quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Reflexão com o Padre Matias Soares

Padre Matias Soares
A Campanha da Fraternidade-2013 é uma oportunidade fantástica para que os jovens sejam acolhidos pela Igreja e assumam o seu protagonismo.
 


Ano Novo da Juventude

O ano novo da juventude começa

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro da Silva, publicou no primeiro dia de 2013 uma carta aberta a todos os vigários paroquiais e presbíteros do país.
Na carta, dom Eduardo fala sobre a garantia histórica do espaço adquirido pela juventude dentro da Igreja ao longo dos anos e do grande encontro de 2013, a Jornada Mundial da Juventude.
Leia a íntegra da carta de dom Eduardo:
Caros irmãos Párocos e Administradores Paroquiais,
Vigários Paroquiais e demais Presbíteros.
“Serão vocês, jovens, que recolherão a tocha das mãos dos seus antepassados e viverão no mundo no momento das mais gigantescas transformações”.
Com esta afirmação profética e mensagem de confiança, o Papa Paulo VI, na conclusão do Concílio Vaticano II em 1963, se dirigia aos jovens e, quem sabe, a muitos de vocês, que hoje são sacerdotes e religiosos. Passados estes cinquenta anos, vislumbramos estas gigantescas transformações incidindo principalmente na vida dos jovens. Junto aos benefícios, a tão falada “mudança de época” tem trazido grandes desafios para a realização de sua vida e o amadurecimento da sua vocação de discípulos missionários. No final de sua reflexão, o Papa ainda afirmava sobre a perene missão da Igreja de garantir a novidade dos tempos: “A Igreja olha para vocês com confiança e com amor. [...] Ela é a verdadeira juventude do mundo”. Certamente, a partir desta convicção e motivação os pronunciamentos posteriores de nossa Igreja latino-americana e brasileira se encheram de coragem para garantir em sua história um espaço privilegiado para a juventude.
E agora estamos aqui, às portas de 2013, um ano todo especial para a Igreja do Brasil que deseja entender melhor a vontade de Deus por meio da vida, da fala, da presença, da participação dos jovens em seu meio! Propomo-nos a acreditar mais nos jovens, como agentes de transformação, sujeitos de direitos, amigos privilegiados de Jesus Cristo, verdadeiros missionários entre os próprios colegas.
Em 2013, emprestemos os olhos dos jovens para enxergar com mais realismo os sofrimentos do mundo e as belezas do tempo presente! Escutemos com seus ouvidos o cântico que gera esperança e o grito daqueles que não conseguem nem mesmo gritar! Abramos nossas bocas e escancaremos palavras de incentivo aos jovens, convocando-os a se sentarem no lugar que por tanto tempo, em muitos ambientes, ficou vazio por nossa culpa! Afinemos nosso olfato para sentir o perfume da vida de tantos jovens que buscam viver com coerência sua vida de cristão e cidadão, exalando o desejo de santidade pessoal, de fraternidade universal, de sociedade sem misérias e violências! Aproximemos o nosso coração ao coração deles para nos renovarmos no ardor pela vida, na sensibilidade pelo presente, na paixão pelas pequenas coisas, na exigência pela verdade, na vibração pela vocação assumida. Sintamos nossas mãos agindo pelas mãos dos jovens! Caminhemos pelos novos areópagos que somente os jovens podem nos mostrar! Com eles, ousemos mudar aquelas estruturas arcaicas que não só não falam mais aos jovens, mas também não falam mais de Deus e de seu projeto de Reino.
Deus está nos abençoando com este “ano novo da juventude”: Campanha da Fraternidade, Jornada Mundial da Juventude, Semana Missionária! Cresce o interesse em priorizar este tema nas dioceses, paróquias, comunidades, congregações religiosas, etc. Estamos certos de que não somente a juventude será beneficiada com as nossas novas atitudes, projetos, mentalidades, mas a própria Igreja que é chamada a se espelhar nela para manter viva a chama e o compromisso de amar sem limites, a todos e com tudo. Sem dúvida, as novas gerações necessitam da Igreja; mas Ela não conseguirá cumprir plenamente sua missão se não se render à perene novidade do Espírito Santo que fala a todos, mas quer passar de um modo todo particular pela vida, linguagem, cultura, coração dos jovens que, na sua essência, são capazes de quebrar barreiras, ousar novidades, agir apaixonadamente, amar sem medida, sacrificar-se pelas grandes causas, viver cada instante presente como se fosse único. Os jovens têm muito a nos ensinar; é só estarmos ao seu lado e dizer-lhes: “chamo-vos amigos”, os amamos com o coração de Cristo, o eternamente jovem e portador de novidade!
Feliz Ano Novo nas asas do Espírito Santo que nos garante a paz e nos conduzirá às urgentes novidades, no aconchego dos braços de Maria, Mãe de Deus e nossa, no coração dos jovens que nos aguardam ansiosos por novas batidas de amor.

Dom Eduardo Pinheiro da Silva
Bispo Auxiliar de Campo Grande (MS)
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB


Os frutos do Espírito Santo mostram que Deus desempenha um papel real na vida dos cristãos. [311]

FIDES ET RATIO (FÉ E RAZÃO)

"Não há motivo para existir concorrência entre a razão e a fé: uma implica a outra, e cada qual tem o seu espaço próprio de realização" (FIDES ET RATIO, 17).

Campanha da Fraternidade 2013 será lançada em 13 de fevereiro



Brasília (RV) - Será lançada no dia 13 de fevereiro próximo, Quarta-Feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). O tema deste ano é "Fraternidade e Juventude” e o lema "Eis-me aqui, envia-me!" (Is 6,8).

Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, em sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática "juventude" tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.

O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

"Dentro do sentido da palavra 'acolher' está o valorizar, o respeitar o jovem que vive nesta situação de mudança de época e isso não pode ser esquecido", destacou Dom Pinheiro.

Na Arquidiocese de Aparecida (SP), o lançamento da CF 2013 será no dia 31 de janeiro, em Guaratinguetá. A abertura será feita pelo Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Presidente da CNBB.


Em Natal

A programação de lançamento nacional será em Brasília, na sede da CNBB e também na cidade de Natal (RN), arquidiocese que deu início à Campanha, em 1962.

O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira da Rocha, falou da satisfação da arquidiocese em sediar o lançamento da CF 2013. "Será um momento de resgate da história da Campanha da Fraternidade, que começou aqui. Ficamos muito felizes pela compreensão da CNBB em nos conceder a alegria desse momento, na história da Campanha. Para nós, é muito significativo", disse o arcebispo.

O secretário executivo da Campanha da Fraternidade, Pe. Luiz Carlos Dias, lembrou que a edição de 2013, além de ser um momento comemorativo, será também um momento de revisão da Campanha da Fraternidade. "A Campanha tem um forte poder de evangelização e, por isso, precisamos, cada vez mais, aprimorá-la", ressaltou. Ele lembrou que a decisão de fazer o lançamento da em Natal foi do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), da CNBB.

Para o lançamento, ficou definida uma visita ao município de Nísia Floresta (RN) – lugar onde a Campanha terá início, na manhã da quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013; ainda no dia 14, à tarde, haverá uma entrevista coletiva com a imprensa; no dia 15, será realizado um seminário sobre a temática da CF 2013 – "Fraternidade e Juventude". Neste mesmo dia, às 17 horas, será realizada a solenidade oficial de lançamento, e, às 20h, na Catedral Metropolitana, será celebrada a missa, seguida de um show.

Segundo Pe. Luiz Carlos, antes, no dia 13, Quarta-Feira de cinzas, em Brasília, a presidência da CNBB receberá a imprensa, em entrevista coletiva.

Origem da CF

A primeira Campanha foi realizada na Arquidiocese de Natal em abril de 1962, por iniciativa do então administrador apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. O objetivo era fazer uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese. A comunidade rural de Timbó, no município de Nísia Floresta (RN), foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.

O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do administrador apostólico da arquidiocese às Rádios Rurais de Natal e Poty. Dizia, então, Dom Eugênio: "Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma característica do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão".

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 1964, a CNBB assumiu a Campanha da Fraternidade. (MJ/CNBB)

Reflexão com Padre Paulo

 
O Espirito Santo é o penhor da vida eterna, a garantia da benção ilimitada (Karl Rahner).

Em contraste com Concílio e Magistério considerar os hebreus inimigos da Igreja



Uma tradição do Magistério dos Papas e da Igreja que dura décadas, juntamente com o empenho para o diálogo inter-religioso, mostra que não é absolutamente possível falar dos hebreus como "inimigos da Igreja": afirmou o director da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, em resposta a alguns jornalistas que lhe pediam pedido um comentário sobre recentes declarações de Mons. Fellay, superior da Comunidade S. Pio X.
Permanecendo na linha dos princípios, Padre Lombardi quis destacar que a posição da Igreja Católica nas suas relações com os hebreus é expressa com autoridade particularmente no documento do Concílio Vaticano II Nostra Aetate, e que os Papas têm frequentemente demonstrado com palavras e actos a grande importância atribuída ao diálogo com os hebreus. Padre Lombardi também recordou as visitas muito significativas dos dois últimos Papas em diversas Sinagogas e ao Muro das Lamentações em Jerusalém. De Bento XVI, em particular, o Padre Lombardi recordou as visitas à sinagoga de Colónia (2005), a uma Sinagoga em Nova York (2008) e à Sinagoga de Roma (2010) Fonte: Rádio Vaticano