quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FÉ E LUZ: DEUS CONTINUA A OLHAR PARA OS MAIS POBRES

O Movimento Fé e Luz é uma comunidade que transmite muito amor, comunhão e fidelidade. Basta-nos o amor de Deus. O amor capaz de nos transformar em instrumentos de Deus para promovermos a paz. Não somos pessoas ausentes na sociedade, estamos presentes sim, levando na bagagem a luz pelo qual o mundo precisa para poder encontrar Jesus. Jesus está presente naqueles que mais necessitam, nas pessoas com deficiência intelectual. Deus continua a olhar para os mais pobres do mundo e escolhe-os para poder confundir os que se dizem poderosos.
Estar no Fé e Luz significa encontrar amigos e fazer a experiência de encontro pessoal com Jesus nos pequenos. O Fé e Luz é um dos maiores eventos da humanidade porque reúne pessoas para dizer a Jesus com humildade: "Jesus, eu te amo". Foi assim que Deus falou por meio de uma criança num sábado a tarde ao lado do Frei Raimundo na Santa Missa em Aracaju. Rezemos para que o Fé e Luz continue firmemente nos braços de Jesus.
Carlos: Movimento Fé e Luz de São José de Mipibu

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Chamados a dar frutos

No pátio da Igreja Santo Antonio local do início da história de Aracaju.

FÉ E LUZ: CHAMADOS A DAR FRUTOS

MOVIMENTO FÉ E LUZ
PROVÍNCIA RENASCER
2ª ASSEMBLEIA PROVINCIAL
O tema da 2ª Assembleia Provincial realizada em Aracaju, “chamados a dar frutos”, foi bem trabalhado durante os dias 20, 21 e 22 de setembro. Reunimos com pessoas de Aracaju, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte. Foi uma assembleia produtiva com a participação da vice coordenadora internacional, Maria Sílvia. Os momentos de oração, partilha, eleição e prioridades foram pontos fortes na assembleia.
Um ponto importante colocado na assembleia foi uma citação do livro “Nunca mais sozinhos” que serve para a nossa reflexão: “A continuação de Fé e Luz está nas mãos de cada um de nós. Que o Espírito Santo nos dê sua luz, sua força, seu sopro criador e sua sabedoria” (p.113). Que as lideranças do Fé e Luz se fortaleçam no serviço aos mais necessitados por obra e graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Um outro ponto fundamental foi a eleição do coordenador da Província Renascer, Denisson. Eleito para o serviço, doação ao reino de Deus que se faz presente nos mais necessitados. Denisson não coordenará sozinho, pois, ele tem os vices-coordenadores da Província para auxiliar: Maria Cristina, Marcos, Carmélia, Ana Lúcia Sebastião e Ana Lúcia Santos. Também foram eleitos para equipe de nomeação: Teresa Leandro, Luizela e José Antonio. Rezemos para o fortalecimento do Fé e Luz.

(Carlos Alberto: Fé e Luz de São José de Mipibu)

domingo, 15 de setembro de 2013

A regeneração da figura do pai e a violência na sociedade

13/09/2013

É notória a crise da figura do pai na sociedade contemporânea. Por função parental, ele é o principal criador do limite para os filhos e filhas. Seu eclipse provocou um crescimento de violência entre os jovens nas escolas e na sociedade, que é exatamente a não consideração dos limites.

O enfraquecimento da figura do pai, desestabilizou a família. Os divórcios aumentaram de tal forma que surgiu uma verdadeira sociedade de famílias de divorciados. Não ocorreu apenas o eclipse do pai mas também a morte social do pai.

A ausência do pai é, por todos os títulos,  inaceitável. Ela desestrutura os filhos/filhas, tira o rumo da vida, debilita a vontade de assumir um projeto e ganhar autonomamente a própria vida.

Faz-se urgente um re-engendramento, sobre outras bases,  da figura do pai. Para isso antes de mais nada é de fundamental importância, fazer a distinção entre  os modelos de pai e oprincípio antropológico do pai. Esta  distinção, descurada em tantos debates, até científicos, nos ajuda a evitar mal-entendidos e a resgatar o valor inalienável e permanente da figura do pai.

A tradição psicanalítica deixou claro que o pai  é responsável pela primeira e necessária ruptura da intimidade mãe-filho/filha e a introdução do filho/filha num outro continente, o transpessoal, dos irmãos/irmãs, dos avós, dos parentes e de outros da sociedade.

Na ordem  transpessoal e social, vige a ordem, a disciplina, o direito, o dever, a autoridade e os limites que devem valer entre um grupo e outro. Aqui as pessoas trabalham, se conflituam e realizam projetos de vida Em razão disso, os filhos/filhas devem mostrar segurança, ter coragem e disposição de fazer sacrifícios, seja para superar dificuldades, seja para alcançar algum objetivo.

Ora, o pai é o arquétipo e a personificação simbólica destas atitudes. É a ponte para o mundo transpessoal e social. A criança ou o jovem ao entrar nesse novo mundo, devem poder orientar-se por alguém. Se lhes faltar essa referência, se sentem inseguros, perdidos e sem capacidade de iniciativa.

É neste momento que se instaura um processo de fundamental importância para a jovem psiqué  com consequências para toda vida: o reconhecimento da autoridade e a aceitação do limite que se adquire através da figura do pai.

A criança vem da experiência da mãe, do aconchego, da satisfação dos seus desejos, do calor da intimidade onde tudo é seguro, numa espécie de paraíso original. Agora, tem que aprender algo de novo: que este novo mundo não prolonga simplesmente a mãe; nele, há conflitos e limites. É o pai que introduz a criança no reconhecimento desta dimensão. Com sua vida e exemplo, o pai surge como portador de autoridade, capaz de impor limites e de estabelecer deveres.

É singularidade do pai ensinar ao filho/filha o significado destes limites e o valor da autoridade, sem os quais eles não ingressam na sociedade sem  traumas. Nesta fase, o filho/filha se destacam da mãe, até não querendo mais lhe obedecer e se aproximam do pai: pede para ser amado por ele  e esperam dele orientações para a vida. É tarefa do pai explicar ajudar a superar a tensão com a mãe  e recuperar a harmonia com ela.

Operar esta verdadeira pedagogia é  desconfortável. Mas se o pai concreto não a assumir está prejudicando pesadamente seu filho/filha, talvez de forma permanente.

O que ocorre quando o pai está ausente na família ou há uma família apenas materna? Os filhos parecem mutilados, pois se mostram inseguros e se sentem incapazes de definir um projeto de vida. Têm enorme dificuldade de aceitar o princípio de autoridade e a existência de limites.

Uma coisa é este princípio antropológico do pai, uma estrutura permanente, fundamental no processo de individuação de cada pessoa. Esta função personalizadora não está condenada a desaparecer. Ela continua e continuará a ser internalizada pelos filhos e filhas, pela vida afora, como uma matriz na formação sadia da personalidade. Eles a reclamam.

Outra coisa são os modelos histórico-sociais que dão corpo ao princípio antropológico do pai. Eles são sempre cambiantes, diversos nos tempos históricos e nas diferentes culturas. Eles passam. 

Uma coisa, por exemplo,  é a forma do pai patriarcal do mundo rural com fortes traços machistas. Outra coisa ainda é o pai da cultura urbana e burguesa que se comporta mais como amigo que como pai e aí se dispensa de impor limites.

Todo este processo não é linear. É tenso e objetivamente difícil mas imprescindível. O pai e a mãe devem se coordenar, cada um na sua missão singular, para agirem corretamente. Devem saber que pode haver avanços e retrocessos; estes pertencem à condição humana concreta e são normais.

Importa também reconhecer que, por todas as partes, surgem figuras concretas de pais que com sucesso enfrentam as crises, vivem com dignidade, trabalham, cumprem seus deveres, mostram responsabilidade e determinação e desta forma cumprem a função arquetípica e simbólica para com os filhos/filhas. É uma função indispensável para que eles amadureçam e ingressem na vida sem traumas  até que se façam eles mesmos pais e mães de si mesmos. É a maturidade.
 Fonte: Leonardo Boff

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Movimento Fé e Luz tem História

Foto
Movimento Fé e Luz em 2003
A perseverança e a unidade foi sempre uma constante nesse Movimento












domingo, 8 de setembro de 2013

Francisco na Vigília pela paz: A guerra é o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade

Por Assessoria de Imprensa   
08 / Set / 2013 09:18
A Praça São Pedro ficou lotada na noite deste sábado com cerca de cem mil pessoas que, provenientes de todas as partes, se reuniram em torno do Santo Padre respondendo assim a seu convite a uma Vigília de jejum e oração em favor da paz na Síria, no Oriente Médio e no mundo inteiro. A iniciativa do Pontífice – de um Dia de oração e jejum em favor da paz – foi vivida por milhões de pessoas no mundo inteiro, fiéis cristãos e de outras religiões, e pessoas de boa vontade.
Em consonância com o tom penitencial do encontro, acompanhado pelo Cardeal Angelo Comastri, o Santo Padre chegou a pé ao patamar da Basílica de São Pedro, tendo passado pela Basílica vaticana.

Em espírito de oração e grande recolhimento, após ser entoado o canto do Veni Creator (Vinde, Espírito Criador), a recitação do Terço diante do ícone mariano da Salus populi Romani (Protetora do povo Romano), intercalado de leituras, o Santo Padre dirigiu a sua reflexão aos presentes e a todos aqueles que acompanharam a Vigília pela televisão.

Dividida em três pontos e partindo da narração bíblica da origem do mundo e da humanidade, contida no livro do Gênesis, o Papa Francisco insistiu sobre a mensagem da bondade da Criação de Deus.

"Toda a criação constitui um conjunto harmonioso, bom, mas os seres humanos em particular, criados à imagem e semelhança de Deus, formam uma única família, em que as relações estão marcadas por uma fraternidade real e não simplesmente de palavra: o outro e a outra são o irmão e a irmã que devemos amar, e a relação com Deus, que é amor, fidelidade, bondade, se reflete em todas as relações humanas e dá harmonia para toda a criação. O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro, pelo bem do outro."

A criação conserva a sua beleza que nos enche de admiração; ela continua a ser uma obra boa. Mas há também “violência, divisão, confronto, guerra”, continuou. "Isto acontece quando o homem, vértice da criação, perde de vista o horizonte da bondade e da beleza, e se fecha no seu próprio egoísmo."

Dito isso, o Papa afirmou que "quando o homem pensa só em si mesmo, nos seus próprios interesses e se coloca no centro, quando se deixa fascinar pelos ídolos do domínio e do poder, quando se coloca no lugar de Deus, então deteriora todas as relações, arruína tudo; e abre a porta à violência, à indiferença, ao conflito".

Quando isso acontece, "quebra a harmonia com a criação", chega a levantar a mão contra o irmão para matá-lo.

Podemos dizer que da harmonia se passa à desarmonia? Não – respondeu o Papa. Não existe a “desarmonia”: ou existe harmonia ou se cai no caos, onde há violência, desavença, confronto, medo...

E fazendo um forte chamado à consciência de cada um, o Pontífice disse:

"È justamente nesse caos que Deus pergunta à consciência do homem: «Onde está o teu irmão Abel?». E Caim responde «Não sei. Acaso sou o guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9).

Esta pergunta – continuou - também se dirige a nós, assim que também a nós fará bem perguntar:

"Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa sermos guardas uns dos outros! Contudo, quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose: o irmão que devíamos guardar e amar se transforma em adversário a combater, a suprimir."

"Quanta violência surge a partir deste momento, quantos conflitos, quantas guerras marcaram a nossa história! Basta ver o sofrimento de tantos irmãos e irmãs. Não se trata de algo conjuntural, mas a verdade é esta: em toda violência e em toda guerra fazemos Caim renascer. Todos nós!"

Com ênfase, Francisco ressaltou que "ainda hoje prolongamos esta história de confronto entre irmãos, ainda hoje levantamos a mão contra quem é nosso irmão. Ainda hoje nos deixamos guiar pelos ídolos, pelo egoísmo, pelos nossos interesses; e esta atitude se faz mais aguda: aperfeiçoamos nossas armas, nossa consciência adormeceu, tornamos mais sutis as nossas razões para nos justificar. Como fosse uma coisa normal, continuamos a semear destruição, dor, morte! A violência e a guerra trazem somente morte, falam de morte! A violência e a guerra têm a linguagem da morte!"

A esse ponto, o Papa perguntou-se se é possível percorrer outro caminho, se podemos sair desta espiral de dor e de morte. "Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz?"

"Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da Salus Populi romani, Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos!" – ponderou.

Na cruz podemos ver a resposta de Deus – frisou: "ali à violência não se respondeu com violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte. No silêncio da Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão, do diálogo, da paz."

O Santo Padre disse querer pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos, os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: "a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade".

Francisco recordou que perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Oriente Médio, em todo o mundo!

E concluiu com uma veemente exortação: "Rezemos pela reconciliação e pela paz, e nos tornemos todos, em todos os ambientes, em homens e mulheres de reconciliação e de paz."
Fonte: Rádio Vaticano.