segunda-feira, 15 de outubro de 2012

     Home > Justiça e paz > 15/10/2012 13:36:11





Monge beneditino brasileiro recebe prêmio na Itália


Cesena (RV) - Por ter-se distinguido em seu trabalho no plano da interculturalidade e do diálogo de gêneros, e inter-religioso, Dom Marcelo Barros acaba de vencer a primeira edição do Prêmio da Paz instituído pelos municípios da província de Cesena e Forli, no norte da Itália. O prêmio anual é simbólico: consta de um diploma e o ícone de um crucifixo antigo, símbolo da cidade de Longiano.

Marcelo Barros de Sousa tem 58 anos, é um monge beneditino, escritor e teólogo. Nascido em Camaragibe, Pernambuco, numa família de operários, aos 18 anos entrou no Mosteiro dos Beneditinos de Olinda. Em 1969 foi ordenado por Dom Hélder Câmara e, durante quase dez anos, de 1967 a 1976, trabalhou como secretário e assessor de Dom Hélder para assuntos ecumênicos.

Hoje é especializado em Bíblia, membro do grupo fundador do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI). Desenvolve pesquisa teológica sobre a relação do Cristianismo com as religiões negras e indígenas; assessora a Comissão Pastoral da Terra, organismo da CNBB para a presença da Igreja junto aos lavradores.

Em todo o continente latino-americano, é conhecido por ajudar as Igrejas a desenvolver uma reflexão teológica sobre sua missão de solidariedade e inserção junto aos lavradores e sem-terra, e tem sido convidado em diversos países para falar sobre ecologia e espiritualidade holística.

Colabora com revistas brasileiras e de outros países, na América Latina e na Europa. Semanalmente publica artigos sobre espiritualidade ecumênica e desafios da vida, e dentre seus 44 livros publicados, estão ‘Conversando com Mateus’, ‘O espírito vem pelas águas’, ‘A secreta magia do caminho’, ‘Teologia latino-americana pluralista da libertação’, ‘Teologia pluralista libertadora intercontinental’ e ‘Dom Helder Camara - profeta para os nossos dias’.

No Brasil, ele é membro da Comissão pela Diversidade Religiosa na Secretaria Especial da Presidência da República para os Direitos Humanos e, em abril passado, foi eleito secretário para a América Latina da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo (ASETT).
Ao receber o prêmio, na sede da fundação, Dom Marcelo Barros afirmou que aceitou o prêmio não porque se sentisse merecedor, mas para merecê-lo.
(Fonte: Rádio Vaticano)
Santa Sé no Fórum sobre a Justiça: o papel da religião no bem-estar social


Ancara (RV) - Concluiu-se este final de semana, na Turquia, o Fórum Mundial de Istanbul sobre o tema da Justiça. A Santa Sé foi representada pelo Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, padre Miguel Ángel Ayuso Guixot, acompanhado pelo Núncio na Turquia, Dom Antonio Lucibello.
A Rádio Vaticano entrevistou o Padre Miguel Ángel, que fez seu pronunciamento no Fórum:
Pe. Miguel Ángel:- “Eu recordei aos participantes que a justiça e a paz se conjugam com o bem-estar de cada um e de todos e por essa razão exigem ordem e verdade. Quando uma delas é ameaçada, ambas são prejudicadas; quando a justiça é ofendida, também a paz é colocada em perigo. A causa última de muitos dos problemas que influem sobre uma coexistência pacífica e sobre o desenvolvimento de todos hoje são a desigualdade e a injustiça, mas o papel da religião é promover a justiça, é promover uma igualdade que faça parte da ‘nova ordem global’.”
Qual é, portanto, o papel da religião?
Pe. Miguel Ángel:- “A religião tem realmente um papel a desempenhar para o bem-estar e a justa ordem da sociedade, mas é errado limitar a religião a um mero papel social. Infelizmente, o papel da religião na sociedade moderna é muitas vezes mal compreendido, não apreciado e até mesmo criticado, porque é considerada fonte de problemas e de conflitos na sociedade moderna. A religião não é um problema, mas contribui de maneira vital para o diálogo. A religião, portanto, tem um papel no debate político, não em fornecer soluções políticas concretas, mas em recordar à sociedade as normas morais na base da justiça e de uma sociedade justa.”
(Fonte: Rádio Vaticano)





Cardeal Terrazas anima fiéis a viverem Ano da Fé


Santa Cruz (RV) - Neste domingo, o Cardeal Julio Terrazas abriu em Santa Cruz, Bolívia, o Ano da Fé. Eis um síntese de sua alocução: A fé que não fala com clareza de Cristo, é somente uma crença; por isso o grande desafio é a busca profunda da fé e falar dela com valentia em meio a tantos males que ocorrem em nosso país. "A fé é um caminho, é sempre ir ao encontro dessa verdade que nos torna livres, é ir ao encontro do que está longe", assinalou.

Ele se referiu a males como a droga, da qual muitos na Bolívia são vítimas de pessoas que a vendem em estabelecimentos educativos, e pediu testemunhar a fé que se tem, para que ela seja uma esperança na nossa realidade que, cada vez mais, encontra menos razões para viver e crer; a fé não pode morrer diante de pequenas ou grandes objeções do nosso tempo.

"Que a fé que temos no coração se eleve e se torne um grito de esperança, dando razões não a partir de ideologias pré-fabricadas ou de interesses mesquinhos, mas a partir do mesmo sonho de Deus para que a felicidade de cada homem e cada povo, se faça semeando o bem e não as discórdias e o mal."

Ele observou que o grande desafio da fé é aceitar o projeto de Deus como Ele o apresenta e não como cada um quer imaginar: pede-se despojar-se de todo o material, espiritual, moral ou de coisas que afastam da vigência do Reino de Deus, são muitas as condições para entrar no céu, e os que estão sujeitos as suas riquezas e prazeres tem mais dificuldades.

Parafraseando o Evangelho, explicou que os ricos hoje são também aqueles que pensam que o poder é algo que deve ser imposto com força ou aquele que está totalmente desarticulado da vida de seu povo à procura de prazeres, rico é aquele que adora novos ídolos e prostra diante deles.

A mensagem do Cardeal Julio ao iniciar, em Santa Cruz, o Ano da Fé, convocada pelo Papa Bento XVI, no dia 11 de outubro, terminou animando todos a vivererem este especial "Ano da Fé", para frequentar Palavra de Deus e encontrar nela a inspiração para enfrentar tantos problemas que conturbaram a realidade boliviana, "essa é a Palavra que se deve esperar, não as que se adornam com música ou são gritos de pavor." (Rádio Vaticano)

Líbano: Catequistas e missionários "convidados especiais" no Ano da Fé

15/10/2012 | Agência Fides Os "convidados especiais no Ano da Fé", para irradiar o espírito missionários e o estímulo à solidariedade universal serão os mais de 700 sacerdotes, religiosas, formadores, animadores e catequistas que receberam um solene "mandato missionário" de Sua Beatitude Mar Bechara Boutros Rai, Patriarca maronita de Antioquia e de todo o Oriente, e Presidente da Assembleia dos Patriarcas e Bispos Católicos no Líbano. É o que informa à Agência Fides pe. Paul Karam, Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Líbano, frisando que a solene celebração, realizada nos últimos dias em Bkerke, sede do Patriarcado maronita, "abriu o mês missionário e apresentou à comunidade a Carta Apostólica 'Porta Fidei', em que o Papa explica o conteúdo e o espírito do Ano da Fé". Na celebração, observa, foi explicada a profunda relação entre o Ano da Fé e a dimensão missionária a que são chamados todos os fiéis do Oriente Médio". Também o Núncio Apostólico n o Líbano, Arcebispo Caccia, presente na Eucaristia, quis ressaltar "o papel missionário dos catequistas, como reiterado na Exortação Apostólica Ecclesia in Medio Oriente", entregue pelo Papa em sua recente viagem ao Líbano. "A Igreja no Líbano - conclui o Diretor das POM - quer motivar seus animadores, catequistas, religiosos e missionários para que renovem o impulso da evangelização no Ano da Fé".
Fonte: www.fides.org


  Home > Sínodo > 2012-10-15 10:36:04



Bispos portugueses intervieram sábado no Sìnodo


Pausa dominical, ontem, no Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização. Os trabalhos retomaram esta manhã, prosseguindo com as intervenções dos Padres sinodais. Entretanto, sábado de manhã intervieram os bispos do Porto e de Lamego, representantes portugueses no Sínodo.
D. Manuel Clemente, vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, afirmou que o tema em debate desafia à “redescoberta e aprofundamento da novidade constante de Cristo, nas atuais circunstâncias da Igreja e do mundo”. “A dispersão e itinerância tornam difícil a convivência habitual, familiar e comunitária. A individualização da vida, potenciada pela tecnologia, leva ao subjetivismo e ao virtualismo que rarefazem a realidade social e eclesial”, declarou o prelado, citado pelo boletim oficial do Sínodo dos Bispos.
O bispo do Porto aludiu à realidade portuguesa, que disse ser caraterizada por “uma população muito móvel e frequentemente opaca na mentalidade”. D. Manuel Clemente destacou que essa opacidade “poda derivar da maior densidade das ‘realidades temporais’ quando absorvem a atenção imediata e as intenções a médio prazo”, dificultando a abertura ao “horizonte espiritual e religioso”. “Generaliza-se assim o secularismo pessoal e ambiental”, alertou.
Por sua vez D. António Couto, bispo de Lamego (foto), considerou que a Igreja “deverá ter a dinâmica das primeiras comunidades cristãs”, como um “átrio permanente da fraternidade aberta ao mundo”. “Deverá ser, por outro lado, uma Igreja anunciadora, completamente vinculada ao seu Senhor, não seduzida pelas novidades da última moda”, acrescentou, apelando a um “estilo de vida pobre, humilde, despojado, feliz, apaixonado, audaz, próximo e dedicado”.
“Deixo a pergunta: porque é que os santos lutaram tanto, e com tanta alegria, para serem pobres e humildes, mas nós esforçamo-nos tanto para ser ricos e importantes?”, concluiu o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização.
No final da nona reunião geral dos participantes, D. Manuel Clemente foi eleito como um dos membros da Comissão para a Informação deste Sínodo, presidida pelo arcebispo italiano D. Claudio Maria Celli, responsável máximo do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (Santa Sé).
A primeira semana da assembleia sinodal contou com mais de 130 intervenções dos mais de 260 bispos presentes e outros convidados, tendo ficado marcada pela diversidade de temas e preocupações apresentadas, da secularização e relativismo na sociedade à imagem que os media transmitem da Igreja, passando por questões ligadas à liturgia e sacramentos, formação do clero, organização territorial, imigração, família, arte e cultura, ecumenismo ou mesmo um pedido de consagração do mundo ao Espírito Santo.
(Cfr Agência Ecclesia)
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Beatificados em Praga 14 franciscanos mártires da fé


Foram beatificados neste sábado14 frades franciscanos na Catedral de São Vito em Praga na República Checa. A primeira beatificação do Ano da Fé foi para 14 religiosos que foram martirizados no sec. XVII por uma multidão enfurecida e animada pelo ódio contra Igreja Católica. Estavamos na boemia no ano de 1611 onde proliferavam várias seitas protestantes hostis aos católicos e, sobretudo à dinastia católica dos Habsburgo. O Padre Frederico Bachstein, mestre dos noviços do convento e todos os seus companheiros da Ordem dos Frades Menores, foram assassinados no interior do convento no dia 15 de Fevereiro de 1611.

Em representação do Papa, esteve a presidir à celebração o Cardeal Angelo Amato Prefeito da Congregação para a causa dos santos. Aos microfones da RV referiu que nos inícios do sec.XVII em várias zonas da Europa vivia-se um clima de ódio aos católicos e estes estavam muitas vezes em perigo de vida. "Ninguém podia acusar os frades do Convento de Nossa Senhora da Graça de serem nacionalistas ou conspiradores políticos porque a maioria eram estrangeiros e sem qualquer posição política assumida" - disse o Card. Amato que aproveitou para enquadrar a heroicidade dos beatos frades: "O seu testemunho de fé fica demonstrado no sua humilde vida na caridade de Cristo, pelo seu calvário, pelo seu perdão. A sua beatificação inspira sentimentos de paz, fraternidade e alegria.
(Fonte: Rádio Vaticano)

Conteúdo da intervenção de D. António Couto, no Sínodo


Eis a intervenção de D. António Couto, sábado de manhã, no Sínodo dos Bispos (texto divulgado):
"A Igreja de ontem, de hoje e de sempre, deverá possuir os traços do rosto de Jesus Cristo. Deve, por isso, ser filial, fraterna, afectuosa, próxima e acolhedora, como bem a representou o beato Papa João Paulo II na Catechesi tradendae [1979], n. 67, e na Christifideles Laici [1988], n. 26. Deverá ter a dinâmica das primeiras comunidades cristãs, como o autor do livro dos Actos dos Apóstolos as apresentou: permanentemente atentas à Palavra de Deus, à comunhão, à fracção do pão e à oração (2, 42-47; 4, 32-35; 5, 12-15), átrio permanente da fraternidade aberta ao mundo, de modo a ser e a espelhar uma Igreja jovem, ágil e bela, tão jovem, ágil e bela que as pessoas lutarão para entrar nela.
Deverá ser, para além disso, uma Igreja anunciadora, completamente vinculada ao seu Senhor, não seduzida pelas novidades da última moda, mas bem consolidada na fidelidade ao seu Senhor, que se traduz no dom total de si, num estilo de vida pobre, humilde, despojado, feliz, apaixonado, audaz, próximo e dedicado. Sim, temos necessidade de anunciadores do Evangelho sem ouro, prata, cobre, alforge, duas túnicas… Sim, é de conversão que falo, e pergunto-me: porque é que os Santos lutaram tanto, e com tanta alegria, para serem pobres e humildes, e nós esforçamo-nos tanto para sermos ricos e importantes?" (Fonte: Rádio Vaticano)