Painel reflete missão do leigo na Igreja |
"A missão do leigo à luz do Vaticano II" é
o tema de um painel, que será realizado quinta-feira próxima, dia 25,
às 19 horas, no auditório da Escola Doméstica, no bairro do Tirol,
Natal. O auditório, conhecido como "Espaço Luz", tem acesso pela Rua
Prefeita Eliana Barros, nº 2000.
O evento faz parte da programação desenvolvida pela Arquidiocese de Natal alusiva ao centenário de Otto de Brito Guerra e aos 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II. O painel terá como palestrantes os professores Otto Santana e Lúcia Santos. O mediador será o professor Marcos Guerra. A atividade tem entrada franca e é aberta a quem desejar participar. Na ocasião, haverá o lançamento do livro "Otto Guerra: traços e reflexões de uma vida", de autoria de Zélia Guerra Seabra, filha de Otto Guerra. Segundo a autora, o leitor encontrará no livro informações sobre a vida de Otto Guerra e a relação dele com a Igreja. Há textos escritos pelo próprio homenageado e textos escritos por contemporâneos dele. "Escrevi o livro como forma de homenagear meu pai, um homem que foi um servo de Deus. Ele assumia, verdadeiramente, o papel de cristão, em todos os aspectos e em todos os lugares. Era um cristão comprometido", diz a autora. Otto Guerra foi leigo com atuação destacada, nas ações da Arquidiocese de Natal. Ele faleceu, em Natal, em março de 1996. (Fonte: Arquidiocese de Natal) |
Foto: Cacilda Medeiros |
Grupo responsável pela organização do Painel, durante reunião |
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Mensagem do dia
A verdadeira liberdade está em Jesus! A verdadeira liberdade não está no mundo e nas coisas dele, mas em Jesus Cristo! Ele é a salvação e é direito de todos os povos conhecê-Lo, pois Ele é a luz das nações. E que todas as nações tenham o direito de conhecer e reconhecer Nosso Senhor Jesus Cristo como o único Senhor e Salvador! E não foram homens que nos apresentaram essa verdade, mas foi o próprio Jesus quem a trouxe do céu. Ele é a verdade.
Neste mundo de morte, cuja mentalidade e cultura são de morte, Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Queira caminhar por esse caminho. Jesus é o único Salvador, por isso, queira levar muitos a esse caminho. Todos têm o direito de conhecê-Lo e ser salvos por Ele. Ele é a luz das nações: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (João 8, 12).
Fale de Cristo, do amor de Deus, da salvação do Evangelho – oportuna e inoportunamente – como nos é ensinado na Palavra de Deus por meio de muitos profetas e do grande apóstolo Paulo.
“Proclama a Palavra, insiste oportuna ou inoportunamente, convence, repreende, exorta, com toda a paciência e com a preocupação de ensinar” (II Timóteo 4,2).
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Home > Igreja > 23/10/2012 19:38:20
Supostos sequestradores de sacerdotes congoleses pedem resgate
Kinshasa (RV) - Os supostos sequestradores de três religioso congoleses da Congregação dos Agostinianos da Assunção, sequestrados no último sábado em Mbau, cerca de 20 km de Beni, fizeram um pedido de resgate através de um telefonema. Foi o que informou à Agência Fides o bispo de Butembo-Beni, Dom Melchisedech Paluku.
Dom Paluku demonstra no entanto prudência em relação à veracidade das exigências: “Estamos ainda no aguardo de encontrar um canal confiável para dialogar com os sequestradores”, afirmou.
A Conferência Episcopal do Congo (CENCO) emitiu uma nota onde, além de condenar o seqüestro, faz um apelo aos seqüestradores em favor da salvaguarda da integridade física e moral dos três sacerdotes, pedindo que estes sejam libertados incondicionalmente para que possam continuar seu serviço pastoral e de assistência à população de Mbau. (JE)
Supostos sequestradores de sacerdotes congoleses pedem resgate
Kinshasa (RV) - Os supostos sequestradores de três religioso congoleses da Congregação dos Agostinianos da Assunção, sequestrados no último sábado em Mbau, cerca de 20 km de Beni, fizeram um pedido de resgate através de um telefonema. Foi o que informou à Agência Fides o bispo de Butembo-Beni, Dom Melchisedech Paluku.
Dom Paluku demonstra no entanto prudência em relação à veracidade das exigências: “Estamos ainda no aguardo de encontrar um canal confiável para dialogar com os sequestradores”, afirmou.
A Conferência Episcopal do Congo (CENCO) emitiu uma nota onde, além de condenar o seqüestro, faz um apelo aos seqüestradores em favor da salvaguarda da integridade física e moral dos três sacerdotes, pedindo que estes sejam libertados incondicionalmente para que possam continuar seu serviço pastoral e de assistência à população de Mbau. (JE)
As cotas e a democracia
A democracia plena
pressupõe a igualdade de condições de todos os membros da sociedade. A
"discriminação positiva" pode ser um dos caminhos.
Foi assinado no último dia 15 o decreto que regulamenta a Lei de Cotas
aprovada pelo Congresso Nacional determinando a reserva de metade das
vagas de universidades públicas e institutos federais para alunos de
escolas públicas, negros e índios. Nas palavras da própria presidenta
Dilma Rousseff, trata-se de uma medida que contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil
com os jovens pobres, enfrentando o duplo desafio de democratizar o
acesso às universidades e manter o alto nível de ensino com respeito à
meritocracia.
A adoção de política de cotas nas universidades federais soma-se a outras conquistas importantes no campo da promoção da igualdade racial. Assim como a adesão do Brasil às resoluções da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, em 2001; a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em 2010, e a declaração pelo Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade das políticas de ações afirmativas para negros nas universidades, em 2011, a aprovação da Lei de Cotas marca a consagração das políticas de ações afirmativas como mecanismos constitucionais justos e necessários para a promoção da igualdade racial.
Trata-se de uma conquista que é fruto da luta dos movimentos sociais negros e que confirma um novo marco para a interpretação dos textos legais e para a elaboração de políticas públicas no Brasil. A partir do reconhecimento do executivo, do legislativo e do judiciário quanto à constitucionalidade e à pertinência das políticas de cotas, superamos mais uma etapa na luta por políticas de promoção da igualdade no país.
Com melhores condições para o acesso dos negros à universidade, o Brasil torna-se mais democrático e desenvolvido. Não se pode falar em desenvolvimento numa sociedade que convive passivamente com a exclusão da maioria da população. Uma sociedade só pode ser reconhecida como democrática quando promove alargamento do espaço público, inclusão social e afirmação de novos direitos. A eliminação do racismo é condição necessária para o desenvolvimento nacional e para o estabelecimento da democracia real no Brasil.
As cotas não são uma panaceia, mas significam a incorporação progressiva da promoção da igualdade racial como um dos objetivos de uma governança democrática para o século 21. Assim, fica o desafio de, além de promover a inclusão dos negros, permanecermos na tarefa de denunciar o racismo como gerador de desigualdades e afirmar novos campos nos quais as políticas públicas precisam agir para corrigir desigualdades históricas. O combate ao extermínio da juventude negra é, por exemplo, uma destas outras tarefas que seguem latentes na agenda nacional. Festejemos as conquistas e vamos aos próximos passos!
Artigo de Felipe da Silva Freitas, bacharel em direito. Como membro do Núcleo de Estudantes Negras e Negros da Universidade Estadual de Feira de Santana (2005 – 2010), participou dos debates pela implantação de política de cotas naquela instituição. (Fonte: Mundo Jovem)
A adoção de política de cotas nas universidades federais soma-se a outras conquistas importantes no campo da promoção da igualdade racial. Assim como a adesão do Brasil às resoluções da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, em 2001; a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em 2010, e a declaração pelo Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade das políticas de ações afirmativas para negros nas universidades, em 2011, a aprovação da Lei de Cotas marca a consagração das políticas de ações afirmativas como mecanismos constitucionais justos e necessários para a promoção da igualdade racial.
Trata-se de uma conquista que é fruto da luta dos movimentos sociais negros e que confirma um novo marco para a interpretação dos textos legais e para a elaboração de políticas públicas no Brasil. A partir do reconhecimento do executivo, do legislativo e do judiciário quanto à constitucionalidade e à pertinência das políticas de cotas, superamos mais uma etapa na luta por políticas de promoção da igualdade no país.
Com melhores condições para o acesso dos negros à universidade, o Brasil torna-se mais democrático e desenvolvido. Não se pode falar em desenvolvimento numa sociedade que convive passivamente com a exclusão da maioria da população. Uma sociedade só pode ser reconhecida como democrática quando promove alargamento do espaço público, inclusão social e afirmação de novos direitos. A eliminação do racismo é condição necessária para o desenvolvimento nacional e para o estabelecimento da democracia real no Brasil.
As cotas não são uma panaceia, mas significam a incorporação progressiva da promoção da igualdade racial como um dos objetivos de uma governança democrática para o século 21. Assim, fica o desafio de, além de promover a inclusão dos negros, permanecermos na tarefa de denunciar o racismo como gerador de desigualdades e afirmar novos campos nos quais as políticas públicas precisam agir para corrigir desigualdades históricas. O combate ao extermínio da juventude negra é, por exemplo, uma destas outras tarefas que seguem latentes na agenda nacional. Festejemos as conquistas e vamos aos próximos passos!
Artigo de Felipe da Silva Freitas, bacharel em direito. Como membro do Núcleo de Estudantes Negras e Negros da Universidade Estadual de Feira de Santana (2005 – 2010), participou dos debates pela implantação de política de cotas naquela instituição. (Fonte: Mundo Jovem)
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Home > Igreja > 22/10/2012 19:56:01
Roma: Jornada sobre Direito Patrimonial Canônico e Corresponsabilidade
Roma (RV) - "Prestar conta aos fiéis. A chave para a responsabilidade". Este é o tema da jornada de estudos sobre Corresponsabilidade e Direito Patrimonial Canônico que terá lugar na Pontifica Universidade Santa Cruz, em Roma, no próximo dia 22 deste mês.
O objetivo da iniciativa é refletir como se pode favorecer "a compreensão do tema dos bens temporais usados pela Igreja para atingir os seus fins, com o objetivo de aprimorar a sua gestão".
O encontro também busca estimular a "espiritualidade de comunhão", desejada pelo Beato João Paulo II, sobre a responsabilidade dos fiéis em contribuir para as exigências econômicas da Igreja.(JE)
Roma: Jornada sobre Direito Patrimonial Canônico e Corresponsabilidade
Roma (RV) - "Prestar conta aos fiéis. A chave para a responsabilidade". Este é o tema da jornada de estudos sobre Corresponsabilidade e Direito Patrimonial Canônico que terá lugar na Pontifica Universidade Santa Cruz, em Roma, no próximo dia 22 deste mês.
O objetivo da iniciativa é refletir como se pode favorecer "a compreensão do tema dos bens temporais usados pela Igreja para atingir os seus fins, com o objetivo de aprimorar a sua gestão".
O encontro também busca estimular a "espiritualidade de comunhão", desejada pelo Beato João Paulo II, sobre a responsabilidade dos fiéis em contribuir para as exigências econômicas da Igreja.(JE)
Home > Igreja > 2012-10-22 10:11:49
Homilia do Papa na missa do domingo 21 outubro 2012, Dia mundial das Missões
O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos
(cf. Mc 10,45)
Venerados irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!
Hoje a Igreja escuta mais uma vez estas palavras de Jesus, pronunciadas durante o caminho rumo a Jerusalém, onde devia cumprir-se o seu mistério de paixão, morte e ressurreição. São palavras que manifestam o sentido da missão de Cristo na terra, marcada pela sua imolação, pela sua doação total. Neste terceiro domingo de outubro, no qual se celebrar o Dia Mundial das Missões, a Igreja as escuta com uma intensidade particular e reaviva a consciência de viver totalmente em um perene estado de serviço ao homem e ao Evangelho, como Aquele que se ofereceu a si mesmo até o sacrifício da vida.
Dirijo a minha cordial saudação a todos vós, que encheis a Praça de São Pedro, nomeadamente as Delegações oficiais e os peregrinos vindos para festejar os novos sete Santos. Saúdo com afeto os Cardeais e Bispos que nestes dias estão participando da Assembléia sinodal sobre a Nova Evangelização. É providencial a coincidência entre esta Assembléia e o Dia das Missões; e a Palavra de Deus que acabamos de escutar se mostra iluminadora para ambas. Esta nos mostra o estilo do evangelizador, chamado a testemunhar e anunciar a mensagem cristã conformando-se a Jesus Cristo, seguindo o Seu mesmo caminho.
O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)
Estas palavras constituíram o programa de vida dos sete beatos que a Igreja hoje inscreve solenemente na gloriosa fileira dos Santos. Com coragem heróica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vereda do serviço seguindo o Senhor. A santidade na Igreja teve sempre a sua fonte no mistério da Redenção, que já prefigurava o profeta Isaias na primeira Leitura: o Servo do Senhor, o justo que «fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas» (Is 53,11), é Jesus Cristo, crucificado, ressuscitado e vivo na glória. A celebração hodierna constitui uma confirmação eloquente dessa misteriosa realidade salvífica. A tenaz profissão de fé destes sete discípulos generosos de Cristo, a sua conformação ao Filho do Homem resplandece hoje em toda a Igreja.
Jacques Berthie, nascido em 1838, na França, foi desde muito cedo um enamorado de Jesus Cristo. Durante o seu ministério paroquial, desejou ardentemente salvar as almas. Ao fazer-se jesuíta, queria percorrer o mundo para a glória de Deus. Pastor incansável na Ilha de Santa Maria e depois em Madagascar, lutou contra a injustiça, levando alívio para os pobres e enfermos. Os malgaxes o consideravam um sacerdote vindo do céu, e diziam: Tu és o nosso “pai e mãe”! Ele se fez tudo para todos, haurindo na oração e no amor do Coração de Jesus a força humana e sacerdotal para enfrentar o martírio, em 1896. Morreu dizendo: «Prefiro antes morrer que renunciar à minha fé». Queridos amigos, que a vida deste evangelizador seja um encorajamento e um modelo para os sacerdotes, para que sejam homens de Deus como ele o foi! Que o seu exemplo ajude os numerosos cristãos que são perseguidos por causa da sua fé nos dias de hoje! Que a sua intercessão, durante este ano da fé, produza frutos em Madagascar e no Continente africano! Que Deus abençoe o povo malgaxe!
Pedro Calungsod nasceu aproximadamente no ano 1654, na região de Visayas, nas Filipinas. Seu amor a Cristo o inspirou a preparar-se como catequista com os missionários jesuítas da região. Em 1668, junto com outros dois jovens catequistas, acompanhou o Padre Diego Luiz de San Vitores para as Ilhas Marianas com o fim de evangelizar o povo Chamorro. Nesse lugar, a vida era difícil e os missionários enfrentaram a perseguição nascida da inveja e de calúnias. Pedro, contudo, demonstrou uma grande fé e caridade, e continuou catequizando os seus muitos convertidos, dando testemunho de Cristo através de uma vida de pureza e dedicação ao Evangelho. O seu desejo de ganhar almas para Cristo se sobrepunha a tudo, e isso o levou a aceitar decididamente o martírio. Morreu no dia 2 de abril de 1672. Algumas testemunhas contaram que Pedro poderia ter fugido para um lugar seguro, mas escolheu permanecer ao lado do Padre Diego. O sacerdote, antes de ser morto, pôde dar a absolvição a Pedro. Que o exemplo e o testemunho corajoso de Pedro Calungsod inspire o dileto povo das Filipinas a anunciar corajosamente o Reino e ganhar almas para Deus!
Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia, foi um grande apóstolo da caridade e da juventude. Percebia a necessidade de uma presença cultural e social do catolicismo no mundo moderno, por isso se dedicou ao progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade. Animado por uma confiança inabalável na Providência Divina e de um profundo espírito de sacrifício, enfrentou dificuldades e fatigas para dar vida a diversas obras apostólicas, entre as quais: o Instituto dos pequenos artesãos, a Editora Queriniana, a Congregação masculina da Sagrada Família de Nazaré e a Congregação das Humildes Servas do Senhor. O segredo da sua vida, intensa e ativa, residia nas longas horas que ele dedicava à oração. Quando estava sobrecarregado pelo trabalho, aumentava o tempo do encontro, de coração a coração, com o Senhor. Demorava-se de muito bom grado junto do Santíssimo Sacramento, meditando a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para alcançar a força espiritual e voltar a lançar-se, sempre com novas iniciativas pastorais, à conquista do coração das pessoas, sobretudo dos jovens, para levá-los de volta para as fontes da vida.
«Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois, em vós, nós esperamos!» Com essas palavras, a liturgia nos convida a fazer nosso este hino a Deus criador e providente, aceitando o seu plano nas nossas vidas. Assim o fez Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848. Vendo a sua esperança preenchida, após muitas dificuldades, ao contemplar o progresso da Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, pôde cantar junto com a Mãe de Deus: «Seu amor de geração em geração, chega a todos que o respeitam». A sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo.
Passo agora para Marianne Cope, nascida em 1838 em Heppenheim, na Alemanha. Com apenas um ano de vida, foi levada para os Estados Unidos, e em 1862 entrou na Ordem Terceira Regular de São Francisco, em Siracusa, Nova Iorque. Mais tarde, como Superiora geral da sua congregação, Madre Marianne abraçou voluntariamente a chamada para ir cuidar dos leprosos no Havaí, depois da recusa de muitos. Ela partiu, junto com seis irmãs da sua congregação, para administrar pessoalmente um hospital em Oahu, fundando em seguida o Hospital Mamulani, em Maui, e abrindo uma casa para meninas de pais leprosos. Cinco anos depois, aceitou o convite para abrir uma casa para mulheres e meninas na Ilha de Molokai, partindo com coragem e, encerrando assim seu contato com o mundo exterior. Ali, cuidou do Padre Damião, então já famoso pelo seu trabalho heróico com os leprosos, assistindo-o até a sua morte e assumindo o seu trabalho com os leprosos. Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo. Ela é um exemplo luminoso e valioso da melhor tradição de religiosas católicas dedicadas à enfermagem e do espírito do seu amado São Francisco de Assis.
Kateri Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova Iorque, em 1656, filha de pai Mohawk e de mãe Algoquin cristã, que lhe transmitiu a fé no Deus vivo. Foi batizada aos 20 anos de idade, para escapar da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier, perto de Montreal. Ali ela trabalhou, fiel às tradições culturais do seu povo, embora renunciando as convicções religiosas deste, até a sua morte com 24 anos. Levando uma vida simples, Kateri permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa diária. O seu maior desejo era saber e fazer aquilo que agradava a Deus.
Kateri impressiona-nos pela ação da graça na sua vida, carente de apoios externos, e pela firmeza na sua vocação tão particular na sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu exemplo nos ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar àquilo que somos, amando a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e primeira santa ameríndia, nós te confiamos a renovação da fé entre os povos nativos e em toda a América do Norte! Que Deus abençoe os povos nativos!
A jovem Anna Schäffer, de Mindelstetten, quis entrar em uma congregação missionária. Nascida em uma família humilde, ela conseguiu, trabalhando como doméstica, acumular o dote necessário para poder entrar no convento. Neste emprego, sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis nos seus pés, que a prenderam em um leito pelo resto da vida. Foi assim que o seu quarto de enferma se transformou em uma cela conventual, e o seu sofrimento, em serviço missionário. Inicialmente se revoltou contra o seu destino, mas em seguida, compreendeu que a sua situação era uma chamada amorosa do Crucificado para O seguisse. Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho. Que o seu apostolado de oração e de sofrimento, de oferta e de expiação seja para os crentes de sua terra um exemplo luminoso e que a sua intercessão fortaleça a atuação abençoada dos centros cristãos de curas paliativas para doentes terminais.
Queridos irmãos e irmãs! Estes novos Santos, diferentes pela sua origem, língua, nação e condição social, estão unidos com todo o Povo de Deus no mistério de Salvação de Cristo, o Redentor. Junto a eles, também nós aqui reunidos com os Padres sinodais, provenientes de todas as partes do mundo, proclamamos, com as palavras do salmo, que Senhor é «o nosso auxílio e proteção», e pedimos: «sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos» (Sal 32, 20-22). Que o testemunho dos novos Santos, a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro. Amén! (RV)
Homilia do Papa na missa do domingo 21 outubro 2012, Dia mundial das Missões
O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos
(cf. Mc 10,45)
Venerados irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!
Hoje a Igreja escuta mais uma vez estas palavras de Jesus, pronunciadas durante o caminho rumo a Jerusalém, onde devia cumprir-se o seu mistério de paixão, morte e ressurreição. São palavras que manifestam o sentido da missão de Cristo na terra, marcada pela sua imolação, pela sua doação total. Neste terceiro domingo de outubro, no qual se celebrar o Dia Mundial das Missões, a Igreja as escuta com uma intensidade particular e reaviva a consciência de viver totalmente em um perene estado de serviço ao homem e ao Evangelho, como Aquele que se ofereceu a si mesmo até o sacrifício da vida.
Dirijo a minha cordial saudação a todos vós, que encheis a Praça de São Pedro, nomeadamente as Delegações oficiais e os peregrinos vindos para festejar os novos sete Santos. Saúdo com afeto os Cardeais e Bispos que nestes dias estão participando da Assembléia sinodal sobre a Nova Evangelização. É providencial a coincidência entre esta Assembléia e o Dia das Missões; e a Palavra de Deus que acabamos de escutar se mostra iluminadora para ambas. Esta nos mostra o estilo do evangelizador, chamado a testemunhar e anunciar a mensagem cristã conformando-se a Jesus Cristo, seguindo o Seu mesmo caminho.
O Filho do homem veio para servir e dar a sua vida como resgate para muitos (cf. Mc 10,45)
Estas palavras constituíram o programa de vida dos sete beatos que a Igreja hoje inscreve solenemente na gloriosa fileira dos Santos. Com coragem heróica eles consumiram a sua existência na consagração total a Deus e no serviço generoso aos irmãos. São filhos e filhas da Igreja, que escolheram a vereda do serviço seguindo o Senhor. A santidade na Igreja teve sempre a sua fonte no mistério da Redenção, que já prefigurava o profeta Isaias na primeira Leitura: o Servo do Senhor, o justo que «fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas» (Is 53,11), é Jesus Cristo, crucificado, ressuscitado e vivo na glória. A celebração hodierna constitui uma confirmação eloquente dessa misteriosa realidade salvífica. A tenaz profissão de fé destes sete discípulos generosos de Cristo, a sua conformação ao Filho do Homem resplandece hoje em toda a Igreja.
Jacques Berthie, nascido em 1838, na França, foi desde muito cedo um enamorado de Jesus Cristo. Durante o seu ministério paroquial, desejou ardentemente salvar as almas. Ao fazer-se jesuíta, queria percorrer o mundo para a glória de Deus. Pastor incansável na Ilha de Santa Maria e depois em Madagascar, lutou contra a injustiça, levando alívio para os pobres e enfermos. Os malgaxes o consideravam um sacerdote vindo do céu, e diziam: Tu és o nosso “pai e mãe”! Ele se fez tudo para todos, haurindo na oração e no amor do Coração de Jesus a força humana e sacerdotal para enfrentar o martírio, em 1896. Morreu dizendo: «Prefiro antes morrer que renunciar à minha fé». Queridos amigos, que a vida deste evangelizador seja um encorajamento e um modelo para os sacerdotes, para que sejam homens de Deus como ele o foi! Que o seu exemplo ajude os numerosos cristãos que são perseguidos por causa da sua fé nos dias de hoje! Que a sua intercessão, durante este ano da fé, produza frutos em Madagascar e no Continente africano! Que Deus abençoe o povo malgaxe!
Pedro Calungsod nasceu aproximadamente no ano 1654, na região de Visayas, nas Filipinas. Seu amor a Cristo o inspirou a preparar-se como catequista com os missionários jesuítas da região. Em 1668, junto com outros dois jovens catequistas, acompanhou o Padre Diego Luiz de San Vitores para as Ilhas Marianas com o fim de evangelizar o povo Chamorro. Nesse lugar, a vida era difícil e os missionários enfrentaram a perseguição nascida da inveja e de calúnias. Pedro, contudo, demonstrou uma grande fé e caridade, e continuou catequizando os seus muitos convertidos, dando testemunho de Cristo através de uma vida de pureza e dedicação ao Evangelho. O seu desejo de ganhar almas para Cristo se sobrepunha a tudo, e isso o levou a aceitar decididamente o martírio. Morreu no dia 2 de abril de 1672. Algumas testemunhas contaram que Pedro poderia ter fugido para um lugar seguro, mas escolheu permanecer ao lado do Padre Diego. O sacerdote, antes de ser morto, pôde dar a absolvição a Pedro. Que o exemplo e o testemunho corajoso de Pedro Calungsod inspire o dileto povo das Filipinas a anunciar corajosamente o Reino e ganhar almas para Deus!
Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia, foi um grande apóstolo da caridade e da juventude. Percebia a necessidade de uma presença cultural e social do catolicismo no mundo moderno, por isso se dedicou ao progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a sua esplêndida humanidade e bondade. Animado por uma confiança inabalável na Providência Divina e de um profundo espírito de sacrifício, enfrentou dificuldades e fatigas para dar vida a diversas obras apostólicas, entre as quais: o Instituto dos pequenos artesãos, a Editora Queriniana, a Congregação masculina da Sagrada Família de Nazaré e a Congregação das Humildes Servas do Senhor. O segredo da sua vida, intensa e ativa, residia nas longas horas que ele dedicava à oração. Quando estava sobrecarregado pelo trabalho, aumentava o tempo do encontro, de coração a coração, com o Senhor. Demorava-se de muito bom grado junto do Santíssimo Sacramento, meditando a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para alcançar a força espiritual e voltar a lançar-se, sempre com novas iniciativas pastorais, à conquista do coração das pessoas, sobretudo dos jovens, para levá-los de volta para as fontes da vida.
«Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, pois, em vós, nós esperamos!» Com essas palavras, a liturgia nos convida a fazer nosso este hino a Deus criador e providente, aceitando o seu plano nas nossas vidas. Assim o fez Santa Maria del Carmelo Salles y Barangueras, religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848. Vendo a sua esperança preenchida, após muitas dificuldades, ao contemplar o progresso da Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, pôde cantar junto com a Mãe de Deus: «Seu amor de geração em geração, chega a todos que o respeitam». A sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo.
Passo agora para Marianne Cope, nascida em 1838 em Heppenheim, na Alemanha. Com apenas um ano de vida, foi levada para os Estados Unidos, e em 1862 entrou na Ordem Terceira Regular de São Francisco, em Siracusa, Nova Iorque. Mais tarde, como Superiora geral da sua congregação, Madre Marianne abraçou voluntariamente a chamada para ir cuidar dos leprosos no Havaí, depois da recusa de muitos. Ela partiu, junto com seis irmãs da sua congregação, para administrar pessoalmente um hospital em Oahu, fundando em seguida o Hospital Mamulani, em Maui, e abrindo uma casa para meninas de pais leprosos. Cinco anos depois, aceitou o convite para abrir uma casa para mulheres e meninas na Ilha de Molokai, partindo com coragem e, encerrando assim seu contato com o mundo exterior. Ali, cuidou do Padre Damião, então já famoso pelo seu trabalho heróico com os leprosos, assistindo-o até a sua morte e assumindo o seu trabalho com os leprosos. Em uma época em que pouco se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo. Ela é um exemplo luminoso e valioso da melhor tradição de religiosas católicas dedicadas à enfermagem e do espírito do seu amado São Francisco de Assis.
Kateri Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova Iorque, em 1656, filha de pai Mohawk e de mãe Algoquin cristã, que lhe transmitiu a fé no Deus vivo. Foi batizada aos 20 anos de idade, para escapar da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier, perto de Montreal. Ali ela trabalhou, fiel às tradições culturais do seu povo, embora renunciando as convicções religiosas deste, até a sua morte com 24 anos. Levando uma vida simples, Kateri permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa diária. O seu maior desejo era saber e fazer aquilo que agradava a Deus.
Kateri impressiona-nos pela ação da graça na sua vida, carente de apoios externos, e pela firmeza na sua vocação tão particular na sua cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu exemplo nos ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar àquilo que somos, amando a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e primeira santa ameríndia, nós te confiamos a renovação da fé entre os povos nativos e em toda a América do Norte! Que Deus abençoe os povos nativos!
A jovem Anna Schäffer, de Mindelstetten, quis entrar em uma congregação missionária. Nascida em uma família humilde, ela conseguiu, trabalhando como doméstica, acumular o dote necessário para poder entrar no convento. Neste emprego, sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis nos seus pés, que a prenderam em um leito pelo resto da vida. Foi assim que o seu quarto de enferma se transformou em uma cela conventual, e o seu sofrimento, em serviço missionário. Inicialmente se revoltou contra o seu destino, mas em seguida, compreendeu que a sua situação era uma chamada amorosa do Crucificado para O seguisse. Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho. Que o seu apostolado de oração e de sofrimento, de oferta e de expiação seja para os crentes de sua terra um exemplo luminoso e que a sua intercessão fortaleça a atuação abençoada dos centros cristãos de curas paliativas para doentes terminais.
Queridos irmãos e irmãs! Estes novos Santos, diferentes pela sua origem, língua, nação e condição social, estão unidos com todo o Povo de Deus no mistério de Salvação de Cristo, o Redentor. Junto a eles, também nós aqui reunidos com os Padres sinodais, provenientes de todas as partes do mundo, proclamamos, com as palavras do salmo, que Senhor é «o nosso auxílio e proteção», e pedimos: «sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos» (Sal 32, 20-22). Que o testemunho dos novos Santos, a sua vida oferecida generosamente por amor a Cristo, possa falar hoje a toda a Igreja, e a sua intercessão possa reforçá-la e sustentá-la na sua missão de anunciar o Evangelho no mundo inteiro. Amén! (RV)
domingo, 21 de outubro de 2012
Mensagem do dia
Domingo, 21 de outubro 2012
É preciso ser luz O Senhor tem de ser o primeiro em nossas vidas. Nós precisamos mudar essa indiferença que estamos vivendo – com a ajuda do Espírito Santo! É preciso que isso primeiro aconteça em nós; precisamos caminhar em sintonia com o nosso Deus. Ele não nos quer como "marionetes" e nos dá a liberdade de que necessitamos, mas precisamos obedecer aos mandamentos d’Ele para realmente vivermos como cristãos. Dessa forma, somente dessa forma, vamos ser livres e felizes.
É preciso que Jesus Cristo seja o Senhor da sua família. É necessário "arregaçarmos as mangas"! É preciso ser luz, porque onde há escuridão quando a luz entra as trevas se dissipam. Mesmo com sua fragilidade, uma vela, que se consome e se desgasta, ilumina. E você precisa ser como a vela: mesmo frágil consumir-se e se desgastar para que o Senhor seja cada vez mais conhecido e amado.
E a luz já está dentro de você. A luz de Cristo está dentro de você! Faça-a vir para fora, peça a Deus que essa luz venha à tona.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
É preciso ser luz O Senhor tem de ser o primeiro em nossas vidas. Nós precisamos mudar essa indiferença que estamos vivendo – com a ajuda do Espírito Santo! É preciso que isso primeiro aconteça em nós; precisamos caminhar em sintonia com o nosso Deus. Ele não nos quer como "marionetes" e nos dá a liberdade de que necessitamos, mas precisamos obedecer aos mandamentos d’Ele para realmente vivermos como cristãos. Dessa forma, somente dessa forma, vamos ser livres e felizes.
É preciso que Jesus Cristo seja o Senhor da sua família. É necessário "arregaçarmos as mangas"! É preciso ser luz, porque onde há escuridão quando a luz entra as trevas se dissipam. Mesmo com sua fragilidade, uma vela, que se consome e se desgasta, ilumina. E você precisa ser como a vela: mesmo frágil consumir-se e se desgastar para que o Senhor seja cada vez mais conhecido e amado.
E a luz já está dentro de você. A luz de Cristo está dentro de você! Faça-a vir para fora, peça a Deus que essa luz venha à tona.
Deus o abençoe!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
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