma análise econômica, a Rádio Vaticano ouviu o economista Albert Quadrio Curzio. Eis o que disse:

Albert Quadrio Curzio:- "Compartilha-se totalmente a afirmação de Bento XVI, que se insere na mesma linha que já havia indicado e sobre a qual muitos bispos e sacerdotes já tinham retornado, linha esta que indica o perigo muito grande – quer para o valor social, institucional, bem como para o valor econômico – de confiar no mercado cada vez mais menos regulado e sempre mais voltado para o mundo financeiro. Trata-se de dois aspectos que nos anos passados, a partir sobretudo do início dos anos noventa, foram considerados resolutivos de todo e qualquer problema, quase como se o bem-estar pudesse ser gerado exclusivamente pelo liberalismo, e não também pela solidariedade e pela subsidiariedade, que são os dois grandes valores nos quais as comunidades humanas se organizam inclusive no econômico."

RV: Os efeitos deste capitalismo financeiro sem regras estão diante dos olhos de todos, sobretudo das massas que estão pagando a crise. O senhor pode nos esclarecer onde faltam as regras?

Albert Quadrio Curzio:- "A economia é feita de dois grandes componentes, além, obviamente do mais importante de tudo, que é o componente da pessoa, que mediante o trabalho realiza a si mesma e uma obra de criatividade num contexto comunitário. Um componente é a economia real, que se expressa na manufatura, na indústria, na agricultura, e também numa parte significativa da prestação de serviços. O outro componente é a economia bancária e financeira. Na melhor das situações possíveis, a economia bancária e financeira é complementar à economia real: não é uma entidade independente, em cujo âmbito se dão ganhos muito velozes mediante meras operações de natureza financeira. O ponto é que quando se rompe a união entre economia real e economia financeira-bancária (estamos falando de finanças e bancos porque é o sistema bancário que alimenta o sistema financeiro), se produzem os efeitos negativos que vimos nestes anos, que foram os piores efeitos."

RV: O Papa fala também sobre "focos de tensão e de contraposição, causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres". Trata-se de um veemente apelo do Santo Padre...

Albert Quadrio Curzio:- "De fato, é um veemente apelo. Faz-nos olhar para bem distante com visão de futuro e nos pede que reflitamos sobre qual pode ser um desenvolvimento que tenha no centro a pessoa, as pessoas, as comunidades. O desenvolvimento deve ser gradual, deve ser contínuo, deve ser dosado e deve ser difuso entre todas as pessoas. Desenvolvimento que deve ser feito, mas que deve ser acompanhado de formas de equidade: que não significa igualdade de tipo comunista, mas equidade, que significa diferenças compatíveis, significa desejo de crescer, de atingir a meta, desejo de construir, mas não certamente de polarizar as entidades de riqueza e de pobreza." (RL)


Cada sociedade edifica-se sobre uma ordem de valores que são realizados pela justiça e pelo amor. [324]

Amor humano



Como explicar o amor humano como dom de si?
“A pessoa é, portanto, capaz de um tipo de amor superior: não o amor da concupiscência, que vê só objetos com que satisfazer os próprios apetites, mas o amor de amizade e oblatividade, capaz de reconhecer e amar as pessoas por si mesmas. É um amor capaz de generosidade, à semelhança do amor de Deus; querer bem ao outro porque se reconhece que é digno de ser amado. É um amor que gera a comunhão entre as pessoas, visto que cada um considera o bem do outro como próprio. É um dom de si feito àquele que se ama, no qual se descobre, se concretiza a própria bondade na comunhão de pessoas e se aprende o valor de ser amado e de amar” (Sexualidade Humana, 13).
A Igreja nos dá a resposta que precisamos para exercermos a nossa vocação com o apetite natural do amor. Amor como a possibilidade de entrar em comunhão com o outro sem diminuição. Somos imagem e semelhança de Deus. Portanto, existimos para amar e ser amado. “Considerar o bem do outro como próprio” é considerar possível a convivência humana pautada no diálogo e no respeito. (Carlos)

Reflexão sobre a liturgia deste domingo, Solenidade da Epifania do Senhor



Cidade do Vaticano (RV) - Isaías anuncia a manifestação da glória do Senhor sobre Jerusalém e a conseqüente vinda para ela dos outros povos, para também serem iluminados pela luz divina. Jerusalém é o centro, atrai para si a atenção dos povos, mas ao mesmo tempo vive a vocação de iluminá-los, de conduzi-los ao Senhor.

Paulo nos fala que essa glória do Senhor é o mistério de Jesus Cristo, ou seja, a glória do Senhor que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos, é Jesus Cristo com sua salvação. Através dele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.

O Evangelho de Mateus explicita essa atração dos povos pela luz que ilumina Jerusalém, através da vinda dos magos, conduzidos pela luz de uma estrela que irá pairar sobre a casa onde se abriga Jesus, a misericórdia, a salvação, a própria luz!

Contudo os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz iluminar, lendo e anunciando os escritos dos profetas, especialmente aquele que diz que será em Belém o nascimento do Messias, do Salvador, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na escuridão. Pouco lhes importa que a missão do Messias seja unir o povo de Deus e iluminar as nações.

Os magos, fascinados pelo clarão apreendido no estudos dos astros e da natureza, já que não possuem as profecias, intuem e tem conhecimento do nascimento do Salvador e sabem que é naquela região.

Ao visitarem o Messias, lhe ofertam ouro, incenso e mirra. Ouro, ao rei; mirra, o óleo com o qual esposa se perfuma para suas núpcias, sinaliza que o Senhor é o esposo; e incenso, ao Deus encarnado.
Discernindo a reação do rei Herodes, os magos não retornam a ele após a visita ao Senhor.

Para nós, batizados, que temos o conhecimento da vinda do Messias, que a celebramos a cada ano no Natal, como é nossa postura em relação às exigências da revelação? Somos seus anunciadores a todos os homens? Aceitamos que o Senhor se revela a todos e de modo diverso, de acordo com a cultura e possibilidades de cada um?
Cremos que a Igreja é a nova Jerusalém, de onde brilha a Luz do Sol verdadeiro, Jesus Cristo, e para ela se dirigem todos os povos, todos o homens de boa vontade?
Também, como os Magos, desviamos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos afastam de Deus, que optaram pelo Mal? Que preferem o acomodamento à prática do bem?
Ser cristão é acreditar que a vinda de Jesus Cristo trouxe para a Humanidade a união definitiva de Deus com o Homem e que todos os homens são chamados a viver essa união e que a Igreja tem a missão de ser farol, porque nela está a Luz verdadeira.
Epifania, - manifestação da misericórdia de Deus a todos os homens,- façam já parte da Igreja ou ainda não.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.