quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Conselho Pontifício para a Cultura passa a integrar a Comissão para os Bens Culturais


Entretanto, em Roma, no âmbito da Sede Apostólica, a Comissão para os Bens Culturais da Igreja passa a ficar integrado, a partir de agora, ao Conselho Pontifício da Cultura. (Na foto, frescos da igreja Santa Maria Antiqua, no Foro Romano, em fase de restauro) Entra de facto em vigor no próximo dia 3 de Novembro um documento pontifício – o motu proprio Pulchritudinis fidei (da beleza da fé) , na qual Bento XVI predispõe a fusão das duas instituições. Em entrevista hoje publicada na edição quotidiana de “L’Osservatore Romano”, o cardeal Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura ilustra as razões e as consequências desta disposição, e confirma que este setor dos Bens Culturais da Igreja fica especialmente confiado a D. Carlos Azevedo, Delegado daquele Conselho Pontifício. A este departamento dos Bens Culturais correspondem outros setores como o de “Fé e cultura”, o Átrio dos Gentios e o recentemente instituído para se ocupar do Desporto.
“Também a UNESCO (o departamento das Nações Unidas para a Educação e a Cultura) – recorda o cardeal Ravasi, protege hoje em dia a chamada “cultura imaterial”. Na base deste novo conceito de cultura já não está a ideia – do século XVIII – de uma aristocracia intelectual, mas sim um conceito antropológico – a elaboração consciente de cada obra da criatividade humana”.
Entre as áreas de competência deste Departamento dos Bens Culturais estará, naturalmente, a colaboração com a Fundação para os Bens e Atividades Artísticas da Igreja.(RV)

Metas da nossa caminhada

17/10/2012 | Geovane Saraiva * Viver bem neste mundo, na lógica do projeto de Deus, quer dizer ir encontro do reino, inaugurado por Jesus de Nazaré, na doação de sua própria vida. Ele não somente despojou-se de tudo, mas assumiu na sua vida, a condição dos sofredores, para com eles caminhar, para curá-los, para trazê-los de volta à vida digna. E o reino continua hoje, neste mundo, com a doação daqueles que assumem a mesma causa de Jesus, tornando-se pobres, com o mesmo Espírito do Mestre. Gosto muito dos pensamentos de Dom Helder Câmara, na sua grande profundidade: "Caminhar é ir ao encontro de metas. Significa mover-se para ajudar muitos outros a moverem-se, no sentido de tudo fazer para criar um mundo mais justo e humano".
O Evangelho do sermão da montanha começa com as bem-aventuranças, declaração maravilhosa e solene, proclamada pelo Filho de Deus, na qual o reino de Deus nos é revelado como uma boa notícia aos pobres. Essa declaração ou anúncio é um grito de alegria, feito por Jesus de Nazaré, pela chegada do reino de Deus e, ao mesmo tempo, uma proposta rigorosa e exigente a um estilo de vida, no desprendimento e despojamento: "Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o tipo de mal contra vós por causa de mim" (Mt 5, 11).
Vivemos num mundo, experimentando muitos sinais de morte e nunca nos acostumamos com a dura realidade da morte. Ela pesa sobre nós. Sofremos muito com a morte, porque somos criaturas humanas e apegados a esta vida aqui da terra e não a enxergamos, na maioria das vezes como algo natural, tudo por causa das nossas contingências e limitações.
As bem-aventuranças querem nos colocar diante das tensões e dos desafios. Mas para nós, pessoas de fé, de maneira alguma, as situações duras e sinais de morte nos apontam para o fim. O Deus que enviou o seu Filho Jesus e o ressuscitou, nos ensina a viver bem aqui na terra, com pés firmes no chão, e assim, sonhar com a glória futura. "Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus" (Mt 5, 12).
Compreendemos que somos limitados, que não conseguimos dar um passo há mais, diante das tragédias, tensões e situações de limites. Elas nos ensinam e relevam algo precioso: a certeza de que a realidade dura e pesada dos sinais de morte nos engrandece e humaniza, dizendo-nos que a vida está acima de tudo. Daí olhar para a realidade da morte como nossa irmã e companheira inseparável. O exemplo vem de Francisco de Assis, ao dizer com grande Fe, sabedoria e confiança: "Louvado seja Deus pela irmã morte".
Quando injustiça e tudo aquilo que gera a morte chegar perto de nós e bater à nossa porta, surpreendendo-nos e deixando nosso coração marcado pela dor e sofrimento, peçamos que a tristeza se transforme em alegria e esperança, certos de que o critério para o nosso julgamento e o julgamento da história é o da prática da justiça. Somos, portanto, desafiados a colocar a nossa própria vida diante do projeto de Deus, no amor que se traduz em justiça, verdade e solidariedade. É deste modo, que a piedade divina se transforma em misericórdia e generosidade, como diz tão bem o Profeta Oséias: "Quero misericórdia e não sacrifício" (Os, 6, 6).
Jesus nos promete e nos assegura a felicidade, não apenas num futuro longe e distante, lá no céu, na eternidade, mas já aqui na terra. A vontade de Deus é que o seu reino seja algo concreto e presente no mundo, através de nós, seus seguidores. Todo aquele que deseja participar e tem como sonho maior o reino de Deus, precisa experimentar a alegria da transformação interior, no desprendimento e despojamento, usando os bens deste mundo, mas com uma grande vontade de abraçar os bens que são eternos, que não passam, tendo diante dos olhos a promessa do Filho de Deus, na busca da sua própria felicidade e a do próximo.
*Geovane Saraiva é padre da Arquidiocese de Fortaleza, Escritor, Membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), e da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza. Pároco de Santo Afonso.
Fonte: www.paroquiasantoafonso.org.br


Salvatorianos elegem brasileiro Superior Geral

18/10/2012 | Arlindo Pereira Dias / Revista Missões Os missionários Salvatorianos (Sociedade do Divino Salvador), reunidos no seu Capítulo Geral, elegeram no dia 17 de outubro, como 11º Superior Geral, o padre brasileiro Milton Zonta. Após a missa solene presidida pelo atual superior geral, o polonês padre Karl Hoffman, os capitulares cantaram o "Veni Creator Spiritus" e procederam à eleição. Já na primeira votação o padre Milton recebeu os votos necessários para ser eleito.
O XVIII Capítulo Geral tem por tema: "Conhecer, Amar e Proclamar". São 50 participantes, representantes de 23 países: (Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Cameron, Canadá, China, Colômbia, Congo, Inglaterra, Equador, Filipinas, Espanha, Índia, República Checa, Polônia, Tanzânia, Suíça, EE.UU, Venezuela, Hungria e Itália). Os missionários encontram-se reunidos desde o dia 3 de outubro na cidade de Cracóvia, Polônia. Mostrando-se bastante emocionado, ao responder à pergunta se aceitaria o encargo, padre Milton afirmou: "Na certeza de que a Divina Providência guia a historia Salvatoriana com sabedoria, com profunda humildade, eu aceito assumir este serviço".
Padre Milton Zonta nasceu em 1960 na cidade de Videira, Santa Catarina. Entrou na congregação em 1979, com a idade de 19 anos e fez sua primeira profissão religiosa em 1980. Foi ordenado sacerdote no dia 17 de janeiro de 1987. No Brasil trabalhou como pároco, formador e exerceu o serviço de provincial. No ano de 2006 foi eleito Conselheiro Geral e responsável pela área de formação a nível mundial.
A Sociedade do Divino Salvador foi fundada em Roma no dia 8 de dezembro de 1881, pelo Servo de Deus Padre João Batista Jordan.
Fonte: www.revistamissoes.org.br


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Home > Igreja > 17/10/2012 12:34:38



Bento XVI: toda a humanidade tem que lutar sem cessar contra a pobreza


Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se esta quarta-feira, 17 de outubro, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa saudou os expoentes do “Movimento Agir Todos pela Dignidade do Quarto Mundo”, que estavam presentes na Praça S. Pedro, encorajando-os em seu compromisso de proteger a dignidade e os direitos dos que são condenados a sofrer a chaga da miséria, “contra a qual toda a Humanidade deve lutar sem cessar”.

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas, para promover a conscientização sobre o problema e para motivar os esforços de erradicação da pobreza em todas as partes do mundo.

Em 17 de outubro de 1987, em Paris, o Padre Joseph Wresinski, fundador do "Movimento Agir Todos pela Dignidade do Quarto Mundo" inaugurou, na presença de 100 mil pessoas, uma placa de pedra em celebração de todas as vítimas da pobreza. Nela, estava gravada a seguinte mensagem: "Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, direitos humanos são violados. Unir-se para fazer com que sejam respeitados é um dever sagrado”.

Na última década, milhões de pessoas saíram da pobreza, e obtiveram um melhor acesso à saúde e à educação. Todavia, apesar destes avanços importantes, há ainda lacunas críticas a serem preenchidas. O tema para o Dia Internacional de 2012 é "Pôr fim à violência que a extrema pobreza representa: promover a responsabilização e construir a paz".

Isabelle Perrin, diretora-geral do Movimente, em sua mensagem do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, afirmou: "É um dia para recusar o inaceitável. (...) 17 de outubro é uma data para honrar os milhões de pessoas que enfrentam o impossível, aqueles cuja coragem e cuja existência desafiam nossas certezas, nossos modos de pensar e agir”.

Nessa mesma data, os salesianos da Região Interamérica estão empenhados na 10ª reunião regional de opção preferencial. Uma semana de conferências sobre o empenho da Congregação no continente americano e a opção preferencial pelos pobres. Responsabilizar quem vive na pobreza, especialmente os jovens, é um dos principais temas discutidos durante este encontro.

(BF-ANS)
     Home > Audiências e Angelus > 17/10/2012 12:31:58




Audiência: Papa inaugura novo ciclo de catequeses por ocasião do Ano da Fé


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de peregrinos e fiéis, inclusive muitos brasileiros, lotaram esta quarta-feira a Praça S. Pedro para a Audiência Geral com o Papa Bento XVI.

Com a abertura do Ano da Fé, o Santo Padre interrompe seu ciclo de catequeses dedicado à escola de oração, para aprofundar o conteúdo da nossa fé cristã no decorrer de todo este Ano inaugurado na semana passada.

Mas a fé é realmente a força motriz da nossa vida? Esta foi a primeira pergunta que Bento XVI dirigiu aos fiéis. A fé não deve ser somente um dos elementos que fazem parte da existência, mas a parte determinante. Hoje, è importante reiterar este aspecto com clareza, diante de transformações culturais que mostram formas de barbáries como sinal de conquistas de civilidade. A verdadeira humanidade existe onde o homem é animado pelo amor de Deus. A fé cristã não limita, mas humaniza a vida, ou melhor, a torna plenamente humana.

Onde encontramos a fórmula essencial da fé? Onde encontramos as verdades que nos foram fielmente transmitidas? A resposta é simples: no Credo, na Profissão de Fé, nós nos unimos ao evento originário da Pessoa e da História de Jesus de Nazaré. Hoje necessitamos que o Credo seja melhor conhecido, compreendido e rezado.

Muitas vezes, o cristão não conhece nem mesmo o núcleo central da própria fé católica, do Credo, deixando espaço para um certo sincretismo e relativismo religioso, sem clareza sobre o conteúdo. Deste modo, corre-se o risco de se construir, por assim dizer, uma religião “self-service”. Pelo contrário, devemos regressar a Deus, ao Deus de Jesus Cristo, devemos redescobrir a mensagem do Evangelho.

Nas catequeses deste Ano da Fé, gostaria de oferecer uma ajuda para realizar este caminho, para retomar e aprofundar as verdades centrais da fé, meditando e refletindo sobre as afirmações do Credo. E gostaria que fosse claro que esses conteúdos se ligam diretamente à nossa vivência. Que este caminho que realizaremos este ano possa fazer-nos crescer todos na fé e no amor a Cristo, para que aprendamos a viver, nas escolhas e nas ações cotidianas, a vida boa e bela do Evangelho.

Este é o resumo que o Santo Padre fez de sua catequese em português:

Queridos irmãos e irmãs, hoje iniciamos um novo ciclo de catequeses que se inserem no contexto do Ano da Fé, inaugurado recentemente. Com estas catequeses, queremos percorrer um caminho que leve a reforçar ou a reencontrar a alegria da fé em Jesus Cristo, único Salvador do mundo. De fato, o nosso mundo de hoje está profundamente marcado pelo secularismo, relativismo e individualismo que levam muitas pessoas a viver a vida de modo superficial, sem ideais claros. Por isso, é essencial redescobrir como a fé é uma força transformadora para a vida: saber que Deus é amor, que se fez próximo aos homens com a Encarnação e se entregou na cruz para nos salvar e nos abrir novamente a porta do céu. De fato, a fé não é uma realidade desconectada da vida concreta. Neste sentido, para perceber o vínculo profundo que existe entre as verdades que professamos e a nossa vida diária, é preciso que o Credo, o Símbolo da Fé, seja mais conhecido, compreendido e rezado. Nele encontramos as fórmulas essenciais da fé: as verdades que nos foram fielmente transmitidas e que constituem a luz para a nossa existência.
Dou às boas-vindas aos grupos de visitantes do Brasil e demais peregrinos de língua portuguesa. Agradeço a vossa presença e desejo que este Ano possa ajudar-vos a crescer na fé e no amor a Cristo, para que aprendais a viver a vida boa e bela do Evangelho. De coração, a todos abençôo. Obrigado!”.

(BF)
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Educador dos jovens, Pe. Piamarta será canonizado por Bento XVI


Cidade do Vaticano (RV) - Uma vida a serviço dos jovens e do futuro deles. Essa é uma das muitas definições que melhor descrevem o Beato Pe. Giovanni Battista Piamarta, natural do norte da Itália, que o Papa canonizará no próximo domingo, dia 21, na Praça de São Pedro. Foi o fundador em 1900 da Congregação da Sagrada Família de Nazaré e da Congregação das Irmãs Humildes Servas do Senhor”. O amor pelos jovens resultou na criação do Instituto "Pequenos Artesãos", dedicado à preparação profissional e ao crescimento cristão de milhares jovens e adolescentes.

Segundo o Postulador, Pe. Igor Fabiano Manzillo, trata-se de uma figura de grande atualidade:

“É uma atualidade desconcertante, porque foi trabalhar e viver toda a sua vida, a sua experiência de vida e de santidade, juntamente em um campo muito particular: o dos jovens, mas dos jovens pobres no mundo do trabalho. O seu grande desejo foi oferecer família, educação e um trabalho a jovens, àqueles que não tinham outras possibilidades que não tinham perspectivas. Eram meninos pobres, abandonados, órfãos perambulando pela cidade, que certamente teriam se tornado delinquentes. A sua ideia foi justamente a seguinte: ocupar-se desses jovens e torná-los protagonistas de seu futuro, dando-lhes um futuro; ou seja, dar um futuro a jovens que eram desprovidos de futuro." (MP)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Home > Igreja > 2012-10-16 11:52:20 RV




"Sinos da Europa": Bispos foram ao cinema...


2ª ao fim da tarde os bispos reunidos em Sínodo... foram ao cinema. Foi projetado para os Padres Sinodais e outros participantes o filme "Sinos da Europa - uma viagem na fé através da Europa". Um filme realizado pelo CTV-Centro televisivo Vaticano com o apoio de várias instituições, com uma série de entrevistas originais com importantes autoridades religiosas das principais confissões cristãs: Papa Bento XVI, o Patriarca Ecuménico Bartolomeo I, o Patriarca de Moscovo Kirill, o Arcebispo de Cantuária Rowan Williams e o bispo luterano Huber. Foram também entrevistadas importantes personalidades do mundo da política e da cultura como o Presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, e, Alexander Adveev ex-Ministro da Cultura da Federação Russa. O documentário propõr uma reflexão a várias vozes sobre as razões da esperança num futuro comum entre as Igrejas Cristãs e os homens de boa vontade do Leste e do Ocidente. É, assim, abordado o tema da evangelização e do testemunho cristão no mundo de hoje. A reflexão é acompanhada de um fio condutor com o som de sinos dos diversos cantos da Europa e a música do compositor Arvo Part.