quarta-feira, 27 de março de 2013

Páscoa é vida

A páscoa é tempo de refletirmos sobre a nossa fé. O que fazer para nos libertarmos das novas opressões? Há pessoas que são peritas em opressão e exploração. Um povo unido vence qualquer batalha. O faraó do Egito foi vencido depois de muita disputa com o povo de Deus. De um lado o poder político e econômico do faraó, do outro lado um povo de fé e coragem. Eram dois poderes antagônicos. O primeiro em defesa da vida, o povo de Deus. O segundo, em defesa da opressão, da cultura da morte, o faraó e seu exército.
Que nessa páscoa possamos vencer todo o mal que nos oprime. O poder que se orgulha por ser opressor não está em comunhão com Deus. Rezemos para que o sucesso do poder opressor seja o nada. (Carlos)

Papa Francisco: Catequese


Catequese do Papa Francisco; Semana Santa- 27/03/2013CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 27 de março de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal
Irmãos e irmãs, bom dia!
Tenho o prazer de acolher-vos nesta minha primeira Audiência Geral. Com grande reconhecimento e veneração acolho o “testemunho” das mãos do meu amado predecessor Bento XVI. Depois da Páscoa retomaremos as catequeses do Ano da Fé. Hoje gostaria de concentrar-me um pouco sobre a Semana Santa. Com o Domingo de Ramos iniciamos esta Semana – centro de todo o Ano Litúrgico – na qual acompanhamos Jesus em sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Mas o que pode querer dizer viver a Semana Santa para nós? O que significa seguir Jesus em seu caminho no Calvário para a Cruz e a ressurreição? Em sua missão terrena, Jesus percorreu os caminhos da Terra Santa; chamou 12 pessoas simples para que permanecessem com Ele, compartilhando o seu caminho e para que continuassem a sua missão; escolheu-as entre o povo cheio de fé nas promessas de Deus. Falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, ao jovem rico e à pobre viúva, aos poderosos e aos indefesos; levou a misericórdia e o perdão de Deus; curou, consolou, compreendeu; doou esperança; levou a todos a presença de Deus que se interessa por cada homem e cada mulher, como faz um bom pai e uma boa mãe para cada um de seus filhos. Deus não esperou que fôssemos a Ele, mas foi Ele que se moveu para nós, sem cálculos, sem medidas. Deus é assim: Ele dá sempre o primeiro passo, Ele se move para nós. Jesus viveu a realidade cotidiana do povo mais comum: comoveu-se diante da multidão que parecia um rebanho sem pastor; chorou diante do sofrimento de Marta e Maria pela morte do irmão Lázaro; chamou um cobrador de impostos como seu discípulo; sofreu também a traição de um amigo. Nele Deus nos doou a certeza de que está conosco, em meio a nós. “As raposas – disse Ele, Jesus – as raposas têm suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8, 20). Jesus não tem casa porque a sua casa é o povo, somos nós, a sua missão é abrir a todos as portas de Deus, ser a presença do amor de Deus.
Na Semana Santa nós vivemos o ápice deste momento, deste plano de amor que percorre toda a história da relação entre Deus e a humanidade. Jesus entra em Jerusalém para cumprir o último passo, no qual reassume toda a sua existência: doa-se totalmente, não tem nada para si, nem mesmo a vida. Na Última Ceia, com os seus amigos, compartilha o pão e distribui o cálice “por nós”. O Filho de Deus se oferece a nós, entrega em nossas mãos o seu Corpo e o seu Sangue para estar sempre conosco, para morar em meio a nós. E no Monte das Oliveiras, como no processo diante de Pilatos, não oferece resistência, doa-se; é o Servo sofredor profetizado por Isaías que se despojou até a morte (cfr Is 53,12).
Jesus não vive este amor que conduz ao sacrifício de modo passivo ou como um destino fatal; certamente não esconde a sua profunda inquietação humana diante da morte violenta, mas se confia com plena confiança ao Pai. Jesus entregou-se voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com a sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós. Na cruz Jesus “me amou e entregou a si mesmo” (Gal 2,20). Cada um de nós pode dizer: amou-me e entregou a si mesmo por mim. Cada um pode dizer este “por mim”.
O que significa tudo isto para nós? Significa que este é também o meu, o teu, o nosso caminho. Viver a Semana Santa seguindo Jesus não somente com a emoção do coração; viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos – como disse domingo passado – para ir ao encontro dos outros, para ir para as periferias da existência, mover-nos primeiro para os nossos irmãos e as nossas irmãs, sobretudo aqueles mais distantes, aqueles que são esquecidos, aqueles que tema mais necessidade de compreensão, de consolação, de ajuda. Há tanta necessidade de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor!
Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, na lógica da Cruz, que não é antes de tudo aquela da dor e da morte, mas aquela do amor e da doação de si que traz vida. É entrar na lógica do Evangelho. Seguir, acompanhar Cristo, permanecer com Ele exige um “sair”, sair. Sair de si mesmo, de um modo cansado e rotineiro de viver a fé, da tentação de fechar-se nos próprios padrões que terminam por fechar o horizonte da ação criativa de Deus. Deus saiu de si mesmo para vir em meio a nós, colocou a sua tenda entre nós para trazer-nos a sua misericórdia que salva e doa esperança. Também nós, se desejamos segui-Lo e permanecer com Ele, não devemos nos contentar em permanecer no recinto das 99 ovelhas, devemos “sair”, procurar com Ele a ovelha perdida, aquela mais distante. Lembrem-se bem: sair de nós mesmo, como Jesus, como Deus saiu de si mesmo em Jesus e Jesus saiu de si mesmo por todos nós.
Alguém poderia dizer-me: “Mas, padre, não tenho tempo”, “tenho tantas coisas a fazer”, “é difícil”, “o que posso fazer com as minhas poucas forças, também com o meu pecado, com tantas coisas?”. Sempre nos contentamos com alguma oração, com uma Missa dominical distraída e não constante, com qualquer gesto de caridade, mas não temos esta coragem de “sair” para levar Cristo. Somos um pouco como São Pedro. Assim que Jesus fala de paixão, morte e ressurreição, de doação de si, de amor para todos, o Apóstolo o leva para o lado e o repreende. Aquilo que diz Jesus perturba os seus planos, parece inaceitável, coloca em dificuldade as seguranças que se havia construído, a sua ideia de Messias. E Jesus olha para os discípulos e dirige a Pedro talvez uma das palavras mais duras dos Evangelhos: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens” (Mc 8, 33). Deus pensa sempre com misericórdia: não se esqueçam disso. Deus pensa sempre com misericórdia: é o Pai misericordioso! Deus pensa como o pai que espera o retorno do filho e vai ao seu encontro, vê-lo vir quando ainda é distante…O que isto significa? Que todos os dias ia ver se o filho retornava a casa: este é o nosso Pai misericordioso. É o sinal que o esperava de coração no terraço de sua casa. Deus pensa como o samaritano que não passa próximo à vítima olhando por outro lado, mas socorrendo-a sem pedir nada em troca; sem perguntar se era judeu, se era pagão, se era samaritano, se era rico, se era pobre: não pergunta nada. Não pergunta essas coisas, não pergunta nada. Vai em seu auxílio: assim é Deus. Deus pensa como o pastor que doa a sua vida para defender e salvar as ovelhas.
A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias – que pena tantas paróquias fechadas! – dos movimentos, das associações, e “sair” de encontro aos outros, fazer-nos próximos para levar a luz e a alegria da nossa fé. Sair sempre! E isto com amor e com a ternura de Deus, no respeito e na paciência, sabendo que nós colocamos as nossas mãos, os nossos pés, o nosso coração, mas em seguida é Deus que os orienta e torna fecunda cada ação nossa.
Desejo a todos viver bem estes dias seguindo o Senhor com coragem, levando em nós mesmos um raio do seu amor a quantos encontrarmos.

terça-feira, 26 de março de 2013

São Francisco vivia a Páscoa do Senhor

A Semana Santa na Basílica Papal de Santa Maria degli Angeli, em Assis

“Certa vez, no dia sagrado da Páscoa, estando num eremitério distante e sem poder mendigar, Francisco pediu esmola aos próprios irmãos, como peregrino e pobre, em memória d’Aquele que, naquele dia, aparecera aos discípulos na estrada de Emaús sob a figura do peregrino. Depois que a recebeu, instruiu-os com sacros discursos a celebrarem continuamente a Páscoa do Senhor, ou seja, a passagem deste mundo para o Pai” (São Boaventura, Legenda Maior, VII, 9).
Era assim que São Francisco vivia a Páscoa: numa atitude e numa disposição muito distantes do caminho muitas vezes superficial com que acolhemos estes eventos tão intensos da vida cristã.
A oportunidade de vivermos um momento tão significativo do ano litúrgico, porém, pode ser preciosa para voltarmos a descobrir na palavra da Páscoa uma fé reta, uma esperança certa e uma caridade perfeita.
Estamos diante de um momento que não é sequer comparável a qualquer outro. É, simplesente, o próprio coração de todo o ano litúrgico: o sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor, preparado durante a quaresma e prolongado na alegria dos cinquenta dias do tempo pascal.
Trata-se de um momento de pura graça, uma ocasião de verdadeira conversão.
O Santuário da Porciúncula, em Assis, convida a todos, portanto, a viver estes dias com profundidade de coração. (Fonte: ZENIT)

Escola



Relações sociais na escola
A escola é o lugar ideal para a pessoa se lançar no mundo e alcançar o seu objetivo na vida. É lugar de construção, formação de mentalidades. Mas, é importante lembrar que a escola não está isolada do contexto social. Ela influencia e recebe influência do mundo real. A escola deve ser compreendida como um patrimônio da humanidade. Quem sabe, o tratamento seria outro. As relações sociais seriam as melhores. O respeito seria a lei maior seguida de outras leis: solidariedade, partilha de conteúdos, unidade, organização, moral e ética. Todos pela escola que a sociedade sai ganhando.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Caridade e Humildade

Caridade e humildade são coladas uma na outra. É muito difícil encontrá-las, hoje, fora da Igreja. Muitas instituições se autopromovem. A Igreja promove o povo de Deus porque segue nos trilhos da caridade e da humildade. (Carlos)
 

domingo, 24 de março de 2013

Respeito à dignidade humana

Os professores que lutam por uma educação de qualidade levam em sua bagagem o respeito à dignidade da pessoa humana, o respeito aos direitos de todos.

Mina de conhecimentos



Tema: Escola, lugar de descoberta
Os projetos devem ser fecundos para os alunos. Temos que olhar o passado mas não podemos esquecer o presente. Olhando com cuidado para o passado percebemos no presente os passos que foram dados no sentido de promover ou eleger o aluno como um sujeito que faz história, que está presente na história. Por isso, a escola é um fundamento que não pode ser substituída por outra coisa. Ela não deve perder a sua essência em época de descrença.
A escola é um tesouro a ser descoberta pelos que estão no seu interior. A escola é uma mina de conhecimentos que precisa ser revelada em primeiro lugar aos doutores da educação, mestres, professores e alunos. Dizer que a escola não tem nada é apostar no fracasso da mina de conhecimentos. O tesouro será enterrado e os talentos removidos. Nesse sentido, impotente é quem defende a impotência da escola.
Se formam novas formas de injustiças quando associam o pobre com incapacidade, ser descartável do sistema. Ele não é. Ele representa uma maioria produtora de riquezas que simplesmente permanece nessa condição por imposição de um esquema político e econômico. Mas a reflexão se inicia com uma questão escolar. E sobre ela temos que dar uma satisfação.
Uma escola que se inspira em Paulo Freire assume um novo comportamento diante das dificuldades. Jamais deixará de fazer o necessário tendo em vista a promoção do aluno. A escola continua sendo o lugar de promoção humana. Lugar do despertar das raízes de todos e principalmente dos mais necessitados. Fazer parte dessa escola é motivo de felicidade. (Carlos: Professor)