sábado, 8 de dezembro de 2012

NOSSA SENHORA




Imaculada! Admiravelmente, Imaculada!

Maria, a Virgem!
Totalmente de Deus, em corpo e alma,
sem "se", sem "talvez", sem "porém"!
Maria, a Virgem: Virgem Maria, Maria Virgem,
totalmente: a Toda de Deus, a Toda Santa!

Desde a eternidade, antes das montanhas,
antes do brilho do sol, antes do encanto das estrelas,
sonhada pelo Pai, querida pelo Pai, amada pelo Pai:
Imaculada!

Toda a humanidade atolada no pecado,
toda criação marcada pelo pecado,
todo o universo sob um misterioso jugo
do misterioso e multipresente pecado.
Mas ela, a Virgem, a Amada,
foi pensada, foi querida, foi criada
Imaculada!

Nascida do amor humano,
concebida da semente de Joaquim e Ana;
nascida do amor eterno do Pai
e na hora da concepção,
no instante mesmo da conceição,
a surpresa,
a graça grande, abundante, generosa, inesperada:
Imaculada!

Nela, no embrião, no feto, na nascitura Maria,
a cadeia do pecado, a pecaminosidade humana,
a sedução de Satanás jamais tocou:
ela seria toda íntegra, toda inteira, toda centrada:
Imaculada!

E assim, por querer do Pai,
por Mérito do Filho,
por Dom do Espírito,
ei-la criada, ei-la concebida:
Imaculada!

Algo novo começou, luz nova brilhou neste mundo breu:
já a Aurora do Dia que nasceria em Belém,
já a Estrela d'Alva do Sol que não tem ocaso,
já o prenúncio da vitória da Luz sobre a treva,
Graça sobre o pecado,
da Vida sobre a morte:
prenúncio bendito,
anúncio virginal,
prelúdio todo puro,
alvura ofuscante:
a Imaculada!

Hoje a Igreja, na proclamação da Palavra bendita,
mostra Maria, a prometida de José,
Prometida de Deus,
com dois nomes, nomes que a definem,
nomes que dizem tudo dela e muito de nós:
"Toda Agraciada" - Gabriel a chama,
"Serva" - ela mesma se denomina!

"Toda Agraciada" porque tudo é graça de Deus:
ela é toda cheia do favor do Senhor,
nela não há espaço, mínimo que seja,
para a des-graça do pecado:
Toda-Santificada, Toda-Purificada, Toda-Agraciada:
Imaculada!

E ela, a Toda Virgem, a Toda-de-Deus,
correspondeu a graça,
não deixou que o presente fosse vão na sua vida:
a Toda Agraciada fez-se Toda Serva:
"Sou Dele, sou do Senhor, sou Toda-de-Deus,
Toda-Imaculada!

Santa Maria,
Maria Virgem, Maria, a Virgem,
Maria de hoje, da festa de agora,
roa por nós, também agraciados,
faze-nos servos, faze-nos de Deus,
ainda que, pobres, como tu não sejamos:
Imaculados!



Escrito por Dom Henrique
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Assembleia da Infância e Adolescência Missionária recebe visita do Secretário Geral da CNBB



Os participantes da 17ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acontece sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF), iniciaram os trabalhos na manhã desta sexta-feira, 7, com uma missa presidida por dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília.
“Ser cristão, em primeiro lugar é ser seguidor e seguidora de Jesus, independentemente do serviço que prestamos na comunidade. O Evangelho nos mostra isso”, afirmou dom Leonardo.
Ao comentar sobre os símbolos do Advento, tempo litúrgico que prepara o Natal de Jesus, o bispo observou que, apesar da beleza do ambiente, “nós ainda não vimos o Menino”. Segundo ele, “existe algo próprio e extraordinário na experiência cristã que é ser tocado por Jesus, momento em que começamos a abrir os olhos. A sensação que temos é de que só conseguimos seguir Jesus de fato quando formos tocados por ele”.
Hoje a Igreja recorda Santo Ambrósio, bispo de Milão na Itália que batizou Santo Agostinho. “Agostinho esteve a caminho de Jesus por vários anos, mas somente quando foi tocado por ele na fala de Ambrósio é que começou ver algo extraordinário. Com isso, se torna um dos maiores pensadores da Igreja. Depois de ter sido tocado e educado pela mãe, Santo Mônica que rezava todos os dias. Talvez as nossas crianças e adolescentes ao entrar na dinâmica missionária, vão seguindo Jesus, mas em determinado momento, depois de tanto anunciar Jesus, de repente percebam como é extraordinário conhecê-Lo. Isso por que foram atingidos lá dentro do coração”, destacou dom Leonardo em sua reflexão.
Em nome da CNBB, dom Leonardo agradeceu aos coordenadores estaduais da IAM pelos serviços prestados à Igreja em todo o Brasil. “Onde o trabalho da IAM acontece, as crianças transformam o ambiente, são sinais, a comunidades se torna ativa. As crianças são uma presença mais tranquila, de paz e fraternidade também no ambiente da escola”, disse. “No serviço que prestamos, Jesus vai abrindo os nossos olhos para percebermos cada vez mais, a grandeza dessa experiência de estarmos numa relação profunda com Ele e com a Trindade Santa. Nossas crianças e adolescentes na experiência que fazem de anunciar Jesus abrem os olhos para essa grandeza tão estupenda de serem cristãos seguidores, discípulos de Jesus e por isso, missionários”, concluiu.
No restante da manhã os participantes da Assembleia tiveram um momento de espiritualidade orientado Dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior (PI) e referencial para a dimensão missionária no estado do Piauí.
Fonte: CNBB
Por Fúlvio Costa   
Um momento de espiritualidade encerrou esta primeira manhã de atividades na 17ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acontece na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília e reúne os coordenadores estaduais da Obra.
Dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior (PI) e referencial para a dimensão missionária no Piauí, fez várias reflexões a cerca do sentido de ser missionário. A partir da Leitura Orante de João (4, 5-30) que relata a passagem de Jesus pela Samaria e seu encontro com a samaritana, os coordenadores da IAM fizeram a leitura, refletiram sobre o que quer dizer o texto, meditaram, partilharam, rezaram e fizeram contemplação.
“Jesus, nessa passagem, é a água que sacia a nossa sede. Ele vai a Samaria e deixa a sua mensagem através de uma necessidade: a água”, refletiu dom Zielski, que convidou os coordenadores a pensarem a passagem sob o aspecto missionário. No versículo 7, onde Jesus diz à samaritana, “dá-me de beber!”, o bispo continuou dizendo que trata-se de um momento que Jesus quer preencher a necessidade da pessoa. “Ele chega com água viva que é carregada de todo um simbolismo superior a dinheiro, a bens materiais. Naquele momento ele mostra o seu amor. É assim que deve ser o missionário”.
No versículo 18, “De fato, tiveste cinco maridos, e o que tens agora não é teu marido”, dom Eduardo voltou a falar da postura do missionário. “Jesus vê que ela é pecadora, mas não se afasta. O missionário, da mesma forma, jamais deve se indignar com a vida desregrada das pessoas, pois todos somos iguais perante a Deus”, exortou.
Ainda com base na leitura, os participantes da Assembleia foram convidados a ser como Jesus à samaritana: um balde de água viva, com fé, que leva a salvação e propaga a Palavra de Deus, como a samaritana que “deixou a sua bilha e foi à cidade, dizendo às pessoas: vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz (Jo 4, 29)”.
No momento de meditação da leitura, o bispo de Campo Maior trouxe a passagem à realidade dos missionários que trabalham diretamente com a IAM. “Jesus é o balde na leitura e nós devemos carregar esse balde conosco. Como está seu balde hoje? Cheio, transbordando, ou furado? Devemos ser testemunhas do Cristo”.
O exemplo de Paulo
A conversão de Saulo foi outro ponto enfatizado na espiritualidade orientada por dom Eduardo. Em Atos dos Apóstolos (9, 1-19) ele destacou quatro pontos cruciais para a conversão daquele que foi o maior missionário do Cristianismo. “A conversão de Saulo acontece do encontro pessoal com Jesus Cristo. Quando Paulo conhece o Cristo, ele descobre que Jesus é autêntico e não um mero fundador de uma nova religião; descobre que Jesus ressuscita para nunca mais morrer; que Israel não é mais uma nação de um só povo, mas de todos os seguidores de Cristo por meio do batismo”.
Dom Eduardo ainda exortou os missionários a espalhar a Boa Nova, a fazerem como a samaritana que foi e anunciou o Cristo. O bispo confirmou também que o verdadeiro missionário é aquele que acredita naquilo que anuncia. “Missionários, anunciem o Evangelho a todos os povos, não guardem para si a mensagem de Jesus Cristo, façam como a samaritana e tenham convicção. Só pode ser missionário se acreditar no anúncio e só pode acreditar se você já teve um encontro pessoal com Ele”.
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Nota do Conselho Episcopal do Regional Nordeste 2 da CNBB

Na manhã desta sexta-feira, 30 de novembro, o  Conselho Episcopal do Regional Nordeste 2 da CNBB divulgou nota em solidariedade com as famílias atingidas pela seca. 
“Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber”. (Mt 25,35)
Nós, Bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB, solidários com o povo sofrido, cujas amarguras se agravam por causa do longo período da falta das chuvas, nos unimos às vozes dos que sofrem, com um apelo veemente para que sejam tomadas, com a urgência que a situação exige, as providências necessárias a fim de minimizar as sequelas devastadoras da seca que, mais uma vez, assola o Nordeste. Lamentamos que, mesmo contando com os conhecimentos da ciência e os recursos da tecnologia, as autoridades competentes não tenham implementado as ações necessárias e possíveis para que a seca não se tornasse, outra vez, uma experiência devastadora.
Expressamos nossa solidariedade às famílias vitimadas por esta estiagem que se apresenta como a mais severa dos últimos 30 anos, enquanto buscamos o dialogo com as autoridades e a sociedade civil, numa linha de colaboração. Queremos contribuir com a formulação, execução e monitoramento de políticas públicas emergenciais que venham possibilitar o acesso à água para consumo das famílias e dos seus rebanhos. Em nossa condição de Pastores Diocesanos, não como técnicos, vimos solicitar aos Poderes Públicos competentes a necessária agilidade, eficiência e transparência na execução dessas políticas públicas emergenciais que possam amenizar a sede e a fome das pessoas e dos rebanhos, na cidade e no campo, em centenas de Municípios de nossos Estados. Alertamos para a necessidade de um vigilante exercício da cidadania, a fim de que não haja uma instrumentalização política e social dessa adversidade enfrentada pelo povo, para explorar, promover trocas ilícitas de favores, criar ou fortalecer relações de dependência. Estas práticas tornam a situação mais terrível e ferem a dignidade de nossos irmãos e irmãs mais diretamente atingidos pela seca. 
Em face da realidade da seca, consideramos serem necessários a concentração dos esforços necessários e o investimento dos recursos possíveis em iniciativas concretas que promovam a convivência com o semiárido nordestino, através de programas específicos do Estado, em parceria com as experiências da sociedade civil, entre as quais se incluem as da Igreja, valorizando, apoiando e incentivando projetos, desde os mais simples aos mais amplos, que garantam a captação, distribuição e uso racional da água. No contexto atual, os escassos recursos hídricos devem ser melhor aproveitados e estocados de forma eficaz, a fim de que nos próximos períodos de estiagem, não nos encontremos tão despreparados para conviver com este fenômeno que atinge 80% do nosso território. O problema da seca no Nordeste, todavia, exige intervenções estruturantes. Desde que adotadas, as ações estruturantes haverão de melhorar a qualidade de vida dos habitantes do semiárido, a médio e longo prazo. Dentre essas políticas estruturantes, destacamos como prioridade a conclusão das obras, em curso, para transposição de águas do Rio São Francisco para os Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Convocamos nossas comunidades cristãs, especialmente aquelas pertencentes à jurisdição das Arquidioceses e Dioceses do Regional Nordeste 2 da CNBB, a juntos enfrentarmos, com coragem, as provações do momento. Iluminados pela fé, além de enxergarmos as causas e consequências do que estamos vivendo, podemos vislumbrar “o novo que há de vir”.
Que as luzes e as esperanças do Natal de Jesus nos mantenham unidos aos nossos irmãos e irmãs, nesta adversidade da seca, através da força profética da solidariedade que pode e deve se manifestar de muitas formas, em nossas comunidades.

Recife, 30 de novembro de 2012
Memória do Apóstolo Santo André

Dom Genival Saraiva de França
Bispo de Palmares - PE
Presidente do Regional Nordeste 2
Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap
Bispo de Campina Grande - PB
Vice-Presidente
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Guarabira - PB
Secretário
Dom José Luiz Ferreira Salles, CSSR
Bispo de Pesqueira – PE
Bispo referencial da Comissão Regional de Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz
Fonte: Assessoria de imprensa - CNBB NE2

Um comentário:

Bela iniciativa dos nossos pastores em manifestar vossa preocupação com os filhos de Deus que passam por esta dificuldade da seca. Que haja uma política pública que de fato veja este problema como algo a ser discutido e resolvido para o bem de todos que sofrem com esta dificuldade. Que a graça de Deus seja nossa força!

Pe. Matias Soares
Pároco de São José de MIpibu-RN
Exaltação da mulher é proclamação da santidade da vida e da grandeza do ser humano na fragilidade da criança. Estamos em Advento da Criança.(Dom Mauro Morelli)

Santo Ancelmo (século XII)escreve: "Deus gerou aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz aquele por quem tudo foi salvo".


  






No Compasso do Brasil: os festivais



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Cidade do Vaticano (RV) – Em plena ditadura militar, os festivais eram uma válvula de escape: seja para os artistas, seja para o público que, na maior parte das vezes, podia acompanhar, cantar, dançar e estar perto dos novos ídolos sem temer o punho forte dos militares.

Os festivais da TV Record em São Paulo atraíam não só as melhores vozes e compositores do país, não só o público, mas também os censores. Como então, sob os ouvidos atentos daqueles que controlavam tudo, o Brasil viveu um dos maiores momentos de expressão cultural que o país vivera?

Neste programa vamos acompanhar Zé Galia que, com seus conhecimentos da música brasileira, conduz Rafael Belincanta e os ouvintes em mergulho rápido pelas águas turbulentas porém ritmadas dos festivais. No final, uma grande surpresa aos ouvintes: um trecho da gravação original de um dos vencedores dos festivais, hoje um dos grandes poetas vivos da nossa música. Não deixe de acompanhar!