quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

CEBs: 13º Intereclesial

Por Jeane Freitas e Jaime C. Patias   
08 / Jan / 2014 10:21
Carregados de entusiasmo e alegria romeiros e romeiras festejaram a abertura, na noite do dia 7 de janeiro, da 13ª edição do Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Bases (CEBs) que reflete sobre o tema “Justiça e Profecia a serviço da Vida” e o lema “CEBs romeiras do reino no campo e na cidade”.
A cidade de Juazeiro do Norte, localizada no sertão caririense do Ceará, terra de Padre Ibiapina, Padre Cícero e de tantos referenciais ficou pequena com a presença de centenas de romeiros e romeiras vindas de várias regiões do Brasil e de outros países da África, Europa, Ásia e América latina. “Não existe distância para quem tem fé no coração”, expressou um dos repentistas na acolhida das regiões.
Com chapéus abananando e erguidos ao céu, abraços e olhares calorosos os romeiros e romeiras foram chegando e se acomodando no espaço da Igreja de São Francisco. A acolhida contou com várias mensagens dentre elas uma muito especial onde pela primeira vez um Papa fez referência ao encontro das CEBs. A mensagem do Papa Francisco, lida pelo padre Vileci Vidal, coordenador do Intereclesial, causou alegria em abundância aos participantes que aplaudiram com muita emoção e esperança suas palavras. “Que este encontro seja abençoado pelo nosso Pai dos Céus, com as luzes do Espírito Santo que lhes ajudem a viver com renovado ardor os compromissos do Evangelho de Jesus no seio da sociedade brasileira. De fato, o lema deste encontro “CEBs, Romeiras do Reino, no Campo e na Cidade” deve soar como uma chamada para que estas assumam sempre mais o seu importantíssimo papel na missão Evangelizadora da Igreja”, diz um trecho da mensagem do Papa Francisco. Confira aqui a íntegra da mensagem do papa.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também expressou mensagem de acolhida pelo 13º Intereclesial e reforçou as CEBs como seguidoras fiéis de Jesus Cristo no mundo e expressão viva da realidade do povo.
A celebração foi tomada por simbolismos que marcaram a história e caminhada das CEBs bem representado pelo trem onde cada vagão trouxe o tema celebrado nas doze edições anteriores.
Dom Fernando Panico, bispo da diocese de Crato saudou os participantes e os romeiros. “Sejam todos bem-vindos à diocese de Crato e ao Juazeiro do Norte. Em nome desta diocese de Crato que celebra o jubileu dos 100 anos de caminhada e em comunhão com a Igreja no Ceará, vos acolho com alegria, respeito, admiração e confiança”. O bispo recordou missionários e profetas que marcaram a região. “Bem-vindos à terra do padre Inbiapina, do padre Cícero, do beato Zé Lourenço do Caldeirão, da beata Maria de Araújo, de dom Helder Camara, do poeta popular Patativa e da Serva de Deus a menina Benigna da Silva Cardoso”. Dom Fernando recordou ainda o tema do 13º Intereclesial. “Somos romeiros e romeiras do Reino, comunidade de buscadores de Deus desejamos estar a serviço do Reino trilhando caminhos da justiça e de profecia na cidade e no campo. A terra dos romeiros vos acolhe com festa. Somo irmãos e irmãs, peregrinos da fé e a esperança de novos céus e nova terra”, afirmou.
Contentes os romeiros e romeiras receberam castanhas e amendoim, produtos típicos da região. Após a bênção as delegações voltaram para as 24 paróquias nas cidades de Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Caririaçu e Missão Velha, locais de acolhida.
O encontro segue até às 17h do dia 11 de janeiro onde se encerrará com uma celebração de envio na praça do Santuário Nossa Senhora das Dores. Até lá os romeiros e romeiras participarão de vários momentos de reflexão sobre o papel e missão das CEBs. Estão previstos ainda visitas às paróquias e comunidades da região. No local do evento foi montada uma Feira de Economia Solidária e comércio justo com produtos de várias regiões.
Fonte: Comunicação 13º Intereclesial

Uma mensagem muito bonita!

 “Deus nos dá a graça de começar, nos dá a graça de continuar. A graça das graças é não desanimar nunca” (Dom Helder Câmara).

CEBS

AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE
Por: Marilza Shuina em 2/1/2014
Fundamentadas em Jesus Cristo, iluminadas pelo Espírito Santo e tendo na Trindade o espelho, o retrato da comunidade perfeita, as – Comunidades Eclesiais de Base -  CEBs “nasceram no seio da Igreja/instituição e tornaram-se um novo modo de ser Igreja”. (Doc. 25 CNBB, n. 3).
O “trem das CEBs” está a caminho. Ao seu redor desenvolve-se a ação evangelizadora da Igreja, propiciando a renovação das paróquias e dos trabalhos pastorais, numa crescente comunhão e participação, encarnadas na realidade, tendo a Palavra de Deus como companheira inseparável.
“Células vivas da Igreja”, as CEBs são o jeito pelo qual a Igreja concretiza a “opção preferencial pelos pobres” e  em sua “fome e sede de justiça”, têm encontrado caminhos de uma prática ecumênica concreta. “Desenvolvem, ainda, um fenômeno de intercomunicação participativa e da formação do senso crítico diante da massificação dos meios de comunicação. (...) São uma alternativa de educação para os que buscam uma sociedade nova, onde o individualismo, a competição e o lucro cedem lugar à justiça e à fraternidade.” (Doc. 25. CNBB, n.40)“O novo que as CEBs trouxeram foi o fato de oferecerem, dentro da Igreja, um espaço para o próprio povo simples participar da evangelização da sociedade através da luta pela justiça. Nesse sentido, as CEBs têm se manifestado como lugar privilegiado de educação para a justiça e como instrumento de libertação”. (Doc. 25. CNBB, n. 63).
Um jeito de percebermos esse compromisso profético das CEBs  é através das temáticas de reflexão e estudos dos encontros Intereclesiais que desde o seu I Encontro em 1975 explicita sua prática na pessoa e obra de Cristo: “Uma Igreja que nasce do povo pelo Espírito de Deus” e se prepara para o 13º Intereclesial: “Justiça e Profecia a serviço da vida – CEBs, Romeiras do Reino no campo e na cidade”.
Fiel à pessoa e missão de Jesus Cristo e seu mistério Pascal, as CEBs  incentivam à participação nas lutas por melhores condições de vida e na busca do bem comum, do “Bem Viver”; reafirmam seu compromisso com as causas sociais em todas as dimensões: econômica, política, cultural, pedagógica, litúrgica, ecológica; lutam pela justiça; promovem a defesa da vida das pessoas e da natureza; lutam a partir da fé visando a libertação.
Em permanente estado de missão, as CEBs têm se comprometido com a opção preferencial pelos pobres e firmado sua identidade como discípulas missionárias de Jesus, o Filho de Deus.
Agradecemos a Deus pelo dom que as Comunidades Eclesiais de Base são para a vida da Igreja no Brasil, “e pela esperança de que este novo modo de ser Igreja vá se tornando sempre mais fermento de renovação em nossa sociedade”. (Doc. 25, CNBB, n. 94). 
Marilza é Presidenta do CNLB

O leigo está no mundo para assumir o seu profetismo

O campo de atuação do leigo é muito amplo. Ele tem o mundo para atuar como cristão, ser fiel a proposta do Evangelho. Agora nesse momento somos chamados para descermos às periferias das cidades e evangelizar. O Papa Francisco é o maior exemplo nesse sentido, ele deseja que a Igreja vá ao encontro dos mais pobres. A palavra chave é o serviço. Servir como Jesus serviu. (Carlos: Catequista)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

"O discipulado não indica um grupo sociológico de indivíduos em redor de Jesus"

"Os verdadeiros discípulos são aqueles que estão em união profunda e permanente com Jesus"

Mensagem para o dia

"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada."  Ayn Rand

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A realidade mipibuense e o papel do cristão

O projeto de Deus é salvífico. Ele não intervém para condenar ninguém mas são as ações humanas fora do plano de Deus que são condenáveis quando não respeitam a dignidade do ser humano. Diante da realidade que violenta a família e a unidade da mesma, o papel do cristão é de fazer às vezes de Jesus e caminhar como discípulo missionário anunciando uma sociedade alternativa de partilha, amor, fraternidade e liberdade. Digo a liberdade numa concepção cristã. Nesse sentido, quem melhor definiu a liberdade foi José Comblin: "A liberdade é o modo de relação mútua de uma sociedade livre. Uma pessoa só é livre dentro de um povo livre".
O nosso povo ainda está longe de conquistar a liberdade. Ela não vem como dádiva dos que se dizem grandes e poderosos. O povo deve ser sujeito de sua própria liberdade. (Carlos)