domingo, 23 de setembro de 2012

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Arquidiocese de Maceió se reúne clero para encontro de formação



A Arquidiocese de Maceió proporcionou para o seu clero um encontro de formação desde a segunda, 17, até esta quinta, 20, para o aprofundamento sobre a Pessoa do ministro ordenado no Concílio Vaticano II. O evento aconteceu no Recanto Sagrado Coração de Jesus, localizado no bairro da Serraria, e contou com a participação do Padre Antonio Régis Brasil, doutor em Teologia Dogmática e pertencente à Diocese de Pelotas (RS).
Dentre as diversas colocações, o sacerdote explanou sobre aspectos da eclesiologia nos dois primeiros dias e então se adentrou na cristologia nos dois últimos dias. Com linguagem clara, remeteu a muitas situações do Concílio Vaticano II que não estão nos documentos conciliares, pois são frutos de perspectivas e opiniões pessoais de inúmeros bispos que se fizeram presentes no evento e registraram em comentários, cartas e diários, espalhados pelo mundo. Desta forma, tornou-se perceptível quais as questões mais difíceis de terem sido mudadas e quais as tensões ocasionadas durante as reuniões conciliares.
“Lembro-me que ainda como seminarista, rezávamos a oração feita pelo Papa João XXIII pedindo um novo pentecostes para a Igreja, como assim aconteceu”, afirmou em uma de suas colocações. Em suas temáticas, colocou com veemência pensamentos de teólogos como Yves Congar, ao afirmar que o documento sobre a Igreja, Lumen Gentium, realizou uma revolução copérnica ao deslocar o capítulo sobre a hierarquia para depois do conceito de Igreja como povo de Deus.
Estiveram no encontro de formação, o arcebispo da Arquidiocese de Maceió, Dom Antônio Muniz, junto a padres, diáconos permanentes e transitórios, como também homens casados candidatos ao diaconato permanente. 
Fonte: Pascom da Arquidiocese de Maceió

Escola e comunidade:
uma interação necessária

O que pode ser feito para melhorar a interação escola-comunidade? Neste artigo, Nelson Piletti propõe ações de intercâmbio entre as duas partes, como a criação de bancos de dados socioculturais.
Por Nelson Piletti*
Escola e comunidade. Foto por ppdigital/MorgueFile
Como podem os profissionais da educação bem desempenhar o seu trabalho se não conhecem a comunidade onde o estabelecimento de ensino em que atuam está localizado? Como pode a escola atingir os objetivos constitucionais da educação – pleno desenvolvimento da pessoa, preparação para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho – se desconhece as condições de vida e as aspirações da comunidade onde vivem os seus alunos?
O conhecimento da comunidade assume importância ainda maior quando os profissionais da educação não residem no bairro em que atuam. Muitas vezes, eles se dirigem à escola, executam as suas tarefas e voltam para casa sem se preocupar, ao menos, em percorrer as ruas onde moram os alunos – quem dirá visitar as suas casas! – para ter um contato, mínimo que seja, com a realidade local.
Décadas atrás, após desenvolver experiências teatrais em comunidades cariocas, o educador Antonio Leal assumiu uma turma de alunos reprovados em certa escola da favela da Rocinha. Em seu famoso livro Fala Maria Favela: uma experiência criativa em alfabetização, ele relata o que viu ao entrar na sala de aula:
“Das janelas em forma de venezianas, com muitos vidros quebrados, via-se o interior das casas montadas no barranco: aparelhos de televisão, sofás de napa, imagens de são Jorge e são Sebastião etc. Sempre muitas crianças brincando, soltando pipa, brigas e discussões de marido e mulher, homens construindo novos barracos, enfim a vida da favela entrando pela janela da sala. Assim deve ser na escola (…). [Enc ontra-se, no entanto] a sala sempre igual: carteiras individuais, a mesa do professor e o quadro negro” (São Paulo: Editora Ática, 1993, 12ª ed.).
Duas perguntas importantes são suscitadas pelo relato: de modo geral, qual o estado em que se encontram as relações entre as nossas escolas e a comunidade? O que, concretamente, pode ser feito para melhorar a interação escola-comunidade?
A questão é tão importante para a melhoria do desempenho escolar de alunos e professores que se torna fundamental organizar, em cada estabelecimento de ensino, um Serviço de Intercâmbio Escola-Comunidade, com representantes da escola (professores, alunos, funcionários) e da comunidade (pais, associação de moradores, organizações sociais etc.).
A primeira tarefa desse serviço seria organizar um banco de dados com o maior número possível de informações (de diversas naturezas) sobre a comunidade, abrangendo:
  • Condições materiais: situação das ruas, iluminação pública, saneamento básico, moradia, alimentação, trabalho, salários, desemprego, água tratada, entre outros;
  • Condições sociais: assistência médica, educação, acesso escolar, assistência à infância e aos idosos etc;
  • Condições culturais: espaços para eventos artísticos, de lazer, atividades de fim de semana e demais ações do gênero;
  • Condições familiares: tipos de arranjos familiares, número de pessoas na mesma casa. E assim por diante.
Tais informações poderiam ser enriquecidas com um acervo fotográfico que, exposto na escola – na sala dos professores, por exemplo –, lembrassem sempre os educadores das características da comunidade e dos alunos com os quais atuam.
Como segunda tarefa importante, caberia ao serviço de intercâmbio promover atividades que facilitassem a interação entre a escola e a comunidade, tanto no sentido escola-comunidade, quanto no sentido comunidade-escola, entre as quais estariam visitas às famílias (especialmente dos alunos com maiores dificuldades), saídas dos alunos para melhor conhecerem a sua comunidade, atividades culturais e recreativas nos finais de semana (abertas à comunidade), organização de eventos nas dependências da escola, enfim, um grande leque de possibilidades.
É fundamental, porém, que todas essas atividades de interação entre escola e comunidade caminhem ao encontro daquela que é a atividade-fim do estabelecimento de ensino: a educação. Assim, com base nas informações coletadas e nas atividades de intercâmbio promovidas, caberá à escola desenvolver um processo de ensino e uma programação cultural ampla, ambas iniciativas embasadas nas necessidades e aspirações da comunidade – portanto, condizentes com a realidade cotidiana.
Dessa forma, os conhecimentos transmitidos pela escola assumirão uma “roupagem local” (linguagem, exemplos, atividades, eventos culturais), aumentarão o interesse dos alunos pela escola e, certamente, também a eficiência e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem.
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*Nelson Piletti é graduado em Filosofia, Jornalismo e Pedagogia. Mestre, doutor, livre-docente em Educação (USP) e professor aposentado da Faculdade de Educação (USP), publicou dezenas de livros didáticos, paradidáticos e acadêmicos nas áreas de Educação e História, entre os quais Sociologia da educação: do positivismo aos estudos culturais (Editora Ática, 2010), em coautoria com Walter Praxedes.

O Enem e outras avaliações

O que esperar como “boa avaliação” das escolas e dos alunos? Será que a resposta está no “rankeamento” de notas do Enem?
O Ministério da Educação divulgou nesta semana o desempenho de todas as escolas do país no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio de 2010. De posse desses dados, a imprensa não demorou a elaborar “rankings” e a tecer comparações entre o desempenho das instituições, das cidades e regiões brasileiras.
Antes de qualquer discussão, parabenizo os estudantes – principalmente eles, que tanto se dedicaram ao exame – e as escolas que os incentivaram. Em segundo lugar, ressalto o tema central deste artigo: a percepção de que o Enem não é sozinho um medidor da qualidade do trabalho realizado nas escolas do país. É necessário, aposto eu, termos muita clareza disto.
Como era de se esperar, as escolas cujos alunos obtiveram maior pontuação aproveitam para utilizar os resultados em ações de marketing, o que costuma ter efeito significativo para muitos pais orgulhosos por terem os filhos matriculados nestas instituições, ou ainda para aqueles que decidem mudá-los de escola para que possam, quem sabe, também fazer parte dessas listas.
Nem julgo as escolas por suas ações de marketing, pois desconfio que ajam dessa forma por pura consequência do próprio sistema de avaliação vigente. Afinal, não vejo a sociedade buscar nos resultados do Enem outra finalidade que não seja a de agradar a esses pais satisfeitos com o “rankeamento” ou a evolução das notas do boletim dos seus filhos.
Cada vez mais a sociedade distorce o sentido da avaliação, que não deveria ser o de meramente comparar ou classificar, mas sim de contribuir para a melhoria das formas de ensinar e aprender, tanto dos professores, gestores, secretarias de educação e mantenedores, quanto dos próprios alunos. Em que momento olhamos os processos evolutivos de cada escola e de cada aluno?
Com o Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ocorrem avaliações semelhantes às do Enem. Geralmente busca-se olhar suas médias, enquanto nunca é avaliado o quanto uma escola avançou comparativamente à sua própria trajetória. Ou, o que seria melhor ainda: o quanto cada aluno avançou de forma comparada aos seus desempenhos anteriores, e não à média da turma. Como a USP já abordou em algumas pesquisas, estas avaliações externas não têm sido utilizadas nem mesmo nas próprias escolas como um meio de reflexão sobre os processos internos, sobre o que pode ser melhorado e sobre a construção de novas metas.
O importante parecem ser a nota e a classificação em si, sem levar-se em consideração que existem várias formas de burlar o sistema, assim como os próprios alunos sempre arrumam meios de conseguirem notas não pelo prazer de aprender, mas para “passarem de ano”, tal como lhes é exigido de seus pais.
Ora, se o objetivo for exclusivamente galgar boa classificação porque isto traz bom retorno para a escola, há maneiras muito mais simples de alcançá-lo, como indicar os melhores alunos para o exame ou selecionar cada vez mais aqueles que ingressam na escola – métodos inclusive já populares entre algumas instituições privadas.
E é triste notar que as escolas públicas não escapam totalmente à estratégia: grande parte das que obtiveram melhor classificação também selecionam os seus alunos por meio de “vestibulinhos”. Isto quando a seleção não é feita pela própria localidade: sabemos bem que realmente existem diferenças educacionais entre instituições localizadas em bairros com oportunidades socioeconômicas discrepantes.
Em cenários complexos como esses, como avaliar os alunos e as turmas? A resposta nunca será uníssona, tampouco simples: um mesmo professor pode obter resultados diferentes atuando em diferentes escolas, por isso não é possível afirmarmos categoricamente que uma instituição seja melhor do que a outra observando-as a partir de um único viés.
Aliás, a grande questão, sobre a qual precisamos realmente refletir, é: o que é uma boa escola? O que é uma escola de qualidade? Uma certeza, devemos ter: uma escola não pode ser de qualidade para alguns, mas precisa realmente ser para todos. Caso contrário, não será de qualidade, pois trabalhará baseada no mérito dos alunos, não no desafio de transformar as realidades de todos.


Formações

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A ponte das palavras

Diga palavras que construam os outros
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Uma canção popular exalta, em versos muito simples, o valor da palavra: "Palavra não foi feita para dividir ninguém. Palavra é ponte por onde o amor vai e vem…

A alma se exprime pelo corpo, especialmente pela língua. "Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais  por meio de sinais e símbolos materiais. Como ser social, o homem precisa de sinais e de símbolos para comunicar-se com os outros, por meio da linguagem, de gestos e ações" (Catecismo da Igreja Católica, n. 1146).

Nós falamos, comunicamo-nos uns com os outros de inúmeras maneiras. Quanto não diz, com frequência, um simples olhar, um sorriso levemente esboçado, um silêncio significativo, um gesto de paixão ou um aceno impregnado de afeto! Muitos são os caminhos da linguagem que interligam, em comunhão, alma com alma. Mas a grande ponte que Deus nos deu para nos comunicarmos entre nós - e para nos comunicarmos com Ele - é a palavra: palavra pensada, interior; palavra pronunciada; palavra publicada.

É falando, conversando, escrevendo que estamos a construir, constantemente, pontes de intercomunicação: por elas a nossa alma - a nossa vida! - vai passando e chega até os outros, com toda a sua carga de alegrias e dores, de ódios e amores, de desconcertos e dúvidas, de enganos e desenganos, de perplexidades e certezas, de esperanças e ilusões. É bom pensar no que significam, todos os dias, as nossas palavras. Constroem ou destroem? Enriquecem ou desgastam? Que fazemos
com a língua diariamente? Talvez, de súbito, não saibamos responder, mas uma coisa é certa: fazemos muito; de bom ou de mau, mas fazemos muito.

Fonte: Canção nova
Altera letra  
Sábado, 22 de setembro de 2012, 10h44

Papa recebe Comitê Executivo da Internacional Democracia Cristã

Jéssica Marçal
Da Redação


Rádio Vaticano
O Papa Bento XVI reunido com os participantes do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã na manhã deste sábado, 22
O Papa Bento XVI recebeu na manhã deste sábado, 22, 110 participantes do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã. Em seu discurso na ocasião, o Pontífice lembrou que são preocupantes a complexidade e gravidade da atual situação econômica, mas, que neste contexto, os cristãos são chamados a agir com espírito profético, assumindo com realismo, fidelidade e esperança as novas responsabilidades.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa ao Comitê da Internacional Democracia Cristã – 22/09/2012


O Papa disse que, desde o último encontro, realizado há cinco anos, o empenho dos cristãos na sociedade não deixou de ser um fermento vivo para melhorar as relações humanas e das condições de vida.

“Este empenho não deve conhecer flexões ou limites, mas, ao contrário, seguir profundo com renovada vitalidade, tendo em vista a continuidade e, por algumas vezes, o agravar-se das problemáticas que enfrentamos”.

Sobre a contribuição política e institucional dos membros presentes no encontro, Bento XVI destacou que isso não pode limitar-se a responder as urgências de uma lógica de mercado, mas também assumir como central e imprescindível a busca do bem comum e a promoção e proteção da dignidade da pessoa humana.

O Pontífice reiterou ainda a importância do respeito à vida em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural, e do respeito ao casamento, união indissolúvel entre um homem e uma mulher e fundação da comunidade e da vida familiar.

“Um autêntico progresso da sociedade humana não poderá, portanto, abrir mão da política de proteção e promoção do matrimônio e da comunidade que deriva daí, política a ser adotada não só pelo Estado, mas pela própria Comunidade internacional, a fim de inverter a tendência de um crescente isolamento do indivíduo, o que é fonte de sofrimento e de atrofia seja para o indivíduo seja para a própria comunidade”.

Por fim, o Papa lembrou que se é verdade que a defesa e promoção da dignidade da pessoa humana é dever dos homens e mulheres, da mesma forma é verdadeiro o fato de que essa responsabilidade cabe, de modo particular, àqueles que são chamados a desempenhar um papel de representação.

“Esses, especialmente animados pela fé cristã, devem ser “capazes de transmitir às gerações razões de vida e de esperança” (Gaudium et Spes, 31)”.
Ano da Fé: “Dar razão da nossa esperança” (1Pd 3,15)
10/08/2012
Dom Luiz Henrique da Silva Brito - Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro A+ a- Imprimir Adicione aos Favoritos RSS Envie para um amigo

O Santo Padre Bento XVI proclamará o “Ano da Fé” com o intuito de suscitar na Igreja uma viva e justa comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II e 20º aniversário de promulgação do Catecismo da Igreja Católica de João Paulo II.

Estes grandes momentos da Igreja foram marcantes e de grande envergadura para a nossa caminhada da fé. O Concílio Vaticano II, por exemplo, segundo as palavras de João XIII, quis “transmitir pura e íntegra a doutrina sem atenuações nem subterfúgios” empenhando-se para que “esta doutrina certa e imutável que deve ser fielmente explicitada, seja aprofundada e exposta de modo a responder à exigências de nosso tempo”. Já o Catecismo da Igreja Católica é considerado o “verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II” (carta apostólica Porta Fidei). No Catecismo da Igreja Católica, encontramos a segura doutrina apresentada com profundidade e clareza. Existe, por conseguinte, na Igreja uma firme preocupação em facilitar o acesso deste subsídio precioso, principalmente, aos jovens que através do Catecismo devidamente preparado para eles, ou seja, o “YOUCAT” possam com sua atenta leitura se fortalecerem na vida de fé e adquirirem sólida formação para que, desta forma, sejam os propagadores e evangelizadores de outros jovens que ainda se encontram divididos e a procura de um caminho autêntico e seguro Àquele que é fonte inesgotável de salvação e vida.

O Ano da Fé será solenemente aberto no dia 11 de outubro do corrente ano, pelo Santo Padre Bento XVI. Nossa Arquidiocese também está se organizando de forma que possa aproveitar o máximo esta ocasião propícia para incentivar o povo de Deus na busca de uma autêntica fé, alicerçada por uma sólida e imprescindível formação. Aproveitaremos os momentos fortes da vida da Igreja ao longo do ano para chamar a atenção do nosso povo o quanto é importante conhecer e aprofundar os conteúdos da mensagem cristã. Para isso contamos com as iniciativas paroquiais de formação permanente dos fiéis. Contamos também com as Universidades Católicas que poderão contribuir com eventos formativos que levem a um diálogo frutuoso entre fé e razão, como também ajudando na elaboração de subsídios e outras formas de divulgação.

O que precisamos urgentemente é de uma fé mais adulta, mais amadurecida, preenchida de uma fidelidade inabalável em Deus e sua Igreja. Hoje, mais do que nunca, necessitamos de cristãos convictos para responder aos desafios de uma sociedade em que a cultura da morte se torna cada vez mais presente, como também o descaso com os valores morais. Devemos começar especialmente em nossa família eclesial. Precisamos de fiéis mais firmes em suas posturas, no sentido de abraçar a fé e traduzi-la na vida. Precisamos dar um basta nos “achismos” deletérios que confundem o povo de Deus ao considerar que é possível se dizer cristão católico e apoiar o divórcio, o aborto e outras questões graves que atentam contra a dignidade da vida humana. Contra esses ataques à solidez doutrinária e a comunhão de valores e ensinamentos temos a riqueza de tantos documentos magisteriais que muito auxiliam no sentido de dissipar quaisquer dúvidas que, porventura, possam estar penetrando em nossos corações, deixando-nos fragilizados em nossa vida de fé.

O Papa neste sentido vem em nosso auxílio com seus escritos. Destacamos a Carta Apostólica “Porta Fidei” que, certamente, será de grande utilidade para vivenciarmos adequadamente o Ano da Fé.

A abertura do Ano da Fé em nossa Arquidiocese será no Santuário Mariano de Nossa Senhora da Penha, no dia 13 de outubro às 09h. Maria, serva fiel e prudente, modelo de Fé, seja a guardiã de todas as atividades propostas ao longo do Ano da Fé. Peçamos também a ela que nossa Arquidiocese, desde já, abençoada com a perspectiva da JMJ, possa viver intensamente esse momento belíssimo de um testemunho de fé e adesão a Cristo cada vez mais forte e perseverante.(fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro)

Um projeto de leitura: a biblioteca vai à sala de aula

| Ensino Fundamental - Maria Inês Miqueleto

O carrinho de leitura circula por todas as salas da escola. Mesmo que não saibam ler, os alunos precisam entrar em contato com textos diariamente.
Na Escola Maria Aparecida, há um projeto de leitura, que envolve várias ações para despertar nas crianças o hábito de leitura. Uma dessas ações é o incentivo ao uso da sala de leitura para pesquisas e empréstimos de livros.
Hoje, contamos com uma profissional que trabalha nesse espaço, mas, em 2008, quando me tornei coordenadora dos anos iniciais do Ensino Fundamental, a escola não contava com uma pessoa para que a biblioteca funcionasse todos os dias de manhã e à tarde. Então, resolvi levar a sala de leitura para as classes.
Não bastaria levar só livros, mas sim, diferentes portadores de textos, ou seja, gibis, revistas, jornal, entre outros. Os acervos para leitura nós tínhamos e eles chegam à escola via Programa Ler e Escrever da Secretaria de Estado da Educação e via Programa Nacional Biblioteca na Escola da FNDE.
Com essa ideia e com o acervo da escola, faltava apenas um suporte que facilitasse o transporte do material de leitura até as salas de aula. Então, resolvi criar projeto “Carrinho de Leitura”, que continua sendo utilizado até hoje. Trata-se de um carrinho de supermercado pintado de vermelho para chamar a atenção das crianças da escola. Nele, eu organizo várias opções de leitura: livros de literatura infantil, gibis, revistas voltadas para o público infantil, de curisiodades, de Ciências, etc. O carrinho tem trinta volumes de cada tipo de texto. Organizo um cronograma para que o Carrinho de Leitura possa ir para todas as salas durante o ano todo, veja aqui um modelo.
De posse do cronograma, os professores organizam, em suas rotinas semanais, atividades de leitura com o acervo que se encontra no carrinho.
Nos 2º e 3º anos, os professores fazem um trabalho que chamamos de “explorar os diferentes portadores de texto”, proporcionando aos alunos (mesmo aos que ainda não sabem ler), o contato com diferentes suportes de texto e a leitura propriamente dita. Nos 4º e 5º anos, a biblioteca na sala de aula, possibilita um tempo para que os alunos possam escolher e fazer uma leitura. O resultado pode ser uma indicação literária ou uma roda de biblioteca.
Enfim, a biblioteca na sala de aula tem sempre um objetivo específico e com relação aos acervos, atualizo-os a cada vinte ou trinta dias. Ah! Ia me esquecendo. O carrinho tem um estacionamento. Fica na sala 7 e são as próprias crianças, solicitadas pelos professores, que vão buscá-lo e devolvê-lo.
Num outro post posso escrever sobre outras ações que desenvolvemos para incentivar a leitura.
(fonte: Nova Escola)