sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Árvore de Natal já enfeita Praça S. Pedro



Cidade do Vaticano (RV) – A árvore de Natal já se encontra na Praça S. Pedro.
O abete, provenientes da província de Isernia, no centro-sul da Itália, chegou esta quinta-feira e está sendo adornado. Trata-se de uma árvore de 24 metros de altura, posicionada do lado direito do presépio, que também está sendo montado em frente ao obelisco. A árvore será acesa na tarde do dia 14 de dezembro.

Mais de uma vez, no decorrer do seu Pontificado, Bento XVI recordou o significado espiritual da árvore de Natal: um “símbolo de Cristo, porque com as suas folhas, sempre verdes, evoca a vida que não morre”:

“A árvore e o presépio são elementos daquele clima típico do Natal, que faz parte do patrimônio espiritual das nossas comunidades. É um clima de religiosidade e de intimidade familiar, que devemos preservar também na sociedade atual, onde muitas vezes parece prevalecer o consumismo e a procura exclusiva por bens materiais”, afirmou o Papa em 14 de dezembro de 2007.

Três anos depois, em dezembro de 2010, Bento XVI recordou que a árvore de Natal enriquece o valor simbólico do presépio, que é uma mensagem de fraternidade e de amizade; “um convite à unidade e à paz; um convite a acolher Deus na nossa vida e na sociedade – Deus que nos oferece o seu amor onipotente através da figura frágil de um Menino, porque quer que respondamos livremente ao seu amor”.

(BF)
  



Papa e as pregações do Advento: evangelizar um mundo pós-cristão



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Bento XVI participou esta manhã, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, da primeira pregação do Advento, feita pelo Pregador da Casa Pontifícia, Fr. Raniero Cantalamessa.

O tema desta primeira pregação foi dedicada ao tema “O Ano da Fé e o Catecismo da Igreja Católica”.

A nossa situação, afirma Fr. Cantalamessa, voltou a ser a mesma que no tempo dos apóstolos. “Eles tinham diante de si um mundo pré-cristão para evangelizar; nós temos diante de nós, pelo menos até certo ponto e em alguns ambientes, um mundo pós-cristão para evangelizar. Devemos voltar para o método dos apóstolos, trazer à luz "a espada do Espírito", que é o anúncio, em Espírito e poder, de Cristo morto pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação.”

O querigma, explicou ainda o Pregador da Casa Pontifícia, não é apenas o anúncio de alguns fatos ou verdades de fé claramente definidas; é também uma certa atmosfera espiritual. É responsabilidade do anunciador, por meio da sua fé, permitir ao Espírito Santo criar esta atmosfera.

É a unção do Espírito que faz passar dos enunciados de fé à sua realidade. A unção do Espírito Santo produz também um efeito, por assim dizer, "colateral" no anunciador: faz que ele experimente a alegria de proclamar Jesus e o seu Evangelho. Transforma a evangelização de tarefa e dever, numa honra e num motivo de orgulho. A “boa notícia”, antes mesmo de quem a recebe, faz feliz quem a traz.

“Peçamos a Nossa Senhora a graça de experimentar, neste ano, muitos momentos de unção da fé”, conclui Fr. Cantalamessa.
(BF)

FAMÍLIA: CASA DE VOCAÇÕES

O homem e a mulher foram feitos um para o outro, fazem parte do projeto de Deus.Por isso mesmo, romper com o projeto de Deus significa contraposição, em primeiro lugar, ao autor do projeto. "Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou" (Gn 1,27). O projeto de Deus para a humanidade é perfeito. A família (pai, mãe e filhos) é geradora de diversas vocações. Deus pensou assim à família: "um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne" (Gn 2,24). E não foi de outro modo. É Deus que vem ao encontro do homem para instaurar um novo modo de vida em consonância com a vontade divina.
Que a vontade de Deus possa afetar a sociedade como um todo. Que os cristãos possam dar continuidade ao fortalecimento do projeto de Deus partindo da família. (Carlos: MOVIMENTO FÉ E LUZ)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Para conhecer outro Israel: o que luta pela paz

06/12/2012 | Sérgio Storch Crescem em Israel e na Diáspora Judaica movimentos que defendem direitos e independência palestinos.

O Brasil teve o privilégio de abrigar, na semana passada, o FSMPL (Fórum Social Mundial pela Palestina Livre), na cidade-berço dessa invenção (Porto Alegre) que está na raiz do pensamento de uma nova cultura política. Lá se vão quase 13 anos desde que criamos este campo de novas possibilidades: "um outro mundo é possível", conforme o dístico criado em sua fundação. Para alcançar o sentido da importância deste Fórum pela Palestina é importante lembrar a origem do FSM, nascido em 2001 por iniciativa de um grupo de brasileiros, bem conhecidos na nossa sociedade civil, desde a resistência à ditadura militar.
A este Fórum pela Palestina reagiram, apreensivos com possíveis impactos de protestos e manifestações, setores hegemônicos da comunidade judaica brasileira, manifestando, pela mídia, críticas aos governos federal, estadual e municipal de Porto Alegre, por apoiarem esse evento que, numa visão cartesiana, aparenta desafinação em relação ao discurso de equidistância dos polos do conflito: Israel e Palestina.
É, pois, oportuno registrar a existência de uma outra visão judaica. É bem antiga, remontando aos valores já expressos no Pentateuco, que trouxe em sua legislação o reconhecimento do outro, dos seus direitos, e da responsabilidade de cada indivíduo com todos os demais, de seu povo ou estrangeiros. "V'ahavta l'reacha kamocha" (amai ao próximo como a ti mesmo) está nos ensinamentos da Torá, conforme o Rabi Akiva, ícone da ética judaica. Não há nada a temer. Rancor contra Israel haverá, podendo, por vezes, resvalar para chamamentos à destruição do país e para o antissemitismo rasteiro, como derivação de ignorância, que existe de forma recíproca, também da parte dos que apoiam incondicionalmente Israel.
Conhecemos pouco de matrizes e histórias, tanto das nossas como de outros povos. Aos que criticam o FSMPL e os governos que o acolhem, é bom estudarem um pouco. E aqui vão algumas informações úteis seja para os participantes no FSMPL, como para os que o acompanharam com simpatia, e também para os que a ele se opõem precipitadamente.
As comunidades judaicas em todo o mundo enfrentam fissuras na pretensa unidade que as lideranças institucionais procuram aparentar, tentando cobrir o sol com a peneira. Em Israel, o debate pela imprensa livre é a maior evidência.
Há um grande abismo entre os que apoiam a solução de Dois Estados (segundo as pesquisas constituídas por metade das israelenses) e os seguidores da coalizão de direita que está no governo há três anos. É bom lembrar que, em mandato anterior (1996-1999), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia atentado contra os acordos celebrados em Oslo (1993), com o palestino Yasser Arafat, por seus adversários israelenses, Itzhak Rabin e Shimon Peres (atual presidente do país, de oposição). As seguidas procrastinações de Netanyahu, e as provocações feitas por ele, ao ampliar os assentamentos de colonos judeus em territórios palestinos ocupados, ultrapassaram o prazo de cinco anos fixado em Oslo para um acordo de paz permanente. Surgiu, em consequência, uma insatisfação crescente entre as massas palestinas, que explodiu, já de forma incontrolável, na segunda Intifada, no ano 2000. O primeiro-ministro é um personagem de convicções inabaláveis e irremovíveis. Ele não hesita em buscar referências na memória de tragédias históricas sofridas pelos judeus para justificar uma estratégia míope, baseada tão somente na força militar.
A extensão do abismo que existe em Israel e a Palestina não é nova e pode ser apreciada por este trecho de uma carta de Leah Rabin (viúva de Itzhak Rabin, assassinado por um extremista judeu em 1995), na época do primeiro mandato do atual chefe de governo: "Netanyahu é um mentiroso corrupto que está destruindo tudo o que a nossa sociedade tem de bom". (...) Netanyahu e seu governo não representam uma unidade dos judeus israelenses, nem tão pouco dos judeus na maior comunidade da Diáspora, a norte-americana".
Os Caminhos da Paz
Há um olhar judaico em Israel que busca e encontra o parceiro palestino. Ao contrário da propaganda desse governo manipulador do medo e da insegurança, que martela a ideia de que não existem parceiros para a paz, há inúmeros exemplos de parcerias. O escritor e jornalista israelense Amos Oz colabora com o filósofo palestino Sari Nusseibeh, reitor da universidade Al Quds. O músico Daniel Baremboim teve como parceiro o maior intelectual palestino, Edward Said, para a formação da sua orquestra de jovens israelenses e árabes, hoje mantida pelo governo da Andaluzia, na Espanha. A cantora israelense Noa canta com sua amiga palestina Mira Awad. Há ex-soldados israelenses e ex-militantes palestinos da luta armada que se encontram no Combatants for Peace. O líder de direitos humanos Edward Kaufman leciona com um parceiro palestino sobre direitos humanos e resolução de conflitos (seu amigo Manuel Hassassian é embaixador da Autoridade Palestina na Inglaterra).
Nada mais falso do que a mistificação de que não há parceiros para a paz. Há 130 ONGs em que atuam ombro a ombro israelenses e palestinos na defesa dos direitos violentados pelas políticas dos governos israelenses, desde a detenção de prisioneiros sem culpa formada por tempo indeterminado, até a desobediência civil de mulheres israelenses que regularmente contrabandeiam mulheres palestinas para tomarem banho de mar em Tel Aviv ou Haifa. (Sem falar dos bingos palestinos instalados em Jericó, tolerados pelo governo israelense, mas controlados pelos capitalistas judeus onde se lava muito dinheiro).
Fonte: www.outraspalavras.net

Normas do sistema socioeducativo deverão ser uniformizadas

O plenário do Conselho Nacional de Justiça – CNJ aprovou, por unanimidade, proposta que dispõe sobre normas gerais para cumprimento de medidas socioeducativas e de internação provisória de adolescentes em conflito com a lei. O objetivo é padronizar, principalmente, os procedimentos das varas da infância e juventude em relação ao andamento dos processos.
“Isso deverá proporcionar maior eficiência ao processamento das execuções, de modo a garantir os direitos dos adolescentes em conflito com a lei”, afirmou Daniel Issler, juiz auxiliar e um dos coordenadores do Programa Justiça ao Jovem, criado pelo CNJ para avaliar as condições da internação de adolescentes no Brasil. O projeto visitou unidades socioeducativas e varas da infância e juventude em todos os estados brasileiros. A partir das visitas, contou o magistrado, pôde-se perceber a utilização de diferentes procedimentos para se chegar ao mesmo fim.
Elaborada pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ – DMF, responsável, entre outras ações, pelo Programa Justiça ao Jovem, a resolução aprovada uniformiza os procedimentos de ingresso do adolescente em programa ou unidade de execução de medida socioeducativa ou em unidade de internação provisória; de execução de medida socioeducativa em meio aberto ou com restrição de liberdade; e de liberação do adolescente ou desligamento dos programas de atendimento.
A proposta também recomenda que os tribunais de justiça promovam cursos de atualização e qualificação funcional para magistrados e servidores que atuam no sistema socioeducativo. Os cursos devem ser iniciados dentro do prazo de um ano após a publicação da resolução e seu currículo deverá incluir princípios e normais internacionais aplicáveis. Também deverão ser realizados estudos relativos à necessidade de criação ou especialização de Varas de Execução de Medidas Socioeducativas, em especial nas comarcas onde estiverem situadas as unidades de internação. A resolução recomenda, ainda, o encaminhamento dos relatórios produzidos a partir dos estudos ao CNJ.
Com informações da Agência CNJ de Notícias(Por ViaBlog)

Juventude em crise

Segundo a OIT, em todo mundo são mais de 75 milhões de jovens desempregados, o que equivale a quase 40% do total de pessoas sem emprego. A taxa de desemprego entre os jovens é o triplo à verificada entre os adultos 
06/12/2012

Lucas Ribeiro Prado*

São muitos os problemas que atingem a juventude. Isso faz com que muitas vezes ela seja percebida de uma forma fragmentada e sem um recorte de classe. Todavia, alguns problemas vividos pelos jovens são fundamentais no seu processo de consciência, possibilitando assim sua organização política e mobilização massiva. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) tem alertado para o problema do crescente desemprego juvenil em todo o mundo. Paralelamente a isso, Barack Obama tem demonstrado grande preocupação de que o endividamento estudantil nos Estados Unidos possa aprofundar ainda mais a crise mundial.
Segundo a OIT, em todo mundo são mais de 75 milhões de jovens desempregados, o que equivale a quase 40% do total de pessoas sem emprego. A taxa de desemprego entre os jovens é o triplo à verificada entre os adultos. A organização estima que o desemprego juvenil continuará crescendo até 2017.
Na Europa a situação da juventude está cada vez mais crítica. As taxas de desemprego juvenil na Grécia são de 58%; na Espanha, de 56%; em Portugal, de 38%; e na Itália, de 35%. Nos países do norte da África a situação do desemprego também é grave. No Egito, o desemprego atinge 90% dos jovens. No Brasil, apesar dos baixos índices de desemprego nos últimos anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 54% dos desempregados são jovens entre 18 e 29 anos. A juventude tem sido o setor mais atingido pela crise até agora.
O custo do ensino superior dobrou nos últimos trinta anos em todo mundo. Nos EUA, a dívida estudantil dobrou nos últimos cinco anos, chegando a US$ 1 trilhão (cerca de R$ 2,13 trilhões), ultrapassando as dívidas dos cartões de crédito e automóveis. Num contexto de crise econômica, os custos da faculdade ultrapassaram a inflação global e a inadimplência dobrou desde 2008, havendo a possibilidade de uma nova bolha financeira semelhante a dos títulos imobiliários.
Isso tem preocupado o presidente Barack Obama que tem tomado algumas medidas para contornar o problema, como a redução da atuação de bancos comerciais no programa federal de auxílio estudantil e a ameaça de diminuição das subvenções públicas para as universidades que aumentarem as taxas de matrícula, mas nenhuma delas obteve sucessos.
Está cada vez mais difícil para os recém formados conseguirem emprego nos EUA: 46% estão desempregados, muitos sequer conseguem terminar suas graduações e os que conseguem passarão em média 25 anos pagando por elas. A crise dos créditos estudantis poderá desestabilizar ainda mais a economia norte americana.
Na América Latina, o Chile é o caso mais emblemático do endividamento estudantil. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação chilena é a mais desigual e a segunda mais cara do mundo. Após um intenso processo de privatização do ensino superior na década de 80, atualmente existem 500 mil universitários que estão endividados para pagar seus estudos, sendo que 110 mil são considerados inadimplentes. A dívida dos estudantes chilenos alcança os US$ 364 milhões (aproximadamente R$ 775 milhões).
No Canadá, apesar de todas as universidades serem públicas, as taxas cobradas fazem com que o endividamento estudantil chegue a US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 31,9 bilhões) afetando 57% dos estudantes. O governo canadense aumentou em 75% o valor das taxas do ensino superior nos últimos cinco anos, como forma de compensar os gastos públicos com a educação dos últimos 40 anos. O endividamento estudantil combinado com a elevação do custo do ensino superior e os altos índices de desemprego poderão resultar em uma taxa de inadimplência cada vez maior.
No Brasil está em curso um processo de ampliação do crédito estudantil. Desde 2010 o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) cresceu 1.150%, 500 mil estudantes utilizam o fundo, o que equivale a R$ 1,6 bilhão. Só em 2012 foram 140 mil novos contratos. A reforma universitária, aprovada durante a ditadura militar, em 1968, criou as bases da privatização da universidade pública brasileira, desvinculando recursos públicos para a educação e dando ampla autonomia para a iniciativa privada. Atualmente, 82% das matrículas no ensino superior são feitas em universidades privadas, sendo que cinco delas são as maiores do país.
Por outro lado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos estudantes universitários brasileiros trabalham. Uma outra fatia de 14% da juventude mais pobre da população não trabalha nem estuda, um total de 5,3 milhões de jovens. Isso representa um grande desafio para a organização da juventude da classe trabalhadora, tanto no espaço de trabalho quanto no espaço da escola.
Na atual conjuntura, o desemprego e o endividamento estudantil têm afetado profundamente a vida dos jovens em todo mundo e resultado em mobilizações massivas. O desemprego tem mobilizado milhares de jovens na Espanha, Itália, Portugal, Inglaterra e Grécia, em protestos contínuos desde 2009. Um dos grandes fatores de mobilização da “primavera árabe” em 2010 foi o desemprego da juventude. No Chile, mais de 300 mil estudantes saíram às ruas em 2011 para protestar contra o endividamento estudantil. Nos EUA, o endividamento estudantil foi um dos fatores que mobilizaram os jovens no Occupy Wall Street em 2011, mobilizando cerca de 20 mil estudantes. No Canadá, mais de 260 mil estudantes saíram às ruas este ano, na “primavera canadense”, contra o aumento das taxas do ensino superior. Todos esses movimentos assumiram um caráter antineoliberal.
Essas mobilizações colocam a importância de se organizar a juventude em torno de um Projeto Popular para a Educação, capaz de superar as contradições que se aprofundarão com a crise mundial. A articulação de lutas pela universidade pública e gratuita, contra o endividamento estudantil e contra o aumento dos custos do ensino superior serão questões fundamentais para as lutas de massa da juventude nos próximos períodos. Mas, para que essas questões se transformem em lutas é preciso que as organizações de juventude amadureçam seus métodos de trabalho de base para atingir jovens que estudam e trabalham, e outros que nem estudam e nem trabalham.
*Advogado popular e militante da Consulta Popular
(Fonte: Brasil de Fato)

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