domingo, 9 de setembro de 2012


Jesus Histórico – Rosto Humano de Deus é tema de reflexão para missionários

07/09/2012 | Rosinha Martins
Religiosos e Religiosas de todas as regiões do Brasil se encontram reunidos desde a noite desta quinta, 06 para refletir e aprofundar sobre o seu fazer missionário. Discipulado Missionário, o Rosto humano de Deus são temas que os religiosos escolheram para iluminarem a sua ação.
A manhã desta sexta foi marcada por um momento de espiritualidade no qual os consagrados puderam trazer as diversas realidades nas quais atuam e se fortalecerem na Palavra de Deus, por meio do Evangelho de Lucas 4: O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me ungiu e me enviou...".
‘Jesus histórico - o Rosto humano de Deus', foi o tema aprofundado durante a manhã e contou com a assessoria da biblista e missionária de Jesus Crucificado, Irmã Mercedes Lopes. Irmã Mercedes disse que o objetivo de falar desse tema é mesmo para iluminar com a força inspiradora da Palavra, as missionárias e missionários que continuam a missão iniciada por Jesus de Nazaré, o Jesus Histórico. "O amor infinito e gratuito de Deus explodiu na criação do universo, se manifestou na Palavra e se tornou tocável, palpável, possível de ver, escutar na pessoa de Jesus de Nazaré, relatou".
Segundo Irmã Mercedes, Jesus de Nazaré com sua ternura e atenção, os seus toques, a sua acolhida incondicional, transformou as pessoas, reunindo uma comunidade, "amostra grátis do Reino de Deus", e convidou ao ser humano, ao longo da história, para fazer o mesmo, ser sinal da presença de um Deus que ama infinitamente.
"Para mim é importante conversar sobre o rosto humano de Jesus com os missionários e missionárias presentes, para fortalecê-los, para confirmá-los na sua entrega, pois assim como Jesus entregou-se totalmente para que as pessoas tivessem condições de uma vida mais digna, assim seus seguidores e seguidoras estão fazendo", concluiu.
O assessor da CNBB para a missão continental e missionário Scalabriniano, padre Sidney Marco Dornelas, disse que o tema Jesus Histórico- rosto humano de Deus foi uma confirmação das intuições que o missionário tem a partir da prática pastoral, do contato com o povo. "O contato de Jesus com o povo, ilumina o nosso próprio contato com os povos de hoje. Todas essas situações bíblicas que fazem referência ao como Jesus tratava a hemorroíssa, como Jesus tratava com o homem da mão seca, o modo como Ele lidava com o povo, ilumina o modo como lidamos com muitas situações. Como religiosos, gente que foi vocacionada para anunciar o Reino de Deus, precisamos nos perguntar sobre o como lidamos com as pessoas", falou.
Para padre Sidney, repetir os gestos de Jesus, hoje em dia, é muito mais complexo e desafiador. "Vivemos no meio de uma carga de ambiguidade muito maior que no tempo de Jesus. Na sua época as coisas eram muito mais claras. Hoje, principalmente no contexto urbano, no contexto de cidade, as pessoas vivem em situações muito diferentes, dispares entre si. Não se lida com a pessoa unitária, são várias faces da mesma pessoa. Nós mesmos lidamos com várias identidades na realidade do cotidiano. O desafio, hoje, é discernir o como devemos agir em cada momento que nos colocamos, pois as situações são muito variadas, os imprevistos são muito maiores e temos um grau de clareza muito menor que tinha Jesus. A atividade do discernimento precisa ser refeita a cada dia", afirmou.
A missionária da Congregação das Filhas de Jesus, Irmã Tomelina, do Piauì, relatou a importância de refletir sobre este tema no contexto das missões. "Jesus Histórico, o Jesus humano continua o mesmo, aquele que provoca a gente na vida, que deseja que a gente veja as maravilhas que ele faz mesmo na vida ameaçada, pois ela é um convite constante deste Jesus Humano para vermos que Ele confia em cada um de nós para fixarmos os olhos N'ele e fazer seu Reino acontecer na realidade onde estamos", ponderou.
Fonte: www.crbnacional.org.br
A VOZ DO PASTOR

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE


 
Confira o poema de Dagnon Odilon da Silva, agente da CPT em Barra do Garças (MT) e educador da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo.
Aquela pedra do menino
Mudo e calado
Aquele homem
Amarrado com arame farpado,
Imóvel como o coração do latifúndio,
Triste, como o coração dos marginalizados,
Fragilizado, como a minha fé.

O silêncio constante do vazio,
Esperando o grito: liberdade!

Aquela pedra do menino de arame farpado,
Marcado pela riqueza do rei do gado,
Rasgada como a mente dos produtores de soja,
Empobrecida no que realmente é viver.

Lutador, realmente, no quesito sobreviver.
A pedra do menino mudo e calado,
Chorando o sangue
Que jorra das plantações do trabalho escravo.

Não és de pedra, talvez de madeira, de carne.
De sangue estás manchado, calado, sofrendo,
Com as dores dos mártires do cerrado.

sábado, 8 de setembro de 2012


 Mensagem do dia
 
Domingo, 09 de setembro 2012
Você precisa ser diferente
Você que tem caminhado numa vida no Espírito, que tem lido, meditado e lutado por viver a Palavra de Deus, tem falas e atitudes diferentes das outras pessoas. Imediatamente, elas começaram a achar que você não é deste mundo. Irão achá-lo estranho. Isso vai acontecer entre parentes e amigos. Quem sabe entre marido e mulher, quando um está seguindo o Senhor e o outro não.

Aquele que não segue o Senhor logo nota que sua mulher ou seu marido está diferente. Essa é uma feliz realidade! Realmente você mudou, já não é a mesma pessoa. Você se tornou diferente. Isso é uma confirmação da Palavra do Senhor:"Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. O mundo antigo passou, eis que aí está uma realidade nova" (2 Cor 5,17).

Muitas vezes, você está caminhando bem, como o Senhor quer que caminhe, orientado pela vontade d'Ele e, justamente para não ser diferente, acaba retrocedendo. É uma pena! O sal deixou de ser sal, a luz deixou de ser luz.

Não estranhe, mas você precisa ser diferente! Não porque você quer, mas porque o cristão é realmente diferente. O sal é diferente do restante dos alimentos. A luz é diferente da escuridão. Jesus afirma claramente: "Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo". Em Jo 17,14, o Senhor declara também: "Eu lhe dei a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. E não peço que os tirei do mundo".

Por quê?... Porque o mundo precisa de cristãos. Tenha certeza de que não é sendo igual a todo mundo que você vai salvar aqueles que precisam, mas justamente sendo diferente.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Bento XVI: Maria, farol luminoso da nossa vida cristã


O Papa Bento XVI recebeu na manhã deste sábado cerca de 350 participantes do 23º Congresso Mariológico Mariano Internacional, em andamento em Roma.

Em seu discurso, mencionou o tema deste Congresso, “A mariologia a partir do Concílio Vaticano II. Recepção, balanço e perspectivas”, ressaltando a iminência da celebração pelos 50 anos de abertura do Concílio. Essa celebração, no próximo dia 11 de outubro, será feita em concomitância com a inauguração do Ano da Fé, convocada com o Motu proprio “Porta fidei”, em que apresenta Maria como modelo de fé.

Como jovem participante do Concílio, Bento XVI recordou a oportunidade que teve de conhecer os vários modos de enfrentar as temáticas acerca da figura e do papel de Nossa Senhora na história da salvação. 

Na segunda sessão do Concílio, explicou, um grupo de padres pediu que a questão fosse tratada dentro da Constituição sobre a Igreja, enquanto outro grupo afirmava a necessidade de um documento específico sobre a dignidade e o papel de Maria. Com a votação de 19 de outubro de 1963, optou-se pela primeira proposta, e o esquema da Constituição Dogmática sobre a Igreja foi enriquecido com o capítulo sobre a Mãe de Deus, em que a figura de Maria aparece em toda a sua beleza e inserida nos mistérios fundamentais da fé cristã.

Maria, de quem se destaca antes de tudo a fé, é compreendida no mistério de amor e de comunhão da Santíssima Trindade; é um modelo e um ponto de referência para a Igreja, que Nela reconhece a si mesma, a própria vocação e a própria missão. A religiosidade popular, que sempre se dirigiu a Maria, resulta enfim nutrida por referências bíblicas e patrísticas. Certamente, o texto conciliar não esgota todas as problemáticas relativas à figura da Mãe de Deus, mas constitui o horizonte hermenêutico essencial para qualquer reflexão, seja de caráter teológico, seja de caráter mais estritamente espiritual e pastoral. 

O Papa então se dirige aos participantes deste Congresso, pedindo que ofereçam suas contribuições para que o Ano da Fé possa representar para todos os fiéis em Cristo um verdadeiro momento de graça, em que a fé de Maria nos preceda e nos acompanhe como farol luminoso e como modelo de plenitude e maturidade cristã para onde olhar com confiança e do qual extrair entusiasmo e alegria para viver com sempre maior empenho e coerência a nossa vocação de filhos de Deus, irmãos em Cristo, membros vivos do seu Corpo que é a Igreja.

Nenhum comentário:



Dom Ladaria destaca importância do Compêndio do Catecismo


O Congresso Teológico sobre o Ano da Fé, promovido pela CNBB em Curitiba (PR), neste feriado prolongado, 7 a 9 de setembro, foi aberto pela conferência proferida pelo secretário da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, dom Luis Francisco Ladaria Ferrer. Ele tratou do tema “Catecismo da Igreja Católica (CIC): gênese, estrutura e perspectivas”.

O arcebispo apresentou uma panorâmica do documento, recordando que o CIC veio depois da catequese. Ele recordou a maneira como Jesus fez catequese, com o Sermão da Montanha e as parábolas. Os escritos, fruto da atuação dos discípulos, também foram uma espécie de catecismo.

Dom Ladaria apresentou um histórico dos catecismos anteriores, como o Celta (1505) e o Romano (1536), escritos inicialmente destinados aos párocos, a quem cabia a tradução do conteúdo para os fiéis. Em relação ao atual Catecismo, destacou seus quatro pilares: Credo, Decálogo, Sacramentos, Oração (Pai Nosso), e enfatizou que o texto é fruto do Concílio Vaticano II. 

Ao finalizar sua apresentou, dom Ladaria recordou a importância do Compêndio do Catecismo, por sua brevidade, claridade e a integridade. “O Compêndio possibilita que as comunidades tenham conheçam as verdades reveladas e transmitidas pela Igreja”. 

O segundo conferencista do dia, o frade dominicano Carlos Josapha, falou sobre a estrutura do CIC e a vida cristã, destacando as fontes de inspiração do documento: Sagrada Escritura, Liturgia e Magistério. Destacou a mística do texto. “Hoje se a Igreja não contar com uma base mística, dinâmica, ela não poderá enfrentar os desafios da humanidade”, destacou.

Fonte: CNBB

Nenhum comentário: