sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DEBATE





Após o debate vamos analisar as propostas que foram apresentadas pelos candidatos. É verdade que se passaram décadas e a história se repetindo. Os pobres da cidade sem perspectivas para alcançarem o bem comum. A sugestão que fica é que as famílias se reúnam discutam os problemas da cidade: desemprego, fome, perseguição. Nunca vivemos a experiência de sociedade organizada e pautada no bem comum. Isso só vai acontecer quando o povo assumir o seu protagonismo. Educação e educadores livres das correntes da opressão são capazes de fazer uma educação de qualidade.



ESTAMOS LONGE DE UMA SOCIEDADE JUSTA

Os problemas dos pobres aumentam cada vez mais. Mas não se trata de castigo de Deus. São problemas criados pelo tipo de política  que vem como imposição dos poderosos. Nosso Pai do céu não ignora essa realidade que nos leva ao sofrimento. Pois, na história da humanidade, Deus sempre se posicionou do lado dos mais necessitados. O surgimento dos novos pobres não acontece de forma espontânea. Os novos pobres são gerados e aumentam o exército dos que passam fome e sede de justiça. É preciso refletir sobre as raízes desse problema. 
Quem vai dar a solução para os grandes problemas criados pela politicagem não são os seus próprios criadores. Mas, quando a comunidade se tornar organizada, ela terá todas as possibilidades de mudanças. Com um povo consciente e eleito descobriremos o caminho da mudança. 

"Venho ao Líbano como peregrino de paz", diz Bento XVI

Jéssica Marçal
Da Redação, com Rádio Vaticano


news.va
'Venho ao Líbano como peregrino de paz, como amigo de Deus e como amigo dos homens', disse o Papa em seu discurso de chegada ao Líbano
Em sua chegada ao Líbano nesta sexta-feira, 14, (por volta de 13h45 local, 7h45 em Brasília), o Papa Bento XVI agradeceu pelo convite e enfatizou que sua presença no país, entre outros motivos, busca reafirmar a importância da presença de Deus na vida de cada um. Ele afirmou que vai ao Líbano como “peregrino de paz, como amigo de Deus e como amigo dos homens”.

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.: NA ÌNTEGRA: Discurso de Bento XVI na chegada ao Líbano
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.: Programação da viagem de Bento XVI ao Líbano


O Pontífice também afirmou que a forma de viver em união, da qual o Líbano quer dar testemunho, será alcançada a partir de uma visão acolhedora e benevolente em relação ao outro e se estiver enraizada em Deus. 

Bento XVI disse que não esquece os acontecimentos tristes e dolorosos que, por longos anos, perpassaram o Líbano, mas lembrou que a convivência feliz dos libaneses deve ser um exemplo de que pode haver colaboração entre diversas Igrejas, todas elas membros da única Igreja Católica, num espírito de comunhão fraterna.

“A convivência feliz de todos os libaneses deve demonstrar a todo o Médio Oriente e ao resto do mundo que, dentro duma nação, pode haver colaboração entre as diversas Igrejas – todas elas membros da única Igreja Católica – num espírito de comunhão fraterna com os outros cristãos e, ao mesmo tempo, a convivência e o diálogo respeitoso entre os cristãos e os seus irmãos de outras religiões”.

Porém, o Pontífice lembrou que este equilíbrio, às vezes, é ameaçado por pressões de partes contrárias e estranhas à harmonia e suavidade libanesas. Diante destas situações, Bento XVI acredita ser necessário dar provas de “real moderação e grande sabedoria”, fazendo prevalecer a razão sobre a paixão unilateral para que se alcance o bem comm de todos.

“Porventura o grande rei Salomão, que conhecia o rei Hiram de Tiro, não considerava a sabedoria como sendo a virtude suprema!? Por isso a pediu com insistência a Deus, que lhe deu um coração sábio e inteligente (cf. 1 Rs 3, 9-12)”.

O Papa também citou outro motivo de sua visita ao Líbano: a entrega da Exortação apostólica pós-sinodal da Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, Ecclesia in Medio Oriente. “Destinada ao mundo inteiro, a Exortação propõe-se ser para eles um roteiro para os anos futuros”, disse.

O primeiro compromisso do Papa no país será uma visita à Basílica de St. Paul, em Harissa e a Assinatura da Exortação Apostólica Pós-Sinodal, logo mais, às 12h, horário de Brasília.




O tempo que os alunos ficam na escola

É possível aproveitar melhor as horas letivas se o trabalho desenvolvido com os estudantes é de boa qualidade

Terezinha Azerêdo Rios (novaescola@atleitor.com.br)
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Ética na escola
Terezinha Azerêdo Riosé graduada em Filosofia e doutora em Educação.

Quando se aproxima o fim do ano, as pessoas geralmente comentam que o tempo passou rápido e lamentam que ele foi curto para realizar tudo o que foi planejado e para aproveitar bem as possibilidades surgidas no caminho. Na escola, nos apressamos para encerrar as atividades e sair de férias sem deixar pendências. E nos preocupamos com o que não pudemos fazer por causa da falta de tempo. Embora a passagem cronológica seja igual para todos, temos a impressão - e a experiência - de que o tempo não é suficiente para tudo o que queremos e necessitamos fazer.

A temporalidade é mesmo um componente fundamental de nossas vivências. Ela tem a ver com a história, que é feita por todos nós, a cada dia. E ela não é o tempo passando por nós, mas a nossa interferência no tempo. Por isso, é importante refletir sobre nossa atuação e o significado que damos a ela.

O filósofo e teólogo santo Agostinho (354-430) dizia: "O que é o tempo, afinal? Se ninguém me pergunta, eu sei; mas se me perguntam e eu quero explicar, já não sei". O tempo é mesmo difícil de definir, mas todos o vivenciamos. Acontece que nem sempre refletimos sobre a dupla dimensão com que ele nos aparece. Ele é cronos - o tempo dos relógios e calendários, passível de medida - e kairós, o tempo ao qual se confere um sentido, povoado pelo significado das ações dos seres humanos, para além de padrões e medidas. É um tempo qualificado pelas relações entre os indivíduos e grupos e pelo contexto no qual elas se estabelecem. Assim é que podemos falar em um tempo rico ou problemático ou em tempos de alegria ou de crise.

Ao avaliar o trabalho realizado na escola e se preparar para planejar as ações do ano seguinte, os gestores criam espaço para uma reflexão sobre a utilização do tempo dos que ali convivem: terá sido ele exaustivo? Ou será que foi produtivo para a comunidade escolar? Foi de partilha e de crescimento para todos?

Muito se tem discutido sobre a necessidade de a escola realizar uma Educação de tempo integral. Se considerarmos o tempo em sua feição de kairós, somos levados a pensar num aproveitamento integral do tempo, mesmo que sua duração seja curta. Isso diz respeito à qualidade do trabalho que se realiza, à inteireza de nossa presença, ao envolvimento e compromisso no desenvolvimento das ações. É verdade que, ao dispor de um número maior de horas, podemos planejar um trabalho que produza mais resultados. Porém é preciso pensar também no significado, do ponto de vista ético, daquilo que se realiza. A ética nos aponta, em seu horizonte, à vida boa como um direito de todos. Temos procurado buscar, é bem verdade, uma vida comprida. Entretanto, é importante que possamos fazê-la também larga. O trabalho na escola será efetivamente integral se não for apenas de tempo esticado, mas de Educação alargada.

Temos urgência de uma boa Educação. Mas não há necessidade de nos apressarmos se isso significar correr contra o tempo. A Educação de boa qualidade é aquela a favor de todos, que não é contra ninguém. Lembrar isso e se empenhar nessa direção constitui um bom presente - tempo vivido e ofertado - no Natal e sempre, na escola e na vida.


    Home > Viagens apost�licas > 2012-09-14 18:01:46 
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Repensar o presente, em vista do futuro, com o olhar de Cristo: Bento XVI, sobre a Exortação Apostólica "Ecclesia in Medio Oriente" 


Bento XVI encontra-se desde o princípio desta tarde em Beirut, para uma visita de três dias ao Líbano. Uma viagem apostólica, a vigésima quarta do seu pontificado, motivada antes de mais pelo desejo de entregar solenemente aos pastores e fiéis do Médio Oriente a Exortação Apostólica correspondente ao Sínodo dos Bispos sobre esta região, que se realizou no Vaticano em 2010.
Aparte o momento da chegada, no aeroporto, este primeiro dia da visita ficou marcado precisamente pelo encontro – celebração que teve lugar na basílica greco - melquita de São Paulo, às 18 horas locais, para a entrega da referida Exortação Apostólica pós-sinodal “Ecclesia in Medio Oriente”.
Nela participaram mais de 400 pessoas. Antes de mais, das diversas comunidades eclesiais libanesas: patriarcas e bispos, mas também padres, religiosos e religiosas e fiéis leigos. Participaram também representantes de outras componentes da sociedade libanesa: delegação da comunidade ortodoxa, muçulmana e drusa.
Na sua intervenção, Bento XVI sublinhou a coincidência de a assinatura e entrega deste importante documento pós-sinodal tenha lugar precisamente na festa da Exaltação da Santa Cruz.

“A Exortação apostólica deve ser lida e interpretada à luz da festa da Santa Cruz, nomeadamente à luz do monograma de Cristo, o X e o P (rô), as duas primeiras letra da palavra “Cristos”. Descobre-se assim a verdadeira identidade dos batizados na Igreja, um constante apelo ao testemunho na comunhão.”

Comunhão e testemunho radicados no mistério pascal, na morte e ressurreição de Cristo. Elo fundamental entre Cruz e Ressurreição. Exige um ato de fé… e um ato de esperança – sublinhou Bento XVI, que fez notar que “os Padres Sinodais refletiram sobre a situação atual no Médio Oriente, sobre as dificuldades e esperanças dos cristãos que vivem na região.”

“Toda a Igreja pôde assim escutar o grito ansioso e advertir o olhar desesperado de tantos homens e mulheres que se encontram em difíceis situações humanas e materiais, que vivem fortes tensões, com medo e inquietação, e que querem seguir a Cristo – Aquele que dá sentido à sua existência, mas que muitas vezes disso são impedidos”.

Ecclesia in Medio Oriente permite repensar o presente em perspetiva do futuro com o próprio olhar de Cristo: “As orientações bíblicas e pastorais, o convite a um aprofundamento espiritual e eclesiológico, a renovação litúrgica e catequética, o convite ao diálogo – todo isto quer ajudar-nos a seguir a Cristo no contexto difícil, muitas vezes doloroso, um contexto eu poderia fazer surgir a tentação de ignorar ou esquecer a Cruz gloriosa”

“E é precisamente então que há que celebrar a vitória do amor sobre o ódio, do perdão sobre a vingança, do serviço sobre o domínio, da humildade sobre o orgulho, da unidade sobre a divisão”.

A Exortação – observou ainda o Papa – abre um verdadeiro diálogo inter-religioso fundado sobre a fé em Deus Uno e Criador, e deseja contribuir para “um ecumenismo cheio de fervor humano, espiritual e caritativo, na verdade e no amor evangélico”.






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A importância da Palavra de Deus

12/09/2012 | Ronaldo Lobo *
Viver o mês de setembro como mês bíblico, já é uma tradição de longo tempo na Igreja Católica. E quando pensamos nisso, parece que muda algo no ar, como se fosse uma certa magia que só a Palavra de Deus pode nos oferecer. Neste mês, as celebrações onde se dá importância à Palavra ficam com um toque extra! A Palavra de Deus, da qual tanto falamos, aparece mais, faz sua entrada solene, e a criatividade do povo sai solta por aí. As diversas procissões com a entrada da Palavra, nas comunidades do interior e da periferia das cidades, tornam-se mais criativas.
De onde nasceu a Bíblia
No início do cristianismo, nem os judeus, nem os cristãos usavam a denominação "Bíblia" quando falavam da Palavra de Deus. Os judeus chamavam-na "O Rolo" (O Rolo de Torá), e os cristãos, "Os Livros". A palavra Bíblia, embora seja latina, tem sua origem na língua egípcia, a qual significa polpa ou fibras da planta do papiro, em que foram escritos os primeiros textos, também chamados de pergaminhos. Tanto judeus, como cristãos, desde a Antiguidade, acreditavam que a Bíblia testemunha uma revelação de Deus ao seu povo. Tal revelação de Deus já acontecia, antes, dentro e além dos textos encontrados nas Sagradas Escrituras. A maior parte das tradições foram transmitidas oralmente e somente mais tarde foram colocadas por escrito.
Como pano de fundo desta reflexão, coloco em foco apenas algumas breves citações da Sagrada Escritura, tais como: "Tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho" (Sl 119, 105). "A Palavra se fez carne" (Jo 1, 14). "Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e preparado para toda a boa obra" (2Tm 3, 16-17).
Mês bíblico
Para conscientizar os católicos, a Igreja tem se esforçado para dar um destaque à Palavra de Deus no mês de setembro. O mês bíblico, cada ano dá ênfase a um dos livros da Bíblia, do Antigo ou do Novo Testamento. Neste ano estuda-se o Evangelho de Marcos que é a fonte de vários subsídios que são colocados ao alcance dos fiéis. Cada editora produz seus materiais que, através de modelos diferentes, enriquecem o aprofundamento do tema do mês bíblico.
Não dá para esquecer o fato de que nós católicos somos os últimos da fila, quando o assunto é a leitura e o estudo da Bíblia. Porque temos ainda um longo caminho a percorrer, não podemos parar. Devemos semear a Palavra de Deus cada vez mais. Neste campo, até um pequeno gesto pode valer milhões! Vale a pena lembrar como algo positivo que a Bíblia tem ocupado um lugar cada vez maior nas estantes das nossas casas. É verdade que em muitas delas fica aberta, embora seja pouco lida. Devemos valorizar a Palavra de Deus não somente na nossa Igreja, mas também na intimidade das nossas casas.
Leitura da Palavra
O nosso conhecimento da Bíblia é escasso porque ainda não sentimos impulso suficiente para folhear frequentemente as páginas da Sagrada Escritura. Por um lado, temos dificuldade para achar um texto e por outro, porque ainda não nos libertamos da tradição que remetia o uso da Bíblia quase só para o clero.
Bíblias de modelos e tamanhos diferentes nas mais variadas editoras católicas não faltam. O mês do setembro é o tempo privilegiado para insistir bastante no sentido de promover novos leitores da Bíblia. Embora não seja fácil, também o setor da catequese se esforça para iniciar os catequizandos a gostar e usar bem a Bíblia.
Estudar a Palavra
Uma das coisas que devemos destacar é que o povo tem sede da Palavra de Deus. O crescimento de grupos de formação bíblica com a participação de muita gente é animador. Há lugares onde os leigos, apaixonados pela Palavra de Deus, procuram e até organizam cursos bíblicos pelo interesse próprio e para envolver outras pessoas para estudar a Palavra de Deus e rezar a partir dela.
Nem toda a Palavra de Deus é fácil de entender porque, embora os textos sejam inspirados, foram escritos séculos atrás e em línguas diferentes. Entre elas, o hebraico, o aramaico e o grego. Mais ainda, o povo de Deus foi submetido à servidão por culturas dominantes como egípcia, assíria, babilônica, persa, grega e romana. Porque as Sagradas Escrituras trazem tais influências de ponta a ponta, são necessárias introduções e chaves de leitura. E nem sempre a pregação dominical estimula os fiéis para a leitura pessoal da Palavra.
Por último, aquele que se apaixona pela Palavra de Deus e quer trilhar este caminho árduo, deve se esforçar na busca de um bom comentário e ter ao alcance um dicionário bíblico onde encontra explicado o significado de palavras-chave. Isso até pode parecer algo técnico, complicado, e coisa para os estudiosos. Acredito que não. É a hora de nossas paróquias, e da catequese onde tanto se fala da Bíblia, prepararem instrumentos que facilitem tal estudo.
Lectio divina
Não desanime perante a frase que segue. Os católicos também estão no fim da fila, quanto ao uso da Sagrada Escritura para as orações. Pode ser que a importância dada à religiosidade popular justamente acabe por prejudicar o uso da Bíblia na oração. Trata-se de algo muito sério que deve ser analisado e corrigido. Sobre este tema, os bispos têm falado muito da leitura orante da Bíblia, o que significa esforço e vontade de voltar às origens da Igreja e tirar do baú este tesouro! Sem dúvida, isto foi o melhor que aconteceu à Palavra de Deus. Os fiéis ficaram muito atentos a esta exortação e acolheram com muita alegria a indicação deste caminho. Mais uma vez, é necessário conhecer, aprimorar, preparar para fazer uma boa leitura orante da Bíblia. No campo da Palavra de Deus, nada é fácil, embora, tudo seja agradável ao Senhor.
Portanto, ler a Palavra, estudar a Palavra e orar a Palavra, é o que devemos destacar e aprimorar neste mês bíblico.
* Ronaldo Lobo, svd, é mestre em Bíblia. Atualmente, formador no Seminário Verbo Divino em Toledo, PR.
Fonte: Ronaldo Lobo / Revista Missões