sábado, 28 de setembro de 2013

O cristão e sua missão no mundo


A palavra de Deus é exigente, exige entrega total, compromisso e fidelidade. A palavra de Deus nos oferece a esperança e nos fortalece diante das dificuldades. As novas perseguições vem através da calúnia e da ambição do poder. Ser fiel ao evangelho significa, também, sofrer todo tipo de perseguição. Mas o evangelho nos ensina a resistir pela fé e coragem. O cristão não veio ao mundo para ser estrela mas para servir da mesma forma que Jesus, como ele nos ensinou no lava-pés.
A posição de Jesus no lava-pés teve um caráter revolucionário para a época. Geralmente, as autoridades eram servidas e Jesus mostra como deve se comportar um discípulo seu. Deve imitar o seu mestre. A autoridade de Jesus é demonstrada no serviço aos necessitados. Ora, não é para fazer de conta que é discípulo de Jesus. Tem que ser na prática e na coragem. A mensagem de Jesus continua válida e universalizada.
A perseguição aos cristãos continua mas seus perseguidores caem porque não conseguem suportar a luz de Cristo. Uma coisa é certa, a Igreja continua a sua missão porque essencialmente ela é missionária. A aliança de Deus com o seu povo permanece firmemente porque Deus é fiel. Vamos lembrar aqui da saída do povo da escravidão do Egito. A intervenção divina foi necessária e autêntica. Mostrou também de que lado Deus está, do lado dos oprimidos. (Carlos: Catequista)

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FÉ E LUZ: DEUS CONTINUA A OLHAR PARA OS MAIS POBRES

O Movimento Fé e Luz é uma comunidade que transmite muito amor, comunhão e fidelidade. Basta-nos o amor de Deus. O amor capaz de nos transformar em instrumentos de Deus para promovermos a paz. Não somos pessoas ausentes na sociedade, estamos presentes sim, levando na bagagem a luz pelo qual o mundo precisa para poder encontrar Jesus. Jesus está presente naqueles que mais necessitam, nas pessoas com deficiência intelectual. Deus continua a olhar para os mais pobres do mundo e escolhe-os para poder confundir os que se dizem poderosos.
Estar no Fé e Luz significa encontrar amigos e fazer a experiência de encontro pessoal com Jesus nos pequenos. O Fé e Luz é um dos maiores eventos da humanidade porque reúne pessoas para dizer a Jesus com humildade: "Jesus, eu te amo". Foi assim que Deus falou por meio de uma criança num sábado a tarde ao lado do Frei Raimundo na Santa Missa em Aracaju. Rezemos para que o Fé e Luz continue firmemente nos braços de Jesus.
Carlos: Movimento Fé e Luz de São José de Mipibu

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Chamados a dar frutos

No pátio da Igreja Santo Antonio local do início da história de Aracaju.

FÉ E LUZ: CHAMADOS A DAR FRUTOS

MOVIMENTO FÉ E LUZ
PROVÍNCIA RENASCER
2ª ASSEMBLEIA PROVINCIAL
O tema da 2ª Assembleia Provincial realizada em Aracaju, “chamados a dar frutos”, foi bem trabalhado durante os dias 20, 21 e 22 de setembro. Reunimos com pessoas de Aracaju, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte. Foi uma assembleia produtiva com a participação da vice coordenadora internacional, Maria Sílvia. Os momentos de oração, partilha, eleição e prioridades foram pontos fortes na assembleia.
Um ponto importante colocado na assembleia foi uma citação do livro “Nunca mais sozinhos” que serve para a nossa reflexão: “A continuação de Fé e Luz está nas mãos de cada um de nós. Que o Espírito Santo nos dê sua luz, sua força, seu sopro criador e sua sabedoria” (p.113). Que as lideranças do Fé e Luz se fortaleçam no serviço aos mais necessitados por obra e graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Um outro ponto fundamental foi a eleição do coordenador da Província Renascer, Denisson. Eleito para o serviço, doação ao reino de Deus que se faz presente nos mais necessitados. Denisson não coordenará sozinho, pois, ele tem os vices-coordenadores da Província para auxiliar: Maria Cristina, Marcos, Carmélia, Ana Lúcia Sebastião e Ana Lúcia Santos. Também foram eleitos para equipe de nomeação: Teresa Leandro, Luizela e José Antonio. Rezemos para o fortalecimento do Fé e Luz.

(Carlos Alberto: Fé e Luz de São José de Mipibu)

domingo, 15 de setembro de 2013

A regeneração da figura do pai e a violência na sociedade

13/09/2013

É notória a crise da figura do pai na sociedade contemporânea. Por função parental, ele é o principal criador do limite para os filhos e filhas. Seu eclipse provocou um crescimento de violência entre os jovens nas escolas e na sociedade, que é exatamente a não consideração dos limites.

O enfraquecimento da figura do pai, desestabilizou a família. Os divórcios aumentaram de tal forma que surgiu uma verdadeira sociedade de famílias de divorciados. Não ocorreu apenas o eclipse do pai mas também a morte social do pai.

A ausência do pai é, por todos os títulos,  inaceitável. Ela desestrutura os filhos/filhas, tira o rumo da vida, debilita a vontade de assumir um projeto e ganhar autonomamente a própria vida.

Faz-se urgente um re-engendramento, sobre outras bases,  da figura do pai. Para isso antes de mais nada é de fundamental importância, fazer a distinção entre  os modelos de pai e oprincípio antropológico do pai. Esta  distinção, descurada em tantos debates, até científicos, nos ajuda a evitar mal-entendidos e a resgatar o valor inalienável e permanente da figura do pai.

A tradição psicanalítica deixou claro que o pai  é responsável pela primeira e necessária ruptura da intimidade mãe-filho/filha e a introdução do filho/filha num outro continente, o transpessoal, dos irmãos/irmãs, dos avós, dos parentes e de outros da sociedade.

Na ordem  transpessoal e social, vige a ordem, a disciplina, o direito, o dever, a autoridade e os limites que devem valer entre um grupo e outro. Aqui as pessoas trabalham, se conflituam e realizam projetos de vida Em razão disso, os filhos/filhas devem mostrar segurança, ter coragem e disposição de fazer sacrifícios, seja para superar dificuldades, seja para alcançar algum objetivo.

Ora, o pai é o arquétipo e a personificação simbólica destas atitudes. É a ponte para o mundo transpessoal e social. A criança ou o jovem ao entrar nesse novo mundo, devem poder orientar-se por alguém. Se lhes faltar essa referência, se sentem inseguros, perdidos e sem capacidade de iniciativa.

É neste momento que se instaura um processo de fundamental importância para a jovem psiqué  com consequências para toda vida: o reconhecimento da autoridade e a aceitação do limite que se adquire através da figura do pai.

A criança vem da experiência da mãe, do aconchego, da satisfação dos seus desejos, do calor da intimidade onde tudo é seguro, numa espécie de paraíso original. Agora, tem que aprender algo de novo: que este novo mundo não prolonga simplesmente a mãe; nele, há conflitos e limites. É o pai que introduz a criança no reconhecimento desta dimensão. Com sua vida e exemplo, o pai surge como portador de autoridade, capaz de impor limites e de estabelecer deveres.

É singularidade do pai ensinar ao filho/filha o significado destes limites e o valor da autoridade, sem os quais eles não ingressam na sociedade sem  traumas. Nesta fase, o filho/filha se destacam da mãe, até não querendo mais lhe obedecer e se aproximam do pai: pede para ser amado por ele  e esperam dele orientações para a vida. É tarefa do pai explicar ajudar a superar a tensão com a mãe  e recuperar a harmonia com ela.

Operar esta verdadeira pedagogia é  desconfortável. Mas se o pai concreto não a assumir está prejudicando pesadamente seu filho/filha, talvez de forma permanente.

O que ocorre quando o pai está ausente na família ou há uma família apenas materna? Os filhos parecem mutilados, pois se mostram inseguros e se sentem incapazes de definir um projeto de vida. Têm enorme dificuldade de aceitar o princípio de autoridade e a existência de limites.

Uma coisa é este princípio antropológico do pai, uma estrutura permanente, fundamental no processo de individuação de cada pessoa. Esta função personalizadora não está condenada a desaparecer. Ela continua e continuará a ser internalizada pelos filhos e filhas, pela vida afora, como uma matriz na formação sadia da personalidade. Eles a reclamam.

Outra coisa são os modelos histórico-sociais que dão corpo ao princípio antropológico do pai. Eles são sempre cambiantes, diversos nos tempos históricos e nas diferentes culturas. Eles passam. 

Uma coisa, por exemplo,  é a forma do pai patriarcal do mundo rural com fortes traços machistas. Outra coisa ainda é o pai da cultura urbana e burguesa que se comporta mais como amigo que como pai e aí se dispensa de impor limites.

Todo este processo não é linear. É tenso e objetivamente difícil mas imprescindível. O pai e a mãe devem se coordenar, cada um na sua missão singular, para agirem corretamente. Devem saber que pode haver avanços e retrocessos; estes pertencem à condição humana concreta e são normais.

Importa também reconhecer que, por todas as partes, surgem figuras concretas de pais que com sucesso enfrentam as crises, vivem com dignidade, trabalham, cumprem seus deveres, mostram responsabilidade e determinação e desta forma cumprem a função arquetípica e simbólica para com os filhos/filhas. É uma função indispensável para que eles amadureçam e ingressem na vida sem traumas  até que se façam eles mesmos pais e mães de si mesmos. É a maturidade.
 Fonte: Leonardo Boff

terça-feira, 10 de setembro de 2013