quinta-feira, 29 de novembro de 2012


PAPA BENTO XVI AUDIÊNCIA GERAL
Sala Paulo VI
Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012

Queridos irmãos e irmãs,
O anúncio que leva ao encontro com Deus-Amor, revelado de modo único em Jesus crucificado, é destinado a todos: não há salvação fora de Jesus Cristo. Como podemos falar de Deus hoje? O Ano da Fé é ocasião de buscar novos caminhos, sob a inspiração do Espírito Santo, para transmitir a Boa Nova da salvação. Neste sentido, o primeiro passo é procurar crescer na fé, na familiaridade com Jesus e com o seu Evangelho, aprendendo da forma como Deus se comunica ao longo da história humana, sobretudo com a Encarnação: através da simplicidade. É necessário retornar ao aspecto essencial do anúncio, olhando para o exemplo de Jesus. N’Ele, o anúncio e a vida se entrelaçam: Jesus atua e ensina, partindo sempre da sua relação íntima com Deus Pai. De fato, comunicar a fé não significa levar a si mesmo aos demais, mas transmitir publicamente a experiência do encontro com Cristo, a começar pela própria família. Esta é um lugar privilegiado para falar de Deus, onde se deve procurar fazer entender que a fé não é um peso, mas uma profunda alegria que transforma a vida.
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Pobreza moral, espiritual e material: por quê? Ouça o nosso especial


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Cidade do Vaticano (RV) - De um lado, a pobreza escolhida e proposta por Jesus; de outro, a pobreza a ser combatida para tornar o mundo mais justo e solidário.

Na homilia na Missa na Solenidade de Maria Mãe de Deus, em 1º de janeiro de 2009, Bento XVI fazia a distinção entre essas duas pobrezas, uma positiva, a de Jesus, e a outra negativa, a do homem.

Deus escolheu a pobreza de Jesus. Quis nascer assim mas poderíamos acrescentar imediatamente: quis viver, e também morrer assim. Dizia o Apóstolo S. Paulo, "Não se trata de vos pordes em dificuldade para aliviar os outros, mas que haja igualdade" (8, 13).

O segundo aspecto é o da indigência do homem, que Deus não quer e que deve ser "combatida"; uma pobreza que impede que as pessoas e as famílias vivam segundo a sua dignidade; uma pobreza que ofende a justiça e a igualdade e que, como tal, ameaça a convivência pacífica.

Neste sentido negativo, inserem-se também as formas de pobreza não material que se encontram até nas sociedades ricas e progredidas: marginalização, miséria relacional, moral e espiritual.

E são justamente a esses aspectos que dedicamos os próximos minutos deste especial sobre a pobreza, suas causas e consequências.

Começamos com o teólogo Paulo Suess, que faz sua reflexão sobre os pobres no espírito e como essa pobreza se manifesta no Brasil:

Para o Secretário-Executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Professor Pedro Gontijo outro mal que acomete o Brasil é a pobreza moral, que se manifesta individualmente, nas comunidades, nas empresas e também na política.

Já o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Justiça, Caridade e Paz, Dom Guilherme Werlang, considera uma incongruência que um país tão rico de recursos naturais, como o Brasil, tenha um número tão elevado de pobres.
(BF/CM)
Seca, evangelização e Campanha da Fraternidade na pauta do Consep


Brasília (RV) - Durante os dias 27 e 28 de novembro, os bispos membros do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, estiveram reunidos, na sede da instituição, em Brasília (DF). O balanço das atividades da reunião foi apresentado em entrevista coletiva, realizada na manhã do dia 28 de novembro. Participaram da coletiva o presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno; o vice-presidente, Dom José Belisário e o Secretário-Geral, Dom Leonardo Steiner.

Dom Damasceno apresentou uma breve síntese do que foi abordado durante o Consep. Um dos temas tratados foi a preparação da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que acontecerá em Aparecida (SP), em 2013. A novidade para a próxima Assembleia é que todos os bispos ficarão hospedados em apenas dois hotéis, na cidade do Romeiro, o que de acordo com o presidente, “propiciará uma melhor convivência entre os bispos”.

Durante a coletiva, a Presidência da CNBB apresentou uma nota sobre a seca em várias regiões do Nordeste. O texto expressa a solidariedade a toda população que sofre com a intempérie, e que a situação “exige a soma de esforços e de iniciativas de todos: Governo, Igrejas, empresários, Sociedade Civil Organizada – para garantir às famílias a superação de tamanha adversidade”.

Também foram abordadas na coletiva questões referentes à Campanha da Evangelização, iniciada dia 25 de novembro, cujo objetivo é arrecadar fundos para as atividades da Igreja no Brasil. Com o slogan ‘Evangeli.Já’ – neologismo derivado da palavra evangelizar –, a iniciativa demonstra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo.

O Cardeal Raymundo Damasceno também afirmou que já teve início a preparação de um Texto Base para a Campanha da Fraternidade de 2014, que tem como tema "Fraternidade e Tráfico Humano". Na oportunidade, foi lançado um livro "Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo", pelo Setor Mobilidade Humana da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, que servirá de subsídio para assuntos relacionados a tráfico de seres humanos e trabalho escravo.
(CM-cnbb)
Noite Cultural anima II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013


Rio de Janeiro (RV) - O erudito encontrou o samba. O lúdico, o histórico, a cultura e a fé também entraram na festa. Assim pode-se descrever as apresentações da noite Fé e Cultura - Encontro de Ritmos Brasileiros, na última terça-feira, no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. O espetáculo integrou a programação do II Encontro Preparatório para a JMJ Rio2013, que acontece de 25 a 29 de novembro, no Hotel Guanabara.

Dois hinos abriram o show da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. O primeiro, o Hino Nacional Brasileiro, deu início ao espetáculo, seguido pelo Hino da JMJ Rio2013. O tom oficial do evento foi acompanhado pela Ave Maria, de Charles Gounod e Johann Sebastian Bach, ao som de um cavaquinho. A oração foi sucedida pela abertura da ópera O Guarani, de Antonio Carlos Gomes.

A apresentação avançou com Os Prelúdios, de Franz Liszt. De ponto, o show ganhou a voz da solista Marlui Miranda, que cantou o Pai Nosso em Tupi, a língua mais falada na costa brasileira no século XVI. O coral infantil da OSB entrou em cena para entoar O Trezinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar.

O espetáculo seguiu com o toque da cultura brasileira orquestrada, ao som de O Cio da Terra, Asa Branca e Garota de Ipanema. O ponto alto foia entrada da bateria da escola de samba Unidos da Tijuca, cantando Cidade Maravilhosa, com direito a mestre-sala e porta-bandeira. O encerramento ficou por conta das vozes de Olivia Ferreira e Guilherme, fechando com o Hino da JMJ Rio2013.
(CM-JMJ2013)


   


 
Reflexão sobre "Por que a Pobreza?"


  Cidade do Vaticano (RV) - Este dia 29 de novembro, proposto para uma reflexão sobre “Por que a Pobreza?” nos leva a um momento de oração com Deus, uma reflexão à luz de sua Palavra.
Tomemos como texto iluminativo uma reflexão de Pe. Pedro Arrupe, então Prepósito Geral da Companhia de Jesus, feita em 1976, no Congresso Eucarístico de Filadélfia. Disse Pe. Arrupe: “Se em alguma parte do mundo existe fome, nossa celebração eucarística está de alguma maneira incompleta. Na Eucaristia recebemos Cristo que tem fome no mundo. Ele vem ao nosso encontro junto com os pobres, os oprimidos, os famintos da terra, que através dele nos olham esperando ajuda, justiça, amor expresso em ações. Não podemos receber plenamente o pão da vida, se não damos ao mesmo tempo pão para a vida daqueles que se encontram em necessidade onde quer que estejam.”

Essa afirmação nos questiona sobre nossa fé, já que não seguimos Jesus Cristo em sua generosidade e convivemos de modo omisso com a pobreza e com todos os seus males como a fome, a doença, a falta de instrução, e outros tantos. Se vivêssemos a Eucaristia, a partilha da Vida, não aceitaríamos essa situação vergonhosa, consequência do descaso, da falta de fé daqueles que afirmam crer em Deus, em um Ser que criou todos os homens de um modo igual.
O Apóstolo São Tiago já nos alertava em sua carta, quando escreveu que se vermos um irmão passando necessidade e não o socorrermos, de nada adiantará nossa fé porque “a fé, se não tiver obras, está completamente morta”. Tg 2,14-17

A pobreza de nossos irmãos nos enche a todos de muita vergonha, principalmente a nós que somos batizados e possuímos bens em abundância. Como é possível que em nosso meio existam pessoas em estado de miséria? Se algumas delas praticam atos considerados crimes como roubar alimentos e até dinheiro para poderem dar de comer a seus filhos ou comprar medicamentos para eles, a culpa é nossa, de nossa omissão. Se elas sentirem ódio ao verem seus entes queridos passarem necessidades, enquanto outros esbanjam seus bens, tudo é consequência da injustiça em que vivem. Justiça, segundo o direito divino, é o ser humano ter tudo aquilo que precisa para viver dignamente.

Não podemos fazer vista grossa ao que vemos em países do chamado Terceiro Mundo e começamos a ver também na Europa, ou seja, pessoas remexerem latas de lixo em busca de comida.
Será que nossa fé está no Evangelho de Jesus, que prega partilha, fraternidade? Ele não estará na posse de bens? Isso colabora no aumento do número de ateus. Falamos que Deus é Pai, que é Amor, não somos capazes de tratar o próximo como irmão. Se nossa avidez sinaliza que nosso céu, nosso paraíso está neste mundo, com seus bens, quem irá acreditar em nosso anúncio de vida eterna?

O dia em que, de fato, vivermos em plenitude nossa fé, dificilmente haverá pobre entre nós, porque seremos levados a amar mais o irmão que nossos bens. Nossa fé será comprovada pelos nossos atos, ao mesmo tempo que nosso céu não será aqui, onde a traça e o ferrugem destroem tudo o que consolidamos, mas será a Casa do Pai e ouviremos: “Vem bendito de meu Pai pois você me socorreu quando atendia a um dos meus irmãos mais pequenos, por sua causa diminuiu o número de pobres no mundo. Vem!”(CAS)

Evangelho (Lc 21,20-28)

Hoje, ao ler este santo Evangelho, como não ver o reflexo do momento presente, cada vez mais cheio de ameaças e mais tingido de sangue? «Na terra, as nações ficarão angustiadas, apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo» (Lc 21,25b-26a). A segunda vinda do Senhor tem sido representada, inúmeras vezes, pelas mais aterrorizadoras imagens, como parece ser neste Evangelho; sempre sob o signo do medo.

Porém, será esta a mensagem que hoje nos dirige o Evangelho? Fiquemos atentos às últimas palavras: «Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima» (Lc 21,28). O núcleo da mensagem destes últimos dias do ano litúrgico não é o medo; mas sim, a esperança da futura libertação, ou seja, a esperança completamente cristã de alcançar a plenitude da vida com o Senhor, na qual participarão, também, nosso corpo e o mundo que nos rodeia. Os acontecimentos narrados tão dramaticamente indicam, de modo simbólico, a participação de toda a criação na segunda vinda do Senhor, como já participou na primeira, especialmente no momento de sua paixão, quando o céu escureceu e a terra tremeu. A dimensão cósmica não será abandonada no final dos tempos, já que é uma dimensão que acompanha o homem desde que entrou no Paraíso.

A esperança do cristão não é enganadora, porque quando essas coisas começarem a acontecer —nos diz o próprio Senhor— «Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória» (Lc 21,27). Não vivamos angustiados perante a segunda vinda do Senhor, a sua Parúsia: meditemos, antes, nas profundas palavras de Santo Agostinho que, já no seu tempo, ao ver os cristãos temerosos frente ao regresso do Senhor, se pergunta: «Como pode a Esposa ter medo do seu Esposo?».

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mais de mil usinas a carvão serão construídas em todo o mundo nos próximos anos


Na última semana, organizações como a ONU e o Banco Mundial divulgaram relatórios mostrando a presença recorde de gases de efeito estufa na atmosfera e estimando como seria a vida em um mundo 4 graus mais quente. Mas nada indica que as emissões serão reduzidas em um futuro próximo. Pelo contrário: um estudo publicado pelo World Resources Institute (WRI) mostra que há mais de mil projetos de usinas termelétricas a carvão planejados para os próximos anos.
O carvão é uma das fontes de geração de energia mais poluentes que existe, além de ser um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global. Estima-se que cerca de 60% do carvão consumido no planeta é usado para gerar energia.
Segundo o WRI, 1.199 novas usinas a carvão, com uma capacidade total de 1,4 milhão de MW, estão sendo propostas globalmente. Os projetos estão espalhados em 59 países, mas três quartos dessas usinas devem ser construídos em apenas dois países, Índia e China. Segundo o estudo, o mercado global de carvão passa por uma mudança de eixo, saindo do Atlântico – Reino Unido, França e Estados Unidos – e passando para o Pacífico, com Japão, China, Índia e Coreia do Sul. Mas isso não significa que os países europeus estão mais “verdes”, já que a Europa continua sendo um dos principais importadores de carvão do mundo.
O Brasil aparece na lista com um projeto de construção de usina a carvão, a termelétrica Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, com capacidade para gerar 720 MW. A usina, em fase de construção, recebeu licença ambiental em 2006. A termelétrica é administrada pela MPX Energia, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, e custou R$ 3 bilhões.
Foto: Usina termelétrica na Alemanha. Carsten Koall/GettyImages
(Bruno Calixto) (Fonte:Blog do Planeta)